Volume 1 – Arco 1
Capítulo 87: Tempo à frente
Um garoto de 1,50m se move entre águas brilhantes de azul, seu corpo é acompanhado por duas enguias, uma prata e uma dourada.
Seus longos cabelos escondem seu corpo nu, seus olhos dourados fazem estrelas perderem charme.
“Chegou o dia de voltar a vila Chamto e colocar o plano em ação.” — A voz de Gornn ecoa da área Shen.
— Sim... Esses quatro anos fizeram um grande resultado. Quando eu sair daqui, será para tornar o oeste um peão nas minhas mãos.
“Garoto, você ainda está pensando muito longe, muito cedo. Primeiro alcance os patamares de rei deste lugar antes de dizer isso.”
— A jovem geração deles não vai me acompanhar. É só ir e tomar, simples assim.
Este jovem arrogante obviamente era Mythro.
Uma serpente de 1,60m sai da terra e sobe por seu corpo, até ficar enrolada por seu peito e pescoço.
Um cavalo deitado perto de uma árvore que detém frutos espirituais encara seu Senhor, esperando um sinal dele.
Uma gata azul escuro com unhas e dentes dourados está em pé, roçando sua cabeça contra algodão nuvem de um trono de corais fluorescentes.
— Mer, venha para as tatoos.
Após Mythro dar a ordem, uma ostra sobe do fundo do lago e, acompanhada de duas enguias, elas se transformam em energias brilhantes que se transformam em tatuagens no dorso de Mythro.
— Núbia, Suife, venham. Vai levar alguns dias para chegarmos lá. Tragam suas armaduras. — Mythro coloca uma camisa de algodão, tanga de algodão e calça de couro. Ele já não usa mais botas, apenas grevas que são acolchoadas com algodão nuvem para proteger seus pés e joelhos. Em suas mãos, manoplas que parecem ter os dedos feitos em formato de garra.
O cavalo se levanta, sua crista é longa e seus músculos já mostram certa maturidade. Sua altura já atingiu 1,70m. Núbia cresceu bem nos últimos quatro anos, agora seu tamanho é de 1,30m e seu comprimento é de 2 metros.
A gruta do paraíso tem mais árvores, abelhas voam de flores para árvores e voltam e vão em diversas sucessões. Dentes-de-leão azul-negros voam e dão uma tonalidade perversa e radiante ao lugar. Uma estrutura esférica gira desferindo raios negros, como se fosse um sol no alto, perto do teto da gruta. É uma runa de fogo que Mythro modificou para ficar como o fogo negro de seu poder sanguíneo.
As mudanças são numerosas, a energia é tão pura e poderosa que, tudo cresce além do normal da espécie e novas espécies são criadas em celebração a santidade do lugar.
O longo túnel é coberto por raízes luminosas que, em suas diversas cores, fazem com que o caminho esteja sempre iluminado.
Mythro coloca as mãos em cima de Suife, com Grásio em seu pescoço e Núbia logo ao lado.
De um saco azul, o pequeno NOVA invoca uma sela com tema de serpentes. Esta sela mais parecia um trono negro do que uma sela.
— Para Chamto. — Pulando em cima do cavalo, ele diz e se segura em uma víbora feita de ferro que emana eletricidade.
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— Mano, será que aqui é um bom lugar para roubar alguém?
— Sim, aqui é deserto, há poucos clãs que vêm até essa região. Nos livramos de gente forte e podemos fazer o que quisermos com quem for fraco.
— Bem, se você diz isso irmãozão, fico mais seguro.
— Você tem que acreditar mais em mim, você virou adulto a pouco tempo, mas já deve ter roubado e matado algumas pessoas. Vai ser como sempre.
O som de cavalgada ecoa. Os dois homens em cima das árvores escutam e puxam seus punhais com veneno.
Eles esperam o momento certo. Confirmando que a presa é um garoto jovem, ainda na pré-adolescência, eles abrem suas bocas em sorrisos pervertidos.
O mais jovem dos homens vê que a sela era um tanto incomum e virando para seu irmão, ele pergunta:
— Será que ele é de algum secto ou clã? Essa sela dele emite ondulações estranhas.
— Fique quieto, você tem que colocar obstáculo em tudo? Quanto mais riquezas ele tiver, melhor para nós!
— Mas... e aquela máscara? Ela não te dá medo?
O homem mais velho olha novamente para o garoto e percebe que uma máscara de diamante cobre seu rosto, e que por sua vez, ele não a tinha visto antes porque os longos cabelos negros do garoto cobriam a máscara parcialmente.
— Uma caveira de carneiro feita de diamante?
— Diamante é caro, não é?
— Sim, é uma pedra resistente e bonita. Essa máscara deve custar mais que 100 mil gradães!
O cavalo para. O menino tira os cabelos da frente e olha na direção dos homens.
— Primeiro, esta máscara custaria muito mais que 100 mil gradães. Na verdade, talvez nem o clã da lua possa pagar por ela.
— Ele nos ouviu?
— Segundo, minha serpente e minha gata não provam sangue há alguns dias, então, façam o favor e gritem pouco.
O homem joga o punhal na direção do menino, mas, em meio ao ar uma serpente de energia é criada e quebra a adaga com suas presas.
— O que foi isso? — O mais jovem fala.
— Serpente de energia? — O mais velho fica atônito, ele tenta puxar uma arma de seu saco cinza.
Ele sente seu braço pesar, quando ele vira seu rosto, uma serpente negra com presas negras como a umbrosa noite, o ataca, e rasga seu pescoço como um homem rasgando uma boneca de pano.
— Irmãozão!
Dando passos para trás, o mais jovem esbarra em algo que faz sua espinha tremer. Ele não tem coragem de virar, apenas molha sua calça e encara o garoto na sela em formato de trono.
— Ele não precisa saber como morreu, termine logo, Núbia!
O rugido de um tigre, ou animal similar, se desencadeia na região. Um homem cai de uma árvore com seu dorso completamente rasgado e mutilado.
A gata pula das árvores com uma serpente enrolada em seu pescoço. Qualquer um que cruzasse o caminho destes saberia ao ver que, se a ordem fosse dada, apenas a morte os alcançaria.
Por que onde mais andaria uma serpente e um tigre manchados de sangue, se não no caminho da matança?
“Limpe-os. É deselegante ficar sujo de sangue por muito tempo.” — A voz de Gornn soa.
Invocando água de sua runa de água, Mythro limpa Núbia e Grásio.
— Vamos mais rápido, não quero encontrar mais sacos de pancada. — Abrindo sua boca, dos dois corpos, partículas de energia voam e vão sendo engolidas.
Suife começa a correr em alta velocidade. Por onde ele passa a vegetação perde um pouco de cor. Núbia o acompanha dentro de uma área de 100m, escondida.
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Um homem e uma mulher estão esperando nas portas da vila Chamto, uma das vilas que mais têm crescido nos últimos três anos, com suas vendas exclusivas de algodão nuvem, especiarias únicas e armas rúnicas de quarta terra que alcançam o nível de qualidade de 3 a 5 estrelas.
Fora que, a jovem geração tem um professor que as ajuda sempre da melhor forma com o cultivo, fazendo-os serem mais firmes e abundantes de energia. Artes que antes não chegavam ao nível extraordinário agora são mais vistas. É como se um anjo estivesse guardando o lugar.
— Nosso filho chegará a qualquer instante! — O homem diz, com peito estufado.
— Faz sete meses desde nosso último encontro. Será que a cultivação dele aumentou de novo? — A mulher pergunta, pegando em uma adaga com protetor de punho em forma de flor.
— Mãe, pai!
Da distância, uma menina em um cavalo branco grita. Em poucos segundos ela fica ao lado dos dois.
Esta é a família Urto. Brosch, Baki e Bijin!
— Mythro vem hoje, não é? Os emissários do clã da lua já mandaram uma águia e estão para chegar.
— Você terminou de fazer o armamento, filha? — Brosch pergunta a empolgada Bijin.
— Sim, como Mythro ensinou, fiz um anel onde pode ser colocado alguns itens dentro de um certo limite de espaço. Funciona mesmo como um saco cinza, azul ou de maior qualidade. Com certeza eles possuem maiores vantagens por serem pequenos e, não atraírem tanto atenção por não terem padrões de cores.
— Mm.
— Ali está ele! — Baki pula e acena.
Vindo à eles, um menino de cabelos longos com um colar de presas cinzas, máscara de caveira de carneiro de diamante, montado em um cavalo de estranha sela.
— Mythro!
O pequeno NOVA acena de volta, e diversas memórias enchem sua cabeça. Fazia alguns meses que ele não via os Urto. Ele tem ajudado a vila Chamto secretamente e principalmente eles. Bijin virou uma artesã completa dentro do primeiro reino, agora muitos buscam seus serviços.
Sua fama trouxe mais trabalho e recursos para que Baki e Brosch, que também fizeram grandes movimentos econômicos serem uma das famílias principais da vila Chamto.
— É hoje que tudo entra em moção... — Mythro murmura e ri baixinho.