Volume 1 – Arco 1
Capítulo 119: Escama reversa
O trotar poderoso de Suife soa. Seu corpo fica repleto de raios negros e seus passos deixam breves chamas negras.
Os olhos dourados de Mythro se tornam filetes. Seu cabelo começa a ficar irado, e se transformar em serpentes que sibilam ódio e raiva.
Tatuagens brilham de seu corpo e logo, uma armadura completa se materializa em seu corpo.
Uma roda se forma atrás dele, junto com a imagem viva de sua cultivação, onde pode ser visto a árvore da vida, a chuva cósmica, o rio cósmico e a névoa cósmica.
Ao redor do seu ciclo cósmico, a imagem de um dragão completamente feito de energia cósmica negra, que irradia fogo e relâmpago.
Esta roda possui cinco manches, são os cinco elementos que Mythro tem encrustado na sua árvore da vida, dado a ele por Sacrovivo.
— Gire, dê-me a velocidade do vento. — Um encantamento sai da boca do pequeno NOVA.
Ele fecha e abre a mão, balançando seu braço para frente e jogando energia que invoca as propriedades do vento.
Do saco azul na sua cintura, uma corrente com anzol pula para fora. Ele a pega e começa a balançar no ar.
Sua mão esquerda segurava a pequena montanha. Mythro invoca sua mão cósmica e quebra o item após compreender um pouco de seus usos.
Infelizmente, nem ele tinha energia o suficiente para usar toda a magia deste item rúnico.
Quando a pequena montanha racha e quebra, ele faz a runa que pula rapidamente para fora ir direto a sua árvore da vida.
Isso promove a runa de elemento terra para o segundo ranque, runa florescente.
Com a mão esquerda, agora livre, a tatuagem da enguia dourada brilha e pousa em uma nova forma, uma forma de lança.
Mythro pretendia usar também a Cauda de Lanças na última luta, mas acabou não sendo necessário.
Agora com certeza o desafio à sua frente o faria desembolsar todas suas técnicas.
O escudo prateado também se forma em seu braço direito. As runas negras marcadas por ele começam a se ativar.
Seu conjunto rúnico prateado começa a tomar uma nova camada, feita completamente de energia elétrica.
A parte superior do elmo dele tinha três pequenas frestas da qual seu cabelo se levantava, como cristas. Serpentes saem destas frestas e tornam cada vez mais a impressão de que o pequeno NOVA é um tipo de fantasma. Porque com certeza aquilo não podia ser real para os jovens que estavam sendo perseguidos.
— O que é aquilo?
— Um cavalheiro em um cavalo negro? Nunca ouvi falar de alguém assim no oeste de fora ou meio-oeste.
— Oeste profundo então?
— Não há ninguém do oeste profundo aqui, o patriarca garantiu, se não ele não teria movido a gente até o ninho dos avestruzes.
Os dois meninos param. Eles puxam martelos e lançam um pedaço de papel, que cria uma parede de energia em sua frente.
Uma barreira que suporta qualquer tipo de ataque abaixo do segundo reino.
— Não nos persiga cavalheiro imundo do oeste de fora. Nós somos do Ritua—
Um anzol pula da terra até a ponta da mandíbula onde o queixo de inicia, exatamente abaixo do lábio inferior. Com um tranco, a parte inferior da boca do menino é arrancada deixando apenas a imagem dele caindo no chão com sangue sendo drenado de seu rosto.
Aterrorizado, o outro garoto apenas se vira e começa a correr.
Mythro bate com sua mão cósmica na parede e toma por completo a barreira. O papel retorna a ser embrulhado e ele o rouba.
— Se afaste!
Uma lança cruza a distância. Uma garganta explode e sangue jorra ao ar por segundos.
Passando por cima dos corpos, quatro poderosas pernas os fazem entrar em incineração. Fogo negro começa a queimar as árvores próximas.
**
— Aquele menino saiu em direção a montanha, ele está pensando em enfrentar centenas deles sozinho?
— Obrigado pela sua ajuda. Por favor, siga o professor!
— Professor? Vocês não têm a mesma idade que ele? — Uma menina pergunta, se colocando ao lado do menino que falou primeiro.
— O senhor Mythro é tanto nosso professor quanto nosso artesão. Devemos nossas vidas a ele, e, por ter nos mostrado um caminho mais amplo de cultivação, o chamamos de professor.
— Entendo… Eu sou Roman Fuoco do clã Major de Fogo. Sucessor direto de meu pai, e próximo Patriarca. Estes dois são do meu time de expedição, como podem ver faltam quatro, eles estão lidando com os fugitivos que podem.
— Me chamo Onicka Fuoco!
— Eu sou Dario Fuoco.
Os seis ficam perplexos. Um dos mais fortes clãs do meio-oeste veio ajudá-los .
— Jovem Senhor Roman, Onicka e Dario. Por favor, ajude nosso professor! — Lenlen pede, com seu braço ensanguentado e perna perfurada.
— Veja, senhorita…
— Lenlen.
— Não é que não queremos. Mas ele saiu à cavalo. Por azar, deixamos as nossas montarias nos estábulos de nossas casas alugadas. Ainda mais, o nosso patriarca junto com o nosso ancião-rei estão agora no ar procurando maiores ameaças. — Dario explica para Lenlen e os outros cinco.
— Sim… Nosso ancião-rei sentiu a presença de alguém no nível ancião do lado inimigo. Se ele estiver naquela montanha, então sério mesmo, não queremos ir para lá nem fodendo. — Onicka diz com um rosto que expressa realmente não pode ajudar.
— Mythro está indo em encontro contra um… Ancião? — Juca olha para a direção da qual o pequeno NOVA desapareceu e fica alarmado.
— Maki! — Sâmela cai no chão chorando enquanto seus braços grudam na perna de seu irmão.
**
Nada consegue parar a passagem de Mythro até a montanha. Mais de vinte jovens do secto Ritual Sangrento já caiu para todas as suas artimanhas.
A visão que eles tinham neste exato momento era fora de suas imaginações. Um menino, menor do que muitos deles está em cima de um cavalo de olhos vermelhos com uma serpente enrolada em seu pescoço.
Uma armadura feita de relâmpagos o cobre e uma máscara de diamante, no formato de uma caveira de carneiro cobre seu rosto. É como se o pesadelo de algum mortal tivesse se tornado realidade, e estivesse aqui para puni-los de seus crimes hediondos.
— Era: Abolir!
O escudo prateado, que agora está coberto com a energia elétrica do pequeno NOVA, brilha e a energia se move para modelar uma forma cônica. Irrompendo nesse formato, um raio poderoso ataca cinco garotos na sua frente.
— Invoquem os itens defensivos!
Armas e escudos são erguidos ao ar. Mas antes deles poderem ter a chance de ativar seus feitiços, Abolir os destrói aos pedaços.
— Como pode? Ele está no segundo reino!?
Uma corrente aparece da poeira que se levantou do ataque. Ela fisga a garganta e quando seu mestre a clama, ela rasga metade do pescoço do menino.
Ele cai com sua cabeça pendurada por apenas o que sobrou para não separar seu crânio do corpo.
— Não, não! Demônio!
— Sim, eu sou! Ponto Luminoso!
Uma rajada de energia é liberada da lâmina da lança dourada. Ela apaga a existência do lado esquerdo de quem gritou “demônio”.
Núbia aparece e suas garras cortam o restante que não conseguia se mover devido ao medo.
Finalmente, ele alcança o pé da montanha e encara diversos túneis. Antes de adentrar o pico rochoso, ele abre sua boca e colhe as almas.
Batendo forte seus dentes e suprimindo a última vontade dos pecadores, ele consome a energia e transforma a cosmicidade em parte de sua cultivação corporal.
A Perdição do Egito fica cada vez mais torneada. Um ser humanóide com cabeça de crocodilo, embora a boca não fosse tão larga e grande. Uma juba cobre os lados da cabeça do réptil, a parte superior do corpo e seus braços lembram a de um leão, enquanto a parte inferior a de um hipopótamo.
As pernas desse hipopótamo não são gordas ou curtas. Elas têm o tamanho ideal e são musculosas. A pele cinza-avermelhada parece uma fortaleza.
A Lei do Corpo de Ammit também tinha seus respectivos reinos. Com 10 mil almas colhidas, Mythro avançaria para o próximo estágio. Seu alvo não estava distante, apenas mais duzentas e sua força física alcançará uma promoção.
Depois de consumir e tornar a energia sua, o pequeno NOVA esmaga a vontade das últimas almas colhidas. O Lago Obscuro está dezenas de vezes mais forte do que era antes, ele corrói e afunda os consumidos de maneira mais segura e rápida.
Ainda montado em Suife. Ele entra na montanha. O cheiro de sangue se encontra em uma bifurcação.
O lado direito enoja a divindade de Mythro, isso indica algum ritual profano. O lado esquerdo tem o cheiro de Maki.
— A filha da Angela deve estar no lado direito. Eles falaram mais cedo para nos capturar vivos… Terei que me segurar nessa esperança. — Ele olha para Núbia que com seu corpo azul escuro se tornava uma com as sombras do túnel da montanha. — Fique aqui com Grásio, mate tudo que pertencer à eles.
Suife avança para o lado direito enquanto Grásio pula de seu pescoço para uma estalactite no teto. Um menino aparece na sua frente e a Aura Primal Mortal explode de seus olhos. Seus três chifres parecem ser as pontas do tridente do diabo. Elas cravam no peito do garoto, que é levantado até ficar na altura dos olhos de Mythro.
Removendo a máscara, o pequeno NOVA fita os olhos do menino. Enquanto sua mente, atribulada e covarde, se esvai… enquanto olhos desesperados deslizam em sono umbroso e perpétuo.