Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 191: Voltando para a superfície(1)

Depois de ser eletrificada pelo poder do Sismo Celeste, sua luta cessa. Sua cultivação já não era mais, não havia nada lá para proteger seu corpo.

— Lorde!

Zara se levanta e puxando uma espada, ela começa a cortar a carne da baleia. De repente, a carne começa a se esticar como se algo estivesse crescendo sem limites.

Um mugido soa, e a carne da baleia é partida em pedaços. Um touro feito de Quartzo irrompe do corpo morto, quebrando ossos e esmagando órgãos.

Mythro sai depois dele, com algumas queimaduras.

— Parece que não vamos ter que lutar contra meu segundo zodíaco.

Suife bufa tremendo os lábios. Como se dando uma leve risada.

O touro dá uma ótima olhada em Mythro, e se curvando ele começa a diminuir e vira uma pulseira.

— Lorde!

Zara sai correndo e o abraça fortemente. Ela nunca esteve tão perto de perder ele.

— Você está falando "Lorde" demais, daqui a pouco vou ter que pedir para mudarem o jeito de me chamar.

Arkab vem, apoiando Alura em seus ombros. Eles também estão chorando.

— Vencemos. Ganhamos, juntos. Vocês todos lutaram muito bem, mesmo na frente de um ser vezes mais forte. Nem 100 pessoas conseguiriam matar alguém no terceiro reino, estando apenas no segundo. Mas nosso pequeno grupo de um pouco mais de 10, conseguiu. Vocês provaram seu valor em sangue, e isso, ninguém pode tomar.

— E agora? Não precisamos mais atravessar o Mar da Baleia. O Tesouro Supremo já está conosco. — Arkab diz, apontando para o vaso em cima da cabeça de Núbia.

— Nossos ferimentos não vão curar tão rápido. Precisaremos de duas semanas a um mês. Nesse tempo vocês entrarão no topo do segundo reino. Agora que temos o vaso, isso é possível... Quando finalmente voltarmos a superfície, vamos nos tornar um secto reconhecido.

— Sim, seus planos logo se concretizarão, meu Senhor.

— Sim, Alura. Não demorará muito mais para pisar no norte. Agora, outra pergunta importante...

Alura, Zara e Arkab ficam confusos, pois um sorriso estranho se forma na boca levemente queimada de Mythro.

— Quem vai me ajudar a transformar esses ossos de baleia em uma bela carruagem aérea?

**

— Ainda não há notícias do grupo de Mythro?

— Não, Princesa Laura. O grupo de Mythro Zumb’la está desaparecido há mais de 10 meses.

— Que pena. Sinto falta de Alura... Mas onde será que eles desapareceram? 

— Os clãs do oeste profundo e meio-oeste estão tentando forçar a prisão deles. Eles estão alegando que para ter sumido por tanto tempo, eles só podem ter encontrado alguma ruína antiga.

— Infelizmente, ao que tudo indica...

Alura conversava com um ancião, que era encarregado de ajudar ela no seu dia a dia.

— Quão forte será que ela está agora? Depois de me encontrar com eles, minha cultivação cresceu bastante. Logo, logo, serei uma anciã...

— Você é a honra e a glória do nosso clã, Srta Laura. Desde o nosso progenitor não temos ninguém tão esforçado e dedicado a cultivação. Seu Semblante Anímico é forte, e gerará até 3 Ossos de Terceiro Plano. Isso permitirá que você tenha um Sangue Espiritual poderoso, assim sua coroa será mais poderosa do que a de reis ordinários.

— Ordinários?

Laura ouve o homem, mas ela se lembra de tudo que Alura já lhe disse. Não só o que a Pálida Júri lhe disse, mas também o que ela presenciou.

Todos eram ordinários comparados ao grupo do Jovem Sábio.

De repente, um homem abre a porta rapidamente. Ele é acompanhado de uma pomba marrom, que carregava consigo um objeto cilíndrico nas costas.

Com um pergaminho na mão, ele se curva antes de oferecer ele ao ancião.

— Para que todo esse fuzuê por uma simples mensagem?

O ancião começa a ler a mensagem. Seu rosto vai do normal para sério, e do sério para desesperado.

— O que há tio?

— Srta, devo me ausentar de sua tutela por um tempo. Houve um incidente em um dos rios que compartilhamos fronteira com o clã Avalanche Tortuosa.

— Tio, pare de me chamar assim.

— Claro, claro. Laura eu irei lá para ver o que acontece.

— Faz muito tempo que isso aconteceu?

— Mm. Umas três horas, mas o problema não é o incidente em si... Se bem que é também.

— Como assim?

Laura estende a mão, e o ancião da o pergaminho para ela. Após ler seu conteúdo, diferente da expressão de seu tio, ela vai as nuvens.

— Uma passagem subterrânea selada com uma barreira que nem mesmo anciões podem abrir... Isso deve ser uma ruína antiga! Talvez encontremos tesouros que eleve o poder do nosso clã completamente, os céus devem estar do nosso lado. 

A menina troca suas roupas rapidamente, colocando algo mais adequado para sair e se encontrar com representantes do outro clã.

— Isso pode ser mais complicado do que você pensa. Não se esqueça, mesmo se fizermos uma expedição, será junto com o clã Avalanche Tortuosa. Você e a menina Anast Mol tem brigado bastante, e como futuras matriarcas, acabam influenciando todo o clã. Nosso relacionamento com a Avalanche Tortuosa tem ficado cada vez pior.

— Hmph! Aquela menina que é boba, eu apontei falhas no treino da arte dela e ela diz que eu não era do clã dela para poder falar sobre as falhas na sua cultivação.

— Bem...

O Ancião por um momento fica sem palavras. Ele tem certeza que se alguém de fora viesse e começasse a acusar falhas na Artes Principais do seu clã ele não ficaria nada alegre.

A questão é que depois de ser ensinada por alguns dias por Mythro, não só Laura Tigre, mas os jovens da e os velhos do clã Bestas Aliadas desenvolveram novas práticas de cultivo, que geravam resultados melhores.

A qualidade da cultivação dos jovens ficou muito melhor na Bestas Aliadas. Quando a Montanha do Tigre Branco ficou sabendo disso, ela começou a aprender com a Bestas Aliadas, e isso gerou um resultado na qualidade da jovem geração que eles não tinham faz tempo.

Por alguns bilhões de gradães, eles melhoraram a qualidade da atual geração, e de todas as próximas de maneira permanente.

Foi um custo irrisório, se comparado ao resultado!

Mas não conseguindo mudar a cabeça de Laura, o ancião acaba a levando junto com si e uma pequena comitiva.

Levam algumas horas para chegar. Os guerreiros em cima dos cavalos abrem a passagem, e a carruagem sendo puxada por Cães do Mato de Terceiro Reino assustam os monstros e animais mais fracos.

Esses cães eram parte da elite do clã. Somente Alto Anciões e Mestres de clã podiam ter a honra de ter animais tão poderosos puxando carruagens.

Obviamente para algo tão importante, um ancião não seria representante o suficiente. O pai e mãe de Laura, seu avô e cinco anciãos foram convocados.

Ao chegar perto de um precipício a comitiva para. No ar, alguns anciões e reis observam o longo rio.

A menina Anast está do lado de seu pai. Ela, claro, estava sendo suspensa no ar pelo seu pai, não porque tinha alcançado o terceiro reino.

O pai de Laura vai na frente seguido de sua mãe. Quem a leva ao ar é seu avô, que estala a língua pela irresponsabilidade do filho de levar a própria filha.

Ainda mais na frente de um outro clã. O Alto Ancião já tinha um roteiro feito na cabeça dos próximos eventos.

 — Mol.

— Tigre.

Os dois homens trocam “formalidades no ar”. Infelizmente a filha dos dois brigaram tanto que facções dentro dos clãs se levantaram, pedindo que houvesse um limite na amizade dos dois clãs.

Na Montanha do Tigre Branco, eles acreditavam que Laura, a próxima matriarca, deu um conselho sobre cultivação para a futura matriarca do clã Avalanche Tortuosa e eles deviam estar muito agradecidos. Alguns até diziam que ela só iria se tornar rainha devido a esse conselho.

Alguns bardos até cantavam musicas sobre como Laura salvou Anast de uma deviação de qi.

— Onde está seu Alto Ancião, patriarca Mol?

— Felizmente eu não preciso dele para minha filha voar ao meu lado, então o deixei em casa.

— Hã, o quê? — Carlos Tigre se vira e vê seu pai, carregando sua filha ao ar.

A menina olha para ele com um olhar ameaçador. Seu olhar dizia: Como você me faz passar vergonha na frente dessazinha?

Carlos engole em seco. Até sua esposa do seu lado fica um pouco envergonhada. Ela e Carlos eram o casal preferido da geração deles, pois os dois eram os mais esquentadinhos, tentando lutar contra tudo e todos quando eram jovens!

Uma característica que Laura herdou muito bem deles.

— Entendi agora porque você ficava apontado seu dedo para lá e para cá, Laurinha. Se você não ficar miando, vão esquecer que você existe.

Laura fica vermelha de vergonha. Sua aura explode, e o rosto de Anast fica medroso por um momento.

— Quando você chegar no topo do segundo reino, talvez possa falar com seus punhos. Ah, é, engano meu... Até quando estamos no mesmo nível eu sou mais forte que você, imagina agora que minha cultivação está à frente!

— Ora, sua!

Anast Mol estava quase no topo do segundo reino. Sua gestação já tinha completado 9 meses através do uso de pílulas que aceleravam a gestação. Porém, ela ainda não venceu a Preguiça, e devido a isso não conseguia cruzar para o topo do segundo reino.



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