Volume 2

Capítulo 33: Como esperado, os Haulia eram vergonhosos

Humanos e Demi-Humanos caminhando juntos dentro do |Mar de Árvores|.

Vendo isso, os Demi-Humanos parecidos com tigres olharam para Kam e sua tribo como se eles fossem traidores. Eles prepararam suas espadas de gume duplo enquanto assumiam suas posturas. Dez desses Demi-Humanos foram cercar eles enquanto emitiam sua intenção assassina.

(Kam): “Nó-nós somos...”

Kam, que estava encharcado de suor frio, tentou inventar alguma desculpa. Ao mesmo tempo, os Demi-Humanos parecidos com tigres deram uma olhada em Shia, assim, seus olhos se esbugalharam.

(Tigre A): “Essa não é... a Mulher-Coelho com cabelo prateado? Malditos... então vocês são a tribo Haulia... uma desgraça para a raça dos Demi-Humanos! Por anos vocês nos enganaram para criar essa criança tabu e desta vez vocês trouxeram humanos aqui! Traição! Eu não vou escutar nenhuma desculpa! Todos vão ser executados aqui! Todos se prep....”

] DOPANn!! [

Ao mesmo tempo que o Demi-Humano tigre disse que não haveria mais negociações e tentou ordenar um ataque, o braço de Hajime se moveu. Um disparo seguido de um clarão pôde ser ouvido e então, algo raspou na bochecha do tigre, deixando marcas de furo nas árvores enquanto desaparecia na floresta.

O Demi-Humano tigre que foi atingido de raspão congelou onde estava incapaz de entender o que tinha acontecido. Se suas orelhas fossem localizadas do lado da cabeça como as dos humanos, ela certamente teria sido arrancada. Todos estavam impressionados pelo som explosivo desconhecido adicionado a um ataque tão rápido que eles foram incapazes de reagir.

Nesse lugar, a voz de Hajime podia ser ouvida acompanhada de uma extraordinária pressão. Era o resultado de uma magia especial chamada ‖Pressão‖ que aplicava diretamente pressão física ao inimigo.

(Hajime): “Esse ataque de agora, eu posso atirar ele dez vezes consecutivas. Eu já sei quantos de vocês estão nos cercando. Vocês já estão na minha zona de morte”

(Tigre A): “Qu-qu... o canto...”

Ser capaz de atirar ataques invisíveis sem encantamento em sucessão e saber a localização de seus companheiros fez o Demi-Humano tigre gaguejar involuntariamente. Para provar o que disse, Hajime facilmente puxou [Schlag] e mirou em uma certa direção. Um dos subordinados do Demi-Humano tigre estava nessa direção. De dentro do nevoeiro, um sinal de agitação podia ser sentido.

(Hajime): “Eu não vou mostrar piedade para ninguém que tente interferir. Até que eles tenham cumprido sua promessa, as vidas deles estão sob minha proteção... não pensem nem que conseguirão ficar com um deles”

Além da pressão, Hajime começou a emitir sua intenção assassina. Os Demi-Humanos parecidos com tigres que eram conhecidos como estúpidos e amantes de batalhas suaram frio, começaram a entrar em pânico e gritaram enquanto um deles tentava desesperadamente manter a calma.

[Tigre A]: (“Deve ser uma piada! Como, como isto é um humano!? Ele deve ser um monstro!”)

Para o Demi-Humano tigre que pensou com dificuldade para não ser derrotado pelo medo, Hajime continuou a falar enquanto preparava [Donner] e [Schlag].

(Hajime): “Contudo, se vocês recuarem agora, eu não vou persegui-los. Se vocês não são inimigos, então não há motivo para eu mata-los. Bem, agora escolham. Vocês vão ser meus inimigos e vão ser aniquilados de forma inútil ou vocês vão quietamente voltar para casa?”

O Demi-Humano tigre estava convencido de que no momento em que desse a ordem para atacar, o clarão que ele viu antes iria voltar. Se isso acontecesse, não havia chances para eles sobreviverem.

Esse Demi-Humano tigre era o capitão da Segunda Guarda de Faea Belgaen. Seu trabalho era proteger a área entre |Faea Belgaen| e a vila ao redor, eram seu orgulho e compromisso neste trabalho que protegiam seus irmãos de intrusos e Feras Mágicas. Além disso, não era fácil para ele decidir entre recuar e proteger a vida de seus subordinados.

(Capitão): “... antes disso, eu quero saber uma coisa”

O Demi-Humano tigre desesperadamente tentou questionar Hajime com sua voz rouca. Hajime o incentivou a falar com seus olhos.

(Capitão): “... qual é o seu objetivo?”

Uma pergunta direta. Contudo, dependendo da resposta, ele deixou implícito que ele tinha vontade para lutar mesmo se isso colocasse sua própria vida em risco. Para esse Demi-Humanos tigre, era impossível para deixar alguém que tentou machucar os Demi-Humanos de |Faea Belgaen| e suas vilas vizinhas ir embora, então ele corajosamente encarou Hajime com olhos implacáveis.

(Hajime): “A profundeza do |Mar de Árvores|, eu quero ir para baixo da |Grande Árvore|

(Capitão): “Debaixo da |Grande Árvore|... você diz? Com que propósito?”

O Demi-Humano tigre pensou que o objetivo dele fosse tentar escravizar Demi-Humanos, mas quando ele ouviu que a intenção de Hajime era ir até a |Grande Árvore|, um local sagrado, ele só podia ficar com um olhar perplexo. A |Grande Árvore|, para os Demi-Humanos, era apenas um de muitos lugares dentro do |Mar de Árvores|.

(Hajime): “Nesse lugar, deve ser onde a verdadeira entrada para o |Grande Calabouço| reside. Nós estamos viajando para conquistar os |Sete Grandes Calabouços|. E foi por isso que nós empregamos os Haulia como nossos guias”

(Capitão): “O verdadeiro |Calabouço|? O que você está tentando dizer? Este |Mar de Árvores| é um dos |Sete Grandes Calabouços|. O |Calabouço| onde ninguém, exceto os Demi-Humanos, podem avançar sem se perder”

(Hajime): “Bom, isso é esquisito”

(Capitão): “O quê?”

O Demi-Humano tigre tentou questionar Hajime que respondeu com confiança.

(Hajime): “Para um |Grande Calabouço|, as Feras Mágicas daqui são fracas demais”

(Capitão): “Fracas?”

(Hajime): “Isso mesmo. Todas as Feras Mágicas de um |Grande Calabouço| devem ser monstruosamente fortes. No mínimo, elas deveriam estar no mesmo nível das do abismo do |Grande Calabouço Orcus|. A propósito...”

(Capitão): “O que é isso?”

(Hajime): “Um |Grande Calabouço| é um lugar de provação que os Libertadores deixaram para trás. Você disse que os Demi-Humanos chegam tão facilmente na profundeza? Isso não pode ser chamado de desafio. É por isso que é estranho que o próprio |Mar de Árvores| seja considerado um |Grande Calabouço|

(Capitão): “...”

O Demi-Humano tigre foi incapaz de esconder sua confusão depois de escutar as palavras de Hajime. Isso aconteceu porque ele era incapaz de entender o que Hajime queria dizer. As Feras Mágicas do |Mar de Árvores| eram fracas, o abismo do |Grande Calabouço Orcus|, os Libertadores, desafios do |Calabouço|... essas coisas eram desconhecidas para ele. Se fosse uma situação comum, ele apenas iria dizer que isso era “absurdo”.

Porém, agora, neste lugar, o que Hajime disse era apropriado. Para Hajime que era capaz de esmagar eles, não havia necessidade de inventar desculpas. Além disso, as palavras dele estranhamente os deixaram convencidos. A verdade era que se o objetivo dele era mesmo a |Grande Árvore|, não os Demi-Humanos nem |Faea Belgaen|, ao invés de descartar de forma absurda as vidas de seus subordinados, seria melhor para ele que Hajime apenas alcançasse seu objetivo e então partisse.

O Demi-Humano tigre já tinha decidido isso. Mas ele não poderia apenas deixar Hajime vagando livremente. Como este assunto já estava em suas mãos, o Demi-Humano tigre fez uma proposta para Hajime.

(Capitão): “... se, você não planeja ferir meu país e meus irmãos, eu não me importo que você vá até a |Grande Árvore|, essa é minha decisão. Não há sentido em descartar as vidas de meus subordinados afinal”

Ouvindo essas palavras, houve sinais de comoção nos Demi-Humanos ao redor porque ele estava fazendo vista grossa para os humanos que invadiram o |Mar de Árvores|.

(Capitão): “No entanto, eu também preciso perguntar ao capitão da Primeira Guarda. Além disso, eu devo relatar isso para o meu país. O ancião também pode saber algo sobre a sua história. Se esse lugar realmente existe ou não, até que nós tenhamos uma resposta, espere aqui conosco”

Enquanto suava frio, o Demi-Humano tigre encarou Hajime com força de vontade que podia ser vista em seus olhos. E para suas palavras, Hajime tentou pensar um pouco.

Esse era provavelmente o limite para o Demi-Humano tigre. Ele sabia que intrusos que entravam no |Mar de Árvores| deveriam ser mortos sem a necessidade de uma conversa. Mesmo agora, ele ainda estava querendo punir Hajime e seu grupo. No entanto, as vidas de seus subordinados seriam certamente perdidas. Para evitar isso, e para garantir que um perigo em potencial como Hajime não fugisse, ele fez essa proposta.

Hajime estava um pouco impressionado pelo julgamento racional dele nesta situação. Depois de comparar os méritos entre avançar após aniquilar todos eles e receber a permissão assim eliminando o risco de ser cercado por |Faea Belgaen|... ele escolheu a última.

Se a |Grande Árvore| não fosse a entrada para o |Grande Calabouço|, seria necessário continuar investigando a área. Ao fazer isso, seria mais conveniente ter a permissão de |Faea Belgaen|. É claro que havia o risco de eles se tornarem hostis, mas isso só aconteceria se não existisse outra forma para lidar com a situação. Não era um julgamento que você poderia chamar de humano, simplesmente seria trabalhoso demais procurar pelo |Grande Calabouço| enquanto eles aniquilavam os Demi-Humanos.

(Hajime): “... eu aceito sua proposta. Suas palavras, relate elas sem nenhuma falsidade, entendeu?”

(Capitão): “É claro. Zam! Você escutou, certo? Reporte tudo para os anciões!”

(Zam): “Sim senhor!”

Com o comando do Demi-Humano tigre, uma das presenças desapareceu. Depois de confirmar isso, Hajime guardou [Donner] e [Schlag] em seus coldres em suas coxas enquanto desfazia sua ‖Pressão‖. O ar voltou ao normal. Com isto, o Demi-Humano tigre que anteriormente olhou para Hajime com desconfiança começou a relaxar enquanto se sentia aliviado. Nas mentes de seus subordinados, “Se for agora...” era algo que alguns dos Demi-Humanos tigres estavam pensando enquanto se preparavam para atacar. Hajime que notou isso, apenas riu audaciosamente enquanto os encarava.

(Hajime): “Seu ataque e o meu... você quer ver qual é o mais forte?”

(Capitão): “... bom. Não faça nenhum movimento súbito. Não podemos fazer nada além de reagir a isso”

(Hajime): “Eu sei”

Mesmo que eles ainda estivessem cercados, eles finalmente chegaram a uma conclusão. Kam e sua tribo finalmente suspiraram aliviados. Contudo, os olhares se concentraram neles, olhares mais severos e malignos do que os direcionados a Hajime.

Por um tempo, a atmosfera opressora preencheu os arredores deles, mas talvez por eles terem ficados cansados disso, Yue começou a cuidar de Hajime. Shia que viu a harmonia deles, foi incapaz de lidar com isso e então murmurou “Eu tambéééém”, Hajime só pôde mostrar um sorriso forçado e a atmosfera começou a suavizar. Dentro do território inimigo, subitamente, eles começaram a flertar (pelo menos aos olhos dos Demi-Humanos), Hajime podia sentir os olhares impressionados deles o perfurando.

Depois de aproximadamente uma hora. Shia estava, no momento, imobilizada por Yue dizendo “Desisto! Eu desistoooo!” enquanto batia na mão dela. Os Demi-Humanos olhavam meio impressionados e meio afetuosos. Então, presenças puderam ser sentidas se aproximando deles rapidamente.

Tensão começou a aparecer de novo. Enquanto Shia estava sentindo dor em suas articulações por estar sendo imobilizada por Yue.

De dentro do nevoeiro, várias novas figuras de Demi-Humanos apareceram. O ancião que estava no meio atraiu a atenção deles. Lindos cabelos louros com seus olhos azuis que mostravam grande conhecimento; seu corpo era fino, como se pudesse ser levado com o vento. Para essa aparência solene, algumas rugas estavam gravadas, mas esse contraste apenas acentuava a beleza dele. Acima de tudo isso, suas orelhas eram longas e pontudas. Ele era da tribo da floresta (os famosos Elfos).

Instantaneamente, Hajime presumiu que ele era a existência que era chamada de “Ancião”. Essa suspeita atingiu o alvo.

(Ancião): “Fumu, você é o humano? Qual o seu nome?”

(Hajime): “Hajime. Nagumo Hajime. E você?”

Ouvindo as palavras de Hajime, os Demi-Humanos que estavam por perto pensaram “Como se atreve a tratar o ancião assim!” e o ressentimento deles podiam ser visto. Com uma mão, o homem da tribo da floresta os acalmou e começou a se apresentar.

(Ancião): “Eu sou Alfrerick Hypist. Um dos anciões de |Faea Belgaen|. Muito bem, eu escutei o seu pedido, mas... antes disso, eu tenho algo para te perguntar. Onde você descobriu sobre os Libertadores?”

(Hajime): “Un? No abismo do |Grande Calabouço Orcus|, por um dos Libertadores, no esconderijo de Oscar Orcus”

Sem nenhuma preocupação, Hajime respondeu a Alfrerick que parecia se interessar pela palavra Libertadores. Por seu lado, Alfrerick estava impressionado mesmo que ele não demonstrasse isso em seu rosto. O motivo foi a palavra Libertadores e o nome de Oscar Orcus, conhecido apenas por alguns dos anciões.

(Alfrerick): “Fumu, do abismo, huh... eu não escuto isso há muito tempo... você pode provar?”

Alfrerick fez a Hajime essa pergunta porque havia a possibilidade de essa informação ter vazado da camada superior dos Demi-Humanos. Hajime mostrou uma expressão difícil. Porque mesmo que ele tenha sido questionado sobre uma prova, ele só poderia mostrar sua força. Yue, enquanto inclinava sua cabeça, deu a Hajime uma sugestão.

(Yue): “... Hajime, que tal as relíquias de Orcus e a [Pedra Mágica]?”

(Hajime): “Aah! É verdade, se for aquilo...”

Com um ] Pon [ ele bateu suas mãos e ele pegou a [Pedra Mágica] de alta qualidade que era impossível de se obter das Feras Mágicas da superfície da [Caixa do Tesouro], assim, ele a passou para Alfrerick.

(Demi-Humano B): “Is-isto é... uma [Pedra Mágica] com tanta pureza, eu nunca vi algo assim...”

Mesmo Alfrerick escondendo sua surpresa, o Demi-Humano ao lado dele involuntariamente ergueu sua voz pela surpresa.

(Hajime): “Agora, isto. Ele é o anel usado por Orcus...”

Enquanto ele dizia isso, ele mostrava o anel de Orcus. Vendo o símbolo gravado no anel, os olhos de Alfrerick se abriram. E ele começou a respirar lentamente para controlar suas emoções.

(Alfrerick): “De fato... certamente, você chegou no esconderijo de Oscar Orcus. Mesmo tendo outras coisas que eu quero perguntar... tudo bem. Por enquanto, está tudo bem para vocês virem para |Faea Belgaen|. Aah, é claro que os Haulia também”

Escutando as palavras de Alfrerick, não apenas os Demi-Humanos ao seu redor, mas também Kam e sua tribo Haulia ficaram surpresos. Liderados pelo Demi-Humano tigre, eles começaram a protestar furiosamente. Bem, isso era natural. Um dos motivos era o fato de humanos serem convidados para entrar em |Faea Belgaen|.

(Alfrerick): “Eles devem ser tratados como convidados. Bem, eles são qualificados para isso. Aliás, esta é uma decisão de alguém que tem um assento entre os anciões”

Alfrerick acalmou os outros Demi-Humanos com seu olhar severo. No entanto, desta vez, Hajime foi aquele que protestou.

(Hajime): “Espere. Por que diabos você decidiu o meu destino? Eu estou indo para a |Grande Árvore|, aliás, eu não tenho interesse por |Faea Belgaen|. Se não há outras perguntas, então eu vou até a |Grande Árvore| agora”

(Alfrerick): “Bom, você não sabe? Isso é impossível”

(Hajime): “O que você disse?”

“No fim, você vai interferir?” era o que Hajime estava pensando, mas isso fez com que Alfrerick ficasse perplexo.

(Alfrerick): “O nevoeiro ao redor da |Grande Árvore| é especialmente espesso, até mesmo os Demi-Humanos irão se perder lá. Mas há um ciclo em que o nevoeiro fica mais fino, é por isso que você deve ir até lá nesse período. O próximo momento em que você pode ir será daqui a dez dias... mesmo que esse fato fosse supostamente conhecido por todos os Demi-Humanos...”

Alfrerick estava olhando para Hajime dizendo “Para ir até lá nesse momento, o que você estava pensando?”, então, Kam, o guia, foi visto. Hajime, que tinha acabado de escutar sobre este fato, finalmente entendeu assim que Alfrerick encarou Kam. Falando de Kam...

(Kam): “Ah”

Exatamente. Ele parecia ter se lembrado disso também. Uma veia apareceu no rosto de Hajime.

(Hajime): “Kam?”

(Kam): “Ah, bem, o que eu posso dizer? Veja, muita coisa aconteceu, eu apenas esqueci sobre isso... eu só estive lá quando era criança, então eu não estava consciente sobre esse ciclo...”

Kam, que desesperadamente tentou inventar uma desculpa, começou a ficar abalado. Como ele não podia suportar isso os olhares intensos de Hajime e Yue, ele começou a culpar os outros.

(Kam): “Eei, Shia e os outros também! Por que vocês não nos falaram disso no caminho! Vocês sabiam sobre o ciclo, não é?”

(Shia): “Qu... pai, essa sua raiva não faz sentido! Como o pai estava tão confiante, eu pensei que o ciclo estava próximo... em outras palavras, a culpa é do paiiii!”

(Haulia A): “Isso mesmo, até mesmo nós, huh? Isso não é estranho? Eu pensei nisso, mas o chefe estava tão confiante que nós pensamos que estávamos errados...”

(Haulia B): “Chefe, foi porque você ficou animado demais com algo desnecessário...”

Kam também estava sendo acusado por Shia, que também estava sendo acusada, enquanto os outros Homens-Coelho tentavam desviar seus olhos e casualmente colocavam a responsabilidade nos outros.

(Kam): “Vo-vocês! É assim que uma família é!? Isto... é que... é isto! Responsabilidade compartilhada! Hajime-dono, não apenas eu, mas por favor, puna todos nós!”

(Shia): “Ah, que cruel! Pai é crueeeel! Só porque você está com medo de ser punido sozinho, você está tentando arrastar os outros!”

(Haulia A): “Chefe! Por favor, não nos envolva!”

(Kam): “Idiota! Pelo caminho vocês já viram como Hajime-dono é. Eu absolutamente não quero ser punido sozinho!”

(Haulia B): “Você... como você pode se chamar de chefe!?”

A tribo dos Homens-Coelho era conhecida por ter a maior afeição quando comparada com os outros Demi-Humanos. E eles estavam desesperadamente tentando empurrar a responsabilidade uns para os outros. Para onde foi toda aquela afeição? Como esperado da família de Shia. Todos eles eram coelhos vergonhosos.

Com uma veia aparecendo, Hajime murmurou uma palavra...

(Hajime): “... Yue”

(Yue): “Nn”

Ouvindo Hajime, Yue deu um passo à frente e então levantou sua mão direita. Notando isso, a expressão da tribo Haulia mudou para o desespero.

(Shia): “Es... por favor, espere Yue-san! Se você quer fazer isso, faça apenas com o pai!”

(Kam): “Ha, ha, ha, nós ficaremos sempre juntos!”

(Shia): “Pro inferno que estaremos!”

(Haulia A): “Yue-dono, por favor, atinja somente o chefe!”

(Haulia B): “Não é minha culpa, não é minha culpa, o culpado foi o chefe!”

Para a tribo Haulia que estava em um total caos, Yue calmamente murmurou...

(Yue):‖Imperador da Tempestade‖

(Haulia): “Agh!!!”

Todos com orelhas de coelho estavam voando no céu. Os gritos deles ecoaram no |Mar de Árvores|. Apesar de seus irmãos estarem sendo atacados, Alfrerick e os outros Demi-Humanos não estavam bravos. Na verdade, eles olharam para o céu com encanto. Pelas expressões deles, parecia que a falta de vergonha da tribo Haulia era bem famosa.



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