Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Heaven


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 208: O Casamento de Mythro e Mits(4)

Devido ao aumento de comitiva, levaram ao todo 4 meses e 20 dias para voltar ao Oeste. Paradas mais longas foram necessárias não só para impedir ataques de matilhas centenárias de lobos, mas também ataques de clãs que estavam tentando “resgatar Mits”.

Neste meio tempo, mudanças drásticas aconteceram dos dois lados. O tratado Oeste-Leste mudou e, incrivelmente, sem necessidade de anos de negociação.

A queda brutal de força do Leste pelas mãos de Mythro os deixou em uma situação precária. Eles perderam quase uma dezena de Reis, nas mãos de aliados, não menos.

O oeste ainda teve que oferecer uma compensação, mas agora o controle militar dos dois pontos cardeais estava em uma única mão

Fora o controle de espólios de guerra. Com menos Reis e Anciões para equalizar as lutas de maior escalão, os espólios formais e informais de cada luta seriam monopolizados logo logo.

Mais uma vez também, o nome de Mythro ressoou pelo Oeste como um estouro cataclísmico. Tanto por seus feitos e poder, mas também pela recém erguida Gruta do Paraíso.

Um secto que não parecia deste mundo. Um secto que seria invejado décadas por vir.

Em tamanho o secto da lua ganhava, em tradição o secto da lua ganhava. Em imponência, tecnologia e majestade...

Sem chance!

Os muros de 30 metros feitos de minérios únicos. Não somente mais resistentes e atribuídos de Qis dos quatro elementos, mas também inscritos com formações profundas para serem mais resistentes em defesas e poderem auxiliar em ataques.

Alguns possuíam formações de ataque que poderiam derrubar reis e aniquilar anciões.

Glifos profundos de atração de energia deixavam a região tão carregada que seres no segundo reino achavam que com mais um pouco, eles poderiam começar a planar.

Três magníficos portões davam entrada ao secto e a cidade. Magníficos, eles eram feitos no formato de centopeia. Os portões tinham mais de 50 metros, superando os próprios muros.

Uma distância de 200 metros separava cada portão do outro. Suas pernas eram afiadas, e eram cerradas de maneira que ao se fechar o portão, uma encaixaria perfeita na outra, lembrando dentes de tubarão.

Qualquer um que não estivesse acostumado com a visão ficaria imaginando se a qualquer momento os portões iam se fechar e destroça-los.

Os olhos das centopeias-portões eram azuis, com pedras Qi alimentando sua magnífica estrutura. Diversas runas, círculos mágicos e formações estavam descritas em seus corpos.

Muitos se perguntavam se, sob ataque, elas tomariam vida.

A cidade por trás dos muros era gloriosa. Por fora não dava para ver, mas poderosos cabos que suportavam caixas de madeira robusta que transitavam por toda a cidade. Veículos engenhosos e eficientes para facilitar rapidez e transportes.

Dois a oito cabos davam suporte às caixas de madeiras, que eram comumente chamadas de transportadores de conveniência. Nos menores iam dois cabos apenas, um para o teto e o outro para o fundo. Os maiores tinham diferentes partes do teto, fundo e lados aparados por cabos. Fora excelentes mecanismos de contrabalanço para uma viagem lisa sem perturbações.

Alguns tinham pilares de suporte ao longo de sua ida, assim a estabilidade e segurança dos passageiros e o que quer que estivesse sendo transportada podia ser ainda mais assegurada caso fosse um volume maior de pessoas ou materiais.

Os melhores e mais robustos destes poderiam carregar até 6 toneladas de itens. Não só a própria caixa era feita de melhores materiais, mas os cabos também possuíam melhores fibras e grossura.

Quem não fosse do secto, tinha que pagar um valor fixo para usar, dependendo do tamanho da comitiva e do que estava sendo carregado.

Existiam pilares de entrada e saída. Você iria para cima com a plataforma, e então embarcava no transportador de conveniência. Alguns, claro, fugiam dessa regra.

Alguns eram somente para uso do secto. Já que suas movimentações eram para locais-chave da cidade e até mesmo iam direto para a casa maior, ou outras facilidades importantes como os campos de treinamento ou o pátio central.

O pátio central era circular e enorme. No seu centro havia uma estátua de abelha, que na verdade era uma imitação da estátua guardiã da Gruta do Paraíso.

Ao redor do pátio central, os pedaços de terra com permissão para se erguer estabelecimentos era em forma de um triângulo fino. Assim, sendo visto por cima, parecia na verdade o desenho de um sol.

Até o momento, tudo pertencia ao secto. As opções de locação só se abririam assim que Mythro chegasse, em carne e osso ao secto.

O Secto era dividido em Raso e Profundo. Onde “Raso” era apenas a cidade, onde o secto e seus aprendizes teriam convivência com o meio secular.

Nesta parte ficariam as vilas compradas por Mythro, que agora se uniam sob sua bandeira.

O “Profundo” seria o secto em si. Ele ficava alguns quilômetros mais ao fundo, bem depois da cidade.

Muitos dos lugares ainda estavam vazios. O único lugar necessário para se construir desde já era a Casa Maior.

Ela seria a intercessão entre a cidade e o secto. Seja para discípulos ou convidados, entrar no secto teria que ser atravessado por aqui.

Tudo que faltava era Mythro e Mits voltarem e assim decidirem que tipo de campos de treinamento o secto teria. Assim como competições, incentivos, recursos mensais e anuais, tarefas de clã etc.

**

Algumas horas distantes da cidade que iria mudar o rumo de tudo, não só no oeste, mas neste continente, Mythro e seu grupo passam pelas regiões da antiga Chamto.

— Estamos a poucas horas da nossa cidade. Este lugar, como vocês podem ver, tinha um assentamento. Aqui era a Vila Chamto. Aqui eu conheci Bijin, que me salvou dos mercadores do Leste, e descobriu meu talento como Artesão. — Mythro passa pela vila, em seu coração, fortes sentimentos.

— Esta vila é meio grande para uma vila do Oeste de Fora, não? — Percebendo as marcas, Mitri comenta sobre o provável tamanho da vila quando existia.

— Sim, sogro. Nossa vila estava chegando ao tamanho de uma cidade do meio-oeste. Muitos refugiados vieram ao nosso encontro. Eles farão parte do nosso secto. Depois de muitos anos, finalmente poderia dar a eles um lugar do qual eles não terão que trabalhar como escravos e serem tratados como baratas.

**

— Meio ano que seu irmão se foi... Os seus servos já até alcançaram o 3º Reino. Logo você também Bijin...

— Mamãe, calma. Ele foi até o mais profundo no Leste. Isso demora! Além do mais, ele vai ficar feliz quando ver que você já está quase no topo do Primeiro Reino. Antes você tinha tanto medo de cultivar.

Baki e Bijin conversam ao lado da estátua de abelha. Arkab e Zara quase nunca as deixam sozinhas.

Baki olha para os dois, e então mais ao fundo. Odyel ainda estava construindo a fortaleza. Na verdade, a casa maior era a fortaleza.

Ela poderia ser chamada de castelo ao invés de fortaleza. Com mais de 85 metros, dotado de paredes firmes, misturadas de pedra e ferro derretidas na lava do Druida Titã após alcançar o Terceiro Reino. Banhadas em seu Presente dos Céus que foi dado por Lilati.

Existiam duas torres em formatos do Zodicianos de Mythro. O portão da Casa Maior era Taurus. Imponentes chifres, uma face musculosa e olhar firme deixariam todos pressionados sobre a magnificência e força do secto.

No centro da fortaleza, uma estátua gigantesca de Arietem. Ele guardava a instalação principal do Forte.

Suas paredes eram de 20 metros, bem menores do que as da cidade. Davam visão a bela Montanha do Paraíso que exalava energia pura e abundante. Sigilos, Runas e Glifos de alta classe estavam gravados por todas as paredes, e então eram escondidos pelos esforços de Alura e Odyel.

Tudo na fortaleza emanava uma qualidade espiritual suprema. Sua Aura dizia apenas uma coisa — Impenetrável!

— Eu aprendi muito com estes jovens. Pensei que cultivar era apenas um meio de roubar da natureza seus dons únicos e usar de maneira brutal. Mas na verdade, estava enganada esse tempo todo. Hoje vejo que cultivar é uma forma de afirmação cósmica. Assim como eles me ensinaram. Irei cultivar a minha verdade. Além do mais, ganharei uns anos a mais... Quero ficar aqui mais um pouco para poder ver seu irmão se tornar o maior campeão de todos.

— Ele vai ser.

Bijin abraça sua mãe. A alegria que elas compartilhavam intoxicava até mesmo os irmãos Camilitiafso.

Trote de cavalos soam ao fundo. Alarmando aos quatro. Zara coloca a mão em sua espada e toma a frente das duas.

— Hey, Zara. Acha que porque entrou no 3º Reino já pode comigo?

— Meu Lorde!



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