Volume 9

Capítulo 187: A filha do Rei Demônio (Parte 2)

Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Publiquei um capítulo de comemoração de Natal no post anterior.

Se você veio diretamente para este capítulo, se preferir, consulte também o capítulo anterior.


Parte 1

Um grupo carregando fuzis de assalto e usando máscaras corria por um corredor subterrâneo em um prédio escuro. O lugar para onde eles estavam indo era o lugar onde as crianças que foram levadas como reféns estavam sendo mantidas. Os camaradas que estavam indo para lá ficaram fora de contato um após o outro, entendendo que algo estranho lhes havia acontecido, esse grupo corria para aquele lugar em pânico.

No total, havia quase vinte pessoas neste grupo armado. Um deles, que corria atrás do grupo, ouviu um som como algo pulando em uma sala pela qual o grupo passava, então parou por reflexo. Seus outros camaradas foram avançando aos poucos, mas os camaradas próximos a ele também pararam de correr e o encararam de forma questionadora.

Ele fez um gesto que transmitiu a seus companheiros como ele ouviu um som vindo de dentro da sala e, por precaução, ele propôs investigar o interior. Os homens que pararam eram seis no total, eles assentiram um com o outro e deixaram para trás duas pessoas no corredor quando passaram pela porta de aço aberta e entraram na sala.

Logo a seguir, a porta estava emitindo um som de forma automática, não, uma mão pequena que não foi notada por ninguém estava silenciosamente abaixando do teto e fechando a porta.

Um dos homens que foram deixados no corredor disparou pela porta enquanto o outro tentava emitir uma voz de aviso, mas pouco antes disso, tiros ecoaram dentro da sala.

— Gah! —, — Guah! — Vozes doloridas podiam ser ouvidas quando as balas que voavam do teto causaram um impacto severo aos dois homens que expuseram as nucas. Suas consciências foram apagadas no mesmo instante. Os dois homens restantes se viraram e dispararam balas na porta de onde entraram, mas não houve gritos do inimigo que ressoaram dentro do local.

Em troca...

Clique!

Um som sinistro ressoou atrás deles. Os dois homens moveram apenas os olhos para se olharem. Então, igualando a respiração, eles se viraram ao mesmo tempo. Assim...

— Devagar, nano.

Pendurada de cabeça para baixo no teto, com um par de pistolas, com Donneeer e Schlaaag apontadas para as testas dos dois homens, havia a figura de uma garotinha. Os dois homens estavam prestes a praguejar, mas antes que pudessem fazer isso, a garota, Myuu, puxou os gatilhos. As cabeças dos dois foram jogadas para trás com muita força.

Suas cabeças bateram na porta e interromperam a intrusão dos dois homens restantes que tentaram entrar por um instante. Aquele instante foi uma abertura fatal contra a filha amada que havia recebido o ensinamento de um atirador monstruoso.

No momento em que a porta se abriu com uma força que derrubou os corpos de seus companheiros, o som seco de "pan!, pan!" ressoou e, ao mesmo tempo, os dois homens desmoronaram.

… a figura que estava pendurada no teto, que havia atraído o inimigo para dentro da sala antes de derrubá-los, enquanto ainda estava de cabeça para baixo, era muito parecida com a do assassino Leon1!

— Agora, pessoal, antes que esses caras voltem, estamos saindo, nano.

Quando Myuu chamou o canto da sala, logo depois disso, o canto da sala onde não deveria haver nada de repente se distorceu e as figuras das crianças apareceram. Cada uma delas estava segurando uma grande cruz na palma da mão. Essas cruzes eram o artefato “Não Toque, Pervertido!”, mas como uma função suplementar, elas também tinham a capacidade de ocultação que fazia uso da reflexão da luz.

— Ei-ei, Myuu. Um pouco antes, como você "ficou de pé" no teto?

Enquanto se movia, Natalia ficou incapaz de suportar e perguntou isso. Para isso, Myuu respondeu com uma palavra: — Coragem. — Os ombros de Natalia encolheram ao dizer: — Pelo menos eu queria que você dissesse que era magia... — É claro que a causa de Myuu ficar parecida com Leon não foi por causa da coragem, mas por causa da pedra de gravidade e da Aerodinâmica inseridas em suas botas.

Mas, naquele momento, o som de uma explosão veio à distância.

— Myuu-chan, agora mesmo... eu acho que isso veio do lugar onde estávamos antes.

— Mu. Talvez eles tenham sido pegos na armadilha que Myuu montou lá e foram "pyuu!", nano. Suas armas são excelentes, mas os movimentos dos criminosos-san são relativamente grosseiros.

— É-é mesmo…

As bochechas de Emile se apertaram por saber que Myuu parecia ter feito algo assim, levando em consideração o movimento do inimigo enquanto eles não haviam notado. Ou melhor, ouvir uma garota de dez anos encontrando falhas em um grupo armado... isso o fez ficar ainda mais preocupado com a verdadeira identidade de Myuu.

Myuu usou gun kata2 com as duas pistolas, o martelo de guerra, técnicas com chicote e a arte de duas espadas para cuidar dos inimigos que encontrou enquanto se movia. As crianças estavam com olhos brilhantes para Myuu como se estivessem olhando para uma heroína enquanto seguiam atrás dela. Finalmente, eles descobriram uma porta que tinha a palavra “SAÍDA” escrita.

Era uma porta que se conectava ao exterior.

Enquanto a expressão de Natalia e os outros brilhavam de alegria, a expressão de Myuu ficou complicada. Mas, ao mesmo tempo, ela podia ouvir o som de muitos passos do fundo do caminho pelo qual eles haviam acabado de passar, assim, enquanto suspirava profundamente, ela abriu a porta enquanto dizia a Natalia e aos outros para segurarem as cruzes com firmeza.

Assim...

— Então, você é o diabinho que apareceu entre as crianças, hum.

Um grupo mascarado de quase trinta pessoas, totalmente armado, estava esperando enquanto apontavam os canos dos fuzis para a porta. Natalia e os outros gritaram ao testemunhar isso.

Myuu não respondeu à pergunta do homem que parecia ser o líder do grupo armado, em vez disso, ela olhou ao redor. O lugar para o qual parecia ser um enorme armazém. Se fosse normal, deveria haver muito material colocado em cada recipiente que estava colocado no local.

O nariz de Myuu, que era uma habitante do mar, detectou o cheiro de sal, a partir disso ela entendeu que aquele lugar era adjacente a um porto (na verdade, ela reconheceu isso desde o início). Sim, este local era um distrito de depósitos para armazenar os itens de navios de carga.

No momento, eles estavam em um armazém estabelecido em conjunto com o prédio da administração na esquina daquele distrito. No entanto, dentro desse armazém havia uma quantidade bastante boa de segurança estrita. Sem mencionar as dezenas de pessoas armadas, havia também muitas armas pesadas e muitos computadores para a sala de comando alinhados.

Além disso, havia também coisas como um veículo blindado que estava camuflado e um veículo que parecia um caminhão de sorvete do lado de fora, mas tinha uma metralhadora equipada em seu interior.

— Uunnnn, pelo armamento e pelo sequestro de reféns, imaginei que, por um acaso, poderia ser assim, mas... como esperado, todos vocês não são meros sequestradores, mas um grupo terrorista, nano.

— Mas quem diabos é você? Uma guarda-costas preparada pelo governo?

O líder terrorista estava recordando um garoto soldado de seu próprio país no fundo de sua mente enquanto compartilhava sua conjectura. Seja como for, era difícil acreditar no fato de que uma garota sozinha como essa ser capaz de espancar os soldados de sua organização, e ele também estava preocupado de onde essa garota conseguiu sua arma.

De todo modo, essa garota era uma existência irregular, alguém como Myuu, cuja identidade eles não podiam confirmar, deveria ser rapidamente morta, mas sua anormalidade fez esse líder questioná-la.

— O smartphone de Myuu, onde está, nano?

— … responda minha pergunta.

Mesmo que devesse ser um xeque-mate com quase trinta armas apontadas para as crianças, a atitude composta de Myuu não foi abalada e ela o questionou. Isso fez com que a voz do líder diminuísse.

— Quero que você responda primeiro, nano. Se você fizer isso, eu responderei.

— Você acha que está em uma posição em que pode negociar?

O modo de falar de Myuu foi replicado pelo líder com o surgimento de uma de suas mãos. Na mesma hora, um tiro ecoou. Um de seus subordinados apontou a arma para Natalia e disparou. Mas, de forma natural, porque a mão de Natalia estava segurando o "Não Toque, Pervertido!", a bala foi bloqueada por uma parede invisível e parou no ar.

Os terroristas ficaram agitados e barulhentos. Em meio a tudo isso, o líder também estava olhando maravilhado, mas ele abriu a boca sem perder a calma.

— … o que é isso? Então, a América chegou a desenvolver algo assim.

— Em vez disso, onde está o smartphone, nano?

O líder adivinhou que a causa da compostura de Myuu era por causa daquele escudo invisível, no entanto, em sua mente, uma solução apareceu no mesmo instante, uma em que eles poderiam apenas tirar o escudo diretamente se uma arma não funcionasse. Se eles pudessem roubar esse escudo, seria vantajoso para suas atividades terroristas daqui em diante. Pensando isso, ele riu em seu coração.

Talvez o líder tenha se sentido na vantagem com a compostura que acabara de obter porque respondeu à pergunta de Myuu movendo o olhar. O lugar em que seu olhar apontou era um canto da simples sala de comando, onde havia muitos computadores reunidos. Provavelmente, os smartphones das outras crianças também estavam lá.

— Então, quem é você?

Desta vez, o líder a questionou. Por ter revelado a Myuu a localização do smartphone, ele sentiu que desta vez era a vez da garota responder. Em resposta a isso, Myuu estava com uma expressão exasperada.

— Não há chances de eu responder isso, nano. Você deve ter algo errado em sua cabeça se acreditou que seu inimigo falou sério, nano.

O líder usava uma máscara, mas sem dúvidas, uma veia latejava de forma visível em sua testa. Sério, ele queria ver o rosto dos pais que estavam criando essa garota.

— Você está pensando que, por ter esse escudo, todos estão seguros? Algo como isso pode ser eliminado de forma direto e tomado, e isso é tudo. Pensei que você fosse alguém que havia recebido treinamento especial, mas não pode nem fazer uma avaliação adequada da situação. Eu te superestimei? Ou então, você está pensando que pode fazer algo contra esse número de pessoas com aquelas pequenas armas ou aquelas armas primitivas?

— ...

A mão do líder levantou-se silenciosamente. Um homem ao seu lado adivinhou o que o líder queria e sussurrou algo em um fone de ouvido sem fio, e então outro grupo de homens armados com mais de dez pessoas apareceu da porta atrás deles. Além disso, um grupo de trinta homens inundou para dentro do armazém e cercou Myuu e as crianças.

— Não gastem muito tempo nisso. Nós vamos estar ocupados com a nossa operação depois disso. Ainda há mais de cinquenta homens lá fora. Não há lugar para vocês escaparem. Voltem para sua prisão obedientemente. Talvez vocês crianças possam voltar para casa vivos, dependendo da atitude de seus pais, entenderam?

O líder atingiu as crianças com desespero. Ele mostrou a elas a enorme diferença na força da batalha e também balançou uma ligeira esperança diante dos olhos deles. Natalia agarrou-se com força à manga das roupas de Myuu. As outras crianças também estavam se aconchegando ao redor de Myuu com expressões assustadas.

Myuu olhou por cima do ombro para elas enquanto mostrava um sorriso que nem tinha um ponto de desespero. Era um sorriso destemido que faria qualquer um engolir em seco. O canino estava exposto, os olhos brilhavam com feroz atrocidade e as costas estavam retas e imponentes.

Myuu voltou-se para o líder e depois guardou Donneeer e Schlaaag em seus coldres.

— Isso mesmo, é assim que você...

— Diferença de força? Isso é demais, até para um mal-entendido.

O líder deu um passo à frente, pensando que Myuu havia se rendido, mas seu passo parou com as palavras da garota que interromperam suas próprias palavras. Ao mesmo tempo, ele viu a figura de Myuu erguendo silenciosamente a mão dela para cima.

E então, a joia carmesim que estava afixada no dedo anelar da mão esquerda estava começando a brilhar por algum motivo. Percebendo isso, o líder olhou com espanto.

Myuu sorriu sem medo enquanto ressoava suas palavras com ousadia:

— Desde quando você se iludiu pensando que Myuu estava sozinha?

— O, quê?

Logo depois disso, uma luz carmesim explodiu. Os terroristas puxaram os gatilhos de suas armas ao testemunharem isso. As balas disparadas foram bloqueadas, não por um escudo invisível, mas por uma obstrução física.

Seis braços metálicos. Várias pernas como uma aranha. Na parte de trás e na frente, havia várias armas que pareciam brutais, mesmo com apenas um olhar. Cabeças elegantes e olhos que de repente brilharam! Guerreiros de aparência estranha, com uma composição metálica... havia sete deles.

Protegendo Myuu e as crianças, aqueles corpos que ostentavam a maior dureza, bloquearam todas as balas, sim, eles eram...

O Grande Esquadrão Demônio de Batalha dos Pecados Capitais Rangeeeerrrr!!!!

DOPAAN! Do nada, cortinas de fumaça de sete cores explodiram, e os sete golems-vivos fizeram poses extravagantes.

Espanto e perplexidade.

Sem distinção de inimigo ou aliado, todos os humanos congelaram.

— Como, isso é impossível!? — Parecia que uma contestação de alguém que havia retrocedido para sua fase de criança podia ser ouvida em algum lugar.

— Se você deseja parar Myuu, pelo menos prepare apóstolas de deus em números de dois dígitos antes de se gabar, nano.

— O quê-quê!?

Myuu sorriu de forma destemida para o líder agitado enquanto dava seu pedido.

— Todoooos, matem eles, nano!

— Sim senhora!! — Como se dissessem algo assim, os rangers demoníacos saudaram a garota com adoração, e, no momento seguinte, gashun!, suas armas foram lançadas com sons mecânicos.

O espetáculo começou com o terrorista que estava ameaçando sua princesa.

As duas metralhadoras que estavam presas a um corpo transformaram tudo dentro do armazém em mero lixo, enquanto as pequenas cápsulas de mísseis presas nos ombros fizeram chover mísseis como uma chuva de meteoros e transformaram a área em um mar de carmesim, chegando até do lado de fora do armazém.

Correndo com movimentos de alta velocidade, como se estivessem planando usando os patins presos em suas múltiplas pernas, o portátil Acht Acht (canhão de 88mm) como arma de suporte e o canhão supereletromagnético disparado. Os oponentes que carregavam explosivos lançaram ataques suicidas com a determinação de se explodirem, mas foram feitos em pedaços pelas espadas de laser anexadas em seus dois braços e muitas pernas. A pessoa que tentou usar a arma pesada carregada no caminhão camuflado foi pulverizada e enviada voando junto com o veículo pela estaca gigante do Bate-Bunker disparado por um Ranger Demoníaco que mostrou um salto que não se adequava ao seu corpo grande.

— Impossível, a América criou até esse tipo de arma!?

"Eu acho, que não pode ser isso..."

Quando o líder terrorista gritou alto, enquanto desesperadamente ordenava a seus companheiros que revidassem, Emile-kun, cujo pai era na verdade um tenente-general3 do exército dos EUA, mostrou um sorriso sem graça enquanto fazia uma contestação dentro de seu coração.

— É aquela pirralha, mate essa pirralha! Eles devem parar se ela estiver morta!

“Lúcifer”, “Mamon” e “Leviatã” já estavam enlouquecidos do lado de fora do armazém, gritos e explosões ecoavam no exterior. O líder, que sobreviveu obstinadamente em meio a tudo isso, encarou Myuu como um demônio enquanto preparava um lançador de foguetes.

Em resposta a isso, Myuu pegou uma das joias que foram colocadas no cinto em sua cintura. Era uma joia que brilhava em amarelo como um topázio. Mas, dentro dessa joia do tamanho de uma bala, algum tipo de padrão geométrico, um círculo mágico, estava entalhado.

Myuu segurou a joia com o dedo indicador e o dedo médio e a empurrou em direção ao líder terrorista, como se se opusesse ao lançador de foguetes.

Ela então girou em direção ao líder enquanto usava o poder das palavras para causar um fenômeno sobrenatural.

Order (Myuu comanda)! Syvil Aul Tonitors (Seja eletrocutado pelo lagarto dourado)!!

No momento seguinte, o topázio emitiu um brilho dourado e, em seguida, em um instante, a luz emitiu uma faísca enorme, assumindo a forma de um dragão gigante.

— Ah? Hã? Eh?

Enquanto se enrolava acima da cabeça da princesa que havia o invocado, o dragão, que estava revestido com um raio dourado, o "Dragão do Trovão", olhou de forma feroz para o líder que estava emitindo sons idiotas. Logo depois disso, o dragão soltou um rugido intenso.

— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO!

O líder gritou como se fosse uma menininha e tentou escapar, mas não havia como alguém escapar do dragão do trovão usando pernas humanas. Os subordinados ao redor também foram arrastados para o rugido e a boca do dragão se fechou com eles dentro.

Artefato de invocação mágica do tipo joia de uso exclusivo de Myuu: “Amor de Yue-oneechan”.

Esse artefato reagiria à alma e ao poder das palavras de Myuu. Onde ela seria capaz de usar a magia que Yue selou na joia específica (uso único). As joias coloridas colocadas no cinto no lugar das balas foram carregadas pela magia artesanal de Yue, e apenas a garota poderia invocá-las.

Era exatamente como a magia usada por uma certa família descuidada... algo assim com certeza não poderia ser dito. Antes, quando Myuu estava assistindo a um determinado anime, ela estava dizendo: — As joias mágicas são muito legais, nano. Mas, a magia de Yue-oneechan é mais incrível, nano. — Mesmo que esse artefato tenha sido o resultado do afeto de Yue, que teve sua origem quando ela ouviu o que Myuu disse, se fosse dito que não havia conexão com esse evento, então não havia conexão!

— Myu-Myu-Myu-Myu-Myuu! Agora mesmo! Agora mesmoooo! Ma-ma-magiaaaa!

Natalia estava ficando toda abalada enquanto pedia a confirmação de que "Como esperado, Myuu é uma maga!" com palavras desarticuladas.

— Hã-hã, esse é o "Amor de Yue-oneechan", nano.

— Eh? Não, isso foi magia, não foi?

— Hã-hã, esse é o "Amor de Yue-oneechan", nano.

— Eh? Hã? Amor? Não, mas magia…

— Como esperado do "Amor de Yue-oneechan", nano.

— ...

A mente de Natalia estava em caos! Parecia que, depois da coragem, Myuu estava causando um fenômeno sobrenatural com amor! "Caramba, já não está tudo bem, mesmo se você confessar que é magia!" Natalia gritou em seu coração.

Uma mão foi colocada gentilmente no ombro da garota. Quando Natalia olhou para trás, lá estava o jovem Emile ao lado dela, que falou: — Não está tudo bem, amor? —, com uma expressão iluminada. A capacidade do jovem Emile parecia ter atingido seu limite máximo há muito tempo. Parecia que ele poderia aceitar o que foi falado ou feito se fosse algo perpetrado por Myuu. Por ora, Natalia calou o garoto com seu punho.

Os gritos dos terroristas pararam menos de cinco minutos depois disso.

Myuu deixou a libertação das crianças que estavam presas em outra sala para os Rangers Demoníacos e ela foi para a sala de comando. Lá, ela encontrou seu smartphone normal e suspirou em alívio.

— Ei, Myuu-chan. Isto é…

— Nmyu?

O jovem Emile estava pegando de volta seu próprio smartphone enquanto olhava para a tela do PC que ele apontou. O PC estava praticamente quebrado, então o que foi projetado naquela tela era apenas uma imagem que permaneceu congelada, mas o que foi refletido lá foi a cena de um aeroporto destruído em algum lugar e um estádio cheio de fumaça.

Parecia que os terroristas não apenas fizeram o sequestro dessa vez, mas também realizaram atividades terroristas em outros lugares.

Myuu assentiu e se afastou rapidamente, e então ficou parada ao lado do líder que estava preto e carbonizado enquanto fumaça saía de seu corpo, embora parecesse que o homem ainda estava respirando, mesmo que com dificuldade.

Enquanto Natalia e os outros estavam vigiando Myuu, imaginando o que ela faria, em direção ao líder que estava deitado de cabeça para baixo, imóvel, a garota... chutou a virilha do homem.

— Ohooo!?

— Acorde logo, nano.

Líder-san abriu os olhos enquanto soltava um grito estranho. Ele estava se contorcendo e rolando no chão enquanto pressionava a virilha. Myuu chamou "Satã" para prender os braços do líder para impedi-lo de se movimentar. Aquela figura que estava contida com os braços abertos parecia estar sendo crucificada.

— Su-sua maldi-...

— Não fale como se estivesse no comando, nano.

Dizendo isso, Myuu mais uma vez lançou um esplêndido chute na virilha do líder-san. — Hahiiiiii! —, líder-san soltou um grito estranho mais uma vez. Com o jovem Emile como o primeiro, os outros meninos também estavam empalidecendo, com as mãos pressionando as próprias virilhas enquanto ficavam nas pontas dos pés.

— O que está acontecendo agora. Seu plano, seu objetivo desta vez, cuspa tudo, nano.

— Quem-quem iria...

Myuu de modo súbito se afastou com passos rápidos, depois pegou o chicote preto "Isto é uma Arma, Desu". E então, hyun!, hyun!, ela fez o chicote se mover em uma espiral ao redor dela, o que causou um som de ar cortante.

— Quero que você fale, nano.

— Tal-tal, a-ameaça não... aa...!?!?

Como era de se esperar, a virilha do líder-san, que recusou a demanda de Myuu enquanto empalidecia, foi chicoteada com força pela ponta do chicote que balançava de forma feroz junto com o som do ar sendo cortado. Líder-san estava gritando, os meninos empalidecendo, e as meninas estavam encarando fixamente o desenvolvimento do evento entre as frestas de seus dedos que cobriam seus rostos.

— Vamos, fale logo, nano! Se você não falar, a vida de seu filho será tomada, nano!

— Esta-esta garota DEMONÍACA... aa...!!!

— Direitaa, esquerdaa, direitaa, esquerdaa, nanoo!

— Pareeee, não coloque mais as mãos no meu filhoooo.

— Até que você fale, o chicote, não vai parar, nanoo.

— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO!

— Ora ora ora ora ora ora ora ora ora ora ora, nano.

Pan-pan!, bishishii!, bashi!, bashi!, supaaaaa!, o chicote tornou-se uma tempestade negra, no entanto, com uma excelente gestão da força, "Isto é uma Arma, Desu" estava torturando o filho do líder-san. À esquerda e depois à direita, o filho foi atormentado com uma tortura infernal, como se estivesse recebendo um Dempsey Roll4!

A cena de um terrorista do sexo masculino que gritava ao ser chicoteado com força por uma bela garota de dez anos estava acontecendo.

Em pouco tempo, todo o plano terrorista de grande escala foi falado pelo líder que estava chorando e soluçando enquanto pressionava sua virilha com o corpo curvado como uma tartaruga. Myuu, que o ouviu, guardou "Isto é uma Arma, Desu" e caminhou em direção ao líder.

— Eu te imploro. Já falei... por isso, por favor...

O Líder-san estava muito sério. A atmosfera brutal que ele exibiu a princípio não podia mais ser sentido. Em direção a um líder tão frágil, Myuu sorriu docemente como uma fada. Líder-san, e também Emile e os outros, estavam formando sorrisos coloridos de alívio, pensando que o perdão de Myuu seria concedido...

— Você pode se tornar uma mulher viril, nano.

— Espere, não... AAa!!

Um único tiro rugiu. Nesse dia, o filho do líder-san foi levado para o céu.

Soprando o cano da arma fumegante, Myuu então girou sobre os calcanhares, enquanto olhava para trás para o líder que nem se mexia mais. Isso fez com que os meninos se curvassem pensando: "Isso é muito impiedoso", enquanto Natalia e as outras meninas estavam enviando a Myuu olhares calorosos com as bochechas vermelhas pensando: "Myuu, que adorável...".

Myuu, que voltou para aquelas crianças, pegou seu smartphone.

— Myuu, o que vamos fazer?

— É-é verdade! O terrorismo está acontecendo em vários locais, não está? Rápido, temos que informar isso.

Natalia e Emile conversaram com Myuu, dizendo a ela que eles tinham que informar seus pais o que estava acontecendo agora para o governo.

— Nn. Isso também é bom, mas acho que eles não serão capazes de fazer nada sobre os lugares que já foram explodidos, ou sobre o avião que está sendo sequestrado no momento, ou sobre todos aqueles soldados-sans sitiados que estão estacionados naquele local no país estrangeiro, nano. Se forem pessoas normais.

De fato, como Myuu disse, a situação atual era grave. Já havia vários aeroportos e estádios explodidos, havia também vários aviões que estavam sendo sequestrados. Perto da costa, havia um navio ancorado carregado de mísseis, onde em breve ele dispararia em direção à cidade, enquanto o exército que estava estacionado no país dos terroristas estava sendo sitiado e aniquilado em uma situação em que estavam isolados.

Além disso, os terroristas tinham outra base além desta. Havia muitos reféns presos lá também, e parecia que até um ataque contra o presidente estava sendo realizado no momento. Parecia que o presidente foi atacado quando estava voltando para a Casa Branca de seus negócios oficiais a fim de lidar com esses casos de terrorismo.

Dessa forma, seria impossível resolver tudo sem quaisquer problemas. Era fácil imaginar que daqui em diante também, dentro de algumas horas, haveria uma tremenda quantidade de danos que ocorreriam.

Sim, era como Myuu disse, as coisas seriam assim, normalmente.

Natalia e as outras crianças estavam demonstrando expressões ansiosas, contudo, Myuu estava orgulhosa enquanto estufava o peito antes de fazer uma declaração com uma voz cheia de absoluta confiança.

— Vou ligar para o papai agora, nano. Por isso, vai ficar tudo bem, nano!


Parte 2

Tririririririm!, o toque de um telefone preto com disco rotativo estava ecoando na sala de estar da casa Nagumo.

— Hmm? É a Myuu? Acho que agora é a hora da festa acabar, hum.

O telefone receptor era o smartphone de Hajime. Hajime estava sorrindo calorosamente ao lembrar sua amada filha saindo animada, toda vestida, enquanto pegava seu smartphone.

— Ei, Myuu. É a hora de buscá-la...

— Papaai! No momento, parece que o mundo está em apuros, então eu quero ajuda, nano!

— … como é?

A primeira frase da filha que saiu do smartphone fez Hajime soltar uma voz idiota de forma espontânea. Yue, Shia, Tio, Remia, Kaori, Shizuku, Aiko, Liliana, Shuu e Sumire, que estavam relaxando na sala de estar, soltaram um — Ó? — e direcionaram suas atenções para a conversa. Hajime ativou o modo alto-falante e depois perguntou o que ela queria dizer.

— Uunnn, veja, quando Myuu chegou à festa foi sequestrada por terroristas. No local onde Myuu foi sequestrada, Myuu agiu precipitadamente. Como resultado, Myuu teve "uma conversa" com o filho do terrorista-san e descobriu que o mundo está em apuros. Neste momento, é assim que é, nano.

— Entendo, eu entendi... entendi nada! Mas o que você estava fazendo para as coisas ficarem assim...

— É porque Myuu é a filha do papai, nano.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

— Certo, eu entendi.

Todos assentiram com as palavras de Myuu. Enquanto olhava para todos com olhos reprovadores, Hajime mudou sua expressão.

— Então? O que você quer que o papai faça? Eu não entendi muito bem, mas Myuu aniquilou os sequestradores. Certo? Claro, eu vou encobrir tudo, mas para onde você quer que papai e todas vão e o que você quer que façamos?

— Eheheeee, como esperado do papai de Myuu, nano. Myuu ama o papai, nano.

Myuu não deu nenhuma explicação satisfatória, mas Hajime compreendeu os pontos importantes e deixou para trás as circunstâncias triviais enquanto perguntava sobre o pedido de Myuu. Ouvindo isso, a garota respondeu com uma voz alegre. Desde que Myuu era uma criança, ela tinha sido direta com suas expressões de amor, mas, nos últimos tempos, talvez fosse apenas a impressão de Hajime, mas parecia que havia um encanto excessivo preenchendo a voz da garota.

Quando Hajime olhou para “todas as onee-sans”, por algum motivo, todas mostraram os polegares ao mesmo tempo. Hajime só poderia sorrir sem graça.

Depois disso, o Sinergista usou a bússola e determinou os locais em que os atos de terrorismo estavam acontecendo. Ele deixou a proteção da casa para Sumire e as outras antes de usar a chave de cristal para se teletransportar para os locais em todo o mundo.

Embora não fosse intencional, os terroristas haviam sequestrado Myuu e pretendiam executar publicamente sua importante amiga. O desejo de sua amada filha era impedir isso...

Para Hajime, o ideal ou o senso de valor ou o objetivo da organização terrorista já era algo que não lhe interessava.

Quem espalhou a tragédia de forma indiscriminada foram eles, os terroristas. Para a filha de um monstro ser incluída entre essas tragédias, isso os levou a se tornarem algo da irracionalidade, porque isso nada mais era do que colher o que plantaram.

E isso seria provado a eles dentro de algumas horas.


Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Muito obrigado por ler essa história.

Muito obrigado pelos pensamentos, opiniões e relatos sobre erros de ortografia e palavras omitidas.

Esta se tornou a última atualização até o final do ano.

Ao longo deste ano, houve várias coisas, como a publicação ou a conclusão do material principal.

A vida real é sempre como a vida real, e o trabalho é sempre muito sério, mas graças a Narou e graças a possibilidade de poder me divertir com todos os seus leitores também, não há dúvida de que foi um ano divertido.

Narou-san, muitíssimo obrigado!

Muito obrigado a todos que vem aqui para ler também!

Tenham um bom ano novo!

E então, por favor, cuidem de mim no próximo ano também!


Notas

[1] Léon (conhecido como “O Profissional” no Brasil) é um filme francês de 1994, do gênero suspense policial, dirigido por Luc Besson e estrelado por Jean Reno, Natalie Portman, Gary Oldman e Danny Aiello. Léon Montana (Jean Reno) é um assassino profissional (ou "homem das limpezas", como ele se refere à sua profissão) e vive uma vida solitária em Nova Iorque. É contratado regularmente por Tony (Danny Aiello), um chefe da máfia, a única pessoa com quem fala. Nos seus tempos livres exercita-se, toma conta da sua planta de estimação e vai ao cinema ver filmes antigos.

[2] Gun Kata é uma espécie de arte marcial desenvolvida no filme Equilibrium (filme de ação e ficção científica de 2002 estrelado por Christian Bale), e que considera a arma de fogo como "a arma total". O principal conceito desse estilo de luta está em diversos estudos que foram feitos para, por estatística, adivinhar as posições do inimigo e a rota do fogo de retorno, para poder acertar o adversário sem ser atingido.

[3] Tenente-general é a denominação de uma patente de oficial general nos exércitos e forças aéreas de diversos países. Nos países em que esta designação é utilizada, normalmente, o tenente-general tem uma patente, imediatamente, inferior à de general e superior à de major-general. Nos exércitos da Organização do Tratado do Atlântico Norte geralmente corresponde à graduação de oficial general de 3 estrelas ou seja, de OF-8. A designação tenente-general começou a generalizar-se nos exércitos da Europa no século XVIII, sendo atribuída aos oficiais que substituíam ou coadjuvavam os generais. A sua função passou, posteriormente, a corresponder ao comando de uma divisão ou de um corpo de exército. Por esta razão, em alguns exércitos, o posto foi redesignado "general de divisão" ou "general de corpo de exército".

[4] O Dempsey Roll é uma técnica usada por Makunouchi Ippo. Criado pela primeira vez por Jack Dempsey, Ippo teve a ideia sem saber que a técnica já existia enquanto observava como Mike Tyson balançava a cabeça e usava o movimento para dar um soco. O Dempsey Roll recebeu o nome de seu criador, Jack Dempsey, uma lenda do boxe ativa durante a década de 1920, que usava o movimento como sua principal técnica. O Dempsey Roll envolve o balanço do corpo do usuário para a esquerda e para a direita, formando a figura do número oito. Em seguida, o usuário golpeia seu oponente com socos da esquerda e da direita.



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