Hitman Brasileira

Autor(a): Ryan VC


Volume 1 – Arco 3

Capítulo 18: Belladona

— Sétima posição? — Kurumi balbuciou suando.

Seus olhos fixaram na mulher, com suas mãos tremendo um pouco.

“Então, ela tá no mesmo nível que ele?”

A mente do garoto se preencheu com memorias de Shizan em lutas o que serviu para continuar sua hesitação.

Ele seguiu assim até repensar em toda a missão e nisso seu corpo se firmou e ele rangeu.

O garoto logo correu com Yanagiri surgindo em sua palma e em um salto desceu sua faca contra a mulher.

— Kurumi, não! — Hibari berrou.

O som de metal ecoou, a mulher defendeu o corte com uma joelhada com fricção saindo daquele choque.

— O que pensa que tá fazendo, garoto? — Ela indagou.

— Eu não ligo se você é uma top 10 ou sei lá o que, eu vou arrancar sua cabeça fora, sua vaca! — bradou. — Tudo que a gente fez até aqui... Todo o nosso esforço... Como você ousa só jogar ele no lixo assim?!

Os olhos do garoto ardiam em chamas e ele logo seguiu com uma serie de cortes contra ela, deslizes limpos e rápidos com bastante força os quais ela desviava sem dificuldades.

— Espera mesmo lutar comigo com um poder tão medíocre? — Belladona bradou.

Ela abriu a palma fazendo surgir uma serie de agulhas as quais ela usou como lâminas se defendendo dos cortes de Kurumi.

Eles seguiram com aquela série de movimentos com Hibari ao longe vendo aquilo sem acreditar.

— Idiota, nem eu chego aos pés dessa mulher, eu sei que é frustrante, mas não vale a pena jogar a vida fora por algo assim!

Kurumi era acertado por um chute no estomago e nisso caiu longe no chão, ouvindo as palavras de Hibari ele rosnou.

— Ouça sua amiga, é melhor pra você — respondeu a mulher. — Caso se ajoelhe e implore perdão pela sua vida, eu posso pensar em te poupar.

— Calem a boca! — Ele berrou.

As duas se chocaram com isso e ele enfim levantou suas veias saltavam e estava com um olhar fervente em seu único olho que estava aberto.

— Todo mundo... Fez sua parte, Hibari e Muno pegaram o ministro, até o Shizuki descobriu a identidade do líder... Mas... E quanto a mim?! — bradou. — Vocês depositaram a fé em mim pra algo, se eu sou inútil ao ponto de não conseguir fazer meu papel numa missão... Como posso ter a vida dos sonhos?!

Hibari se arrepiou olhando-o e mordeu o lábio de leve.

“Eu entendo você, é frustrante, mas...”

Os pensamentos dela eram então parados pelo bater de palmas de Belladona.

— Ótimo discurso, mas deixa eu te explicar uma coisa...

Ela sumiu e Kurumi logo se posicionou quando ela reaparecia atras acertando nele um soco que afundou em sua costela o mandando pro chão.

— Fracos não tem direito de escolha — disse friamente. — Os fortes são os únicos que podem ter desejo, pessoas fracas são apenas marionetes que devem servir e ser controlados, eu sou mais forte que você, minha força foi o que fez meu desejar prevalecer sobre esse seu... Esforcinho inútil.

O garoto correu pra cima dela e foi parado ao receber um chute no queixo vindo dela levantar a perna e em seguida ele recebeu um soco no estomago dessa vez vindo junto de várias agulhas e ele caia no chão de novo.

— Ela é... Mais fraca que aquele loiro... Mas ainda sim... — Ele suspirou.

— Ah, então vocês são os novos cachorrinhos do Deus da Morte? — indagou. — Aquele loiro é nojento, sempre pegando adolescentes, certeza que é pedófilo.

Ela abriu a palma e nisso mais agulhas surgiram e ela pegou Kurumi pela cabeça a levantando.

— Espero que ele não se importe deu matar um dos filhotes dele.

O garoto rosnou ainda com um olho fechado e nisso um brilho chamou a atenção da mulher. Ao olhar na direção do tal, ela viu o anel de Kurumi que estava como pingente num cordão.

Ela arrancou e soltou o garoto e sua mão começou a tremer com sua atenção naquele anel.

— Como... Você tem isso? Onde arranjou?!

— Meu anel! Me devolve ele, agora! — Kurumi exclamou.

— Seu anel?! — respondeu a mulher, num tom irritado.

Ela se lançou como um jato na direção dele e o garoto preparou sua faca, porém ela lançou mais agulhas que acertaram em seus braços e ele sentiu um arrepio.

“O que? Não sinto meus braços!”

Ele rosnou e nisso chutou a faca a pegando com a boca e correu começando a realizar deslizes com Yanagiri os quais ela desviou e logo acertou outra série de agulhas no corpo dele seguido de um chute.

Hibari se remoía e logo surgiu seu livro com ela folheando.

— Nem pensa nisso! — bradou o garoto.

— O que?

— Você já fez a sua parte, essa aqui é a minha! — Ele voltou a seguir com os movimentos.

A mulher segurou a faca com as mãos e nisso o puxou para perto.

— Você é tão arrogante assim? — Belladona indagou. — Você não pode superar o abismo entre nosso poder, mas se me tirar umas dúvidas sobre esse anel, eu posso te poupar!

Ele seguiu forçando até acertar um chute nela que serviu para ele ir pro ar e descer a faca contra ela que defendeu com as agulhas.

— Já chega...

Ela abriu os braços com força fazendo-o abrir a guarda e ela iniciou uma serie enorme de agulhadas contra ele, um disparo onde foram centenas de agulhas contra o corpo do garoto que caiu no chão paralisado.

— Eu não acertei nenhum ponto vital — Ela disse, se aproximando com passos lentos. — Eu queria ter o prazer de tirar essa sua vidinha petulante com minhas próprias mãos.

Ela já estava sem agulhas e ao ficar bem próxima ele levantou a cabeça rangendo com as veias saltando e um fogo no olhar com ele agora abrindo seu outro olho.

A mulher hesitou ficando congelada e se tremendo ao ver aquilo.

— O-o que?! — balbuciou. — Seus olhos... Isso é impossível! Impossível!

Ele acabou desmaiando e ela hesitante suspirou ao olhar pro lado Hibari estava com seu livro aberto contra ela e a mulher apenas deu as costas pra ela.

— Ei, garota.

A garota seguiu firme a olhando com a mulher apenas se afastando com passos calmos.

— Cuide do seu amigo, se ele não for tratado logo, pode morrer — falou antes de saltar para um prédio. — Além do mais é bom por juízo na cabeça dele, ou ele vai morrer um dia.

Ela lá ficou olhando fixa para Kurumi com Hibari o pegando até que a mulher saltou sumindo.

Hibari seguiu com uma feição seria olhando para o amigo caído estando bem pensativa.

Algum tempo após isso, de volta a mansão, Shizan estava bebendo junto de Muno e Shizuki no salão, quando um alto grito chocou os três.

Na parte de cima, Hibari estava com luvas tirando os espinhos do corpo de Kurumi.

— Tá doendo, caralho!

— Para de gritar! A culpa é sua por puxar briga com uma top 10 — falou enquanto seguiu tirando. — Devia agradecer por tá vivo.

Os dois seguiram até que Shizan chegou com calmos passos e um sorriso sereno.

— Como ele está, Natsu-chan?

— Tirando o cérebro ele tá bem.

Os dois sorriam um pro outro e até que Shizan notou Kurumi deitado com uma feição frustrada e se aproximou.

— Diga, o que houve?

— Nada... Eu tô bem.

Shizan seguiu sério e olhou de relance pra Hibari que ao entender saiu do quarto, o homem se sentou ao lado de Kurumi que seguiu frustrado.

— Somos só nos dois — disse o homem. — Pode ser sincero comigo, eu já vivi muita coisa.

O garoto seguiu firme com o homem colocando a mão no ombro dele e aos poucos Kurumi cedeu e se sentou ao lado dele.

— É só que... Eu me sinto inútil — disse. — Todo mundo fez a sua parte, até a Muno, eu fiz a gente falhar na missão, eu não entendo porque sinto isso.

Shizan ouviu isso e apenas riu de leve.

— Está bravo consigo mesmo, sente que falhou com aqueles que confiaram em você. Isso é bem humano.

— Ah?

— Sabe, eu também falhei na minha primeira missão.

Kurumi se chocou e olhou para o loiro que seguiu calmo.

— Tinha pessoas que contavam comigo naquela missão e mesmo assim, na época eu nem me importei de falhar — explicou. — Eu pensava que isso era sinal de força, hoje eu vejo... Que era um sinal que não tinha humanidade ou empatia... Eu... Não me importava com os outros.

O garoto seguiu calado apenas escutando com o loiro estando bem pensativo.

— Eu acredito que pra ser um assassino, você deve abrir mão da empatia e de se importar com os demais fora você, porém... Isso te torna menos humano — Ele mudou a feição agora ficando mais sério. — Alguém que perde a humanidade, não pode apreciar os valores da vida, se o que você quer é ter uma vida dos sonhos, então... Você tá indo no caminho certo.

Kurumi acabou sorrindo de leve com o loiro e ele levantando.

— Ainda é frustrante, ter falhado, não sei se posso esquecer esse fracasso.

— Então não esqueça, torne ele parte de você e use como bateria pra próxima.

Os dois acabavam saindo e desciam juntos e nisso viam Hibari, Muno e Shizuki juntos em frente a um telefone de disco e uma carta.

— Ah, que que tá rolando? — Kurumi indagou.

Muno via ele e corria abraçando-o e chorando.

— Kuni-chan!! Que bom que você tá bem!!

Ele sorriu com certa perversão ao abraço até que olhou pro lado e viu Shizuki com uma feição séria.

— Normalmente eu diria que é estupidez lutar de graça com um top 10, mas... — Ele mudou a feição agora fazendo um calmo sorriso. — Ás vezes temos que improvisar, né?

— Foda-se, broxa — respondeu dando o dedo do meio.

— Hmm, afinal onde estão seus modos, hein?!

— Devem estar enfiados no seu c...

Shizan o impediu de terminar ao esbarrar nele e se aproximar ao ver a carta na mão de Hibari.

— Acabou de chegar, é uma carta da Sede dos Assassinos sobre atualização no ranking — Hibari explicou.

— Mas ainda faltam 3 meses pra nova atualização — disse o loiro.

— De acordo com a carta, eles aceleraram devido à novos rostos do mundo de assassinos que chamaram atenção dos clientes — disse Shizuki. — Entre eles o Kurumi, por isso recebemos a carta.

— Ah? Eu?! — Ele indagou.

— Você lutou com uma top 10 e sobreviveu, isso já era esperado — disse Hibari.

Kurumi correu e pegou a carta a lendo bem rápido e nisso estranhou.

— Aqui não diz a minha posição, como eu vejo?

Shizan apenas foi até o telefone tirando a alça do gancho e discou um número.

— 1-8-8-8-9-1 — disse o homem conforme discou.

Logo o telefone começou a chamar até que uma voz robótica de mulher respondeu.

— Olá, quem é você?

Eu sou a projeção da mentira em que você vive... Julgue-me e sinta-me, mas eu sempre permanecerei em você Ele respondeu, frio.

O telefone ficou silencioso até que um som ecoou.

— Alô, quem é?

Senhor Major, como vai? disse Shizan.

Os demais se chocavam vendo-o cerrar o pulso.

Ahh, Deus da Morte, o que posso fazer por você?

Major? Kurumi indagou.

— É o líder da Ordem de Assassinos de Aluguel — disse Hibari. — Ele é o homem... Que lidera tudo.

Kurumi seguiu calmo e ouviu um som de pingando e ao olhar pra frente Shizan cerrava o punho com tanta força que começou a sangrar.

— Shizan-san? — Hibari se aproximou.

Ela segurou a mão dele e ao olha-la ele suspirou e parou.

— Bom, Major, como dizia, meu novo pupilo teve um encontro inconveniente recentemente com um outro membro do top 10.

Fala do ocorrido com a Belladona? Todos só falam disso, de fato impressionante, mas peço que se lembre das regras, era uma missão pública, qualquer um pode a fazer, ganha quem terminar o trabalho primeiro.

— Minha intenção não é essa, eu apenas gostaria de saber as novas informações sobre... — disse Shizan até ser cortado por Kurumi.

O garoto pegou o telefone da mão dele e rosnou.

— Ei! Você que é o Major?! — exclamou.

Os demais quatro se chocavam até Shizan.

E você, quem seria?

— Meu nome é Kurumi Kuni! — exclamou com uma chama nos olhos. — Quero que você mande um aviso pros outros membros desse top 10 de merda!

A imagem mudou agora a mensagem de Kurumi era ouvida em vários telefones em locais diferentes, em um deles estava um vulto de um homem alto sentado com um cajado em frente a um templo Budista.

Em outro, um local bem escuro com um sorriso largo.

Eu não tenho medo de vocês, seus arrombados!

Em outro ponto, uma mulher sentada de pernas cruzadas ouvia isso com um sorriso.

— Que pupilo interessante, Muzaka-kun.

Em outro um enorme circo com vários cavalos com o telefone nas mãos de um vulto.

Podem ir se preparando, porque eu vou derrubar cada um de vocês!

Em mais um ponto, estaria um vulto de um homem enorme e parrudo ouvindo isso.

No outro um homem com um quepe e uma xícara de chá na mão.

— Que jovem mais petulante.

Tô pouco me fudendo pra posição de vocês! Porque eu vou alcançar o topo dos assassinos!

Ao dizer isso, Shizan sorriu de leve com certo orgulho.

Em outro ponto um vulto ouvia a mensagem, era um homem grande e musculoso com o similar a dois canhões nas costas.

— Nos superar? Hahaha! Venha então garoto, me mostre essa sua vontade ardente!

E por último um vulto que era basicamente uma simples sombra de um homem comum.

— O novo número um? Que interessante.

Em lugar distante dali, Belladona estava encima de um grande muro em uma ilha, estava sem sua mascara e ficou olhando a lua ela se virou de leve mostrando a parte esquerda de seu rosto jovem e bonito com o olho verde como esmeralda brilhante.

Era isso que você queria, Deus da Morte?

Shizan tirou o telefone das mãos do garoto e voltou a falar.

— Não, sinto muito, mas como pode ver, meu novo pupilo é bem especial e não sabe a hora de parar.

Já era de se esperar pelos últimos atos dele.

— Bom, eu apenas liguei porque quero saber a nova posição dele no ranking — disse Shizan colocando o telefone de forma que todos ouvissem.

Bom, desde Tokaido ele vem chamando bastante atenção, muitos clientes viram um potencial nele, os assassinatos de Naoto Hiro, o chefão da família Chiaki, o assassino Toji Makoto e o soldado Muruko Torii, e a afronta e coragem pra desafiar a número 7, Belladona. Feitos relevantes para um novato e em tão curto tempo, o sangue frio e habilidade se destacam, essa joia bruta precisa ser lapidada, e por isso a partir de hoje a Kurumi Kuni é dado o pseudônimo de “Açougueiro” que irá ocupar oficialmente a posição, número 1.920 do ranking de assassinos de aluguel.

Todos ouviam isso e se chocavam ficando totalmente paralisados com exceção de Kurumi.

— Ah, 1.920, nada mal pra começar!

— Nada mal?! — Shizuki berrou. — Você tá absurdamente alto! Eu demorei anos pra chegar na posição 1.090, e você chegou em menos de 6 meses?!

— Isso é estranho, será que alguém especial tá de olho em você? — Hibari indagou, pensativa.

— Eu tô cagando pra isso! — disse o garoto, sorrindo. — É só mais um passo até eu chegar no topo.

Bom garoto, você parece um tipo diferente, estou interessado pra ver até onde você pode voar.

— Ah? Tá me desejando boa sorte?

— Não, não é boa sorte, hahaha, desculpe se me expressei mal. Pra mim você é apenas um estranho, mas irei te dar um conselho. Todos no mundo são estranhos, coisas como empatia são ilusórias, as pessoas apenas se importam com elas mesmo, se quer criar um mundo onde seu sonho seja real, lembre-se... Lute por seus ideais, até o dia em que todos irão torná-los seus, e quantos aos que não aceitarem... Bom, acho que não precisa que eu diga como fazer seu trabalho.

A voz do homem era fria totalmente imponente, a cada palavra os 4 jovens podiam sentir seus corpos tremerem e sentirem um pavor imensurável, com o loiro voltando a cerrar o punho, sendo o único que ficou inalterado e desligou o telefone batendo.

Um tempo após isso, os demais estavam na mesa, Muno estava brincando com alguns bonecos enquanto Shizuki, Hibari e Shizan estavam aflitos.

— Aquilo foi... Aterrorizante — disse Shizuki

— Eu quase chorei! — disse Muno. — Aquele homem é muito malvado!

— Era de se esperar do homem que liderasse o submundo e o ramo dos assassinos de aluguel — Hibari suspirou.

Shizan se apoiou em sua cadeira pra trás ficando olhando pro teto, a conversa dele com Kurumi veio a mente junto as palavras de Major.

— Aquele homem me dá nojo...

Eles ficavam quietos com as feições serias no rosto até um som os chamar a atenção.

Kurumi chegava com uma grande panela e um grande sorriso.

— Olha o rango!

Ele botou a panela no centro e nisso todos olhavam e sentiam o aroma.

— Isso é curry? — Hibari falou. — O cheiro tá ótimo.

— Hmm, delícia! — Muno exclamou.

Todos iam se servindo e Shizuki olhava chocado.

— Curry é meu prato preferido.

— Ae? — Kurumi fez um sorriso de leve. — Hmm, que coincidência.

Shizan via aquilo e seus lábios esboçavam um belo sorriso provando a comida.

— Está muito gostoso, mas não acha que tá muito picante?

— Quanto mais picante, melhor! — disseram os dois garotos.

Eles então se olharam estranhando e Shizuki ficou meio sem graça tentando manter uma feição séria.

— Curry... Tem que ser bem picante, então o seu... Tá mesmo bem gostoso, obrigado pela comida.

Kurumi se chocou e nisso esboçou um sorriso puro e brilhante.

— Chama isso de picante, então saca só! — disse tirando um molho picante que jogou no prato de Shizuki.

— O que?! O que tá fazendo?! — Shizuki exclamou.

— Competição de calor! Bora lá!

Ele colocou no próprio prato e nisso colocou no de Shizan que sorriu.

— Hibari quer participar?

— Nem fudendo!

— Eu quero! Eu quero! — disse Muno levantando e balançando a mão.

Todos sorriam comendo estando bem vermelhos com a comida e riam juntos.

Longe dali, Major estava em uma cadeira com uma foto de Kurumi e ficou com um frio olhar a foto até dar um sorriso.



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