Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 173: Os testes do Plano Aquático(2)

Núbia, Grásio e Suife também estavam com seu sexto cristal. A cultivação deles sempre estaria equilibrada.

O nascimento desses Asteroides Ars vinha somente após a criação de um Cristal Ars do pequeno NOVA. Como se a própria cultivação soubesse que seria falta de respeito ser gerada antes delas.

Algumas horas se passam até que finalmente, a grande floresta dourada com raízes e folhas azuis desapareça e de lá belos 40 Asteroides Ars e Cristais possam ser vistos se movendo em um ritmo que entrava em sintonia com a respiração do mundo. Um pequeno fenômeno ocorre e até mesmo energia santa pode ser sentida no corpo dos quatro.

— Criaturas divinas realmente estão em uma majestade diferente... A cultivação viva da Senhorita Núbia, de Grásio e Suife são frutos da própria Natureza Santa do Primeiro Reino do nosso Lorde. Por isso são tão poderosos. Pois a Natureza do Primeiro Reino do nosso Senhor traz mistérios do Torá.

Arkab comenta, mostrando uma expressão fascinada. Realmente, os três não tinham itens como os dos outros. Mas eles possuíam um fruto da Natureza do Primeiro Reino que já tinha se fundido há muito tempo com o Torá.

Os quatro se levantam e a energia deles afastam o ar em reverência. Os olhos do pequeno NOVA brilham branco e preto e se resumem ao seu usual dourado. Raios negros e fogo saem de sua boca ao suspirar e seus passos deixam marcas no chão, como se ele fosse uma montanha.

Estendendo sua mão ao tanque, ele lança uma poderosa energia cósmica negra que invade o grande aquário e busca como prosseguir. Dentro do tanque há uma pedra que reage a energia e diversos canais se soltam, e como fios eles percorrem todo o aquário. Percebendo que a água realmente estava completamente limpa, eles voltam para a pedra.

A pedra se levanta alguns centímetros e toda a água começa a descer pelas frestas criadas pela mesma. Quando ela finalmente acaba, as estátuas se movem e levantam o tanque completamente. Uma passagem pode ser vista e todos descem por ela rapidamente.

Diversas trepadeiras com frutas vermelhas, beges e rosas podiam ser vistas ao longo do caminho. Todo o pavimento da passagem era feito de pedras aquamarinas. A surpresa da riqueza desse secto deixa a todos cada vez mais espantado.

— Ninguém nunca comentou sobre esse secto antes. Até mesmo a Tempestade de Relâmpagos já foi revelada, mas a Plano Aquático... Que tipo de segredos a guerra de mil anos atrás realmente esconde?

Mythro comenta, enquanto eles descem até encontrarem o que seria um completo cenário de grandeza.

Um mundo diferente. Era a única coisa que realmente podia ser descrita.

Um lugar parecido com um pantanal. Qi de água podia ser sentido em grandes quantidades. As árvores cresciam em dezenas de metros e a terra era inundada com diversas poças.

Diversas plantas e ervas raras cresciam em pequenos montes e em diversas regiões onde a água era concentrada.

A abóboda celeste era cheia de nuvens, em algumas regiões chovia enquanto em outras uma runa solar que tinha se transformado em sol banhava as plantas. Diversos crocodilos aproveitavam o sol e se aproximavam para aquecer seus sangues. Alguns deles mordiam ervas e plantas no chão e se levantavam, ficando em seus pés traseiros e enormes.

A boca deles era muito diferente da de crocodilos normais e seus braços eram quase humanos em suas maquinações.

— Que raça é essa?

Alura nunca tinha ouvido falar sobre uma raça de crocodilos que era herbívora. Embora existisse raças de “homens-crocodilos”, lá fora, eles não tinham uma aparência mais “crocodila” do que humana, a não ser em suas transformações Corpus Fons.

Mythro continua caminhando e chega perto de uma árvore, uma árvore que estava solitária em um cume com mais de 100 metros de espaço. Os outros o seguem e ficam momentaneamente surpresos pelo que veem.

Sete flores cobriam a região da base da árvore. Uma do lado da outra, elas abraçavam a árvore.

— Isso são peônias? — Alura pergunta, se aproximando de uma.

— Isso são mais que apenas peônias. São Peônias Sagradas de Aldelão. Elas estão na segunda terra. Elas absorvem as intenções da região em que elas estão e armazenam em suas diversas pétalas, depois de certo tempo, dependendo da fortuna que ela cria, se pode obter técnicas fora do comum.

Mythro explica.

— Então quer dizer que estas peônias podem nos dar uma fortuna equivalente ao valor de uma técnica do terceiro reino? — Arkab também se aproxima de uma e cheira a pequena flor.

— Basicamente. Mas estas em particular estão nutrindo essa árvore. E que bela árvore...

Nenhum dos quatro reconhece a árvore em questão. Mas Suife e Núbia se sentem atraídos a bela árvore. Na verdade, bela não era bem o adjetivo.

A árvore mal tinha folhas, e todas elas eram marrons com suas extremidades verdes. Seus galhos caíam como se cada uma dessas folhas pesasse diversos quilos. Haviam sete folhas, e elas eram alinhadas com cada uma das sete peônias. Seu tronco era negro com algumas partes em branco-amarelado. Talvez se alguém olhasse de muito longe pensasse que eram larvas comendo o tronco.

— Meu Lorde.

Odyel chama pelo pequeno NOVA. Sua voz mostra certa urgência. Se virando, Mythro percebe que diversos crocodilos estavam os rodeando.

— Vocês todos devem estar sendo mandados por alguém, peço que voltem as suas usuais atividades, antes que eu tenha que manchar esse lugar de sangue.

Os crocodilos param um momento. Mas é possível ver em seus rostos e trêmulos dedos que existia algo fazendo maior ameaças em suas mentes. Um maior crocodilo, no topo do segundo estágio da Condensação de Anima aparece. Seu corpo possui tinta vermelha perto dos olhos e focinho. Seu peito tem um sol desenhado.

— Entendo... Então você vai preferir que eles morram? Essas peônias estão fortemente ligadas a terra, provavelmente quando elas estiverem prontas você aprisionará a fortuna e a refinará para si mesmo. Consigo ver seu dantian se movendo, há alguns quilômetros, e tenho certeza que você não vai se mostrar antes de ter certeza que eu sou uma ameaça do seu nível. — O pequeno NOVA se abaixa e pega a terra com sua mão, enquanto fala.

Os quatro ficam perplexos com o súbito monólogo de Mythro. Com quem ele estava falando?

O crocodilo com a marca de sol deita em suas quatro patas e começa a correr rapidamente na frente do pequeno NOVA.

— Seu azar é que o sangue deles foi trabalhado para perceber divindade maior do que a deles.

Mythro coloca a mão direita em sua calça, alcançando a espada em sua perna esquerda. Éter aparece, sua lâmina de metal divino cheia de marcas de nuvens e seu cabo dourado.

Balançando a espada, uma massa de nuvens sai de toda a lâmina e ataca o réptil. O animal mais inteligente do que outros, mostra uma pequena curva de risada em sua boca. Ele devia pensar que aquilo seria nada mais do que água em estado de vapor o atacando.

Mas quando a massa de nuvens finalmente chega nele, seus guinchos de dor podem ser ouvidos.

Sem querer demorar além do que precisa, o pequeno NOVA lança a espada e o som de algo sendo perfurado pode ser ouvido. Um novo som de algo rasgando é novamente ecoado e a espada volta para a mão de seu dono, manchada de sangue.

Finalmente a massa de nuvens recede e um crocodilo rasgado ao meio da barriga até a boca pode ser visto.

— Patético.

Mythro começa a liberar sua própria aura. A Aura Primal Mortal passa pelos répteis e eles recuam. Não obstante, seu blazar expande sendo alimentado por 10 Cristais Ars e seus olhos começam a brilhar como faróis dourados.

Um mar de nuvens começa a sair de Éter. Eventualmente as nuvens começam a se condensar em uma lâmina de diversos metros. Qi de espada começa a envolver todas as chamas brancas do antigo Deus Grego.

O pequeno NOVA pega sua flauta e antes de começar a sopra-la, ele diz, sua voz em um novo tom, doce e amigável:

— Alinhem-se por favor.

As tranças de seu cabelo se soltam, e três sereias podem ser vistas crescendo de tamanho em tempo real. De suas bocas, vozes celestes que traziam paz e harmonia, sossego e relaxo, vida além dos nove céus, ecoam para fortificar o feitiço começado pelo pequeno NOVA.

Ondas de som invisíveis são feitas e as sereias começam a cantar. Elas parecem anjos, juntando suas mãos e soltando suas vozes ao olhar para o céu.

Ali tinha pelo menos quarenta crocodilos. Todos sem exceção fazem uma fila, encantados.

— QUEM ÉS TU?

Um grito soa no ouvido de todos. A lâmina de fogo branco continua sendo energizada enquanto a flauta é tocada.

— Pare com isso, vai arruinar centenas de anos de trabalho!

Sem ligar para a voz, a flauta continua, e finalmente em um último e sibilante som. A lâmina é lançada e sai penetrando um crocodilo atrás do outro, até fincar sua lâmina no último.

— Maldito NOVA! Se é assim que queres, arrancarei de você estes criados místicos. Achas que é a única coisa divina na região!? Eu sou superior até que ti!

Diversas raízes começam a subir, antes peladas, agora com diversas folhas e flores nascendo. Elas se amontoam e formam a face de uma menina na pré-adolescência. Ela bate as raízes como se fossem chicotes. Mas antes que muito pudesse ser feito, Éter lança um arco de chamas com alto Qi de espada e corta a menina ao meio.

Seguido do corte, Mythro pula até a base de onde as raízes saiam da terra e usando as luvas de Érebo ele lança sua energia negra na terra, em perseguição a algo.

Um grito soa, e toda a floresta parece vibrar junto com ele.

— Maldito, maldito! Você não sabe quem eu sou!? AAAAAHHH

Os olhos de Mythro penetram a terra e seguem um condensado de energia indo rapidamente até a distância.



Comentários