Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Bczeulli


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 44: Menino Prodígio

— Como isso é possível?

— Ele está no primeiro reino como nós?

— Está… Ele está indo para o nível superior do primeiro estágio, mas ele já tem uma árvore… E o sol dele já tem significado.

— As pessoas do abismo são todas assim?

Mythro então recolhe sua imagem viva e se levanta. Ele estava com a camisa de algodão e as calças de couro que Bijin tinha lhe dado no outro dia. Seus olhos se abrem e vêem as três meninas, que novamente levam outro susto.

— Olhos… cor de mel brilhante? — Camila fala surpresa.

— Olhos dourados, sua burra! — Bijin dá um pescotapa nela.

— Ai, Bijin, onde existem seres humanos com olhos dourados, ficou louca? — Julia está um pouco corada.

— Meu deus, ele é só uma criança.

— Espera, estamos deixando o mais importante de lado, como ele é tão lindo? Pessoas do abismo não eram para serem cheias de cicatrizes? — Camila

— Isso é o mais importante para você? Ele está no primeiro estágio e tem uma árvore, isso é o mais importante! E além disso, o sol dele, nunca vi um sol como o dele… E ele usa relâmpagos!? — Bijin está quase ficando louca, ela sabe que Mythro é especial desde que viu suas verdadeiras mãos cósmicas, mas as coisas estão saindo do 1 em 1 milhão para o 1 em 1 bilhão.

— Vocês falam demais. — Mythro finalmente se pronuncia, ele pega o cordão de amarrar cabelo e faz o rabo de cavalo, ele então passa por elas e desce as escadas.

Elas encaram a sua partida.

— O que vimos aqui foi real? — Julia sai do quarto e vai se sentar no sofá.

— Bijin, somos amigas a tanto tempo, você não vai querer seu irmão casando fora da nossa vila, não é? — Camila

— Eu vou matar vocês duas!

***

Mythro sai pela porta direita e vê Brosch martelando algo.

Brosch se vira para ele ao perceber sua presença.

— É um dia bonito, por que não pede para Bijin lhe mostrar a vila?

— Eu preciso caçar. Sabe onde tem coisas para matar por aqui?

— Coisas para matar? Que frase forte vindo de uma criança.

— Matar é normal, é assim que perduramos nossa existência. E, ah! Preciso de artes, onde posso comprar artes?

Brosch olha Mythro de uma maneira estranha.

— Baki me falou que viu você cultivando uma arte de relâmpago, é verdade?

— Não é bem uma arte, é só a runa deificada.

— Runa? Como as runas elementares?

“Eles não devem conhecer o verdadeiro poder destas runas, chame de runas elementares como ele chamou.”

— Isso, eu inventei um nome legal para elas.

Brosch ri.

— Ah, mas bem. É muito raro, artes que envolvem relâmpago são raras, e poucos usam. Os clãs do oeste usam mais artes de fogo, água e terra. As artes de relâmpago foram abandonadas porque não existem clãs de relâmpagos que possam ensinar o treino da arte.

— Não preciso de mestre, só das artes.

— Hm — Brosch pega algo de um saco cinza jogado no chão, ele mostra para Mythro. — Esta é uma arte que comprei para Bijin, tente lê-la.

Mythro abre o pergaminho, lá está escrito:

Palma destruidora:

Aqueles que usarem a palma destruidora poderão destruir os órgãos inimigos;

Esta arte segue os 6 níveis de maestria,

Maestria normal, incomum, rara, extraordinária, perfeita e santa.

A classificação desta arte é de quarta terra. Mas levada a perfeição pode ser forte até mesmo para aqueles no segundo reino, ou terceira terra.

Para treinar esta arte é preciso que você reúna energia nas mãos e a faça ficar como a sua própria mão, criando um semblante desta mão você criará diversas outras mãos menores dentro desta primeira mão, assim uma palmada valerá como diversas outras, podendo perfurar a pele do inimigo e fazendo sua energia o invadir, o destruindo por dentro.

Aqueles que puderem criar 10 camadas estarão no nível perfeito, além disso é santo.

“Uma arte interessante, me lembra a palma de Budha. Mas a palma de Budha era para destruir planetas.”

— Por que você não me ensina essa palma então? — Mythro lança um pensamento.

“Com sua cultivação, matar uma pessoa com dois estágios acima de você já seria difícil, imagina estourar um planeta com uma mão”

Mythro faz um bico, que Brosch vê.

— Não gostou da arte?

— Gostei sim, é que me lembrou uma outra arte mais forte, mas não tenho cultivação para aprendê-la.

— É bom ficar com coisas do seu nível, quanto maior a maestria, maior o benefício da arte, então não se apresse.

— Vamos ver então.

Mythro então concentra energia cósmica na sua mão, e a molda para ficar em volta dela, fazendo o semblante de uma luva feita de energia cósmica.

— Oh? Vais treinar aqui, me mostre então. — Brosch acha um banco e se senta.

Mythro continua se concentrando, ele faz alguns movimentos com sua mão, é possível ver algumas ondas de energia sempre que uma nova palma destruidora se forma, Mythro começa a fazer mais delas em sucessão… 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7… 12

Ele então bate a palma no chão, um pequeno tremor surge em uma área de 80cm do epicentro da palma.

— Que arte forte! E nem é difícil de dominar, já estou no nível santo, né? — Ele se vira para Brosch, que está de boca no chão.

— Que foi? Fiz errado? — Mythro volta a olhar a descrição da arte.

— Isso… não, você fez certo, é que… Dizem que leva uns 2 anos para dominar essa arte, de fato ela não é muito difícil…

— Onde posso obter mais artes?

— Temos um salão perto da casa maior, se você provar grande potencial você pode levar elas de graça… Claro isso é somente para as pessoas registradas na vila chamto, senão perderíamos artes para estrangeiros.

— Bem esperto, vou indo para lá, qual a direção?

Brosch então se levanta e aponta, Mythro sai correndo, mas depois volta e coloca o pergaminho na mão do Brosch. E volta a correr novamente.

Segundos se passam até que as três adolescentes descem da casa e vêem um buraco no chão.

— Pai, você derrubou o que aqui?

— Não foi eu… foi o Mythro… — Brosch ainda está perplexo.

— Ele se machucou? — Bijin dá a volta e encara o pai, ela vê a cara de perdido dele — Você está bem?

— Seu irmão acabou de aprender a palma destruidora…

— Sério? É uma arte que dizem que leva dois anos para levar ao nível raro, que seriam 4 camadas, quantas ele criou?

— 12…

— Entendo, 12 tá bom at— DOZE? — Bijin pega o pergaminho da mão de seu pai e o lê novamente.

— Espera, esse buraco… foi ele usando a palma destruidora?

— Sim, parece que temos mais um prodígio na família.

— Para onde ele foi?

— No salão das artes.

— Venham vocês duas!

Bijin começa a correr, Julia e Camila a acompanha, ela então volta, e coloca o pergaminho na mão de seu pai, depois volta a correr novamente.

— Jovens, tão esquecidos… — Brosch continua plantado.

Enquanto isso, Mythro olha tudo o arredor da vila, muitas meninas se deparam com ele e começam a corar quando ele as lança um olhar.

Ele para de vez em quando e pede instruções de como chegar ao salão das artes.

Levou em torno de 15 minutos até que ele alcançasse a casa maior, ela é o centro do lugar, e rodeando a casa maior estão os pontos mais importantes da vila Chamto.

Mythro vê um letreiro de um estabelecimento que está escrito ”Salão de artes marciais”

Ele então se dirige à ela…



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