Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 168: Em busca da Semente de Terceiro Véu(3)

O clã Bestas Aliadas tomava um espaço de três a quatro vezes mais que o clã Espada sob o Sol. Os glifos que coletavam energia cósmica eram 10 vezes mais poderosos e estáveis. O solo era fértil com diversas Flores Harmonia, e com diversas bestas indo e vindo, acompanhados ou não.

As casas eram feitas com diversos suportes para as bestas voadoras. A passagem do pequeno NOVA causou um pequeno tumulto, principalmente devido aos seus novos integrantes estarem armados com armadura completa e terem uma poderosa aura, que amedrontava até mesmo as bestas mais fracas do segundo reino.

— Eu vim recebê-lo em nome do patriarca, Jovem Sábio e Herói do oeste.

Um homem desce de seu voo. Seu cheiro é similar a de Laudis Tong.

— Você é irmão do patriarca Laudis Tong?

— Oh? Pôde perceber?

— Você tem um cheiro similar ao dele. Estava manufaturando algo?

— Sim. Eu sou Carl Tong, ancião das Bestas Aliadas. Seus companheiros são?

— Alura Boor, os irmãos Camilitiafso, Arkab, Zara e Odyel Yammir. — O pequeno NOVA apresenta cada um, os apontando respectivamente.

Carl os acompanha, parando às vezes para introduzir lugares com suas histórias. Na frente da Casa Maior há uma estátua honrando o fundador do clã, Pochan Tong.

Pouca atenção é dada para Mirmo Mapok. Mas ele não reclama, nem faz perguntas, sabe que ele está ali porque foi trazido junto de Mythro, caso contrário...

A Casa Maior de um clã do meio-oeste era uma casa-compêndio esplêndida.

Ao entrar, eles deixam uma multidão de curiosos para trás.

**

Na Câmara Principal, onde os anciãos se reúnem para cuidar do clã, Laudis Tong está ansioso em sua cadeira. Perto dele, mais três assentos, iguais, se não melhores, tem dois homens e uma mulher. Eles têm uma aura animalesca. Seus rostos estão chateados, como em monotonia.

— Que demora.

— Acalme-se, Laura.

Os dois homens são notavelmente bem mais velhos que a mulher, que deve estar em seus vinte anos.

— Eles estão aqui.

Laudis Tong se levanta. A porta recebe três batidas de leve.

— Podemos entrar? Aqui é Carl Tong, acompanhado de Mythro Zumb'la e suas castas.

— Entrem.

O primeiro a entrar é Carl Tong. Seguido de Mythro, Alura, Odyel e os irmãos Camilitiafso.

O conselho de anciões se alegra brevemente em ver todos de armaduras que nenhum deles antes viu. Os boatos do grande artesão que Mythro era se firmam na frente de seus olhos.

— Seus lacaios têm armaduras e você não? Isso é arrogância ou você acha que suas armaduras são incômodas de se usarem em lutas?

— Parece que é uma jovem senhorita de clã se aproveitando de seu status de nascença para jogar seu peso por aí. — Arkab comenta na orelha de sua irmã.

Mas claro que todos ouviram.

— Como é moleque?

A jovem mulher se levanta, e vai até Arkab. Ela levanta a mão para bater nele quando Alura a impede.

— Um monstro de quatro braços!

Os anciões permanecem sentados. Laudis Tong tenta intervir, mas seu rosto espantado se vira para os dois homens. Obviamente uma mensagem cósmica foi enviada.

A mulher liberta a pressão de sua cultivação. Segundo estágio da Condensação de Anima.

— Se eu invocar minha armadura, seus anciãos vão ter que vir te salvar.

Invocando uma sede de sangue tremenda, o pequeno NOVA olha no fundo dos olhos da menina. Por um momento, ela se imagina se afogando em um mar vermelho.

— Chega, a princesa coroada da Montanha do Tigre Branco não será ofendida.

Um ancião se levanta, batendo forte seu pé e suprimindo Mythro por completo.

— Enquanto ela me ofendia, vocês ficaram parados, até mesmo mandando ordens de ficar parado para Laudis Tong.

O ancião sentado levanta a sobrancelha.

— Parece que essa transação não poderá ser completada.

— Como assim? — Laudis Tong pergunta, seu rosto ansioso.

— A Pedra Coração Vulcânica, esqueçam.

A jovem mulher fica pálida. A Salamandra de Fogo que estava sendo gerada já tinha até dono!

— Espere. Desde o começo a troca era inválida, um minério ainda para ascender por um já de quatro estrelas negras—

— Você acha que eu sou idiota?

Mythro tira Arietem de seu rosto. Por um momento, a menina esquece de respirar. Mesmo anos mais jovens, o garoto na frente dele era o homem mais bonito que ela já viu.

— Eu sei que se a pedra e o cultivador sincronizarem antes, para o cultivador a assimilação e mais fácil e menos perigosa. Provavelmente isso aqui é para algum ancião de seu clã que está quase morrendo, mas não podia se integrar há um minério de outro tipo. Assim vocês conseguem salvar alguém e ao mesmo tempo ganhar um outro rei.

— Isso mesmo. Por isso, perdoe a ofensa de minha neta. Continuemos a transação.

O ancião que ainda estava sentado se levanta. Ele é obviamente um rei.

— Jovem Sábio. Você me disse naquele dia, que além da pedra e um conjunto de leques, também seria prometido uma arma de segunda terra. — Laudis Tong comenta, depois que as coisas acalmam.

— Sim, isso mesmo.

— Cumprimos também a outra parte de nosso acordo e trouxemos diversos tomos que não podemos praticar. Mas, como pedido do patriarca e de dois dos três altos anciãos, será limitado a quantidade que você poderá pegar para 5 deles, se quiser mais terá que compartilhar conosco como praticar a arte contida.

O patriarca das Bestas Aliadas pega 20 tomos e os coloca na mesa. Tudo é muito rápido e feito com energia cósmica.

— Caso nenhum desses 20 os agrade há mais 7.

Mythro olha todos os tomos. Ele acha 3 que eram dos próprios Avestruzes Alados de Seis Asas e Duas Caudas.

“Provavelmente o antepassado deles deixou isso aqui, mas ao longo do tempo enquanto eles enfraqueciam isso foi tomado.”

Gornn comenta, também analisando todos os tomos.

Infelizmente para eles, a única coisa que fazia com que estes tomos fossem impraticáveis para eles, é porque eles estavam escritos na língua ancestral.

Fosse antes de ser ofendido, Mythro obedeceria às regras impostas por eles. Mas já que o ofenderam...

“Já memorizei tudo. Felizmente nenhuma dessas precisa ser levada para estudo recluso. Com isso não só Yibang e Yabang, mas até mesmo Grásio se beneficiará, o resto que serve para outras espécies de animais podem ser feitas como comparativo, e até mesmo me elucidar em uma nova arte para os meus.”

— São boas. Mas para ter certeza quero olhar as outras 7.

A Princesa Coroada fica vermelha de raiva.

— Quem garante que você consegue mesmo ler essas coisas?

— Oh? Quer provas?

Mythro olha para Odyel. Ele dá passos à frente e fogo e rochas começam a se materializar em sua mão. Logo, a miniatura de um vulcão é feita, ela começa a cuspir bolas de fogo.

Alura e os dois irmãos impedem que o ataque destrua a sala, mas mesmo nessa pequena forma, é possível ver que qualquer cultivador do primeiro reino morreria para esses pequenos pedregulhos flamejantes.

Esta era na verdade uma habilidade normal dos druidas. Mas Odyel foi o escolhido de Mythro para aprender os tomos de intenção terrena e de fogo que ele adquiriu junto com os 500 bilhões do clã da Lua. O aquático, o próprio Mythro aprendeu, já que para os outros não seria sinérgico.

— Isso ainda é uma arte? Como uma criança consegue controlar isso?

Os anciões do clã de Laudis Tong começam a comentar entre si.

O Alto Ancião da Montanha do Tigre Branco balança a mão duas vezes, guardando os 20 tomos e colocando os outros 7 na mesa.

A aura deles entrega completamente que eles são de bem maior origem do que os outros.

Mythro não perde tempo e começa sua investigação.

O primeiro é um tomo com capa branca. Há um tigre de olhos safira estampado.

— Este é um dos maiores motivos de termos concordado com seu pedido irrazoável de ver nossos tomos. — O Alto Ancião diz, abrindo o tomo e folheando as páginas ainda sentado. — Nosso tomo ancestral, que infelizmente há mais de 6 gerações não sabemos mais como cultivá-lo.

— Vocês tem um Tigre Branco Celestial?

— Blasfêmia, você será colocado em procissão funeral, HOJE!

O ancião mais nervosinho dá um passo aparecendo ao lado do pequeno NOVA, mas antes que ele possa fazer algo. O Alto Ancião libera sua energia e prende o velho no lugar.

— Temos, Jovem Sábio.

— O título dessa arte é as Pentaformas de Predação.

A jovem mulher se espanta quando ouve o título. Eles não sabiam se Mythro podia ou não ler estes tomos na verdade, mas quando ele diz o título que era segredo deles, nem mesmo as Bestas Aliadas estando sob eles sabiam disso.

— Sim, seu título é de conhecimento nosso.

O ancião que ia golpear o pequeno NOVA é solto, e ele retorna quieto e de cabeça para baixo a seu assento.

— Essa arte só pode ser passada para alguém que fez o contrato de vida com o tigre, e claro, deve ter sangue do Tigre Branco em suas veias. Fora isso, tem outro jeito.

O Alto Ancião se levanta. A sala tem diversos suspiros de surpresa.

— Tem como quebrar essas regras?

— Não é bem quebrar. Dá para ser ensinado só para o tigre, mesmo sem ter o contrato de vida. O tigre só precisa ser de maior origem do que o próprio Tigre Branco.

A sala fica quieta de seu pequeno furor.

— Não existe nada no Octógono de maior origem! — A Princesa Coroada grita.

— Okay então. Vou traduzir para você, tem tinta e um tomo branco ai?

O Alto Ancião balança sua mão e um frasco de tinta e um tomo com páginas em branco aparece. Usando energia cósmica para movimentar a tinta e escrever, Mythro traduz tudo rapidamente.

Depois de duas horas “escrevendo”, ele acaba. Claro que o tomo em si não era enorme, tinha dez páginas no máximo. Muitas delas com desenhos que levavam a mente para um espaço singular onde a arte podia ser melhor compreendida. Mas como essa arte era para um possível Tigre Branco de linhagem diluída, ele se viu obrigado a colocar mais dicas de como cultivar o tomo, e o que muitas coisas podiam ser de diferentes ângulos. Era como dar mel na boca de um adulto doente.

Depois disso, Mythro colheu 5 daqueles tomos. Estes ele não precisaria explicar o que eram. O Tomo do Tigre Branco não podia ser levado, e ficou somente o último.

“Imprescindível. Alcance Cósmico e Lei de Corpo Equina, vindo direto do clã dos Cavalos Destruidores de Aranante.”



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