Vol 1
Capítulo 3: Encontro com o Jade
Antigamente, os antigos floresciam aqui no continente de Helcacia, passando seus dias em paz e abundância.
Abençoados por Dia*, o deus que era reverenciado em Helcacia desde os tempos antigos, eles construíram uma sociedade de alto nível inimaginável nos tempos antigos, usando tecnologia e conhecimento avançados. Eles a chamaram de Diania em homenagem a sua divindade.
( N/T: Sim, o nome do deus é Dia. )
Mas, em uma noite, eles desapareceram repentinamente do continente, tendo um fim repentino. Com o desaparecimento dos antigos, a população de monstros aumentou, transformando completamente a pacífica e abundante Diania em uma região perigosa na qual ninguém ousava entrar.
Há duzentos anos, um grupo de indivíduos destemidos ousou entrar no continente e assim começou a sua conquista. Sim, eles lutaram com monstros, entraram em masmorras e mais uma vez construíram aldeias humanas. Esses eram os aventureiros.
“Mas vamos lá! Como eles podem se chamar de aventureiros? Eles são apenas um bando de infelizes que não conseguem nem derrotar um único chefe...!”
No leste de Helcacia, nas profundezas da floresta de Belfla, havia um buraco aberto que levava a algumas ruínas subterrâneas: as Ruínas Subterrâneas de Belfla.
Era uma masmorra de classe A, que a guilda recomendava que fosse explorada em um grupo de quatro pessoas. Alina, no entanto, estava passeando sozinha pelo nível mais profundo, reclamando para si mesma o tempo todo.
“Eles não fazem ideia... Não fazem ideia de quanto sofrimento que essas horas extras me causaram...!”
As masmorras criadas pelos antigos geravam éter, o que aumentava o poder mágico. Os monstros se reuniam em busca do éter, fazendo com que essas valiosas fontes de conhecimento dos antigos acabassem se transformando em covis para criaturas perigosas.
( N/R: A Magia do Éter é um tipo de magia que se baseia na divindade grega do ar superior, Aether. É considerada uma magia perdida, mas que pode ser usada por personagens e chefes, sendo ele a essência do universo. )
“...A hora extra é tão ruim...”
Alina estava se dirigindo para a área mais profunda daquele andar. De vez em quando, ela dava uma olhada para ver um candelabro que ainda brilhava depois de duzentos anos ou uma decoração desmoronada que continha uma pedra misteriosamente brilhante. Todas essas eram relíquias valiosas feitas com a tecnologia avançada dos antigos povos. Se ela as levasse para casa, poderia trocá-las por uma tonelada de dinheiro – Mas, em vez disso, ela seguiu em frente rapidamente, sem nem mesmo olhar para a pilha de tesouros.
“...As horas extras são tão ruins...”
Ela não estava vestida com sua roupa habitual de recepcionista. Em vez disso, usava uma capa com um grande capuz que cobria completamente seu rosto. Além disso, ela não tinha nada em termos de armas ou ferramentas para se proteger. Se outro aventureiro a tivesse visto, teria entrado em pânico e a teria detido.
Mas não havia sinal de ninguém além de Alina aqui.
Nas profundezas dos estratos, onde o éter era mais espesso - também conhecida como “sala do chefe”, estava o trono dele. Os monstros competiam por esse território até que um deles derrotasse seus concorrentes mais fracos. Então o vencedor reinaria como o chefe, e os outros monstros não chegariam perto. Semelhantemente, os aventureiros que não tinham confiança em suas habilidades também se afastavam da sala do chefe.
“Hora extra”.
De repente, Alina parou. Uma grande porta apareceu diante dela. A aura espessa de éter escorria por trás dela. No momento em que ela a abriu, foi atingida por uma onda de ar quente e sufocante.
Depois da entrada, havia uma área aberta ampla e circular.
Antigamente, deviam ser realizadas grandes cerimônias aqui. Mas agora o local era habitado por um grande dragão de fogo, que rugia e se agitava.
Era o chefe do andar dos estratos mais profundos - o Dragão Infernal.
“Droga, ele é forte...! Será que podemos chegar perto dessa coisa?”
“Suas escamas também repelem a magia de gelo...!”
Um único grupo estava lutando contra o dragão de fogo furioso. Sua armadura estava gravada com brasões que pareciam ser duas espadas cruzadas - eles eram membros do Espada de Prata. Entre eles estava Ganz, o Lâmina Furiosa, que havia assumido essa missão.
“Meu machado de batalha não está funcionando...”
Ganz agora não mostrava nada do espírito que tinha quando aceitou a missão. Ele estava olhando para o chefe do andar, atordoado. A arma de que tanto se orgulhava, a relíquia Arma, estava muito danificada e não havia um único ferimento nas escamas do dragão de fogo furioso para mostrar isso.
“Não desista, Ganz! Controle-se!”
O tanque do grupo, um jovem, o encorajou agressivamente enquanto levantava seu escudo gigante para protegê-lo. Apesar de seu incentivo, a situação parecia sombria para eles, e uma careta se formava no rosto do tanque enquanto este olhava para o Dragão da Chama do Inferno.
“Ele é tão forte, nem mesmo a arma de relíquia funciona... Essa coisa deve ter comido uma relíquia...!”
Os monstros podiam aumentar seu poder ao absorver mais éter de densidade crescente, mas, muito raramente, alguém ingeria uma relíquia por acidente. O poder intenso da relíquia dominaria normalmente a criatura que a ingeriu, mas, de vez em quando, um monstro resistia a ela, ganhando um corpo mais resistente e um poder mágico avassalador. Isso significava que eles podiam se tornar muito mais fortes ao absorver relíquias do que apenas com o éter.
Mesmo sabendo disso, o poder do dragão foi um choque tão grande para Ganz que ele perdeu não apenas sua vontade de lutar, mas também sua confiança.
“Não adianta, eu não posso...” Ele gemeu.
Parecia que o atacante da linha de frente, indispensável para derrotar um chefe, estava longe de se recuperar.
Ao ver isso, o tanque hesitou por um instante antes de tomar uma decisão difícil.
“Isso não está parecendo bom. Vamos nos retirar por enquanto... Espere, quem é você?”
Passando pelo grupo de elite enquanto eles se retiravam, Alina foi direto para o Dragão da Chama do Inferno.
O tanque se enrubesceu quando a viu.
“E-Ei, o que você está fazendo? Sem nenhum tipo de armadura, você vai se queimar facinh-”
“Habilidade ativada: Dia Break.”
Alina murmurou, interrompendo a tentativa de contenção dele. De repente, um sinal mágico branco se formou sob seus pés enquanto ela se dirigia ao dragão de fogo, e uma misteriosa luz branca envolveu sua capa. Ela estendeu a palma da mão, abriu os dedos, e um martelo de guerra gigante apareceu do nada.
“Uma habilidade?!”
“Ei, espere, que habilidade é essa? Eu nunca vi ninguém criar uma arma...”
Com as vozes das elites chocadas em suas costas, Alina pegou o martelão de guerra e entrou em uma posição de combate.
Era uma arma enorme, tão alta quanto a própria Alina. Um fino trabalho em prata que só poderia ser produzido com tecnologia avançada decorava o martelo da arma, e uma luz branca percorria sua superfície. Do lado oposto ao martelo maciço havia uma picareta afiada e pontiaguda, o que tornava a arma ainda mais letal.
Claramente não era possível encontrá-la no mercado aberto.
“Então é você... seu maldito dragão miserável...” Alina se aproximou do Dragão Infernal, resmungando para si mesma.
Era de se esperar que o martelo de guerra precisasse de muita força para ser erguido, mas ela o ergueu com facilidade, colocando-o sobre o ombro. A arma era completamente inadequada para alguém tão pequena quanto ela.
[Mon: Se você ficou curioso quem nem eu, ela tem 1,55 cm]
O Dragão da Chama do Inferno deve ter notado sua aura assassina, pois se voltou para ela. Sua boca escancarada, cheia de presas afiadas, conseguia engolir Alina inteira. Chamas ardentes lambiam as bordas de sua boca, e seu rugido poderia derrubar um homem. Mas Alina não recuou nem um pouco diante de seu enorme inimigo.
Graaaaawr!
Uivando com força suficiente para fazer a arena cerimonial tremer, o Dragão infernal abriu bem a boca. Ele estava preparando um ataque de sopro que queimaria tudo até ficar crocante: Hellflame.
“E-Ei, você precisa se esquivar disso! Você pretende se matar?!”
“Isso é tudo... porque você não vai cair...!” Com os olhos brilhando, Alina olhou para cima pela primeira vez.
“...É por isso que meu inferno de horas extras nunca acaba!”
O dragão de fogo soltou seu sopro. Enquanto o grupo da Espada de Prata se dispersava em pânico
em pânico, Alina foi em direção à criatura.
Ela deu um chute com força suficiente para rachar o chão de pedra da arena cerimonial. A força inumana de suas pernas fez com que seu corpo quase chegasse ao teto, permitindo que ela evitasse a explosão de chamas.
E então ela balançou seu martelo de guerra gigante para cima.
“Diiiieaaaaaaaaaaaaagh!!!”
Dando um grito cheio de ressentimento intenso contra o monstro que havia lhe causado horas extras intermináveis, Alina esmagou sua arma no rosto do Dragão.
Um ba-wack* surdo e doentio ressoou, fazendo a arena inteira tremer. O tremendo golpe quebrou as escamas que haviam repelido até mesmo as espadas e fez a estrutura maciça do dragão de fogo voar. O monstro se chocou contra a parede, onde fez um grande amassado antes de deslizar para o chão e se contorcer ali por um tempo.
( N/T: É tipo um som de algo estranho batendo. Wack é estranho, mas essa expressão em si não tem uma tradução exata. )
Na arena agora silenciosa, três vozes atônitas murmuraram: “““............... Huh?”””
Como não conseguiram acertar um único golpe efetivo no Dragão das Chamas do Inferno durante todo esse tempo, o grupo agora estava com a boca aberta, sem palavras diante da visão inacreditável.
[Sol: Tá vendo gente, CLT faz tudo para não trabalhar…. Confia.]
Não era qualquer grupo que estava lutando contra o Dragão das Chamas do Inferno. Eram os membros da Espada de Prata, um grupo de elite formado pelos lutadores mais ferozes. Não havia como um aventureiro insignificante e sem nome ser capaz de mandar esse chefe voando em um único golpe quando um grupo com o poder deles não conseguiu nem lutar contra.
Mas Alina ignorou todos os que estavam ali congelados em choque, aproximando-se do Dragão das Chamas do Inferno para derrubar sem piedade seu martelo de guerra no monstro mais uma vez.
“É culpa sua…! É culpa sua que as minhas horas extras não terminaram ainda!”
Um grito de raiva saiu de sua boca escondida pelo capuz. Como um brinquedo, o dragão gigante de fogo saltava para a direita e para a esquerda a cada palmada, de revirar o estômago, que ele recebia.
“Estou! Doente! De! Horas extras!”
Ela derrubou o martelo de guerra novamente, quebrando um dos chifres do Dragão do Inferno. Não, com base no fato de que o chifre mal mantinha sua forma original, seria mais correto dizer que ela o havia pulverizado.
“Eu quero ir para casa na hora certa! Você…!” - esmagando seu inimigo indefeso, Alina agachou-se como se fosse acabar com aquilo, se preparando para balançar o martelo de guerra acima da cabeça. A luz de sua habilidade brilhava especialmente em sua arma- “Seu pedaço de merda!!!”
[Sol: Que isso fia, tá pior que a vontade da Mon de me dar um gancho. ]
Seu golpe final perfurou o estômago do chefe. A cabeça do dragão foi jogada para trás enquanto soltava um grito agonizante e moribundo. Eventualmente, sua cabeça caída, agora apática, foi desaparecendo de seus olhos, antes de se tornar fina poeira com um flash e disperso no ar.
Silêncio.
Todos lá ficaram pasmos. De repente, um som pesado quebrou o silêncio da arena cerimonial. Um cristal vermelho estava deitado onde o Dragão do Inferno havia desaparecido. Aquele orbe vermelho, contendo um sigilo mágico especial na forma de sol, era a relíquia que a criatura havia ingerido por engano.
O item era valioso, mas ninguém se importava com isso. Todos os olhos estavam focados no pequeno aventureiro cujo rosto estava escondido por um capuz.
Tendo testemunhado uma façanha quase desumana de força, eles foram deixados imaginando pelo que eles estavam lutando tanto e tudo o que podiam fazer era ficar lá.
****
Jade Scrade, o tanque da Espada de Prata, continuou a segurar sua relíquia arma favorita, seu grande escudo, enquanto olhava atordoado para o espetáculo que ocorrerá diante dele.
O pequeno aventureiro que mantinha seu rosto escondido por um manto não estava nem se orgulhando da incrível façanha de ter derrotado o Dragão Hellflame sem uma disputa, nem mostrando interesse pela relíquia ali deitada. Ele apenas parecia insatisfeito enquanto levantava o braço. O martelo de guerra que Jade nunca tinha visto, aquele que apareceu do nada, desapareceu sem som.
Ele não conseguia compreender nada do que tinha acabado de acontecer.
"... você tem que estar... brincando comigo... ," ele finalmente espremeu.
Já que Jade era um tanque, ele estava sempre na linha de frente durante as batalhas nas masmorras. Ele não só recebe os ataques dos inimigos sobre si para proteger seus aliados, como também atua como seu líder, dando-lhes ordens em combate. Ele tinha lutado com muitos aventureiros e monstros antes, e ele pensou que tinha uma ideia melhor do que ninguém da sua força. Mas ele nunca tinha visto o tipo de poder incrível que este aventureiro tinha exibido antes.
"O... o Carrasco... ," murmurou Ganz no silêncio.
"... O carrasco?"
"Você não sabe? Há uma lenda urbana sobre um misterioso aventureiro que aparece de repente em masmorras difíceis onde o progresso para. Ele sola o chefe e completa a masmorra a força...!"
"S-sola o chefe?!"
Aventureiros normalmente trabalham juntos em um grupo de quatro para lutar contra monstros.
O tanque especializa-se em defesa e chama a atenção do inimigo, o curandeiro cura as feridas do grupo, o atacante da linha de frente serve como a principal força ofensiva e usa armas de curto alcance, e o atacante de longo alcance usa magia para cortar faixas de inimigos e fornecer suporte ofensivo.
Esta foi a estrutura de equipe mais eficiente, a forma ideal para muitas e poucas pessoas. Foi preciso um século inteiro de tentativas e erros e inúmeras batalhas em masmorras apertadas, para desenvolver.
E isso sem nem entrar em luta com um chefe de piso, o mais alto monstro dentro das camadas - Para isso você precisava de um curandeiro e um tanque. Era simplesmente imprudente tentar derrotá-lo sozinho.
Mas Jade tinha visto isso há um momento. Um atacante de linha - frontal, com um martelo de guerra, tinha enfrentado um chefe de frente e esmagou-o sem qualquer assistência.
"..."
Jade voltou o olhar para o "Carrasco" mais uma vez.
Mas o desconhecido aventureiro não se importou com a confusão das elites. Em vez disso, eles olharam para o pó do Dragão da Chama Infernal enquanto ele voava, murmurando
"Agora eu devo ser capaz de sair na hora amanhã..."
Então ele virou-se e saiu, passando por Jade e indo direto para a porta da arena cerimonial.
"!"
Enquanto ele passava, sua capa se ergueu um pouco. A visão de Jade estava acima da média, então ele conseguiu vislumbrar o rosto do Carrasco sob o seu capuz.
Não era o rosto de um homem endurecido em batalha nem um ceifeiro carrancudo.
Apenas o rosto de uma menina com uma expressão cansada.
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Mon: 3º capítulo já meu povo, tamo indo bem! Espero que continuem acompanhando e divirtam-se bastante!!!
Curiosidade sobre a Alina: No mangá, ao assinar a papelada para entrar na masmorra e em seu cartão de aventureira, ela colocou o nome de Revolc Anila {Alina Clover ao contrário}... :D
Sol: Top 10 informações kkkkkkk, ninguém vai saber que é ela imagina..
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