Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Bczeulli


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 31: Encurralando o Rato

Saindo dos aposentos, Mythro deixa Namhr chorando, mas a promessa entre eles ainda vive. Um lugar chamado gruta do paraíso nasceria para estabelecer a conexão do relacionamento desses irmãos.

Fernan, o ancião da vila da caça, pega as adagas e as dá para Mythro.

— Você já queria ser um usuário de adagas, nada mais do que o certo. — Ele então dá o leque para Mits.

Mythro olha para as adagas, ele vê que ambas são distintas, uma tem a lâmina feita de ouro e a outra é feita de ferro. Ambas empunhaduras tem detalhes dourados.

"Estas adagas são especiais. Principalmente a de ferro, é feita com ferro de meteorito e possui também resquícios de uma formação de teleporte.“ — Gornn soa em pensamentos, já que Mythro está rodeado de pessoas que o ouviria caso ele falasse por meio público.

— Formação de teleporte? — Mythro nunca ouviu falar em nada do tipo, ele fica olhando a adaga, mas não vê nada de interessante.

"Estas adagas são estranhas, elas com certeza não deveriam ser de quarta terra, mas foram corrompidas ao cair aqui no ventre. Infelizmente elas não tem conserto, seu antigo dono deve ter morrido, e com isso a vontade das adagas.“

— Vontade das adagas? — Novamente, termos que ele nunca ouviu antes.

"Nada para agora, mas não perca a adaga, ela pode ser um trunfo para sair com vida daqui, caso algo dê errado.“

— Este leque, é feito de penas, tem algo como as adagas do Mythro?

"Não, ele não poderia ser mais comum, se você usar energia cósmica para ativar este armamento, as penas sairão voando e atacarão seu alvo.“

— Buh.

Toda esta conversa foi tida em pensamentos. Para os três homens da vila da caça, Mythro e MIts só estavam estudando as armas.

Mythro coloca as adagas nos passadores da calça e Mits prende o leque de penas em seu cabelo, ela coloca de um jeito que o leque fica apontado para baixo, tampando a nuca.

Os cinco seguem pelas ruas até onde ficam os estábulos. Em apenas 20 minutos eles chegam onde deveriam, mas avistam alguns guardas.

— Mm, este deve ser o lugar, tem uns 6 guardas. Tudo isso para cuidar de cavalos, completamente desnecessário. — Fernan murmura para que os cinco possam ouvir.

— Será fácil derrotar eles, só temos que executá-los rápido para não haver barulho. — Trinto diz, puxando uma faca com lâmina curvada.

Mythro puxa as adagas e Mits pega o leque. Ela aponta as penas para os guardas, e começa a energizar suas mãos, então passa a energia para o leque. O leque treme e seis penas saem voando direto para as gargantas dos guardas, seus corpos caem sem vida.

— Poderoso! — Fernan exclama em surpresa.

— Limpo e rápido. Armas desse nível são diferentes.

As penas então voltam, manchadas de sangue de onde passaram. Mits a coloca em posição já mencionada novamente.

— Vamos! — Mits diz confiante.

Os cinco avançam e pegam os corpos dos guardas e os colocam sob o feno, para esconder o que ocorreu. O sangue no chão é diluído jogando água em cima, quando a cor fica menos espessa, feno também é jogado por cima, eles visam com essa manobra retardar quem achar a cena.

O estábulo da cidade do abismo era feito de dois corredores. Os guardas estavam no primeiro, seguindo até o fim do primeiro corredor tem uma curva à direita, no fim desta curva tem uma porta pequena, provavelmente nem seria percebida, tem cavalos na sua frente, presos apenas por cordas amarradas em um poste.

Os cinco seguem até o lugar, os cavalos relincham enquanto eles tentam fazer caminho, a porta então abre e um homem pode ser visto, também vestindo armadura dos guardas da cidade.

— Calem a boca, animais idiotas, eu to tentando foder alguém aqui! — O homem diz, ele então vê algumas pessoas entre os cavalos e tenta correr novamente para dentro da porta.

Mas antes que conseguisse puxar a maçaneta, uma pena voa em sua mão, e se prende na junta. Isso o leva ao desespero, ele chuta a porta e rola no chão, ele tenta chutar a porta de novo para fechá-la, mas Trinto chega e impede a porta de bater.

Ele puxa a faca com lâmina curva e a joga sobre o homem no chão. Gritos de mulheres são ouvidos.

Logo todos os cinco entram e começam a averiguar o lugar. É uma pequena despensa com alguns baldes, óleos e uma mesa. Na mesa tem uma mulher nua, se cobrindo com algumas peças de roupa, no canto da despensa, do lado da parede outra mulher se cobre com as mãos.

Fernan aponta uma espada para a mulher no canto, enquanto Trinto, pula e puxa o homem para cima. Eles reconhecem este rosto.

— Rátim! — Mitri diz com desprezo.

— Acalmem-se, vocês querem as armas, não é? Elas estão ali, ali!

Rátim aponta para um lugar onde há diversos baldes. Mitri segue o dedo dele, e começa a derrubar os baldes da prateleira, mas não há nada, nem dentro dos baldes nem atrás deles.

— Não minta, onde estão! — Mitri, fica bravo e começa a socar Rátim, que Trinto segura.

— É verdade, na parede, está na parede! — Rátim se mija, logo o cheiro de amônia sobe no ar, ele continua apontando para o lugar.

Mitri olha novamente na parede, os blocos parecem completamente colados com argila, ele pega um machado de um saco cinza que estava em seu peito e bate com força. A parede quebra facilmente, na verdade, mesmo sem o machado seria fácil abrir a engenhosa portinhola de blocos que tinha sido ali programada. Mitri olha no buraco que foi feito e vê um saco azul.

— Um saco azul! — Mits exclama, esses sacos são super raros!

— Olhe o que há dentro!

— Diversos tesouros! E pedras Yin-Qi, pedras cósmicas, e também… — Mitri está mais surpreso que eles, pois a quantidade de recursos dentro é enorme, ele vê também alguns pergaminhos. — Artes, estudos sobre alquimia e forja!

"Vocês já perderam tempo demais, matem estes três e saíam.“ — Gornn avisa.

— Temos… temos que… rápido! — Mythro não consegue dizer as palavras.

O ancião e os outros entendem, mesmo assim. Fernan é o primeiro a se mover, com um golpe, ele corta a barriga da mulher no canto da parede.

— Por favor, eu não, estou me prostituindo para criar minha menina, não por favor, não! — Sem que possa ver, Mitri chega por trás e balança seu machado, cortando a mulher ao meio, a visão de dentro da mulher espanta os mais jovens, os mais velhos agem como se pão tivesse sido cortado para se colocar mortadela(entendeu? morta, dela) ( ) .

A morte das duas mulheres foram aceleradas, mas para Rátim, Trinto o pega e o arrasta para fora.

— Pelas crianças que já morreram e foram escravizadas por suas mãos sujas! — Trinto o levanta e tira a armadura de Rátim, o próprio não vestia nada por baixo da armadura.

Trinto aponta para uma pequena caneca no canto, Fernan entende na hora o que Trinto queria fazer e pega a caneca, então a despeja sobre Rátim.

— Não, não! Pelo amor, tudo menos isso!

Esta caneca possui um mel com forte cheiro que faz com que os cavalos do abismo fiquem furiosos. Os cavalos no abismo brigam por alimento e água, que é muito escassa devido ao frio. Então para eles o mel, que serve para matar a sede e fome, é uma das coisas em que eles se põem em diversas brigas mortais para obterem para si mesmos.

Logo a caneca esvazia e os cavalos já começam a ficar inquietos. Um dos cavalos abaixa e lambe a região do peito de Rátim, que tem mel. Só que um coice voa na cara deste cavalo, e uma briga começa. Outros cavalos começam a fazer o mesmo, logo uma luta selvagem se instaura.

Trinto se afasta e deixa Rátim no meio dos cavalos que estão presos no poste.

Fernan e Mitri ficam posicionados, cobrindo a área em um círculo.

A briga fica feia, sangue começa a ser cuspido da boca dos cavalos, mas eles não param! E no meio disso tudo, coices que erram seus alvos, acertam Rátim, seus gritos miseráveis começam a percorrer o estábulo. Ele tenta sair do meio dos cavalos, mas tudo que encontra é Mitri o esperando. O mesmo lhe dá um chute e ele volta para o meio dos cavalos, Rátim corre para outro lado, mas Fernan está lá.

— Por favor, piedade! — Rátim grita, então um forte estrondo soa. Dois coices acertam sua cabeça em cheio, e a mesma vira, como uma coruja.

 



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