Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 188: Torrando os Ossos Espirituais(1)

— Como vamos nos defender disso!?

Odyel não acreditava que os fortes iriam segurar as bolas. Eles já estavam completamente rachados do ataque da maré.

— Depois de usar Sangue Espiritual a cultivação fica enfraquecido por um tempo. Ela não vai conseguir voar tão alto por um tempo, nem canalizar energia para resistir todos os ataques. Ela só tem duas opções, voltar para a água e tentar absorver a energia que está perto da fenda, ou nos atacar fisicamente...

— Se ela voltar para água as feridas dela também começaram a recuperar mais rapidamente e iremos voltar basicamente a estaca zero. Eu vou lá de novo, preparem uma Magia de Guerra!

Mythro dá as ordens e ele monta novamente em Suife e libera Pontos Incandescentes para impedir ela de cair direto na água.

— Magia de Guerra? Qual devemos usar? — Odyel se assusta, ele mesmo não tinha energia para uma.

— O custo delas é muito grande, e Arkab e Zara estão muito feridos. Eu acho que tenho o suficiente para espremer uma, cubra o Lorde.

Alura explode sua energia cósmica ao limite e começa a produzir fios incessantemente.

Os irmãos Camilitiafso escondidos atrás do forte estavam meditando de pernas cruzadas. A cultivação deles quase foi ferida, a Espada Gigante de Hércules é poderosa, mas seu custo caso seja quebrada também é severo.

A baleia no céu cai devagar. Mesmo para ela cair direto na água é perigoso, com toda sua massa e feridas abertas, mesmo que seu corpo fosse naturalmente resistente ao calor do mar ela estaria convidando uma morte adiantada.

Mythro invoca sua coroa de fogo e relâmpago negro, que ele criou após ficar surpreso com a Lunificação do clã da Lua.

A lança dourada rasga o ar com o poderoso salto de Suife e rasga novamente a densa pele da baleia.

A baleia abre sua boca, um grito de criar muitas ondas ecoa do corredor enorme que era sua garganta. Sua nadadeira colhe o céu e a terra e fazem uma fresta na água se abrir.

Ela estava invocando um tesouro! Algo saiu voando rapidamente do Mar e para a investida do jovem Hipernova.

É um canhão, e ele se assenta na testa da baleia. Tiros de água fervente em alta pressão saem de sua boca, e fazem o escudo solar de Mythro esquentar a temperaturas infernais para alguém de seu reino.

Alura começa a montar diversos fios na região. Pedras de Qi cósmico são jogadas no chão como se fossem lixo, mas ainda não eram o suficiente.

Magia de Guerra. São magias usadas em guerras contra milhões, para diminuir o número dos inimigos o mais rápido possível. 

O ataque mais forte de um Príncipe com no mínimo uma Coroa Verdadeira Majestade tinha o poder de uma Magia de Guerra de verdade. Antes disso, menores formas podiam ser usadas ao custo de muitos recursos.

Uma Magia de Guerra era extremamente rara também, a formação requeria uma fundação muito firme. Se cultivadores achassem que só os recursos eram necessários, estavam errados, uma vez que a formação fosse ligada, se um falhasse, a formação inteira falharia e poderia se reverter contra eles.

A Magia de Guerra que Alura estava montando era chamada Mar de Fios. Ela possuía um órgão especifico em seu corpo que criava os fios, isso custava energia cósmica e vital dela. Os recursos de energia cósmica ajudariam ela com o fardo de energia, mas quanto a parte vital...

Ainda assim, as coisas não pareciam boas. Yibang e Yabang novamente começaram a controlar os arpões mas estava vezes mais difícil. As marcas apagaram quase que por completo depois da maré, consertar elas para voltarem a funcionar já foi grande coisa, mas o problema da velocidade dos arpões aumentou vezes mais.

Núbia corre o que pode depois de conjurar os sete círculos. Agora ela precisava estar lutando do lado de seu irmão.

Odyel começa a levantar a terra em diversos lugares para dar mais chances para que eles pudessem permanecer no ar para lutar contra a baleia.

Balacar por não ter armadura ainda, não podia se mexer levianamente. Mas ele ainda assim ajuda Alura com a energia vital e cósmica necessária.

No ar, Mythro consegue trocar golpes intensos contra a baleia. Nesse estado, um recém ascendido ao terceiro reino apanharia para ele depois de tantos rounds, mas este era um ser místico que já tinha refinado seu sangue para os próximos níveis!

O canhão continua atirando, e a lança continua rasgando carne e furando a grande massa no ar.

Sempre que Mythro voltava ao chão, tinha um novo alicerce para que ele pudesse voltar o mais rápido possível no ar para novamente ferir a baleia.

Mesmo com as nove caudas de lança, estava difícil de ser páreo para um ser que realmente cruzou o terceiro reino, e não dependia de tesouros.

— ALURA!

— Está quase pronto, Lorde!

A voz da Pálida Júri estava fraca, com certeza o gasto da sua energia vital foi enorme. Diversos fios se mesclam no ar, se costurando, fundindo, dando nós e crescendo como uma agulha feita de diversas outras.

Manter essa magia em pé era um teste não só de poder, mas de determinação. A Gigante Espada de Hércules era uma magia inferior a essa, e precisou de Arkab e Zara para ser conjurada.

Todos eles podiam fazer uma Magia de Guerra, mas seu custo era tamanho que antes de ceder ao uso da mesma, eles preferiam usar a Espada de Hércules para poupar tanto recursos como os próprios irmãos.

Mas a força da baleia realmente ultrapassou o esperado. Mesmo depois de tantos planejamentos e formações, ela ainda estava viva e contra atacando!

A diferença entre mortais, místicos e divinos era realmente muito grande. Se essa fosse uma baleia divina, eles não teriam chance alguma. O primeiro terço era insuperável! Gornn uma vez disse isso a Mythro. O jovem Hipernova conseguiu quebrar essa regra, mas apenas contra mortais do Ventre das fadas que tinham a cultivação muito fragilizada por falta de conhecimento.

Os mortais de planetas mais prósperos eram muito mais fortes que estes, e trariam um desafio maior também.

Existiam mortais que matavam seres divinos!

Núbia finalmente alcança as pontes de terra feitas por Odyel. Com sua armadura ornada, ela prepara a lâmina na ponta de sua cauda e usa o ataque da Montanha do Tigre Branco.

Pentaformas de Predação. Cinco formas de predar o inimigo.

O corpo de Núbia se torna musculoso e maior, mas sem afetar seus movimentos. Um olho de gato dourado aparece atrás dela, e fogo branco ruge em todo seu corpo.

Ela parece uma estrela branca no céu. Suas garras prendem no corpo da baleia e ela se move para cima.

A baleia começa a virar mas ela não consegue tirar Núbia de si. Mythro funde Caos a Mer e seu poder aumenta novamente.

Com quatro braços e pernas, ele tira seu arco de boreal negra e flecha de pilar de luz. Uma das representações de sua dualidade.

— Parta a Terra!

O pilar de luz brilha com eterno fulgor. O arco negro começa a invocar relâmpagos do céu, e a derivar as leis da destruição.

Esse ataque era um encantamento de quatro partes, e a primeira era Parta a Terra. Mythro usou esse mesmo ataque para matar Isadoro, o filho do Rei Maligno Ozma.

Mas com certeza só esse nível de poder não seria o suficiente. Por isso, ele usaria a próxima parte.

— Cruze os Mares!

O Mar da Baleia treme como se o mundo tivesse acabando. Um poder apocalíptico é invocado, carregando guerra, fome, peste e morte.

O próprio tempo parece ser afetado com a cosmicidade desta seta. Se ela atravessasse um portão, se tornaria um dragão.

Ela é finalmente liberada. Suife usa seu Alcance Cósmico dos Aranantes e a imagem de diversos cavalos acompanham a flecha.

Seu trotar invocava guerra contra os céus, e trazia submissão a todos na terra. Apenas a destruição seria resultado do que ficasse embaixo desses cascos.

Grásio pega carona na flecha, e antes de alcançar o alvo ele salta e aumenta seu tamanho. Ficando com 1/3 do tamanho da baleia.

Ficar maior que ela, realmente não era um problema. Grásio um dia poderia se enrolar e se tornar um planeta sozinho.

Mas se seu novo peso a fizesse cair de vez, ele teria que enfrentar a água junto com ela, e ele sairia muito pior que ela.

A flecha acerta, e crava uma ferida embaixo da boca da Baleia de Akro. A energia por trás da flecha então reluz mais uma vez antes de desaparecer e sangue começa a escorrer como chuva do resultante buraco.

Núbia que estava presa na baleia está levemente tonta e fraca. Ficar em cima dela enquanto ela se debatia no ar não foi fácil.

— Lorde Mythro, a magia está pronta.

Odyel grita para Mythro. Alura estava no limite, toda gota de energia de seu corpo foi drenada para poder dar força a agulha gigante no ar.

O próprio Druida teve que auxiliar ela com energia vital e cósmica, se não, ainda assim não teria acontecido.

— Ataque!

A agulha se move rapidamente e vai novamente no ar. Ficando bem acima da cabeça da baleia, ela começa a girar e diversos fios começam a chover penetrando a densa camada de pele, embora que superficialmente.

Um grito choroso soa da baleia.

— Morre, morre!

Zara e Arkab se levantam para ajudar Alura que estava de joelhos exausta no chão. Odyel não estava muito melhor.

Os irmãos Camilitiafso estavam machucados ainda, e seu acesso a cultivação era muito limitado.

Eles correm com o Druida Titã e a Pálida Júri nos ombros para o forte mais distante.

De repente, a terra treme. O nível do mar começa a subir, e dois seres enormes saem de lá, facilmente o dobro da baleia que estava sendo enfrentada.

Eram duas baleias. Mais especificamente, dois esqueletos de baleias.

Os esqueletos se jogam na Magia de Guerra e perdendo muitos ossos, conseguem quebrar o feitiço.

Os olhos de Zara e Arkab saltam dos olhos, Alura não ia conseguir receber esse recuo!



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