Magi Craft Meister Japonesa

Tradução: Kote


Volume 6 – Arco 7

Capítulo 7 – Vila Yada

No dia seguinte, antes de deixar a cidade de Delead, Reinhardt disse a Jin que ele tinha algo a discutir.

“O fato é que, ao norte desta cidade, existem algumas ruínas antigas chamadas ruínas de Keuwan, e aparentemente elas datam de antes da Grande Guerra Mágica. Eu ainda não as vi pessoalmente, sabe.”

Ele começou a falar. Jin também tinha interesse nas ruínas da época da Grande Guerra.

“Vai ser um pequeno desvio, mas eu não tenho mais negócios oficiais para lidar, então nós podemos ir. Estou muito interessado em vê-las.”

Reinhardt disse, e Jin também concordou.

“Tudo bem. Nesse caso, o que você acha, Elsa? Você quer voltar ao nosso país?”

Reinhardt perguntou a Elsa, e ela sem pestanejar,

“Eu também estou interessada. Eu quero ir as ruínas.”

Ela respondeu. Reinhardt bateu palmas e,

“Tudo bem, então está decidido. Vou pedir ao cocheiro para nos levar lá.”

Ele disse e se levantou do seu lugar.

 

*   *   *

 

As carruagens saíram da cidade de Delead e seguiram pela estrada para uma cidade provincial chamada Uremlin.

Em Uremlin também havia uma Guilda, mas a disponibilidade da tecnologia do aspirador para o público foi adiada. Afinal, o lugar parecia de alguma forma um pouco descortês. Jin planejou revelar ao público depois que ele pudesse confirmar que a Guilda fosse confiável.

Depois de passar uma noite lá, eles seguiram estrada em direção ao norte. Depois de meio dia, chegaram à cidade de Coorz. Como ainda havia tempo, eles se dirigiram mais para o norte e, à noite, chegaram a Vila Yada.

“Esta é a Vila Yada.”

Reinhardt foi o primeiro a descer da carruagem de Jin, e o próprio Jin seguiu logo em seguida,

“Eu ouvi isso enquanto estava dentro da carruagem, mas realmente tem uma mina aqui, huh.”

Ele disse enquanto olhava para a entrada da mina a noroeste.

“Se bem me lembro, dizem que muitos tipos de pedras preciosas são extraídas daqui.”

A última pessoa a descer foi Elsa. Como esperado de uma jovem dama, ela aparentemente tinha interesse em joias.

Jin olhou para os arredores avaliando o estado da vila. Então ele expressou sua opinião,

“Ela é bem animada pra ser chamada apenas de vila.”

Havia construções suficientes para chamá-la de cidade, e havia muitas pessoas também.

O único a responder às dúvidas de Jin foi, claro, Reinhardt.

“Isso é porque não há agricultura aqui, esta cidade sobrevive apenas da mineração e do turismo. As pessoas relacionadas às minas são principalmente de Uremlin e os turistas não são residentes. Os seus habitantes parecem ganhar a vida gerenciando pousadas ou pequenas lojas.”

Em outras palavras, como a base da população era pequena, esse lugar era tratado como uma vila.

“A partir daqui, a pouco menos de vinte quilômetros seguindo a estrada da montanha a nordeste está a Vila Keune. Eu ouvi dizer que as ruínas de Keuwan estão lá.”

Explicou Reinhardt,

“Aparentemente a Vila Keune é bem pequena, então dizem que é melhor ficar aqui e fazer viagens de ida e volta para lá.”

Reinhardt falou do conselho que ouviu na cidade de Delead.

“Bem, podemos ir com calma hoje.”

Ele disse e viu seu mordomo, que havia ido na frente, voltar.

“Claude, obrigado pelo seu trabalho.”

O mordomo Claude fez uma reverência, e,

“Reinhardt-sama, deixe-me guiá-los para a pousada.”

Então o grupo mais uma vez entrou nas carruagens e seguiu para a pousada, guiados por Claude.

A pousada estava em um lugar calmo nos arredores da vila. Era uma construção de pedra de quatro andares solidamente construída. Os quartos de hóspedes todos voltados para a montanha, então a vista era boa.

O quarto parecia um pouco pequeno, mas não era o suficiente para chamar de inconveniente. Como um todo, a pousada ganharia uma nota suficiente para estar na média.

“Oh, eu me pergunto se dá pra ver a mina pela janela.”

As janelas não tinham vidro. Tinham duas pequenas portas de madeira – que Jin abriu – e olhou para fora. A visão da montanha com a mina era uma boa vista.

Aliás, o sol da tarde tinha acabado de descer precisamente atrás da montanha.

O jantar foi sopa com pão, peixe de água doce assado, alguma coisa assada que se assemelhava a frango, plantas silvestres comestíveis em uma salada e mais algumas coisas.

Elsa não parecia ter apetite e isso preocupou Jin. Então,

“Elsa, você está se sentindo mal?”

Ele perguntou. Elsa respondeu,

“Eu não gosto de carne Cockalisk.”

Aparentemente, a carne parecida com frango era de algo chamado Cockalisk. Então Jin,

“Se você não gosta, não precisa se forçar a comer. Se você quiser, eu também posso comer sua porção.”

Jin disse, e rapidamente moveu a porção de Elsa para o seu próprio prato, depois comeu tudo em três mordidas.

“… obrigada.”

Elsa agradeceu, parecendo um pouco envergonhada.

“Tudo bem então, sobre amanhã.”

Após a refeição, enquanto tomava Teee, Reinhardt começou a falar.

“Eu perguntei às pessoas na pousada e elas me disseram que aparentemente o tempo amanhã não vai ser muito bom. E que depois de amanhã o céu vai ficar mais limpo. Portanto, amanhã podemos fazer uma pausa e nos divertir nesta vila, eu acho…”

Não importava quão bom fosse o conforto de andar em uma carruagem, andar constantemente em uma era bem desgastante.

“Parece que também tem uma mina para turistas. Ao que parece, se a sorte estiver conosco, podemos encontrar pedras preciosas por lá. Acho que ir lá ou a fábrica onde as pedras são processadas seria interessante. Aparentemente, também podemos comprar joias por um preço menor que o habitual.”

“Mm. Está bem.”

Como Elsa também consentiu, foi decidido que amanhã eles visitariam esses lugares.

“Então, eles disseram que o tempo estará melhor depois de amanhã. E nós queremos ir ver as ruínas. Devemos ir de carruagem ou a cavalo? Aparentemente, a estrada é bastante íngreme. Parece que levaria algum tempo com uma carruagem normal.”

Deve ser lembrado que era apenas para carruagens ‘normais’. Sendo assim,

“Nesse caso, devemos ir com a minha carruagem?”

Jin sugeriu. Nem Reinhardt nem Elsa fizeram objeções.

Foi decidido que Jin, Reinhardt, Elsa, Reiko e o mordomo Claude iriam.

Eles consideraram que, dependendo da situação, poderiam passar a noite na Vila Keune.

Felizmente, Mine não estava sendo muito exigente com as coisas ultimamente, então provavelmente não haveria objeções por parte dela também.

“Tudo bem, então amanhã vamos dar uma volta pela vila.”

Essa foi a decisão deles.

 

*   *   *

 

A Vila Yada era uma cidade construída com base no turismo e na mineração. A montanha onde a mina estava era gigantesca e feita de granito. O granito era uma rocha que havia sido formada por um profundo magma subterrâneo que acabou se solidificando. Durante o processo de solidificação, vários minerais se juntaram e cristalizaram.

Era chamado de pegmatito (granito cristalizado gigante) e, devido aos gases misturados, continha ‘cavidades’ chamadas geodos.

Como os geodos contêm muitos tipos de minerais cristalizados, os depósitos de pegmatitos próximos à superfície proporcionam bons locais de mineração.

Voltando ao assunto em questão, o grupo de Jin saiu para ver a mina.

Geralmente, os túneis abertos para os turistas eram os antigos que já tinham sido praticamente todos explorados.

No entanto, ainda era possível descobrir pedras preciosas brutas se a pessoa tivesse sorte e, além disso, caminhar por um longo túnel que se estendia para o subsolo era uma experiência que você raramente poderia ter.

Consequentemente, tornou-se uma boa diversão para nobres e algumas pessoas ricas.

Na entrada do túnel usado para turismo.

Além do grupo de Jin, uma família nobre – como era de se esperar – também veio passear.

Havia quatro pessoas: uma mulher de meia-idade que parecia ser a mãe, um garoto que parecia mais jovem que Elsa, uma garota que deve ser sua irmã mais nova e um homem idoso que parecia ser um mordomo.

“Minha nossa, hoje parece que teremos o privilégio de ir junto com vocês. Prazer em conhecê-los. Somos o grupo da esposa do Visconde Secatt, que é o assistente do senhor feudal de Desir.”

“Obrigado por suas saudações corteses. Somos o grupo do diplomata Reinhardt-sama do Império Shouro.”

O mordomo trocou cumprimentos com seu colega mordomo Claude.

Duas pessoas guiaram os dois grupos de quatro turistas cada. Um deles era um jovem musculoso e gigantesco, que carregava a bagagem há algum tempo. O outro era um homem pequeno de meia-idade que parecia ser o verdadeiro guia.

“Caros visitantes, xacomigo a guia pra hoje. Por favor, prestem atenção onde cês tão pisando.”

O homem de meia-idade tinha um estilo estranho de falar, ou mais precisamente, usava algumas palavras bruscas. Ele entrou no túnel na frente dos grupos para começar o tour.

O interior estava um pouco frio e úmido. Aos pés deles estavam rochas salientes e irregulares, o que deixava a caminhada difícil.

Nesse caminho, o guia caminhava casualmente. Enquanto ocasionalmente olhava para trás para confirmar que as oito pessoas ainda estavam seguindo.

O homem grande estava na parte de trás da fila. Sua tarefa provavelmente era garantir que não houvesse pessoas ficando para trás ou saindo de vista.

A uma curta distância da entrada, Ferramentas Mágicas nas paredes produziam luz. Devido a disso, eles conseguiam ver por onde estavam indo.

“Se por acaso alguém se perder, basta seguir essas luzes de volta, huh.”

Olhando de perto, setas de luz que apontavam para a entrada tinham sido desenhadas. Se houvesse tais setas escritas em cada parede, mesmo que alguém se perdesse, ela poderia pelo menos encontrar a saída.

Pensando nisso, estava Jin, andando no meio da fila de oito pessoas.



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