Volume 5

Capítulo 165: Um encontro com o Mestre do Calabouço

Urushi se deitou perto dos pés de Fran, como se tentasse chamar atenção para algo.

Auuuu!

“Ó, verdade. Hã-hã, você passou de nível Urushi.”

Pois é, esqueci totalmente que também deveria verificar o status de Urushi.

 

Nome:

Urushi

Raça:

Lobo da Escuridão

Espécie:

Lobo Demoníaco Fera Demoníaca

Condição:

Normal

Status:

Level 30/50

HP:

754

MP:

865

Força Física:

401

Resistência:

341

Agilidade:

507

Inteligência:

317

Mágica:

541

Destreza:

271

HABILIDADES

Resistência a Escuridão Lv8 ⋯ Magia da Escuridão Lv4 ⋯ Faro Aguçado LvMáx ⋯ Furtividade Lv7 ⋯ Técnicas com Presas Lv6 ⋯ Habilidades com Presas Lv6 ⋯ Esconderijo das Sombras LvMáx ⋯ Movimento das Sombras Lv6 ⋯ Pulo Aéreo Lv8 ⋯ Medo Lv4 ⋯ Vigilância Lv7 ⋯ Ocultar Presença Lv6 ⋯ Regeneração Lv5 ⋯ Magia de Veneno Mortal Lv2 ⋯ Detecção de Energia Maligna Lv1 ⋯ Resistência a Energia Maligna Lv1 ⋯ Movimento Instantâneo Lv5 ⋯ Abafar Ação Lv6 ⋯ Magia Espiritual Lv5 ⋯ Detecção de Força Vital Lv8 ⋯ Resistência a Anormalidades Mentais Lv6 ⋯ Habilidades com Garra Lv1 ⋯ Magia de Veneno LvMáx ⋯ Ecolocalização Lv8 ⋯ Uivo Lv8 ⋯ Cobertura das Sombras LvMáx ⋯ Magia Negra LvMáx ⋯ Visão Noturna ⋯ Presa Venenosa Superior ⋯ Recuperação Automática de HP ⋯ Recuperação Automática de MP ⋯ Imunidade a Veneno ⋯ Metamorfose ⋯ Manipulação de Magia

HABILIDADES ÚNICAS

Absorção de Presa

TÍTULOS

Familiar da Espada Familiar do Deus dos Lobos

EQUIPAMENTOS

Garra de Captura

 

Derrotar o tatuzinho permitiu que Urushi ganhasse um level; ele enfim chegou no level 30. Ele precisava de muito mais experiência do que Fran para qualquer aumento de nível, mas ele ainda estava aos poucos fazendo progressos.

— Urushi, forte.

“E acho que ele também aprendeu uma nova habilidade. Tenho bastante certeza que ele não costumava ter Habilidades com Garra.”

Ele sempre gostou de golpear seus inimigos com suas patas da frente, mas acho que ele nunca usou suas garras até equiparmos a Garra de Captura nele.

Urushi pegou uma rocha próxima e a jogou no ar. Ele a observou por um tempo e usou suas pernas traseiras para se levantar enquanto habilmente atingia a pedra com sua pata direita da frente. Uma série de garras se estendeu no momento que ele atacou e partiu a rocha em quatro com facilidade. O ataque pareceu tanto rápido quanto poderoso, isso com certeza poderia ser útil, ainda mais levando em consideração o efeito paralisante da Garra de Captura.

— Nn. Urushi, legal.

Au!

O fato de que ele foi elogiado o deixou tão feliz que ele quase pulou de alegria.

Quer saber, Urushi estava mesmo muitíssimo forte para uma fera demoníaca de nível de ameaça C. Seu status era relativamente alto, e ele tinha uma quantidade incrível de habilidades comparado com o tatuzinho.

Ele poderia até acabar sendo considerado um nível de ameaça B se ele aumentasse alguns níveis e crescesse mais um pouco.

Mesmo assim, ele ainda estava com falta de experiência de combate e compostura. Ele também não era realmente… selvagem o bastante. Acho que isso é meio que minha culpa pela forma como eu o mimo, mas como eu poderia fazer diferente? Só veja quão adorável ele é. Ele é capaz de comunicação bidirecional e até escuta o que temos a dizer, mesmo sem a necessidade de qualquer tipo de ação disciplinar. Ele era o sonho molhado de um dono de cão.

Na verdade, ele só estava respondendo a Fran acariciando sua cabeça ao apertar seus olhos e abanar sua cauda. Quer dizer, isso pelo menos era melhor do que deitar no chão e mostrar sua barriga, mesmo assim... deveria ser melhor para nós sermos um pouco mais rigorosos com ele.

— Mestre. E agora?

“Ó, verdade, me perdi em meus pensamentos, me desculpe.”

Não deveríamos apenas ficar parados como de costume. Não percorremos todo o caminho até aqui só para que pudéssemos derrotar o chefão. Estávamos aqui para ver o Mestre dos Calabouço.

Enfiei o cadáver do Tatuzinho-do-Desastre no armazenamento e inspecionamos a sala do Chefão.

Estávamos no momento no que devia ser a profundeza do calabouço, mas esperava uma porta ou algum tipo de caminho se abrindo após derrotarmos o chefão.

O que na verdade aconteceu foi diferente disso, ainda assim, foi algo parecido com o que eu esperava. Em outras palavras, um pilar de luz brilhante apareceu no meio da sala após uma breve espera.

— Mestre. Algo apareceu.

“Parece que a informação que recebemos estava correta.”

O pilar era um dispositivo de teletransporte, especificamente um que retornava todos que entravam nele para a entrada do calabouço. Em geral, esse seria um dispositivo útil por evitar a caminhada de volta, porém, não era o que estávamos procurando. Entrar nele nos forçaria a voltar para a saída do calabouço.

“Vamos tentar investigar a sala e ver se podemos encontrar alguma coisa.”

— Nn.


Procuramos por cerca de dez minutos, mas não conseguimos encontrar qualquer tipo de área escondida.

Er, na realidade, isso não estava certo. Quero dizer, nós tecnicamente encontramos um ponto que parecia ter algo do outro lado, mas não conseguimos descobrir como deveríamos ir até lá.

Não era como as outras áreas no sentido de que o Mestre do Calabouço tinha acesso restrito a ela. Nos forçar nela devia não ser a melhor das ideias. Estaríamos colocando não apenas o pedido, mas também a vida de Fran em risco.

“Hmmm… o que fazer?”

— Hmm?

Ó, espere. Quer saber, pensando sobre isso, não era absolutamente necessário para nós irmos para onde o Mestre do Calabouço estava. Poderíamos apenas fazer ela vir até nós.

“Ei Fran, tente mostrar o pingente que Aurel te deu.”

— Nn? Entendido.

Fran inspecionou seu armazenamento dimensional e puxou o pingente de dentro dele.

“Agora tente chamar o Mestre do Calabouço.”

— Entendido. Mestre do Calabouço. Entrega.

Ela levantou o pingente sobre sua cabeça enquanto falava.

Eu estava bastante certo que chamar o Mestre do Calabouço funcionaria. Acabamos de derrotar o chefão, era provável que ela devia estar com seus olhos em nós neste momento.

E quer saber, podemos apenas tentar outra coisa se isso não funcionar. Não é como se fazer um teste pudesse causar qualquer mal.

— Entrega aqui.

Au, au!

— Por acaso você está realizando uma tarefa de Dias ou Aurel?

A voz de uma jovem mulher, presumivelmente a Mestra do Calabouço, ressoou pela sala após tentarmos chamá-la algumas vezes.

— Nn. Aurel.

— Entendo… muito bem. Te peço que espere por um breve momento.

Um buraco apareceu em uma das paredes pouco depois da voz da mulher mostrar seu consentimento. Parecia que ele levava para a área da qual suspeitávamos um pouco mais cedo.

— Você pode entrar.

O corredor não tinha nenhuma armadilha. Ainda assim, não pude evitar de me preocupar com a possibilidade de estarmos sendo levados para uma sala cheia de feras demoníacas ou armadilhas. Não era impossível para a Mestra do Calabouço escolher fazer precisamente isso, então prosseguimos com cautela. Me certifiquei de ter um pouco de magia de teletransporte preparada, só por precaução.

Contudo, nossas preocupações acabaram se provando um excesso. Não havia nenhuma fera demoníaca à vista. O caminho era, bom, apenas um caminho normal.

As únicas características distintas da passagem eram sua escuridão e a suavidade da luz que parecia brilhar através do local que seguíamos.

Uma cena magnífica nos recebeu assim que enfim chegamos na saída do túnel. A sala em que chegamos parecia ter saído da mansão de algum nobre. Ela era vasta e cheia até à borda com todos os tipos de móveis espalhafatosos.

Uma linda mulher com cerca de 30 anos estava no centro da sala. A coisa parecida com robe que ela vestia fazia parecer que ela estava aproveitando seu momento de descanso. Seu corpo era bastante esguio e seu rosto encantador, mas ainda não pude deixar de sentir que ela transmitia um ar de guerreira, um equilíbrio perfeito entre força e beleza.

Ela era forte, incrivelmente forte. Eu soube no momento que coloquei os olhos nela, mas não podia dizer com precisão quão forte ela era. De qualquer forma, ela era pelo menos mais forte do que nós. Na verdade, ela devia ser no mínimo páreo para Amanda.

Não senti nenhuma sede de sangue ou malícia dela, então consegui me impedir de me colocar de guarda. Contudo, eu com certeza mudaria depressa para o modo de batalha se a encontrássemos sob qualquer outro conjunto de circunstâncias, em especial por estarmos em um calabouço, considerando como os frequentadores desse tipo de ambiente tinham a tendência de serem mais facilmente irritáveis.

Para ser honesto, tentei até avalia-la, mas parecia que ela tinha acesso a Interferência de Avaliação, e assim, não fui capaz de conseguir mais detalhes. Só consegui descobrir seu nome, confirmar o fato que ela era a Mestra do Calabouço, e descobri algumas de suas habilidades.

Mesmo assim, minha atenção já tinha sido atraída para outro lugar.

Sua cabeça ostentava um par de orelhas negras de gato, e atrás dela havia uma cauda negra. Ambas características faziam parte de um grupo com que eu já estava muito familiar. Afinal, elas pareciam idênticas as de Fran.

“Ela é uma Gata-Negra?”

— Você fez bem em se aventurar tão longe. Eu te recebo, cara irmã da Tribo dos Gatos-Negros.

— Nn!

Na mesma hora, Fran se ajoelhou com seu joelho direito e pressionou seu punho esquerdo contra o chão no momento que a mulher a recepcionou. Ela colocou sua mão direita atrás das costas e a posicionou em sua cintura.

— Obrigada por me agraciar com sua presença. Acredito que este é nosso primeiro encontro. Eu sou Fran, da Tribo dos Gatos-Negros.

Fran ativou sua habilidade Etiqueta da Corte na potência máxima e se curvou enquanto falava de maneira completamente diferente da sua usual. O cumprimento dela não era como o de um vassalo, era mais como o de alguém reconhecendo a superioridade do outro. Será que isso era apenas um costume dos homens-fera?

— E eu sou Rumina, Guerreira da Tribo dos Gatos-Negros e a mestra deste calabouço.

Eu sabia, ela era uma Gata-Negra, mas isso não explicava o porquê Fran de repente fazer uso total de sua etiqueta. Fiquei confuso, mas não tive que esperar muito para descobrir o motivo, já que as próximas frases da dupla forneceram a resposta que estava procurando.

— Posso presumir que você é uma Tigresa-Negra?

— Fuhahaha, isso está correto. Me permita me reapresentar. Eu sou Rumina, uma das Tigresas-Negras da Tribo dos Gatos-Negros.

Ah, então era isso. O respeito de Fran se originou do fato que a pessoa que estava diante dela era alguém que conquistou seu maior objetivo.

— Mais uma vez, eu a recebo em meu domínio



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