Cheaters Brasileira

Autor(a): Kuma


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 13: Perguntas e dúvidas que assolam um herói ao fim de seu tutorial

 

Naquele dia, nós comemos até morrer. Acho que foi um dos meus melhores dias dentro daquele universo de fantasia.

Eu me recuperei totalmente, upei várias habilidades e consegui novos equipamentos. O machado ficou novo em folha, parecendo que havia acabado de ser forjado. Nem acreditei.

Justine tinha bons contatos. Ela disse que sua família estava em débito conosco, mesmo eu dizendo que não precisava de tudo aquilo. Me senti até constrangido. Arthur também aproveitou para perguntar a respeito do tal ferreiro SVOATH que ele estava procurando. Como era de se esperar, ela não sabia nada sobre o tal ferreiro:

“Desculpe, mas não sei dizer quem é esse Svoath. Na verdade, nunca vi essa assinatura na vida.”

“Ah, certo. Tudo bem. Eu imaginei que você realmente não soubesse...”, Arthur responde com a voz murcha.

“Sinto muito mesmo. A maioria dos ferreiros com quem minha família mantém contato só estão na cidade e redondezas.”, Justine se desculpa de novo.

“Entendo...”

“Mas, eu acho que sei onde vocês podem conseguir pistas sobre esse ferreiro.”

Justine puxou um rolo de pergaminho enorme da sua bolsa – como ela havia socado aquele treco ali e conseguido carregar sem a gente notar? Era praticamente um mapa completo de todo o continente. O grande mapa tomou o lugar da mesa da taberna todinha e o trio de aventureiros teve de terminar sua bebedeira na mesa vizinha.

Ela apontou uma grande cidade na parte debaixo do mapa. Ainda maior que a ||CIDADE DE LIDOOBERRY|| em tamanho e comparável à própria ||AMINAROSSA||; também cortada por um grande rio que desaguava no mar.

“||CIDADE DOS COMERCIANTES||?”, eu e Arthur dissemos em coro.

“Isso. Lá eles têm várias guildas e companhias mercantes e que tem acesso às assinaturas e registros de todos os ferreiros, artesãos, vendedores e joalheiros de qualquer região. Se vocês estão procurando por alguém que vende ou já vendeu alguma coisa em cima desse continente, vão achar ele por lá!”

Aquilo sim era algo extremamente útil, assim como a informação. Com certeza aquele mapa valia bem mais do que qualquer coisa que podíamos estar carregando conosco naquele momento.

“Ao chegarem lá, vocês procurem falar com Bazz7, da Associação Comercial Continental.”, completou Justine, enrolando o mapa de novo.

“Bazz7?! Que nome mais esquisito.”

“Isso é o máximo que posso fazer por vocês nesse sentido.”

“Que isso, Justine! Você ajudou muito a gente com essa informação!”, Arthur falou aquilo recuperando toda a animação de antes.

“Pelo menos agora temos um norte.”, disse por fim.

Ela sorriu e voltamos a comer. Arthur principalmente; ele se animou e comeu tudo o que podia. Já eu ataquei a comida sem dó também.

Fazia dias que eu não comia nada “decente”. Ainda assim, nós conseguimos um bom dinheiro e muito XP na nossa viagem à Lhasa. Além disso, não tinha nenhuma queixa da ||CIDADE DE LIDOOBERRY||. Um ótimo comércio, bons restaurantes, grandes ferreiros e agora tínhamos feito vários amigos lá – NPCs, mas ainda assim, pessoas com que poderíamos contar.

Uma noite antes de partimos, bebemos e comemos junto de Justine, Laimonas, Ludwig e Stuz.

Aquele lugar ia deixar saudades.

Então chegou o dia da partida:

Até logo, pessoal! Foi um prazer ter conhecido vocês!”, gritei, acenando de longe.

Se cuidem! E tentem não arrumar confusão!”, Justine acena de volta.

“Ainda vamos nos encontrar e beber de novo!”, disse Ludwig sorrindo.

Tomara que continuem com sua brava incursão pelo continente! Quando voltarem, estaremos mais fortes!”, falou Laimonas, empolgado.

Vamos nos reencontrar qualquer dia desses! Yup! Yup!”, Stuz disse aquilo com um soluço duplo de animação.

Vamos sim. Obrigado por tudo!”

Tchau! Até logo!”

E não se esqueçam de escrever!”, grita Justine.

Aquilo foi inesperado. Uma garota como ela me pedindo para escrever para ela – seria a mesma coisa de “pedir o zap” no meu mundo. Já estava começando a gostar mais de lá do que do mundo real, com certeza!

E assim, nós deixamos a||CIDADE DE LIDOOBERRY|| e rumamos para ||AMINAROSSA|| novamente. Pegamos carona em uma caravana mercante que passava pela cidade e já estava de partida. Levaria uma eternidade até chegarmos a grande capital de novo, então eu teria muito tempo para descansar – menos quando fosse para ter que passar de novo pelo suplício de atravessar o ||RIO DA CRIAÇÃO||.

Arthur parecia bem impaciente durante toda a viagem, olhando para Salamandra com uma cara de perturbação.

Aconteceu algo. Eu tinha quase certeza de que havia acontecido algo entre ele e sua Relíquia Hospedeira. A impressão que me passou é de que ele estava com medo.

“Ei Arthur! Está tudo bem?”

“...? Ah, sim... está sim.”, respondeu ele, indiferente com a pergunta.

Você parece meio incomodado, cara. Aconteceu algo?

Ele estava bem avoado. Bem mais do que o normal.

Nada demais...”

“.....?”

Ele parece tentar esconder, de uma forma ridícula, que estava incomodado com algo puxando algum outro assunto.

“O que vai querer fazer quando voltar? Acho que você não volta mais para a masmorra.”

“Bom... pretendo comprar uma outra arma. Uma melhor, de preferência. E depois vamos lá na ||CIDADE DOS COMERCIANTES|| achar o tal do ferreiro.”

“Não gostou do machado? Acho que uma espada ficaria melhor para você.”, sugeriu ele.

“NÃAAAO... acho que um machado está ótimo para mim. De preferência, que seja um parecido com esse.”

Entendo. É bem a sua cara mesmo.”, assentiu ele.

E então? Já consegue se lembrar de alguma coisa?”, perguntei.

Nada ainda. A única coisa que sei e me lembro é de conhecer você. Nada mais além disso.”, respondeu ele.

Sua expressão de paisagem voltava a figurar em sua cara. Ele ficava abrindo a boca como se estivesse prestes a falar algo, mas depois desistia.

“Junior...”

“Oi?”

“Eu queria te perguntar uma coisa...”

“Pergunte, jovem.”, o que ele queria? Já estava bem estranho.

“É algo que vi na torre assim que cheguei. Eu queria saber de uma coisa: você é... capaz de distorcer a realidade daqui?”

Que raios de pergunta era aquela? Por que ele estava me perguntando isso se já sabia o que minhas habilidades faziam?

“Como assim? Não entendi.”

“Você disse que veio de outro mundo e que criamos tudo que existe aqui, não é? Então, você seria capaz de distorcer ou apagar qualquer coisa desse mundo?”

“Claro que não. Aqui dentro sou só mais um jogador. Não acho que ser o criador me dê alguma espécie de vantagem aqui.”, respondi, porém ainda intrigado com a pergunta.

Pensando bem, eu não me lembro de nada do que aconteceu quando enfiei minha lâmina no peito de Edoradd. O que será que ele deve ter visto ou acontecido para ele estar fazendo essa pergunta?

“Mas por que? O que aconteceu?”

Ele demora um pouco para responder. Sua face estava desolada, como se tivesse visto um fantasma.

“É que... quando chegamos lá... a torre. Não... o espaço, o ar, a realidade... não havia nada lá! Só havia você apagado no colo da Justine, em frente àquele grande buraco negro!

“Buraco... negro?! O que?!”

“Buraco negro? Como assim, Arthur? Eu não criei nenhum buraco negro...”, respondi, confuso.

“Mas estava lá! Um enorme buraco negro e dentro dele não havia nada além de várias e várias linhas e números verdes passando de um lado para o outro! Era como se... a realidade tivesse sido despedaçada! Apenas metade da torre estava intacta, mas tudo estava distorcido como se alguém tivesse espremido e desfigurado todo o espaço.”

“O QUE? MAS QUE RAIOS DE HISTÓRIA É ESSA, ARTHUR?”, ele já não falava mais coisa com coisa. Acho que esse negócio de “buraco negro”, seja lá o que for, deve ter abalado muito ele.

Mas parando para pensar, será que essas tais “linhas e números verdes” que Arthur descreveu eram as mesmas que andava vendo com frequência ultimamente? E ele descreveu também como “realidade despedaçada”. Um buraco negro que quebrou a realidade...

“Uma última pergunta para você, Arthur: quais eram esses números? Como eles estavam dentro do buraco?”

Arthur pensou um pouco para responder.

“Não lembro ao certo, mas acho que eram apenas dois números repetindo várias vezes em colunas praticamente infinitas. Se não estou enganado eram 0 e 1. O resto eram linhas em um verde brilhante...”

0 e 1?! Mas quando eu lembrava de colunas com vários 0 e 1 se repetindo várias vezes, só me vinha na cabeça uma coisa:

“Código binário! Não há dúvidas... eram linhas de código!”

O que Arthur viu era a programação por trás do jogo! E o buraco negro descrito por ele seria a própria realidade daquele mundo “crashando” e se desfazendo. Isso explicaria porque não havia mais nada lá e o resto estava distorcido. Agora só ficavam as perguntas a serem respondidas: por que tinha acontecido aquilo? Como tinha acontecido aquilo? O que significava aquilo e se tiver sido realmente eu o responsável por esse bug, como eu fiz aquilo?

Tudo começava a ficar estranho e nebuloso demais. Eram muitas e muitas perguntas sem respostas e que só de pensar nelas, minha cabeça doía. Não tinha muito o que se fazer a respeito por agora além de seguir em frente.

Muito bem! Então acho que esse já é um começo, não é?”

Começo?”, perguntou ele, confuso.

É sim! Vamos para a tal cidade dos vendedores para procurar o seu ferreiro e enquanto isso vamos procurando pistas sobre isso. Pode ser que esse estranho acontecimento seja também a chave para tudo que está acontecendo.”

Você fala das memórias?”

“Sim. Das nossas e do resto do grupo.”, expliquei.

“Grupo? Fala dos outros lá que você diz que são nossos amigos?”, pelo menos naquele mundo o Arthur tinha boa memória.

“Sim! Só precisamos encontra-los agora. A Thayslânia, por enquanto está fora do nosso alcance pelo que vi. Ela é muito mais forte do que eu imaginei!”

Thayslânia... por acaso está falando da General regente de Aminarossa? A Dama da Guerra?”

É ela mesma. Ela tem uns títulos importantes aí, mas...”

Importantes? Cara, não tem como imaginar o quão forte ela pode ser!”, até ele estava glorificando-a como uma deusa.

Ela bem fortinha mesmo. O soco dela doeu muito.”

Você é louco! Tem sorte de estar vivo depois de levar um golpe dela! Não consigo acreditar que alguém tão importante como ela seja amiga de alguém como nós!”

Ele realmente estava alarmado. Então a fama da Thayslânia não era brincadeira ou exagero – apesar de eu ainda achar exagero.

“Vai ser difícil convencer ela disso.”, finalizou Arthur com um suspiro.

É verdade. Mesmo assim, agora esse é o nosso objetivo! Encontrar o resto do nosso grupo!”

E que grupo seria esse?”, perguntou ele.

Fiquei um pouco relutante para falar o nome. Era bem... sugestivo, digamos assim.

“A Galerinha do Anime!”

Quê?! Que nome ridículo é esse?”

Mal sabia ele que quem havia dado o nome para a turma foi ele próprio. Segurei uma risada e continuei.

“Quando voltarmos para ||AMINAROSSA||, vamos ver o que podemos fazer. Enquanto a Thayslânia, mesmo se lutarmos juntos, não poderemos vence-la. Por enquanto, se soubermos onde acha-la já será o suficiente.

“Tem razão. Melhor nos concentrarmos em subir nossos níveis primeiro e procurarmos mais informações sobre esses buracos negros. Com certeza eles vão nos levar ao que queremos saber, ou no caso, lembrar.”

Ele já começava a falar como o Arthur que eu conhecia. Eu ainda tinha alguma esperança que as memórias fossem retornar sozinhas, mas só o tempo diria. Naquele momento, nós já tínhamos marcado o início por onde começaríamos a nossa jornada para casa.

O início que Gallatin queria me mostrar quando cheguei.

“Mas você “caiu” nesse mundo? Tipo... cair mesmo? Por que eu nasci e fui criado aqui. Eu não me lembro de ter “caído” nesse mundo.”

Eu assenti.

“Isso ainda é um mistério que precisamos descobrir também. Por algum motivo, as memórias de vocês foram alteradas, menos a minha. Por que?”

E cada vez, mais perguntas apareciam. Dava uma dor de cabeça só de tentar pensar em uma resposta plausível. Fora aquilo, ainda tinha a questão da minha Relíquia Hospedeira. Será que eu realmente havia perdido Gallatin para sempre? Eu iria conseguir recuperar ela de alguma forma?

“Eu digo que sim, garoto.”

Uma voz grossa surgiu de dentro da minha bolsa de repente.

“...?!”

Eu e Arthur nos entreolhamos e depois miramos a bolsa.

Uma voz estranhamente familiar ecoou na parte de trás da carroça. Não havia ninguém com a gente lá atrás e aquilo me fez gelar um pouco. Ele também não falava só na minha cabeça como era o caso de Gallatin. Arthur também ouve a voz estranha.

Era a mesma voz de Gallatin!

“Você também ouviu isso, não foi Arthur?”

Ouvi sim. O que foi isso?”

Olhamos em volta e algo se mexia dentro da minha mochila. Era uma bolinha dourada com umas protuberâncias em volta – tipo chifrinhos. Eu cuidadosamente olhei para ver o que era e aquilo saiu voando pra fora rapidamente, quase me derrubando da carroça com um susto.

“AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!”, eu e Arthur gritamos.

Aquela coisa voou muito rápido por nós, rodopiando no ar perto da carroça enquanto berrávamos como duas moças assustadas. Aquilo parou na nossa frente voando e nos encarou com seu único grande e brilhante olho vermelho.

Está tudo bem aí atrás?!”, o carroceiro pergunta, sendo surpreendido por dois loucos gritando repentinamente.

Aaah... Está, está sim!”, Arthur responde gaguejando.

Nada convincente.

Foi só... só... uma cobra!”

Menos convincente ainda!

Uma cobra?! Uma cobra na minha carroça?”

Já chutamos ela. Fica tranquilo.”, acalmei ele antes que decidisse parar a carroça.

“Ótima desculpa. Desculpe, mas não imaginava que vocês iriam se borrar ao me ver.”

Eu devia estar vendo coisas. Algo como uma bolinha dourada que tinha duas asas: uma de anjo e outra de demônio. Também tinha uma auréola e um rabo de espeto presos a ele e no centro, um olho bem grande que ficava nos olhando.

Era como se estivesse espiando nossa alma.

O que era aquela coisa? De onde ela veio?

O que diabos é você?”, perguntei logo.

Eu? Não tenho um nome, mas pode me chamar Coruja.”

Coruja? Você não se parece com uma.”, disse com a mão no queixo.

Verdade.”, Arthur concorda.

“Esse corpo é um corpo emprestado. Uma forma temporária. Eu não irei falar muito aqui, então para todo o caso, essa bolinha para vocês é Picker.”

Ainda tinha alguma coisa que me incomodava. A voz dele...

“Você... sua voz é...”

“Familiar?”, completou Coruja.

Ele previu o que eu ia dizer? Será que era alguma coincidência ou ele era algum tipo de divindade daquele mundo? Àquela altura, eu já havia tido surpresas demais para um dia só – sem falar que a cota de “perguntas não respondidas” só continuava a aumentar.

“É... Pode parecer estranho, mas tudo será explicado com o tempo. Picker irá ajuda-los a encontrar as respostas que procura e conduzi-los ao fim que desejam.”

“Ao fim que nós desejamos... que coisa conveniente de se falar.”

E de onde você veio?”, continuei com meu interrogatório.

Um presentinho... de uma amiga.”

“Justine?”, perguntou Arthur.

A tal bolinha Picker que na verdade era alguém chamado Coruja, piscou confirmando.

Entendi... ela podia ter pelo menos avisado, não é?”

Agora você tem que focar em achar sua Relíquia Hospedeira, Juniorai. Sua verdadeira Relíquia.

“Relíquia?!”, repeti sem entender.

Exatamente. Para você conseguir seu objetivo, você tem que encontrar e despertar sua Relíquia Hospedeira.”

Mas eu vi o Gallatin ser destruído! Eu ainda estou com os...”

Aquilo não era ele.”

A resposta foi bem precisa. Ele realmente já sabia de tudo o que eu pensava ou o que eu poderia pensar. Aquilo estava cada vez mais bizarro e de novo eu já não conseguia conectar nada com nada.

Talvez o tal Coruja pudesse me dar uma direção. Algo para eu começar.

“O que?! Como...”

Eu sei? Já lhe disse garoto. Tudo será explicado com o tempo. Agora eu tenho que ir.”

Espera! Você...”

A bolinha dourada tremeu e o olho nela se fecha, mudando de cor. Ela não possuía nenhuma boca ou coisa assim, mas era estranho pensar que ela estava falando com a gente até agora. Depois de tremer, ela voltou a piscar para nós.

WIIIIIIIIII! WIWIWIWIWI!”

Ela fazia um som parecido com um zunido bem agudo e irritante enquanto rodopiava nossos corpos. Depois, ele pousa no meu ombro com aquelas perninhas – para mim parecia chifres ainda – e fechando suas asas como um papagaio de pirata faria.

Que maneiro! Eu acabei de ganhar um pet!

“Nossa... isso foi... muito estranho! Eu nunca havia visto algo assim.”

Bom... se ele vai nos ajudar então, não vou reclamar.”

Eu acariciei a estranha bolinha e ele pareceu gostar. Picker não falava nem nada, mas parecia entender o que dizíamos e fazíamos, visto que ele respondeu o carinho se esfregando na minha bochecha. Ele só fazia aquele zunido “perfura tímpano” para tentar se comunicar.

E ele até que é fofinho.”, disse Arthur observando a pequena esfera alada.

WIWIWIWIWI!”

Agora eu tinha ainda mais certeza do que eu precisava fazer. Suspirei aliviado e ao mesmo tempo, fiquei ansioso com que Coruja havia dito.

Eu podia recuperar minha arma! E assim que eu o fizesse, podia confrontar Thayslânia novamente, achar os outros e voltarmos para o mundo real. Mas uma coisa ainda não me saia da cabeça enquanto aquela bola dourada se esfregava no meu rosto como um gato manhoso.

Quem quer que fosse aquele que falou pelo Picker, tinha a mesma voz de Gallatin. Eu fiquei um bom tempo pensando naquilo, divagando e divagando, até que Arthur me acordou.

“Agora é você quem está pensativo.”, disse ele rindo.

Hahaha! Verdade. Acho que foi... bem mais surpresa do que eu esperava para um dia só.”, respondi com um risinho besta.

“WIWIWI. WIWIIIIII!”

Pelo menos eu já tinha encontrado Arthur. Já era um ótimo começo para alguém que caiu sem paraquedas naquele mundo estranho de fantasia. Mesmo sem as respostas para tantas perguntas, tudo que eu podia fazer era continuar jogando.

“Thayslânia, Gabriel, Letícia, Kildery, Lucas, Jaime, Vanessa, Matheus e Vinicius... Esperem por mim! Nós vamos encontrar vocês e vamos todos juntos pra casa!”

 

 


MENSAGEM DO SISTEMA –

– FIM DO TUTORIAL –

INICIANDO CAMPANHA...


 

 

 

 



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