Volume 1 – Arco 1
Capítulo 116: Mythro enfurecido(2)
Depois de cavalgarem por 30 minutos, os sete começam a encontrar alguns avestruzes. Muitos corpos são encontrados no chão, mutilados além do necessário.
Devido ao cheiro de sangue de seus iguais, os avestruzes começam a atacar sem ver a quem. Eles já eram criaturas bem territoriais, mas eles possuíam uma raiva a mais em seus ataques.
Maki, Lenlen e Tobias tomam a dianteira e usam sua Aura de Fogo. Três cortes de fogo são invocados e colidem contra o avestruz.
Suas penas se preenchem com energia cósmica e defendem o ataque de fogo. Com um salto e um breve planar ele desfere seu bico e bate contra as espadas. Os três são empurrados para trás contra a força do monstro.
— Forte!
— Vale a pena treinar aqui.
O avestruz grasna e mais dois aparecem das árvores. Com seus sentidos aguçados, Mythro percebe que há mais cinco vindo na direção deles.
Ele toca na cabeça de Grásio e assobia para Núbia, que os protegia de longe. A serpente desce pela perna de Suife e desaparece entre a grama.
Juca, Sâmela e Sâmelo puxam suas espadas e descendo do cavalo, vão contra os dois novos monstros.
Em cerca de 10 minutos de batalha eles conseguem se desfazer dos três. Grásio volta com sua boca ensanguentada e sobe pela perna de Suife, ele se enrola no pescoço de Mythro.
Maki olha para Mythro e guarda sua espada.
— Muito bem. Matar três deles com vocês seis é realmente algo.
Gornn bufa na área Shen de Mythro.
Os seis vão derrotando os monstros que se aproximam e o pequeno NOVA só ajuda quando fosse necessário. Pequenos ferimentos são feitos e algumas situações de vida e morte são encontradas.
“Eles são ligeiramente fortes. Nenhum com cultivação maior do que o quarto estágio do ciclo cósmico apareceu, mas, mesmo assim eles são algo. Se aparecer um deles no pico do quarto estágio até mesmo você pode sofrer um pouco se for um contra um.”
— Sim. As garras deles são letais. Se eles fossem mais sencientes matar esses seis não seria problema.
— Professor, deveríamos usar pílulas?
— Vocês estão indo bem só corporalmente. Teremos que retornar logo, então é melhor não gastar pílulas vermelhas nem verdes e sim uma azul.
— Uma azul?
Pílulas azuis eram de solidificação de cultivo. Elas custavam o dobro das outras, com exceção de pílulas douradas de promoção. Que chegavam a custar 10 vezes mais.
— Senh- — Um forte grasnado interrompe Sâmela de falar.
— O que foi isso? — Tobias se assusta e deixa sua espada cair.
— Três… seis… dez… — Mythro murmura e desce de Suife.
— Dez avestruzes? — Maki puxa três adagas.
Era um conjunto de arremesso.
— Quinze… Vinte… Como? — Mythro desce de Suife e seus cabelos ondulam, cabeças de serpentes começam a nascer das pontas lisas do negro cabelo. Elas se levantam e sibilam para todos os lados enquanto se enrolam e contorcem.
Núbia aparece dos arbustos e seus lábios se partem para mostrar seus ferozes dentes dourados. Grásio se enrola no pescoço de Suife e os olhos dos dois começam a emanar uma energia sangrenta — Era a Aura Primal Mortal — Fazendo os seis jovens do clã Espada sob o Sol tremerem por um momento.
— Pelo menos oito deles estão no segundo nível do quarto estágio. O resto está no primeiro nível do quarto estágio.
— Como derrotaremos tantos assim? Professor? — Sâmelo se desespera.
— Matá-los não será um problema. Mas sim seus motivos é que são um problema para mim. — Mythro explica, tirando o Chomir de seu saco azul.
A pesada arma se materializa e quando o pequeno NOVA a pega, seus pés afundam levemente no chão.
— Quais seriam os motivos de uma besta em atacar humanos, se não forem os de predar e proteger seu território? — Juca diz, com voz de escárnio.
— Há dor sentimental em seus gritos. Suas auras também não estão em conforme, estão agitadas como se em dor. — Mythro explica para Juca, o olhando com ainda mais escárnio. — Eles estão correndo de algo e algo está correndo atrás deles.
As orelhas de Núbia giram e ela olha para o pequeno NOVA. Suife também gira as orelhas mas permanece com sua pose imponente.
Com seus sentidos aguçados, Mythro percebe o porquê desses eventos. Há três pessoas olhando para eles em galhos distantes.
— Eles estão nos jogando contra monstros e nos fazendo ficar cansados lutando até não podermos mais, e então nos matando pelos nossos itens? — Este murmuro assusta os outros seis.
— Quem? — Maki fica assustada e olha ao redor, fazendo seu cavalo girar sem parar, como se procurando os ofensores.
— Aqueles três estão nos observando de longe. Devem ter mais deles na frente também.
— O que faremos? — Lenlen pega sua espada e desce do seu cavalo, ela o recolhe em sua tatuagem.
— Temos que matar os avestruzes o mais rápido possível, depois lidaremos com esses fedelhos.
Mythro invoca as armaduras de Grásio, Núbia e Suife. Com eles equipados, a primeira onda de avestruzes aparece. Os outros cinco seguem o exemplo de Lenlen e recolhe seus cavalos a sua tatuagem de invocação. Seus cavalos eram apenas para movimentação, não para lutas, como Suife.
“Mais deles estão se convergindo na floresta. Isso parece um tipo de holocausto.”
— Sectos malignos? — Mythro lança um pensamento para Gornn.
“Possível. A terra, árvores e flores deste lugar estão exuberantes, e a estrela da manhã deste sol se inclinou em alegria. Algo nasceu aqui em conformidade ao destino, karma se entrelaçou para renascer em cosmicidade.”
— Você consegue usar seu augúrio, Gornn? — Mythro move seu Chomir como um ioiô e crava a lâmina circular no peito de um avestruz.
Os seis lutam contra três avestruzes ao mesmo tempo. Seu tempo e coordenação estão bons, qualquer um na idade deles vindo de mesma origem jamais conseguiria tamanha sincronização.
Utilizando artes em conjuntos, eles conseguem maior poder para cortar seus inimigos e queimar seu caminho para a vitória.
Grásio se movimenta rapidamente pelo chão, se mortais o vissem com certeza achariam que haviam milhares de pequenas pernas em sua barriga, como se ele fosse uma serpente cruzada com uma centopeia.
Ele sobe pelas finas pernas e as quebra com seu apertar. Com o avestruz caindo no chão, sua cauda com uma lâmina equipada, voa e perfura o crânio.
“Augúrio não é apenas comunicação de energia cósmica. A natureza dá detalhes que podem ser observados até por olhos mortais. Sua experiência com a manifestação natural de eventos como esse ainda é pouca, mas logo você conseguirá ler estes eventos sem necessidade de rituais ou leitura estelar.”
As chamas brancas de Núbia queimam dois avestruzes e suas garras perfuram suas gargantas, mas sem arrancá-las. O único osso que sustenta o longo pescoço desses animais era definitivamente forte.
Longe de ser falta de capacidade, a Sphynx com certeza conseguiria quebrar este osso vital nos avestruzes, mas com tantos ao redor, isso abriria uma brecha para retaliação da parte dos outros.
Suife ataca como se fosse um touro. Seus três chifres perfuram a carne como se fosse faca quente na neve. Seus coices fazem as pesadas aves voarem 2 a 3 metros para trás.
Sua energia cósmica dança ao seu redor. Ele levanta e bate suas patas dianteiras no chão. Um breve terremoto faz alguns avestruzes perderam seu equilíbrio. Núbia e Grásio aparecem e tomam suas vidas.
Em menos de 15 minutos, 12 desses avestruzes são mortos.
Longe pelas árvores, um grupo de 30 pessoas conversa com um menino com uma pequena coroa branca e cinza.
— Eles são fortes. Príncipe, será que o que temos aqui será suficiente?
— Tem 40 dos nossos aqui, se não formos o suficiente, quantos serão?
— Sim… E quanto a nossa parte?
— A ruiva é minha. As armas… Eu também às quero, aquele menino deve ser o Mythro de que tanto ouvimos falar, suas armas são tão fortes quanto as nossas armas malignas.
— Então as outras duas podem ser nossas?
— Tem 40 de vocês aqui, aquelas meninas não vão dar conta.
— Que isso, Príncipe… A gente pega leve até cada irmão nosso puder ter seu alívio.
— Muito bem. Já levaram aquela menina artesã para meu irmão?
— A menina Bi alguma coisa? Já sim. Ela está a caminho para a montanha.
— Ótimo. Ataquem agora enquanto ainda há avestruzes para atrapalhar eles.
37 dos meninos se movem e vão em direção ao grupo de Mythro. Três deles chegam perto do Príncipe e o acompanha enquanto ele anda calmamente.
— Pequeno Senhor Ygo, fomos nós que avisamos dessa belezinha de cabelo vermelho. Que tal deixar a gente ter nossas primeiras rodadas naquelas duas meninas?
Ygo para e olha os três por um momento. Ele suspira e diz:
— Tudo bem. Mas vocês sabem que o desaparecimento de tantas meninas vai atrair os sectos e clãs da porra daquele leilão. Sumam com os corpos o mais rápido possível. Darei esta tarefa aos três, entenderam?
— Sim, senhor! — Os três respondem e se apressam para acompanhar os outros.