Volume 1 – Arco 2
Capítulo 212: Finalmente Casados
Mits e Mythro se levantam novamente, e se olhando, se abraçam. Eles juntam suas Jasmim-Borboleta-Branca e começam seus votos informais. Começando por Mits:
— Mythro. A primeira vez que eu te vi, você estava falando com meu irmão. Trinto, que hoje não está mais conosco. Minha mãe vivia me falando sobre como um dia eu iria encontrar alguém forte, que me carregaria nos braços e que caçaria com meu pai e meu irmão. E que meu coração sempre ficaria preocupado quando eles fossem, mas ficaria muito alegre quando eles voltassem. E então meu pai abraçaria minha mãe, meu irmão abraçaria sua esposa e eu abraçaria meu marido. E nos juntaríamos na cozinha para cozinhar, e depois comer. Conversando como foi a caça dessa vez, se foi perigosa. Ela falava que pelo jeito que eu era dengosa eu ficaria agarrada no meu marido, fazendo ele segurar o nosso bebê o tempo todo enquanto eu dava comida na boca dos dois. E como Trinto e meu pai ririam de você mas, ela sabia que contanto que fosse o homem que eu, Mits, tivesse escolhido. Ele ia me segurar forte no seu braço com um sorriso no rosto, iria me beijar e diria como me amava e que nosso filho ia ser o mais forte, e que chegar de cada caça e poder ser paparicado pela pessoa que ele mais ama era toda a fortuna que ele precisava dessa vida.
Olhando nos olhos rosas de Mits, Mythro começa a chorar junto com ela. Sentindo cada emoção presente na fala, expressão e contexto.
— E eu sei que você é esse homem. O que não precisa mostrar esse lado para mais ninguém além de mim. O que não vai guardar segredos. O que vai varrer tudo a sua frente para me encontrar e me salvar. Mesmo eu não precisando tanto assim.
Os acompanhantes dos noivos riem em meio aos soluços.
— Trinto e minha mãe não puderam nos ver crescer. Minha mãe também não viu seus olhos dourados, sua pele, seus dedos e unhas, não pode ouvir sua voz ou seu sorriso. Ela não pode ver nada disso, mas, eu sei que no coração dela, ela sabia de alguma forma como você seria. Ela já conhecia a sua alma. E Trinto, sempre me disse que ele tinha me arrumado o melhor homem do abismo. E que se eu não me casasse com ele, me arrependeria para sempre. Meu pai brigou com ele aquele dia, mas, tenho certeza que agora ele concorda.
Mitri quase cai. Precisa ser suportado por Fernan. Seu único braço tenta conter os fluidos que saem por seus olhos, nariz e boca de tornarem a situação ainda mais viscosa.
Fernan também mal se continha, e tremia chorando. Se lembrando de sua antiga Senhora, e de seu pupilo.
— Eu te amo. Te amo além do que foi preparado por nós pelo destino. E quero viver com você através das épocas. Sendo sua princesa, sua rainha, esposa, preferida, única, derradeira e verdadeira. Sou sua, desde o momento que te vi, eu fui.
A Jasmim-Borboleta-Branca começa a mudar sua cor. Nas mãos de Mits, as pétalas que se semelham a asas de borboletas, batem e tomam cores belas. Rosa, azul celeste, azul escuro, laranja, verde, vermelho, dourado, e outras cores sutis e misturadas.
Mythro incia seu discurso:
— Mits. Você foi a segunda pessoa na minha vida que me fez sentir esperança. E a primeira achou um garotinho sujo no chão e o levou para casa para que se tornasse seu irmão. Lembro de ter visto homens que podíamos confiar se tornarem encarnações vis por manipulações simples e promessas vazias. E nesta exata época conheci você. Era algo inocente e estranho, mas conforme passávamos o tempo juntos, pude ver que tinha achado alguém tão precioso quanto as outras pessoas tão preciosas na minha vida. Mas desta vez esta pessoa não simplesmente me dava conselhos, ou me dizia o que eu fiz de errado. Ela sentava comigo e dizia que teria feito o mesmo, mesmo eu sabendo que tinha errado uma coisa ou outra. Quando punhos foram levantados contra mim, se colocou na frente e gritou que juntos poderíamos continuar lutando, e vencer qualquer coisa. Eu jurei morte a pessoas, e você jurou comigo. Eu jurei salvar pessoas, e você jurou comigo. Não existe e nem existirá uma pessoa que eu queria mais do meu lado que você. Minha vida é uma promessa sem fim de guerras e você optou por viver essa carnificina e ficar do meu lado, e até mesmo, ter bebês meus. Você merece esta vida, e eu estou disposto a te dar. Se um dia formos separados, eu irei te buscar não importa onde.
A Jasmim-Borboleta-Branca na mão de Mythro passa por suas mutações. Cores belas, e sempre dotadas de dourado e azul intensos sobressaem, até que a própria Jasmim comece a bater asas e voe de suas mãos. Ela começa a rodear a de Mits, como se aguardando uma reação.
Mythro toca na Jasmim de Mits e, como se um toque concebesse vida, a Jasmim começa a bater as asas e voar.
Por último eles juntam os caninos cinzas e Mitri queima os dois com um chifre com feno enrolado na sua base.
— Os lobos vivem e morrem juntos... — Mitri murmura, olhando para seu genro e filha.
Os três casamenteiros batem as palmas, e logo todos na região os acompanham.
— Vida longa ao Lorde Patriarca!
— Vida longa a Sra Mits! Senhora da Gruta!
— Que seu casamento seja eterno!
— Bençãos do seu povo!
Diversos desejos são jogados. Mythro consegue sentir um karma intenso se movendo e se conectando a ele.
— Assinem o Livro do Amor.
Um pesado, enorme livro aparece na mão do casamenteiro do meio. O da esquerda invoca uma tinta, e o da direita uma pena branca ornada.
Mythro toma a iniciativa e abre o livro. Ele passa as páginas buscando pela última. Quando chega a página mais recente, pelo fim das linhas disponíveis, ele escreve seu nome. Então, Mits, escreve seu nome ao lado.
— Pelo poder em mim investido no Oeste como casamenteiro das Casas Maiores, declaro Mythro Zumb’la e Mits Paschi casados! Que a celebração se inicie!
Mythro puxa a cintura de Mits, e com um profundo olhar, a beija.
Os pais ainda limpando o choro e muco de seus rostos, se aproximam e esperam o jovem casal terminar um dos mais importantes beijos da vida de casado deles. O primeiro.
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— Nosso Lorde está feliz. Jamais o imaginei dizendo tais coisas. Quer dizer, metade delas sim. A Sra Mits no entanto... — Alura comenta sentada nos assentos exclusivos.
— Pensei que a esposa do chefe ia ser mais como ele. Tipo... Argh, vamos matar todos eles meu amor! Morte ao norte porra, empalar suas cabeças pelo cu! — Arkab comenta, e gesticula exageradamente.
— Arkab... Camilitiafso!
— Aí mana, hoje você não pode me dar cascudos!
Odyel ri ao lado. Seus olhos estão cheios de lágrimas, e suas mãos tremendo. Percebendo um olhar, ele se vira. Bianchella, que o estava olhando cora e desvia o olhar.
— ?
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— Pai, vamos falar com ele hoje? — Uma jovem voz se dirige a um homem alto e forte ao seu lado.
— Sim. Mas vamos aproveitar um pouco a festa antes. Quanto tempo faz que não saímos de casa? — o homem diz, soando livre e levemente empolgado.
— A vida toda. — O garoto responde.
— A vida toda, papai. — uma garota nos ombros do homem responde.
— B-B-Bem, vocês... Eu não... — Envergonhado, o homem responde.
— Ymir! — Uma mulher belisca o homem.
— Iemanjá, não me repreenda na frente das crianças.
— Então cresce seu grandalhão bobão!
Os dois começam a rir do fato do pai ter levado bronca.
— Iansã, Xangô, quietos! — Iemanjá repreende os dois e, fazendo bico, eles param.
— Hey. Olha, os recém casados estão saindo mais pro fundo da montanha.
Iansã percebe a movimentação e aponta para Mythro e Mits saindo. Ela olha pro pai e pra mãe que se olham estranho.
— O que será que eles vão fazer? A festa acabou de começar, deve ter um monte de gente querendo falar com eles.
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Depois de alguns minutos voando em velocidade máxima, eles chegam no quarto dentro da fortaleza, que era também a Casa Maior.
— Mythro, Mythro!
Os olhos de Mits ficam irradiando poder rosa. Seus cabelos parecem se mover em furta cor, seus braços mudam de finos e macios para fortes e firmes.
Mythro luta para não ser completamente dominado pela força enorme de sua esposa sedenta.
— Mits, calma, a gente tem que voltar depois, temos que estar apresentáveis.
— É só não sujar a roupa então, né?
Mits intendia somente tirar a roupa, mas acaba rasgando seu vestido completamente. O traje de Mythro é rasgado em pedaços por ela.
Parando um momento para admirar o corpo nu de Mythro, Mits começa a se tocar, já antecipando o que provavelmente vai sentir.
Suas mãos passam por seus seios e vão descendo pela barriga, enquanto ela vai empinando a bunda. Sua boca vai se aproximando do umbigo do jovem Hipernova.
Sendo atacado por uma sensação intensa subta, Mythro puxa o cabelo de Mits para que ela possa o olhar. Ele a puxa e a beija, sua outra mão começa a deslizar por seu dorso até chegar na bunda, que ele bate e aperta.
Soltando um pequeno gemido, Mits empurra Mythro na cama e monta em cima dele, mas ainda sem penetrar.
Beijos e apertos comem solto, o rosto delicado de Mits fica completamente vermelho, assim como as marcas de mão em sua bunda.
A virando para baixo, Mythro finalmente dá a Mits o que ela mais esperava...