Apenas um Sonho Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1

Capítulo 5: Mate, Mate, Morra

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O sol lentamente descia em direção às montanhas, mas não o suficiente para se esconder entre elas. Os participantes estavam reunidos no pátio, enquanto era exibido no telão a frase; “Mate, Mate, Morra”. Aria estava junto de suas duas amigas de confiança até agora, Emily Turner e Emma Brown. Joey havia deixado seu melhor amigo Kevin Jhonson de lado, para poder seguir Hina Takahashi como quisesse. Hina, mesmo incomodada, não tentou resistir às aproximações de Joey. Na verdade, ela já tinha algo em mente.

Ryan Garcia estava separado de todos eles, assistindo de dentro dos corredores, pela janela. O mesmo fazia Ethan Kim e Mia Cooper, que estavam no segundo andar, observando tudo por cima.

— Mate, Mate, Morra… o que você acha disso, Kim? — Ethan não respondeu. Estava com os olhos focados nas pessoas abaixo, prestando atenção em suas reações.

De dentro dos corredores, vindo de trás da grande fonte no meio do pátio, o homem de cabelos cacheados da última prova apareceu. Estava vestindo um terno preto, acompanhado por uma calça larga branca. Com uma gravata vermelha perfeitamente posicionada sobre a gola do terno. O homem passou ao lado da fonte, e parou em frente a todos.

— Mate, Mate, Morra. Um jogo simples, com objetivo bem transparente. Primeiramente, meu nome é Francesco Ricci, serei um dos coordenadores aqui.

O jogo consiste em uma tabela de pontos. A pontuação de cada participante será zerada, e seus pontos originais serão armazenados dentro dos braceletes. Para a prova atual, uma quantidade aleatória de pontos será adicionada para cada jogador. A quantidade irá variar entre 200 e 400. Estes pontos não irão influenciar em nada no evento fora da prova, são apenas pontos temporários. A prova terá três estágios. No primeiro estágio, todos estarão no pátio, e precisarão de 500 pontos para avançar aos corredores. No segundo estágio, precisarão de 800 pontos para avançar ao segundo andar. E continuará neste ciclo, até atingirem o terraço do colégio.

Para conseguir pontos, é bem simples. Apenas terá que mirar seu bracelete para alguém que tenha menos pontos que o usuário atual, e ditar a palavra; Mate. Se o usuário escolhido tiver menos pontos, então ele perderá 30 pontos, e o atual receberá 30. Caso ele tenha mais pontos, o contrário ocorrerá. O usuário atual perderá 30 pontos, e o adversário receberá 30.

Também existe outra forma de receber pontos, pois existe uma outra palavra chave no jogo. Esta é; Morra. Se o usuário atual ditar esta palavra, existirá uma chance da jogada ter sucesso. Mas isto é totalmente aleatório. E se falhar, o usuário atual perderá um terço de seus pontos. E se funcionar, ele ganhará um terço dos pontos do adversário.

Para saber quantos pontos um jogador tem, basta apontar o bracelete em sua direção, e a quantia será exibida para o usuário. Entretanto, apenas para o usuário. Os jogadores terão uma hora, e em uma hora, precisam chegar no terraço. Se não, ganharão pontos equivalentes a qual estágio o usuário parou. Se o usuário parou no primeiro estágio; pátio, então ele não receberá pontos nenhum. Os pontos recebidos desta forma, são pontos reais.

— Todos entenderam as regras? Muito simples, não? Espero que todos tenham entendido, pois não explicarei novamente. De qualquer forma, entendido ou não, que comecem os jogos…

Após Francesco anunciar, um contador apareceu no telão, abaixo do título da prova. Marcava 59:59, e ia descendo a cada segundo. Aria olhou entre suas amigas, com uma expressão confusa.

— Você entendeu as regras, né? — questionou Emily.

— Mais ou menos…

— É bem simples. Acho que dessa vez, vamos todos conseguir sem problemas.

Elas discutiram entre si, e do outro lado do pátio, Joey ainda seguia Hina como um patinho atrás da mãe.

— Que coisa idiota. É só a gente achar uns otários que tem menos pontos que a gente! — exclamou Joey, com arrogância. Hina deu uma risadinha amigável em resposta, e olhou para Joey.

— E quantos pontos você tem? — perguntou, e Joey olhou para si mesmo.

— Eu… tenho… — demorou um pouco para responder, pensou, e então disse: — Eu não sei…

Hina riu suavemente de Joey, com um olhar profundo.

— Quantos eu tenho, meu docinho? — perguntou ela, sorrindo para ele. Joey mirou seu bracelete em Hina, e o número 320 apareceu.

— Você tem trezentos e vinte… e eu? Quantos eu tenho?

Hina riu novamente, e apontou o bracelete para Joey. O número 260 foi exibido.

— Você tem… trezentos e quarenta! Que sorte, não é?

— Quarenta? Então eu tenho mais do que você? — perguntou Joey, com um sorriso escroto abrindo em seu rosto.

— Sim! Você tem vinte pontos a mais que eu! — respondeu, em um tom tão inocente quanto o de uma criança.

Joey deu uma gargalhada baixa, e apontou o bracelete para Hina novamente.

— Mate! — gritou, com vontade e satisfação na voz. Logo, os pontos de Hina aumentaram em 30, e os de Joey subtraíram a mesma quantidade.

Hina deu uma risada, e o olhou com uma expressão serena.

— Seus pontos… aumentaram? Não era para diminuir? — perguntou Joey, com seu sorriso lentamente desaparecendo.

— Os meus aumentaram, foi? Os seus também, Joey! Agora você tem trezentos e setenta! — exclamou a garota, quando na verdade, Joey tinha 230 agora.

— Mas… por que usou isso em mim, Joey? Queria tirar meus pontos…?

— N-não! Claro que não! Eu já sabia que nenhum de nós dois iria perder. Era apenas o truque daquele tal de Francesco.

Hina forçou uma expressão de decepção, e olhou fundo nos olhos de Joey.

— Está mentindo para mim…? Você sequer se importava. Quer saber? Fique sozinho ai com seus pontos, e Mate quem você quiser. — Hina disse estas palavras, mirando o bracelete para Joey. E como ela disse Mate, ele perdeu mais 30 pontos, e ela ganhou a mesma quantidade.

Joey, sem entender como ela ganhou repentinamente trinta pontos, ficou confuso. Não havia percebido que ela disse Mate em meio às falas, e começou a cogitar que Hina estivesse trapaceando. “Como ela…” pensava consigo mesmo.

Enquanto as pessoas abaixo raciocinavam em como ganhar pontos, Ethan e Mia já estavam no segundo andar. Por estarem três estágios à frente, ganharam 800 pontos a mais, que é a quantia necessária para subir no segundo andar. Agora, Ethan tinha 1150 pontos, e Mia tinha 1200.

— Olha, Ethan! Você tem… hum… 400 pontos, é o máximo não é? — mentiu Mia, com uma expressão que já mostrava sua falsa confiança.

Ethan se virou para a garota, e mirou o bracelete em sua direção.

— Você tem mil e duzentos. Estamos muito à frente dos outros agora, Cooper. Não precisa tentar me enganar ainda. É mais estratégico sabermos nossa quantia exata agora, antes que os outros cheguem até aqui.

— C-certo! Desculpe… é que…

— Apenas diga, Mia.

— Você tem mil cento e cinquenta apenas… desculpa…

Ethan a olhou por alguns segundos, e então disse:

— Mate. — E em seu bracelete, Mia subiu 30 pontos. Ele soltou um resmungo, e então tornou os olhos a ela novamente. Agora, tinha mais credibilidade nas palavras de Mia.

— Apenas não minta mais para mim, Cooper.

— Certo! Nós… vamos passar isso juntos, né? — disse Mia, em um tom mais baixo. Ela parecia tímida.

— Talvez.

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Nos corredores do primeiro andar, Ryan Garcia estava encostado em uma parede, assistindo as pessoas no pátio. Havia uma parede holográfica na entrada dos corredores, que marcava o número 500. Apenas quem tivesse 500 pontos poderia passar dali. Ryan já tinha 500 a mais, por estar nos corredores. Então agora, tinha 710. Quase o suficiente para o segundo andar.

— Ganhando pontos apenas por estar no lugar certo, na hora certa… que lugar traiçoeiro, hum? — disse Ryan, para si mesmo, dando uma risadinha no final.

Continuou recostado à parede, observando a janela. Seus olhos estavam focados em Aria e suas amigas, que olhavam entre si com desconfiança.

— Nós… vamos tentar ir nos outros ou… teremos que lutar entre nós? — perguntou Emma, puxando seu cachecol para perto de seu rosto, e escondendo sua boca com aflição.

— Do que está falando, Emma? Somos amigas, não somos? Então temos que confiar em nós mesmas. Vejam… estamos em trio. Se alguma de nós mentir a quantidade de pontos, a outra vai saber. Só precisamos ter confiança até o final!

Emily colocou uma mão no ombro de Emma, confortando-a.

— Aria tem razão. Não se preocupe, ninguém vai trair você aqui! — animou-a, apalpando as costas de Emma. Em resposta, a garota lentamente abaixou o cachecol, mostrando sua face completa novamente.

— Então vamos começar! Quantos pontos eu tenho, Emi? — perguntou Aria, enquanto começava a ficar ansiosa para conseguir mais pontos. Emily apontou o bracelete para Aria, e Emma fez o mesmo.

— Duzentos…  e noventa. Acho que está na média — disse Emily, voltando os olhos para Aria.

— É verdade isto, Emma? — perguntou, com um grande sorriso.

No bracelete de Emma, realmente exibia o número 290. Emma ficou pensativa, se talvez deveria falar a verdade, ou talvez tentar separar as duas ali. Mas, ela sequer sabia a quantidade de pontos que ela mesma tinha. Se ela desmentisse o que Emily disse, Aria provavelmente confiaria apenas em Emma. Conseguindo assim afastar a garota “desconhecida”.

— Emma? O que foi, ela mentiu? — perguntou Aria, com uma expressão de curiosidade.

— N-não. Você tem duzentos e noventa… Emily não mentiu. — Emily olhou para Emma com desconfiança, percebendo o conflito interno que ela teve naquele momento. Emily agora observava Emma com um olhar de suspeita, e um sentimento desconfortável, como se talvez, Emma não a quisesse ali, junto de Aria.

— Ótimo! Bom… vamos ver… — Aria apontou o bracelete para Emily. Hum… trezentos e vinte! Bem alto, Emi! — exclamou. Mas Emily estava perdida em seus pensamentos, observando a linguagem corporal de Emma.

Percebendo que Aria estava tentando falar sua pontuação, ela logo restaurou o foco.

Ah! Desculpa, eu estava viajando aqui. Quantos pontos eu tenho mesmo? — perguntou, abrindo um sorriso para Aria.

— Trezentos e vinte — respondeu Emma, mas desta vez, sua voz tinha um tom mais sério. Emily ficou desconfiada ao ouvir Emma responder a pergunta, mas quando viu Aria concordar com a cabeça, ela se convenceu.

— Então agora que sabemos nosso pontos, podemos roubar os de uns otários. Vamos lá, meninas! Que tal vermos se o Joey tem poucos pontos primeiro? Haha! — disse Emily, confiante. Aria adorou a ideia, e Emma concordou com a cabeça. As três foram procurar o valente Joey, enquanto sorrateiramente pegavam uns pontos no caminho.

A partir do momento que um usuário descobre seus pontos nesta prova, ele tem o jogo praticamente ganho. Pois os outros jogadores, por não saberem suas quantidades de pontos, não tem a mínima noção de quando perdem pontos. O que acaba os comprometendo pelo resto da prova.

Com Joey, as coisas estavam ficando caóticas. Hina havia o abandonado, deixando-o com a ideia de que tinha mais de 300 pontos, quando na verdade, tinha apenas 200. Joey estava confuso, com medo de agir pois não sabia se Hina mentiu para ele ou não. Mas seu rosto era tão belo, suas atitudes tão delicadas, Hina era uma garota tão doce. Por que estaria mentindo para ele? Estas questões consumiam seus pensamentos.

Três pessoas aleatórias já haviam partido do pátio aos corredores. Elas acumularam os quinhentos pontos, e a pequena barreira holográfica se abriu para estas pessoas. Vendo isto, Joey se sentiu para trás novamente, assim como na primeira prova.

Furioso, ele sentou-se no chão, e começou a pensar. Enquanto tentava montar uma estratégia, seu amigo Kevin Jhonson passou diante de seus olhos. Estava gritando “Mate” para todos os cantos. Com uma grande quantia de sorte, ele havia começado com 400 pontos. E sair dizendo Mate para todos, fez com que seus pontos aumentassem o suficiente para alcançar os corredores. Já tinha 580 pontos, mas ele não tinha a mínima noção disso.

— Ei, idiota. Você já tem quinhentos pontos, o que está fazendo aí? — perguntou Joey, derrotado ao chão.

Hum? Eai, mano. Já tenho os pontos? Valeu por avisar. Inclusive, você tá bem ferrado. duzentos pontos Joey? Você já foi melhor — disse, e então saiu andando a caminho da barreira dos corredores.

Joey pensou sozinho por um tempo, e então exclamou bem alto, em meio a multidão.

— Duzentos pontos?! Desgraçada! — gritou, com raiva. Seus berros puderam ser ouvidos dos corredores, onde Hina estava caminhando. Ela olhou para a janela, sendo Joey a primeira coisa que avistou. Lhe lançou um sorriso amigável, e então desapareceu para dentro do colégio.

Ouvindo isto, a visão de todos voltou-se para Joey. Em meio a multidão, ele era o que tinha menos pontos dali. Absolutamente qualquer pessoa poderia lhe tirar 30 pontos. Notando isso, ele começou a se afastar. As pessoas estavam começando a perceber a fonte de pontos em frente a elas. Mas ninguém disse “Mate” para Joey de primeira.

Desesperado, o garoto tornou-se para uma pessoa aleatória, e gritou em desespero:

Morra! — ao mesmo tempo, várias pessoas começaram a dizer Mate para ele em sequência.

— Mate!

— Mate!

— Mate!

— Mate!

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Quando todos se acalmaram, e olharam a quantia de pontos que o garoto tinha, ficaram incrédulos. Joey agora tinha 730 pontos. Na verdade, quando ele disse “Morra”, ganhou 100 pontos. A jogada havia funcionado, e ele ganhou um terço dos pontos de um participante com 300 acumulados. Desta forma, os que disseram Mate a ele, e tinham menos de 300, todos perderam 30 pontos, e os pontos de Joey foram apenas subindo.

Assustado, Joey olhou para a multidão. Os pontos de todos haviam descido em uma quantidade ridícula. Pois aqueles que gritavam Mate, não gritaram apenas uma vez. Os jogadores ali logo começaram a discutir entre si sobre os pontos perdidos, enquanto Joey arregalava seus olhos, observando-os.

— Eles… perderam…? — perguntou, com a boca aberta em surpresa. Aqueles que ficaram com 0 pontos naquele momento foram desqualificados da prova, e não ganharam nenhum ponto real por competir.

Aria e suas amigas, se aproximando para ver o que estava acontecendo, notaram que Joey estava ridiculamente disparado acima delas.

— Como é que ele… — murmurou Emily, boquiaberta.

Joey, ouvindo a multidão comentar sobre seus 730 pontos, resolveu testar a teoria. Se aproximou da barreira de 500, e atravessou com facilidade. Seu corpo estava tremendo, e nem ele podia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Um grande sorriso abriu em seu rosto, e ele seguiu seu caminho gargalhando em comemoração.

— Que otário… — sussurrou, Aria para suas amigas. — Não acredito que ele conseguiu.

— Ignore ele — disse Emily, para Aria. — Temos um objetivo a cumprir. Vamos, já temos os quinhentos pontos.

As três garotas já tinham mais de 500 pontos. Na verdade, Aria já tinha 750. Algum idiota tentou usar um “Morra” nela, mas falhou. E ela recebeu um terço dos pontos desta pessoa.

Passando pela barreira de quinhentos pontos, logo à frente de Emily, Michael Turner passou radiante. Com os cabelos cintilando, e uma expressão serena. Olhou de canto para sua irmã, a face mais charmosa que alguém poderia ter naquele lugar. Deu uma piscadinha para as garotas, e então disse:

— Mate, maninha.

Emily logo perdeu 30 pontos, e Michael saiu andando, pimposo.

— Desgraçado! Grrr… — Emily rangeu os dentes, e Aria a acariciou, consolando-a.

O tempo foi se passando, as pessoas foram ganhando e perdendo mais e mais pontos. Joey tinha aprendido como se jogava, e agora não estava agindo como um idiota mais. Ryan Garcia já estava no segundo andar, e já havia passado por Ethan. Notando os pontos que ele e Mia já tinham, ele sequer se atreveu a conversar com os dois.

Mate — sussurrou Ethan, olhando para Ryan. O garoto sem saber perdeu 30 pontos, e Ethan ganhou 30.

— Que crueldade… Haha! — caçoou Mia, rindo sozinha enquanto Ryan se afastava.

— Não seja egocêntrica. Preciso de mil e duzentos pontos ainda, você já os têm — explicou Ethan, dando um olhar arrogante para Mia. Apenas olhar para a expressão do garoto dava a mesma sensação de tomar um sermão dos pais.

Precisava-se de 1200 pontos para subirem ao terraço. Mia, sortuda, já iniciou com estes pontos. Para Ethan, faltavam-se apenas 50. Quando chegassem ao terraço, estariam com a prova ganha.

Ryan Garcia, do outro lado do segundo andar, deu de cara com Aaliyah Abioye nos corredores. A misteriosa garota de olhos amarelos e cabelos pretos bem lisos, que não costumava falar muito. Ryan apenas passou ao lado dela, sem se importar. Ele tinha 100 pontos a mais que a garota, mas não quis prejudicá-la.

Mate — disse a garota, atrás de Ryan. Ele ganhou 30, e ela perdeu.

— O quê…? — perguntou, virando-se para ela.

— Mate — repetiu Aaliyah, que perdeu mais 30 pontos. Ryan não entendia o porquê da garota estar lhe dando pontos de graça desta forma. Talvez não soubesse que ele tinha mais pontos que ela. Mas de qualquer forma, ela veria que ele ganhou pontos em vez de perder na primeira vez que disse “Mate”.

— Você está com algum problema? — perguntou, confuso.

Morra — finalizou a garota, e Ryan perdeu 300 pontos. Aaliyah, que tinha apenas 900, ganhou os 300 e ficou com 1200, o suficiente para subir ao terraço.

Ryan ficou sem entender absolutamente nada, boquiaberto.

— Obrigada — agradeceu, e então a garota se direcionou para as escadas que levavam ao terraço.

Observando aquilo de longe, Ethan ficou intrigado. “Como eu pensei… parece que a função ‘Morra’ não é exatamente aleatória… interessante.” pensou, e logo em seguida, Aria Harper subiu para o segundo andar. Estava com 1250 pontos, pois Emma havia lhe falado um “Morra”, porque o tempo estava acabando e ela não queria permanecer no primeiro andar. Mas, por azar, o Morra não funcionou.

Isto acabou resultando na separação temporária das três, e Aria subiu sozinha. Ethan, vendo isto, se aproximou da garota que tinha uma expressão desapontada em sua face. Ela olhou para Ethan, e seus olhos tiveram um breve brilho.

— Ethan…? Você já conseguiu os mil e…

Antes que pudesse terminar, Ethan lhe desferiu a seguinte palavra em um tom frio:

Morra.

Aria logo perdeu 400 pontos, e agora Ethan tinha 1550. A garota o observou, incrédula com o que ele tinha acabado de fazer. Talvez ele tinha acabado de traí-la, ou talvez ele nunca sequer se importou com ela.

— Por que você…

— Não, Aria. Lembre-se… você confia em mim? — perguntou, e a garota não respondeu. Apenas o observou, com tristeza nos olhos. Mas a força que vinha de seu interior falou mais alto, e sem perceber, ela soltou um “S-sim” gaguejado em resposta a pergunta de Ethan.

— Então não tem nada a temer. Se você confia em mim… então… — Ethan não completou a frase, e apenas olhou para o chão. Logo, desviou seu olhar para Mia, que estava do outro lado do corredor.

— Não deixarei que ela passe de mil e duzentos. Então se você confia em mim, saberá o que fazer.

O olhar de Aria desviou para Mia, que estava em frente às escadas que levavam ao terraço. Ela tinha exatos 1200 pontos, e as palavras de Ethan tocaram em seus pensamentos. No fundo, ela lembrava exatamente de apenas uma frase. “Se você confia em mim… então… Mate”.

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Notas:

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