Volume 4

Extras

Olá, interrompendo a sua leitura de DDf para uma página especial dissertando sobre as ilustrações de Dungeon Defense, caso você seja uma pessoa do futuro e já tenha caps à frente, fique a vontade para pular (mas seria legal se você lesse e comentasse).

 

Então, como todo mundo que já leu sabe, as ilustrações dessa novel são fenomenais, por isso eu peguei, escrevi, traduzi e organizei alguns detalhes que talvez passem despercebidos e referências nas imagens. Não peguei todas, então caso você lembre ou conhece algum outro, comente ^^.

 


 

 

Volume 2 – Encontro da Laura e do Dantalian:

 

Essa imagem em questão é uma das várias representações do famoso encontro de Alexandre com Diógenes. Fazendo um paralelo feito entre o encontro do Lorde Demônio e da humana com o encontro de Alexandre, o Grande, com Diógenes — que também foi referenciado um pouco antes durante a conversa com Elizabeth.

Na cena, que vocês provavelmente estudaram em filosofia, Alexandre aborda o sábio e oferece realizar um dos seus desejos, não importando qual fosse. Diógenes recusa, pedindo apenas que saísse da frente, pois Alexandre estava tapando a luz do Sol.

Porém, Laura não foi abordada durante o dia, mas sim à noite. E, também, não queria apreciar os céus, mas ler. Logo foi o pedido dela; para que Dantalian saísse da frente, pois tapava a luz da Lua.

A referência em si não é tudo isso, mas as mudanças na situação entre o Sol e a Lua, toda a simbologia da situação, é bem interessante na minha opinião.

 

 


 

Volume 3 – Ilustrações coloridas

 


Vamos seguindo com a ordem cronológica.

Primeiro, essa ilustração é uma clara referência a pintura de Caspar David Friedrich, “Caminhante sobre o mar de névoa”. O nome da pintura e o conteúdo podem parecer não ter relação com a novel, eu mesmo só peguei a ideia quando traduzi o volume 3.

Nos capítulos finais — não lembro exatamente qual —, Dantalian refere-se à planície como um “mundo de névoa”, ou algo similar. E, que neste mundo de névoa, não existiam regras; todos eram iguais, nobreza ou plebe não importavam.

Quando você lê o discurso dele sobre a extinção do sistema aristocrático — que não é exatamente comunismo, galerinha —, tudo se encaixa. A imagem, na qual os exércitos e planície estão cobertas pela névoa, fica ainda mais incrível.

Além da ilustração em si, na parte inferior dela temos escrito: “Admirável Mundo Novo”, em inglês, “Brave New World”, que, ao meu ver, é uma clara citação ao livro, de mesmo nome, escrito por Aldous Huxlei.

Nesta obra a população é manipulada e todos tem suas castas sociais divididas e predeterminadas ao nascer. (Essa analogia é só especulação minha sinceramente, não li este livro, por isso não vou estender muito a ideia).

 


 

Bom, o trabalho de encontrar quais flores eram não foi meu, mas dos leitores gringos.

Indo da esquerda para a direita:

 

O buquê da Elizabeth é de narcisos. Dentro dos significados atribuídos à essa flor, vamos destacar: clareza e narcisismo. Ela também anuncia o fim do inverno e início da primavera.

 

 

 

 

O de Barbatos é, aparentemente, de rosas azuis. Dentre os significados dessa flor, têm: mistério, imortalidade e ambiguidade. Elas florescem no verão, simbolizando implicitamente o fim da primavera.

 

 

 

 

 

Já o de Paimon é, outra vez, aparentemente, um lírio aranha vermelho. Essa flor é fortemente ligada a morte, reencarnação, recomeço e transição das fases da vida. E, representa a mudança do verão para o outono.

 

 

 

 

Não há nada certo sobre qual seria a flor no centro do buquê da Laura. A mais parecida seria a limonium azul, que representa lembranças, sucesso, intimidade e paz. Florescendo no inverno, indicando o fim do outono.

 

 

 

 


 

Volume 4 – Ilustrações coloridas.

 

Nessa ilustração, todas as máscaras são típicas do carnaval de Veneza.

E, mais uma vez, da esquerda para direita:

 

A máscara de Elizabeth é conhecida como “Volto”, que significa, literalmente, “face” em italiano. Normalmente era feita de cera, sendo bem confortável e utilizada para socializar e dançar. Bem, a Elizabeth usa uma máscara que cobre seu rosto inteiro. Como dito antes, é feita para socilizar e dançar, e, pensando na natureza da Princesa Imperial, essa máscara tem o objetivo de escondendo tudo da nobreza e do público que a cerca.

 

A de Barbatos, é uma Jester, a qual também cobre todo o seu rosto. Jester seria o bobo, ou o tolo, àquele que entretem todos com seu comportamento espalhafatoso proposital. Assim, como a da Elizabeth, a máscara oculta totalmente sua face, significando que utiliza a origem da máscara “Jester” ao seu favor. Fazendo uso do comportamento exagerado e bobo propositalmente como um artifício para disfarçar sua verdadeira natureza, pensamentos e intenções.

 

A máscara de Paimon, Gatto, é bem direta. Não precisa pensar muito sobre a mensagem dessa. Representa elegância, sedução e muitos outros significados relacionados ao animal que a inspira. É interessante ressaltar que essa não cobre todo o rosto, indicando que Paimon é mais sincera e emocional. Outro detalhe é que ela esta com a flor sobre o lábio em uma posição que lembra de alguém pedindo por silêncio, ou para guardar segredo.

 

Já a da Laura, é facilmente reconhecível também. Dottore Della Peste, ou Doutor da Peste em português. A referência é bem óbvia, Laura faz uso e representa a Peste Negra para atacar os humanos. Simbolizando a morte. Sua máscara também não cobre todo o o rosto. É interessante ressaltar que na imagem ela acaba de colocar máscara, indicando que entrou agora no ‘jogo’.

 

 



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