Volume 7

Capítulo 131: Erselica entra em cena

Pasette Yulineria estava decodificando o diário que ela obteve na caverna.

O quarto em que ela estava tinha uma mesa simples e uma lâmpada, então mesmo quando a noite caía, ela era capaz de ler. Sua colega de quarto cansada já estava em sua cama, no mundo dos sonhos. Ela era uma garota plebeia, que chutou o cobertor para expor suas roupas íntimas.

Se levantando de sua cadeira, Pasette recolocou o cobertor sobre ela.

Normalmente, ela amarrava seu cabelo levemente ondulado para trás, mas no momento, ele estava solto. Seu cabelo mal chegava em suas costas, a garota pensava que isso apenas atrapalhava. Ela queria cortá-lo curto, mas com as reações a seu redor, ela não foi capaz de fazer isso.

Seus pais se opuseram, dizendo que não era bom para uma garota ter um cabelo curto demais.

A própria Pasette queria cortá-lo veementemente, mas ela não poderia deixa-lo mais curto.

Ela voltou para a mesa e se sentou na cadeira. Ao lado do diário, Pasette tinha seu bloco de notas e referências espalhados, o que ela começou a organizar. Ela planejava continuar até atingir um bom ponto de parada. Mas parecia que ela tinha ficado animada e se apressou um pouco mais.

(Pasette): “Eu deveria encerrar por hoje”

O diário detalhava a região em que o herói viveu. Quanto à época, foi em uma era atormentada pelos 〈Gora. Se isso foi antes da fundação de |Courtois|, então também teria sido antes do período dos estados combatentes[1]. Quando ela leu sobre o cotidiano dele, ela ficou animada e tentou comparar isso com os livros que ela usava como referência.

Mas ela sentia que algo estava errado. O indivíduo que escreveu o diário, ela tinha a sensação que o processo de raciocínio dele era muito próximo ao deles... ao das pessoas de sua própria era. Havia descrições da inconveniência que ele sentia com as tecnologias que eram inovações para a era dela.

Havia lugares onde o velho papel estava arruinado e se tornou ilegível, mas Pasette estava curiosa sobre a última página. Junto a uma mensagem que confiava a [Espada Sagrada] para quem quer que a encontrasse, ela tinha o nome de Aleist. Pasette pensou que esse era o nome do autor do diário.

Mas ele realmente escreveria seu nome na última página? Isso a incomodava.

(Pasette): “A capa do livro está muito danificada... hah, ainda assim, nosso Capitão com certeza é misterioso”

Do ponto de vista de Pasette, Aleist tinha a mesma idade do resto delas, e era uma elite confiada com o papel de um Comandante. Mas na verdade, ele teve serviços de limpeza jogados para ele por mais de meio ano, e as integrantes de seu pelotão eram todas mulheres.

Considerando tudo isso, a seleção de pessoal parecia incompatível demais. A princípio, Pasette não tinha nenhum interesse em Aleist. Mas assim que eles viajaram juntos, ela estava entre aquelas cujos corações foram roubados pela diferença entre a tranquilidade que ele mostrava e sua conduta habitual.

(Pasette): “Quando estávamos limpando, eu sempre me perguntava se ele ficaria bem, mas o ⌈Cavaleiro Negro é diferente no fim das contas”

Relaxando e esticando seu corpo tenso, Pasette apagou a lâmpada em cima da mesa e seguiu para a cama. Assim que a luz do quarto se apagou, ela podia ver luzes do lado de fora. A luz das estrelas e as luzes um pouco distantes do distrito comercial.

Assim que ela distraidamente olhou da cama para a janela, ela escutou uma voz do quarto vizinho.

(Cavaleira): "Se prepare Capitão Aleist!"

(Aleist): "Nãããão!! Pare, não seja violenta!!"

(Cavaleira): "Isso vai acabar em um instante. Só conte o número de manchas no teto!"

(Aleist): "Eu não quero! Eu… eu quero que meu corpo permaneça puro!"

(Cavaleira): "Ah, não fuja! Neste ritmo, há uma possibilidade de seu corpo ser para sempre corrompido! Nesse caso, você não pode apenas me dar a sua primeira vez!?"

(Aleist): "Uma garota não deveria se enfiar na cama de alguém! Eu estou te implorando, só me deixe dormir!!"

Junto dessas vozes tempestuosas, ela podia escutar o som da porta sendo aberta bruscamente e Aleist correndo pelo corredor. Um pouco depois surgiu os passos de sua colega que o perseguia. Desde que eles agiram em conjunto com o Tenente Keith, a ansiedade entre as ⌈Cavaleiras aumentou.

Por esse motivo, esse tipo de ocorrência tinha aumentado em número.

[Pasette]: ("Então hoje é a Fizz")

Fizz Brandt era a terceira filha da Casa de um Barão[2]. Quando ela descobriu que ela teria que se tornar a segunda esposa de um nobre que tinha perdido a primeira se ela permanecesse em casa, ela fugiu para a academia e permaneceu lá até se tornar uma ⌈Cavaleira. Mais velha do que eles e tendo nascido em uma família relativamente rica, ela era uma mulher que recebeu uma educação firme e correta... ou era assim que as coisas deveriam ser, mas com uma refeição tão deliciosa diante de seus olhos, ela parecia não ser capaz de se controlar.

[Pasette]: ("Afinal, Fizz fica cega com aparências")

Com uma idade próxima da dela, e, seja como for, ele tinha um status elevado. Para Fizz, essa era uma chance que ela não poderia deixar escapar.

O atual Aleist definitivamente iria tomar uma das duas Princesas de |Courtois| como sua noiva. Quando isso acontecesse, isso representaria a ascensão da Casa Hardie de Aleist. Para Marquês[3], ou até mesmo Arquiduque[4]... talvez a era dos Três Lordes mudasse para uma com quatro.

A casa de um novo Arquiduque iria nascer. Para os nobres de |Courtois|, este era um assunto sério. Isso significava que as facções iriam mudar amplamente. Além do mais, a Casa Hardie era uma casa arrivista[5] com poucos vassalos[6]. Mesmo que eles arrastassem seus parentes, não havia forma de isso ser o suficiente.

O nascimento de um novo poder iria ser o gatilho para uma enorme mudança na sociedade nobre estagnada de |Courtois|. Para melhor ou para pior, Aleist estava no centro disso.

(Pasette): “Hah, nesse caso, os rivais do Capitão têm a vantagem? Eles já são Arquiduques, então talvez não haja espaço para ele”

A violenta disputa a candidata de amante atingiu um impasse terrível. No início, Pasette pensou que contanto que isso auxiliasse em suas escavações, ela iria promover seu nome como uma candidata. Mas assim que ela continuou interagindo com Aleist, ela passou a se odiar por isso.

(Pasette): “Eu nunca deveria ter me apaixonado por ele... se eu não tivesse, agora mesmo, eu seria capaz de agir por nada além do meu próprio benefício. Eu sou mesmo uma idiota”

Se passando por uma amante de livros diante de Aleist, Pasette também estava considerando agir como Fizz. Ela odiava essa parte dela.

[Pasette]: ("Me pergunto que outras histórias o diário vai contar")

Fechando seus olhos, Pasette caiu no sono. Aqueles dois provavelmente iriam retornar. Não se sabia se Aleist iria ser capturado e arrastado de volta, ou se ele correria até o amanhecer e Fizz iria desistir.

(Fizz): "Depois de você fazer uma mulher ir tão longe, você está fugindo!?"

(Aleist): "Homem ou mulher, não importa! O que é importante são os sentimentos um pelo outro!"

(Fizz): "Sentimentos e essas outras merdas podem ficar para mais tarde! Eu já preparei meu coração, entendeu?"

(Aleist): "E eu não preparei o meu! É sério, pare com isso! Por que o meu pelotão está cheio de feras carnívoras!?"

(Fizz): "Se isso vai ser roubado de qualquer maneira, então dê para mim! Com o que você está insatisfeito!? Eu sei que não deveria ser aquela a dizer, mas minha aparência não é um problema, é!?"

(Aleist): "É o que está dentro! Mostre um pouco mais de prudência!"

As vozes vinham do lado de fora da estalagem. Pasette sabia que os dois correram para longe, e ela ficou irritada sobre o que eles iriam fazer. Mas ela torcia para que Aleist fugisse.


Aleist se manteve abaixado em uma pequena viela entre prédios.

A escuridão que envolvia o ⌈Cavaleiro Negro... livremente manipulando sua sombra, ele se escondeu de Fizz.

[Aleist]: ("Por que eu estou usando as habilidades do ⌈Cavaleiro Negro para fugir e me esconder... e este não é o harém que eu imaginei. É muito confuso, não aguento mais isso")

A composição do pelotão era uma ordem de cima. Mesmo quando Aleist exercia sua autoridade, isso era esplendidamente esmagado em pedaços. Olhando para fora da escuridão, ele viu Fizz envolta em um vestido passando por perto.

(Fizz): “Ele fugiu de novo. O Capitão deveria apenas desistir logo”

Passando direto por ele, Fizz voltou para a pousada. Aleist mostrou sua forma de sua sombra, arrumando seu pijama. Como uma contramedida ao yobai[7], ele colocou seus chinelos onde eles pudessem ser vestindo em um instante, então ele não estava descalço.

O atraso de Fizz veio de seu exercício de nível mínimo de modéstia feminina; ela procurou por um vestido e chinelos, fazendo com que ela demorasse um pouco para deixar o quarto.

(Aleist): “Isto está definitivamente errado. Por que eu estou passando por algo como isto?”

Se lamentando, Aleist determinou que era perigoso demais voltar para a estalagem. Com o objetivo de passar um pouco de tempo, ele afundou dentro de suas sombras e encarou o céu.

O céu que ele podia ver entre as aberturas nos telhados parecia mais bonito do que o do mundo dele. Lá dentro, ele sonhou em observar as estrelas com Millia, em um lugar mais vasto do que este.

Mas isso era impossível, ele veio a entender isso tarde demais. Seja qual for o caso, a posição de Aleist ainda era duvidosa. Ele era um nobre arrivista, e com o ímpeto de sua casa, os arredores tomaram uma distância adequada para observar. O processo de raciocínio dos pais de Aleist era mais próximo do de um mercador do que do de um nobre, então eles negligenciavam com frequência as obrigações da nobreza.

Ele recebeu uma educação de nobre, mas ele era ignorante no tópico de casamentos nobres para continuar uma casa.

Como uma noiva tinha sido decidida para Rudel em seus dias de estudante, Luecke e Eunius tinham inúmeras candidatas. Magia concedia um nível de longevidade, então eles não iriam se casar em seus dias de alunos, mas mesmo assim, não era raro haver um noivado formal para um estudante.

E como ele foi reconhecido como o ⌈Cavaleiro Negro, mulheres estavam se reunindo ao redor de Aleist.

(Aleist): “Por algum motivo, está calmo ao redor de Rudel”

O que ele não podia aceitar era a situação de Rudel. Aleist estava prestando atenção nos rumores que cercavam Rudel. Mas ele não escutava o menor rumor sobre noivado ou mulheres. Quando ele ouvia conversas de algum nobre conspirando um casamento, na semana seguinte era como se nada tivesse acontecido.

(Aleist): “Ter apenas uma esposa... isso é mesmo impossível?”

Houve um tempo em que ele queria ser cercado por muitas mulheres, mas agora, Aleist tinha alguém que ele gostava. Quando ele tinha alguém em seu coração, ele não podia pensar em colocar as mãos em outra mulher. Mas no momento que ele percebeu, ele estava em uma situação que não o permitiria isso.

(Aleist): “Hah, o que eu vou fazer se o número aumentar de novo…”

Seca e morra. Isso não foi uma piada, essa situação realmente estava se aproximando dele. No momento, foi decidido que uma Princesa de |Courtois| iria se casar e entrar para a Casa Hardie. Normalmente, Rudel se casando com uma das Princesas e sucedendo ao trono seria o ideal.

Mas o homem em questão não tinha essa vontade e o palácio estava se movendo como se detestasse apenas pensar nisso. Um membro dos Dragoons, os heróis de |Courtois|, e ⌈Cavaleiro de um raro ⌊Dragão Branco, não havia ninguém no mundo melhor para criar um símbolo.

Embora ele odiasse isso, Aleist mostrou um sorriso amargurado.

Quando ele foi até a |Cidade Portuária de Beretta|, ele viu Rudel todo enlameado dando o seu melhor. Aleist estava honestamente com inveja. Rudel parecia realmente encantado enquanto trabalhava.

(Aleist): “É algo bom quando um sonho é realizado. Mas sonhos, eh…”

Aleist pensou sobre o que ele estava desejando. Derrotar o chefão final era natural. Caso contrário, o país deixaria de existir. Mesmo que ele permanecesse, ele estaria encurralado em uma situação extrema.

Mas o que ele buscava além disso? Para Aleist, isso era muito obscuro.

Eles eram seres que muito provavelmente percorriam trilhas predeterminadas, mas mesmo assim, Luecke e Eunius estavam realizando os maiores esforços que podiam. Mesmo que eles tivessem que arcar com responsabilidades e expectativas, a forma como eles faziam o que queriam era invejável.

(Aleist): “Mas o que é que o protagonista deveria fazer…”

Golpeado com uma diferença de valores, Aleist olhou para o céu e murmurou.


No café da capital, Erselica e Lena foram levadas para uma sala privada.

Como no exterior do prédio, havia considerável destreza posta no interior também. Essa loja que nobres iriam usar por opção, era uma loja rigorosa onde os clientes também tinham que seguir um certo nível de modos.

Erselica se virou para olhar para a inquieta Lena.

(Erselica): “Se acalme um pouco”

(Lena): “Não, quero dizer... eu não visto uma saia há muito tempo, e vestidos são um pouco…”

Normalmente, preferindo as roupas masculinas usadas de Rudel, Lena agarrou e levantou a bainha de sua saia. Com esse gesto, a expressão do anfitrião reagiu com uma contração, então Erselica deteve Lena com um olhar.

A razão para as duas se vestirem e irem até a capital definitivamente não era brincar.

Elas iam ouvir sobre a situação atual do palácio de um certo Luecke Halbades. Erselica investigou Luecke o máximo que pôde. Ele compartilhava o que poderia ser chamada de amizade íntima com Rudel, e ele não tinha relações com os traidores com que Chlust estava preocupado... no mínimo, ela se aproximou dele com as esperanças de que ele não estava relacionado.

De forma parecida, ela tinha tentado entrar em contato com Eunius, mas como se fosse obra do destino, ele estava atualmente fora da capital.

(Anfitrião): “Venham por aqui”

O anfitrião que as levou para a sala privada com gestos educados fechou a porta atrás delas. Lá dentro, um funcionário diferente estava preparando chá.

Luz entrava pela enorme janela. Mas pela posição das mesas e cadeiras, não havia preocupação do local ficar claro demais.

(Lena): “Luecke-san!”

(Erselica): “Espere Lena!”

Assim que Lena subitamente falou em voz alta dentro do ar calmo do café, Erselica entrou em pânico. O funcionário estava a ponto de alerta-la quando Luecke foi mais rápido do que ele.

(Luecke): “Minhas desculpas. Nós vamos conversar por um tempo, dessa forma, depois que o chá for preparado, nos deixe a sós”

(Funcionário): “Entendido”

Depois de preparar chá para três pessoas e petiscos, o funcionário deixou a sala. Erselica segurou a bainha de sua saia para fazer uma reverência, e Lena fez o seu melhor para imita-la. Diferente de quando ela estava segurando uma lança, por que ela parecia tão insegura? Erselica estava perplexa.

(Luecke): “Bom, sentem-se. Não precisamos dessas coisas rigorosas hoje. Se vocês me fizerem agir assim até nas minhas folgas, vocês vão acabar comigo”

[Erselica]: ("Ele é um adulto")

Erselica se sentiu aliviada com a tranquilidade que Luecke transmitia. Escolhendo um lugar com Lena, ela fez um cumprimento simples. O ar que ele transmitia era diferente do que o dos garotos que ela normalmente encontrava, a fazendo sentir algo próximo de admiração.

Contudo...

(Lena): “Ah, Luecke-san, você pode nos dizer sobre relacionamentos nobres? Eu e meu irmão não somos bons com esse tipo de coisa. Mas Erselica disse que ela queria ouvir, então…”

(Erselica): “… Lena, como você pode ser tão rude? Você está diante de um futuro Arquiduque. Mesmo que ele nos diga para agir normalmente, o mínimo de etiqueta de...”

(Luecke): “Conte comigo. Eu preparei isso de uma forma que seja fácil para entender”

Totalmente a favor, Luecke entregou os documentos para Erselica. Neles, a relação geral entre as casas nobres atuais estava explicada. Havia muitas páginas, então ele deve ter se esforçado bastante para preparar tudo. Mas algo parecia suspeito para Erselica.

(Luecke): “Você já terminou as preparações para a academia?”

(Lena): “Está tudo certo. Eu aluguei o irmãozão e Sacky[8], então eu e Erselica vamos ter uma elegante viagem pelos céus. Ay, este biscoito é ótimo”

(Luecke): “Entendo. Se algo acontecer, é só me avisar. Há algumas coisas que Rudel não será capaz de resolver por estar na fronteira”

Enquanto Lena e Luecke falavam com sorriso, Luecke casualmente anotava o nome do doce que Lena disse ser bom. Quando Lena dirigia seus olhos para o prato de Luecke, ele mostrava um sorriso caloroso enquanto o passava a ela. E então não restava mais nada.

[Erselica]: ("… huh? Ele está agindo um pouco diferente do que antes")

Com toda certeza, ele cuidou perfeitamente do que foi pedido. E Erselica estava satisfeita com o conteúdo. Mas deixando isso de lado, a cena da conversa agradável entre os dois trazia algumas coisas em mente.

[Erselica]: ("Como imaginei, os amigos de Rudel são mesmo estranhos")

Erselica examinou os documentos enquanto pensava nisso.


Notas

[1] O Período dos Estados Combatentes ocorreu de meados do século V a.C. até a unificação da China por Qin Shi Huang em 221 a.C. Os tratados militares escritos pelos generais do período, demonstram a rápida evolução na maneira de se executar a guerra. A época teve grandes estrategistas militares chineses, como Sun Tzu e Sun Pin. Esses célebres generais ousaram estabelecer táticas cada vez mais refinadas. Os relatos trazem uma atmosfera única, que envolveu a China em um dos períodos mais singulares da História. Uma fase turbulenta e obscura, decorrente de contínuos enfrentamentos, alianças que poderiam ser facilmente corrompidas, traições, ataques surpresa e impiedosos assassinatos.

[2] Barão é um título nobiliárquico da baixa nobreza existente em muitas monarquias, sendo imediatamente inferior a Visconde e superior a Baronete ou a Senhor. É o primeiro título nobiliárquico que não pode ser utilizado em repúblicas.

[3] Marquês (no feminino marquesa) é um título nobiliárquico da nobreza europeia, que foi depois utilizado também em outras monarquias originárias do mundo ocidental, como o Império do Brasil. Na hierarquia, o termo marquês é imediatamente superior ao conde e inferior ao duque.

[4] Arquiduque era o título nobiliárquico dos membros da família imperial austríaca e da família imperial do Sacro Império Romano-Germânico (962-1806), os von Habsburg. Nunca existiu um trono arquiducal: um arquiduque seria para sempre o imperador soberano. É título imediatamente superior ao de Grão-Duque e inferior ao de Infante.

[5] Arrivista é uma pessoa que pretende vencer na vida a todo custo, mesmo que cause prejuízo aos outros.

[6] Vassalo é aquele que oferece ao senhor ou suserano fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se para várias regiões, sendo o Rei o suserano mais poderoso. Dessa maneira, afirmam-se as relações de dependência pessoal, de vassalagem, garantindo aos senhores aumentar continuamente sua força militar, através do apoio armado que recebiam de seus vassalos (nobres hierarquicamente inferiores). Estes, em troca de fidelidade e lealdade a seu senhor, recebiam benefícios, como o feudo.

[7] Yobai (literalmente "rastejar a noite") é um costume antigo no Japão que era normalmente praticado por homens jovens e solteiros para terem relações sexuais com mulheres indo até o quarto delas no meio da noite. Era algo comum por todo o Japão e era praticado em algumas áreas rurais até o início da Era Meiji (1867-1912) e até mesmo durante o século XX.

[8] Sacky é o apelido que Lena deu a Sakuya. As duas se conheceram e ficaram amigas no capítulo 73.



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