Infernalha Brasileira

Autor(a): San


Volume

Capítulo 12: Benção e Maldição.

 Ao perder a consciência, Hexoth mais uma vez se encontrou em um mundo sombrio e vazio, semelhante ao que já havia presenciado antes. No ar, um olho gigante observava-o, suspenso e imponente.

 Sua cabeça girava em círculos enquanto as visões daquele dia voltavam a assombrá-lo cada vez que fechava os olhos.

 "Você sabe o que deve fazer...", uma voz ecoou diretamente do olho gigante.

— Quem... Não! O que é você? — Hexoth fez um esforço tremendo para se erguer mais uma vez.

 Enquanto seus pés tocavam o chão, ele percebeu que estava sobre uma superfície líquida, negra e viscosa, semelhante a um lodo sombrio e letal. Cada passo parecia fazer seu coração pular para fora do peito.

 As memórias daquele dia retornaram à sua mente como uma visão, os gritos de ódio dos camponeses ecoando pela vila enquanto uma imensa fogueira queimava no centro, consumindo os últimos vestígios do que já foi um ser vivo.

— Bruxa! Adoradora do demônio! — Gritavam, atirando objetos no cadáver completamente carbonizado. — Matem a cria da bruxa! Onde ela está?!

 Lágrimas inundaram os olhos de Hexoth quando viu os aldeões se aproximando com uma criança nos braços, cuidadosamente enfaixada.

— Não... — Os aldeões abriram caminho para que um inquisidor levasse a criança. — Chega... Por favor...

 Hexoth correu na direção da criança com todas as suas forças, atravessando as pessoas como se fossem seres etéreos e translúcidos. No entanto, mesmo seu estado atual não foi capaz de impedir o inevitável.

— Não! Parem!!! — A fogueira explodiu em chamas, englobando Hexoth e a vila inteira.

 Quando as chamas finalmente se extinguiram, uma visão de uma colina gramada surgiu à sua frente. Uma enorme gaiola de pássaros estava diante dele, mas os pássaros não faziam parte de seu conteúdo. No lugar, uma jovem garota estava enclausurada, com cabelos prateados, pele acinzentada, orelhas pontiagudas, olhos dourados e vestindo um kimono branco com estampas de flores de lótus.

— Kagura... Kagura! — Hexoth bateu freneticamente nas grades da gaiola, suplicando para que a soltassem, mas nada surtia efeito.

 Um grupo de padres surgiu diante de Kagura e a posicionou perto de uma fogueira, prestes a acendê-la.

— Vocês! Parem! Soltem-na! — Hexoth tentou conjurar sua magia, mas esta foi anulada quase que instantaneamente.

 Diante dos olhos de Hexoth, a fogueira queimou intensamente, consumindo o corpo da garota e a gaiola que a prendia. Seus gritos de dor e tristeza ecoaram pelo local, até que as últimas palavras escaparam de seus lábios: — Por que você não me salvou?

 Ouvindo isso, Hexoth desabou no chão, em uma mistura de raiva contra aqueles que a condenaram como herege e tristeza por não ter conseguido protegê-la.

— Chega... Por favor... Eu não suporto mais isso...

 "Você teme perder tudo novamente?", a voz ressoou mais uma vez.

— Claro que eu temo! Eu não quero perder mais ninguém... — Os olhos de Hexoth se encheram de lágrimas em questão de segundos.

 "Eu tenho o que você procura... O poder para não perder mais ninguém..." Mãos começaram a surgir debaixo de Hexoth, que logo se viu novamente no mundo vazio e obscuro.

 "Apenas aceite seu destino, e então você será invencível." Um círculo mágico logo se formou na pupila do olho gigante que pairava sobre Hexoth.

 Seu corpo estremeceu enquanto ele afundava no lodo negro e espesso. Em meio ao medo, incerteza e raiva, Hexoth perguntou: — Se eu aceitar... Eu poderei salvar a todos?

 Um silêncio opressivo preencheu a sala por alguns segundos, antes de um sorriso surgir no rosto de Hexoth. Ele foi rapidamente absorvido pelo lodo negro.

 O corpo quase sem vida de Hexoth estava caído entre os destroços, com sangue escorrendo de um grande buraco em seu peito. Rick seguia em direção à escadaria que levava ao andar superior, dando as costas para o cadáver que havia criado minutos atrás.

 "Tenho que me apressar, deve haver mais intrusos", pensou Rick, aumentando a velocidade em direção à porta da escadaria.

 Quando ele estendeu a mão para abrir a porta, uma voz ecoou na mente de Rick: — Proteger...

 Rick se virou rapidamente, sacando sua montante, mas não foi rápido o suficiente para salvar a mão que estava na maçaneta. Em um piscar de olhos, seu braço foi decepado, levando consigo partes de sua armadura.

— Proteger... Eu devo proteger... — O corpo de Hexoth lentamente se ergueu.

 Uma massa de sombras envolveu Hexoth, distorcendo sua aparência. Suas feridas se curaram quase que instantaneamente, seus cabelos se transformaram de tentaculos negros à longas espadas negras, idênticas às que emergiram de seu corpo. Seus olhos ficaram completamente vermelhos e sua pele coberta por um cinza metálico com lâminas negras brotando dela.

 “O que é essa coisa?”, pensou Rick, ofegante pela perda de sangue.

— Você não bate com a descrição que me mandaram da prisão, então não foi vo…

 O embate então começou, com Hexoth investindo com suas garras de espada enquanto Rick, mesmo com uma armadura resistente, recuava a cada investida. Seu braço ferido jorrava sangue, e a urgência de tratar a ferida competia com a necessidade de se defender.

— Proteger... Kagura... Devo proteger… — murmurou Hexoth, saltando novamente para o ataque. Rick, em desespero, colocou sua montante entre os dentes, desviando habilmente os golpes de Hexoth enquanto tentava fechar o ferimento em seu braço com um simples feitiço de cura.

— Droga! Eu não vou morrer aqui! — A situação tornava-se cada vez mais crítica, com a lembrança da destruição da prisão de Earthbring inflamando a determinação de Rick.

 Sangrando e com seu corpo coberto de cortes causados pelos golpes afiados de Hexoth, Rick, percebendo a ineficácia de sua armadura, optou por descartá-la. Seu capacete voou para longe, revelando um surpreendente rosto familiar para Hexoth: um homem de pele clara, cabelos e olhos azuis, uma versão mais jovem de Flanel. Determinado a vingar seu semelhante, Rick desapareceu da vista de Hexoth, ressurgindo para atacá-lo por trás. O choque resultante fez jorrar sangue das feridas de Hexoth.

 Enquanto isso, Hayakaz estava em uma situação igualmente desafiadora, coberto de escombros e lama de pantano. Desanimado e exausto, questionou sua própria preparação com Dartanham. Reunindo suas últimas forças, ele se ergueu, enfrentando Dante, que se aproximava com a espada em punho.

ainda tá vivo? Que saco, heim… — provocou Dante.

 Hayakaz, determinado a encerrar a luta, liberou uma aura explosiva ao seu redor, afastando a água lamacenta e quebrando galhos podres. Dante não hesitou e investiu contra Hayakaz, golpeando-o vigorosamente. Uma cortina de água se ergueu, criando uma neblina que envolveu os dois.

 A neblina logo se dissipou, revelando o braço reptiliano de Hayakaz bloqueando a espada de Dante. Com uma zombaria, ele proclamou: — Eu também te acho um saco, seu projeto de nyancaller! Quimerificação!

 Quando a voz de Hayakaz se extinguiu, a neblina dissipou-se, revelando seu corpo agora metamorfoseado de maneira extraordinária, exibindo uma profusão de alterações bestiais em substituição aos membros comuns. Seu braço direito estava agora revestido por uma pelagem densa e adornado por garras excepcionalmente afiadas, reminiscentes das patas de um lobo. Em contraste, o braço esquerdo exibia escamas resistentes como metal, assemelhando-se à couraça de um lagarto. As pernas, por sua vez, apresentavam cascos robustos, combinando uma estrutura equina ágil, reminiscente das pernas de um cavalo.

 Emergindo de suas costas, desdobrava-se um par colossal de asas, assemelhando-se às de uma águia-imperial, equipadas com músculos poderosos capazes de elevá-lo do solo. Seu peito, agora protegido por uma carapaça impenetrável, guardava semelhanças notáveis com o casco resistente de uma tartaruga. A transformação de Hayakaz era uma sinfonia de elementos selvagens, uma fusão de características animalescas que convergiam para criar uma presença digna do Lorde das Bestas.

— O que… é is… — Dante mal conseguiu articular sua pergunta antes de ser interrompido por um golpe certeiro de Hayakaz, que, com a velocidade surpreendente, partiu a sua espada ao meio, silenciando-o abruptamente. O ar pesado de tensão pairava na sala, enquanto Dante tentava, em vão, organizar seus pensamentos.

— Você já me atrapalhou muito. Só cale sua boca! — disse Hayakaz, impaciente.

 Dante, sem desistir, invocou sua magia, Dez Punhos de Tritão, atacando furiosamente Hayakaz. No entanto, seus golpes encontraram uma barreira intransponível nas asas do adversário.

— Patético… — Hayakaz desdenhou, desaparecendo diante de Dante e acertando um golpe devastador em seu estômago, projetando-o para o outro lado da sala.

 Enquanto Dante se chocava contra a parede, pensamentos angustiantes surgiram em sua mente “Passo Angelical?! Eu preciso fazer algo!” enquanto se esforçava para se levantar.

— Manipulação de Lodo, Zumbis do Pantano! — Dante decidiu mudar de tática e, em um último esforço, conjurou sua magia, criaturas feitas de lama. No entanto, mesmo antes de receber qualquer comando, os zumbis foram aniquilados por Hayakaz com poucos socos.

— Só isso? — provocou Hayakaz, aproximando-se de Dante, que permanecia paralisado.

 Ao se aproximar, Hayakaz preparou-se para um golpe fatal. No entanto, antes de desferi-lo, deteve-se ao ouvir as palavras desesperadas de Dante: — Se eu tivesse tempo...

 Intrigado, Hayakaz parou o golpe e questionou: — Se você tivesse mais tempo...? O que?

 Dante, confuso, respondeu hesitante: — Hein? Como? Ah... Ah! Sim, sim! Se eu tiver tempo o suficiente, eu posso matar você com um único golpe! 

— Me ataca com esse treco então! — Surpreso, Hayakaz concedeu-lhe a chance.

 Dante, recuperando-se, liberou sua mana de maneira explosiva, criando um redemoinho de lama. — Manipulação de Lodo, Lodaçal Mortuário — Hayakaz, pego de surpresa, mesmo tentando voar para escapar, foi arrastado pela correnteza, lentamente sendo submergido na lama pantanosa.

 A luta feroz continuou, e Hayakaz, perdendo suas forças na lama, refletiu sobre suas escolhas. "A luta tava ganha... Eu devia ter matado ele logo...", lamentou, recordando os conselhos de Dartanham sobre a arrogância.

 Submerso no lodo, a consciência de Hayakaz desvaneceu, transportando-o para um mundo sombrio onde encontrou Rameel.

 Rameel quebrou o silêncio tenso que envolvia o encontro com Hayakaz: — Você fez de novo, não é? — indagou, buscando uma confirmação do demônio diante dele. Hayakaz, em resposta, manteve-se em silêncio, apenas concordando com a cabeça.

 O demônio fechou seu livro, pendurando-o na cintura com um gesto deliberado. Seus olhos analisaram Hayakaz por alguns instantes antes de revelar uma verdade impactante: — Esse mundo onde estamos... é a sua mente.

 Um arrepio percorreu o corpo de Hayakaz ao compreender a magnitude da revelação. — Como assim? — Hayakaz ergueu a cabeça, confuso.

— O que estamos vendo agora... é a mente de um demônio. Todos aqueles que se tornam demônios vão perdendo suas mentes lentamente... Não, ela vai sendo consumida… — Rameel explicou com gravidade.

 A ideia de sua própria mente sendo consumida por uma força sinistra perturbou Hayakaz. — Consumida? O que consome elas? — questionou, revelando sua inquietação.

— Todos os demônios possuem uma maldição dentro deles, inata e faminta pela humanidade deles… — Rameel esclareceu.

 A confusão de Hayakaz cresceu, e ele não pôde deixar de perguntar: — Espera! Por que você tá me contando isso?

 A resposta de Rameel foi direta: — Você é inconsequente, se encontrasse aquilo antes de mim, não restaria nada da sua mente.

— Aquilo? — Hayakaz inquiriu, sua curiosidade misturada com temor.

— Milênios atrás, a maior guerra da história começou. Nela, os santos e os demônios nasceram... A Maldição Demoníaca e a Bênção Celestial caíram sobre todas as raças. — Rameel desvendou um passado distante, e Hayakaz absorveu as palavras em silêncio, esperando o que viria.

— Esse mundo é onde reside a personificação da Maldição Demoníaca, seu motivo de viver é devorar a mente de todo e qualquer demônio… — Rameel revelou, pintando um quadro sombrio com a voz.

— Então eu também… — murmurou Hayakaz, compreendendo a ameaça interna.

— Sim... se você aceitar que ela te consuma, você perderá tudo... Você se prende aos seus ideais, por isso nunca suportaria o poder absurdo que ela te daria. — explicou Rameel, apontando para Hayakaz.

— Meus ideais? — Hayakaz estava atordoado, tentando reconciliar suas convicções com a complexidade de sua natureza demoníaca.

 Rameel se aproximou, colocando a mão no ombro de Hayakaz. Uma visão da luta contra Azazel se desenhou em sua mente, revelando a natureza indomável de Hayakaz quando lutava sem restrições. — Você consegue entender? Quando você luta sem preocupações, você é imbatível!

— Mas... eu vou machucar quem eu devia proteger… — Hayakaz expressou suas preocupações, questionando o preço de sua força.

— Você vê alguém a ser protegido nessa sala? — Rameel desafiou, em vão, ampliando a visão do pantano, onde os risos de Dante mal podiam ser ouvidos sobre o barulho da correnteza.

— Ser consumido é tudo que resta para nós? — Hayakaz, enfraquecido, ponderou sobre o destino dos demônios.

— É pra isso que eu to aqui… — Rameel sacudiu Hayakaz e deu leves tapinhas em seu rosto. — Chega desse papo depressivo e vamos ao que interessa.

— Se decide! Ou você me dá desespero ou me dá esperança! — Hayakaz exigiu, buscando clareza em meio à confusão.

— Certo. Como você pode ver, não tem nenhuma personificação de maldição aqui, e sim o lindo e maravilhoso “eu”! — provocou Rameel, desviando o tom sério para uma autopercepção sarcástica.

— Agora que você fa… — Hayakaz tentou responder, mas Rameel interrompeu-o.

— Por isso, você não vai conseguir fazer um pacto com aquela coisa. Eu vou impedir! — afirmou Rameel, estendendo os braços para os lados.

— Calma! Por quê você tá a… — Hayakaz tentou questionar, mas foi novamente interrompido.

— Mas você pode fazer um pacto comigo! Eu vou te dar poder e não vou devorar sua mente! — anunciou Rameel, oferecendo uma alternativa inesperada.

— Oi?! Como é? — Hayakaz, surpreso, tentou processar a proposta.

— Exato! Se formar um pacto comigo, vou te permitir usar meus poderes por um tempo, mas você vai ter que lutar sem se prender a nada, do contrário não vai dar certo.

— Para quieto e me deixa falar! Por quê você tá me oferecendo um pacto? O que você ganharia com isso?

 Rameel soltou Hayakaz e deu alguns passos para trás antes de revelar: — Eu já vi muitas pessoas morrerem por eu não ter feito nada, então eu quero proteger algo só pra variar…

 Hayakaz ponderou sobre as palavras de Rameel, refletindo sobre a surrealidade da maldição e do pacto, mas ele sabia que precisava agir para proteger aqueles que amava. — Certo! Eu aceito sua proposta. Me empreste o seu poder! — Hayakaz estendeu sua mão para Rameel, simbolizando a aceitação do pacto.

— Agora sim é o Hayakaz que eu conheço! Eu, Rameel, o Pecado da Preguiça, firmo um pacto com Hayakaz, o Lorde Demônio das Bestas! — proclamou Rameel, dando início a uma nova aliança.

Péra, você disse o qu…

 Ao firmarem o pacto, uma explosão de mana irrompeu no mundo real, marcando o início de uma nova fase na batalha entre Hayakaz e seu adversário.

Dante não titubeou, investindo imediatamente contra Hayakaz ao avistá-lo. Contudo, sua lâmina residual e seus punhos de lama mostraram-se impotentes diante da Quimerificação. Hayakaz, cujo corpo estava adornado por símbolos semelhantes aos da máscara de Rameel, seus olhos refletindo uma sede insaciável por sangue, desapareceu rapidamente do campo de visão de Dante. Em um frenesi caótico, desferiu uma sucessão de socos desordenados, assemelhando-se a uma besta colossal. Seus golpes ganharam velocidade e poder, atravessando facilmente a pele de Dante, como se o próprio Hayakaz fosse tão veloz quanto o vento.

— Mas qu… — Antes que Dante pudesse terminar, Hayakaz atravessou seu estômago com seu punho.

— Fica de falação no inferno! — falou Hayakaz, finalizando Dante com um golpe no coração.

 Tendo sido pego de surpresa, a única coisa que passou pela mente de Dante foi a familiaridade com esse poder. Algo havia despertado em Hayakaz, Dante tinha certeza disso, pois não era Hayakaz que estava forte e rápido, Dante que estava lento e fraco, como se estivesse sonolento.

— Oniromante maldito… — falou Dante, ao cair no chão com o corpo partido em dois pelas garras de Hayakaz.

 Após finalizar o embate, Hayakaz se dirigiu para a porta de saída, mas antes que pudesse tocar a maçaneta, seu corpo ficou mais pesado que qualquer coisa que já tivesse levantado, o forçando ao chão.

 “Não! Não! Não! Isso agora não!”, pensou ele, antes de sua consciência se desvanecer em um mar de escuridão.

— Seu tempo acabou… Agora tudo está nas mãos dele… — Rameel monologava enquanto observava as torres de Hayakaz e Hexoth.

 Hexoth passava a mão pelos ferimentos que Rick havia causado. De alguma forma, esse golpe havia lhe devolvido o pouco de sanidade que restava.

— Então agora voltou a si? — Rick continuava golpeando enquanto desaparecia, encaixando um golpe no outro.

— Agradeço por me ajudar a voltar ao estado são… — Mesmo recebendo diversos golpes, Hexoth não se movia do lugar, suas feridas se regeneravam em velocidades absurdas, muito mais rapidamente que os golpes de Rick.

— Me agradece?! Eu não quero dívida com um dos demônios que matou meu ir…

— Você realmente me lembra o Flanel… — Hexoth declarou, antes de desferir um golpe de cima para baixo com suas garras de espada, reduzindo o corpo de Rick a diversos pedaços, deixando-o quase irreconhecível. — Mas ele era bem mais forte do que você!



Comentários