Volume 2

Capítulo 94: Reino de Aço se Move

Desde o desaparecimento repentino de Raniely e Jaiane, Reino de Aço entro em isolamento, com todas as fronteiras fechadas e cada ser humano capaz de manejar uma arma de fogo sendo convocado para a guerra que se aproximava.

Stanis, o novo Rei de Aço, ficou muito preocupado quando soube que as duas heroínas havaim partido na calada da noite. Mas seus novos conselheiros de guerra, o general Nogueira e o Cavaleiro de Prata, lhe acalmaram dizendo que as duas garotas haviam partido em busca de informações apenas, e que isso era segredo de estado.

Mal sabia o rei que os dois também estavam bastante descontentes com o sumiço delas. As garotas eram fundamentais para o plano de conquistar a confiança das pessoas do reino, principalmente os nobres que dominavam vastidões de terras onde existiam uma infinidade de recursos naturais que as pessoas daquele mundo consideravam inúteis.

Mas para a Aliança Internacional e seus financiadores aquela era a oportunidade perfeita. Explorar recursos em uma terra onde as leis trabalhistas e de proteção ambiental não existia era o sonho de qualquer grande investidor. Uma oportunidade irrecusável.

Pelo menos as duas já tinham deixado o general como homem de confiança do rei, agora a AI só precisaria mostar aos cidadãos as vantagens da modernidade do Mundo Original dos heróis e em breve teriam a confiança daquelas pessoas. E essa guerra seria a oportunidade perfeita, mostar a superioridade das armas de fogo em relação às armas medievais e magias bobas fariatodos seguirem a AI até o fim do mundo.

A maior revolução foi no dia em que os soldados da AI terminaram de instalar o equipamento fotovotáico para conversão de energia solar em eletricidade. A demonstração foi no salão principal do castelo, e enquanto a multidão se perguntava o motivo de ter aqueles homens mexendo em uma infinidade de fios coloridos, um luz ofuscante se acendeu derrepente acima do trono.

A surpresa foi geral, uma pequena e simples lâmpada LED iluminava o salão principal melhor do que uma centena de lustres e castiçais. Aquela coisinha parecia trazer em si a luz do sol, carregada desde aquela “mesa” brilhante até o salão por aqueles fios coloridos.

— Então é possível guardar a luz do sol? — Perguntou um dos nobres.

— Não exatamente a luz. — O generel Nogueira respondeu enquanto avaliava o nobre — Capturamos a energia que o sol emite e transformamos em outras coisas.

O nobre era um dos mais importatntes donos de minas do reino, pelo que lembrou o general, isso fez o militar abrir um sorriso verdadeiro enquanto buscava maimizar o impacto da apresentação da tecnologia.

— Isso é um aparelho de comunicação à distância. — O general disse, entregando um rádio comunicador portátil para o nobre — Aperte esse botão e fale qualquer coisa, meus homens lá na muralha poderão ouvir.

O homem apertou o botão.

— Só falar qualquer coisa? — Ele disse.

— <Estamos na escuta, câmbio!> — Uma voz veio do aparelho.

— Essa coisa fala! — O nobre exclamou.

Não apenas ele, mas todos os outros obres presentes ficaram impressionados, mas o general não queria parar por ai. Antes que alguém dissesse que aquilo poderia ser algum tipo de armação, e o aparelho fosse falso, ele chamou outro nobre. Dessa vez um que não aprecia tão convencido de que a demonstração era real.

— Pela sua cara vejo que ainda tem dúvidas. — O general disse — Então que tal uma demonstração?

O general entregou o aparelho para o segundo nobre e apontou para a direção que seus soldados estavam.

— Meus homens têm sinalizadores de fumaça ali com eles. — O general continuou — Branco, vermelho e amarelo são as as cores possíveis de escolher, o senhor apenas precisa apertar o botão e dizer a cor que deseja entre essas três e em segundos veremos uma fumaça na cor ecolhida subir aos céus.

— Uma das cores, o senhor diz… — O segundo nobre parecia buscar alguma falha na fala do general — Mas e se for uma forma de me induzir a escolher uma cor em específico?

— Apenas escolha. — O general disse abrindo os braços e com um sorriso cordial.

— A três cores! — O homem disse apertandoo botão do comunicador.

Ao mesmo tempo que terminou de falar entregou o comunicador ao general e caminhou até a porta, o restante dos nobres o seguiram. Todos estavam aflitos para ter certeza de que as três cores subiriam acima da muralha.

Mas o general Nogueira estava calmo, ele caminhou lentamente atrás da multidão. Enquanto o Cavaleiro de Prata ficou para trás, este já sabia exatamente qual seria o resultado.

Primeiro subiu uma fumaça amarela, e dois segundos depois a vermelha, por último a fumaça branca. A multidão que se formava nos portões do castelo gritava animada, aplausos eram ouvidos no salão e nos corredores enquanto os nobres retornavam extasiados com a demonstração simples.

Enquanto aquelas pessoas comentavam entre si o resultado surpreendente, apesar de esperado, já que nenhum deles tinha absoluta certeza se era realmente possível se comunicar naquela distância, o rei e o Cavaleiro de Prata conversavam

— Do que realmente se tratou essa demonstração? — Perguntou Stanis — Me parece que não era apenas mostrar as maravilhas da eletricidade.

— Muito esperto, Vossa Magestade. — Respondeu o Cavaleiro — É uma questão de fazer eles escolherem nos aceitar.

— Induzí-los?

— Exatamente, mostrar várias opções, mas deixar a eles a opção de escolher uma opção não mostrada.

— Entendi. De uma forma ou outra a pessoa acaba escolhendo algo dentro de uma lista de possibilidades.

— Como eu disse, muito esperto. Mas ninguém nunca escolhe “não escolher”.

— Então isso as leva a escolher aceitar vocês, mas sem parecer que foram forçadas a tanto?

— Mas ninguém as forçou, foi a escolha de cada uma, apenas limitamos as opções.

— Igualmente o general fez com as cores, ele deu apenas três opções. Mas sua “vítima”, achando que estava livre para escolher, ainda optou pelas três cores. Uma armadilha dentro de uma armadilha.

— No momento em que ele aceitou testar o comunicador sua opção de não escolher foi bloqueada pela própria mente. Assim como quando cada um deles escolheu vir aqui, não haveria mais opção a não ser ficar maravilhado com a demonstração.

— Isso deve ser o suficiente para acabar com as suspeitas que existem que existem na mente deles em relação ao meu governo. Apenas ameaçar os meus próprios súditos não me garante a sua fidelidade. — O rei disse com um sorriso de alívio.

— Então, agora poderá dormir tranquilo? — O Cavaleiro de Prata perguntou em tom sarcástico?

— Não! — Satanis respondeu com confiança — Agora vou usar essa confiança para levar o meu exército a essa guerra.

— Como desejar, Vossa magestade. — Cavaleiro fez uma mesura.

Stanis levantou do seu trono, e pedindo a atenção, fez um discurso. Em suas palavras estavam estampadas a tristeza de um filho que perdeu o pai, de um jovem príncipe que foi ameaçado pelos próprios irmãos, de um rei jovem que não tinha a confiança dos seus súditos, mas que tinha o sonho de tonrar o Reino de Aço grandioso.

Stanis falou com emoção das duas heroínas que partiram soinhas em uma jornada para se tornarem mais fortes pelo bem do reino, e perguntou à corte o que ele poderia fazer para se tornar tão fiel à coroa de aço quanto aquelas heroínas.

O discurso emocionou aquelas pessoas que ouviam, acedendo o espírito patriota de homens e mulheres. Fazendo-os desejar entregar suas vidas pelo bem do Reino de Aço.

Ao fim, Stanis anunciou que estaria enviando seu exército para a guerra, com lágrimas nos olhos pediu perdão antecipado aos pais que perderiam seus filhos, aos jovens que perderiam seus amores, àqueles que perderiam suas vidas. E encerrou dizendo que se possível, preferia morrer para que todos vivessem.

Assim que terminou o discurso, Stanis saiu acompanhado pelo general Nogueira e o Cavaleiro de Prata, assim que entraram no corredor dos aposentos reais, o general disse:

— Belas palavras, quase me convenceu.

— Elogie o Cavaleiro de Prata, foi ele quem escreveu tudo aquilo e me ensinou como fingir lágrimas. — Respondeu o rei.

— Uma habilidade incrível. — O general disse para o cavaleiro.

— Não esqueça que eu consegui manipular os heróis sob as intruções do Reino de Prata. — O Cavaleiro de Prata respondeu.

Os três homens seguiram, converando e rindo do futuro.

Quatro dias depois um pelotão de mil e quinhentos soldados marchou da capital em direção ao centro do continente. Enquanto os outros estavam preocupados em se enfrentar, Stanis desejava capturar o Reino de Prata e vingar a morte de seu pai.

Enquanto os soldados marchavam para fora da cidade, centenas de pessoas buscavam se alistar para serem soldados do reino, empolgadas pelas repercussão do discurso do rei. Além de que com aqules tais armas novas, qualquer um poderia ser um soldado.



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