Volume 1

Capítulo 48: A Irmã dele, a Camareira

“Deixe me te apresentar. Essa é minha irmã mais velha.”(Arnold)

Esfregando sua bochecha direita depois de ter apanhando, Arnold apresenta a garota.

“Como se eu fosse ficar satisfeita com tal introdução apática!”(Irmã)

Com uma pancada na cabeça, a garota criou alguma distancia entre ela e Arnold.

“I-Isso dói!”(Arnold)

“Você deveria ser um aventureiro, não deveria!? Você quer apanhar?”(Irmã)

Arnold queria retrucar que ele já havia apanhado, mas dizer tal coisa faria com que ela batesse nele de novo, então ele mediu as palavras dele.

“U-un…” (Soldado)

O soldado tenta se intrometer com uma expressão de quem sente muito. A irmã do Arnold levanta a mão, e responde a eles.

“Ah, essas crianças são boas. Esse é meu irmão tolo, e os outros parecem estar com ele. Por favor os deixem passar.”(Irmã)

“Isso é verdade!? Se esse é o caso, então não podemos reclamar. Sigam em frente.”(Soldado)

Com um sorriso, o soldado deixou que o grupo entrasse.

(A irmã do oyaji… Parece que confiam nela um bocado por aqui.)

De outra forma, as palavras dela nunca faria com que outros adentrassem a moradia da realeza durante tempos de guerra. Não, mesmo se o país não estivesse em guerra, entrar não deveria ser tão fácil. Mesmo assim, por ordem dela, o grupo facilmente entrou. A confiança posta nela deve ser considerável.

O que eles entraram era um espaço parecido com um pequeno salão de jantar. Lá haviam três mesas de madeira, e um balcão com uma cozinha atrás. O grupo do Hiiro sentou-se nas varias cadeiras próximas as mesas.

“Eu vou buscar algo gelado pra vocês. Esperem por um segundo.”(Irmã)

Ela deu um sorriso radiante, e andou em direção a cozinha. Hiiro continuou a observa-la.

Ela tinha o mesmo cabelo azul que o Arnold, mas diferente do cabelo curto dele, o dela era longo e elegante. Suas características faciais não eram ruins, e sua altura estava no patamar mais alto*. Ela tinha uma calda fina e de aparência macia balançando atrás dela de um lado pro outro.

Ela era digna de ser chamada de beldade. Mas uma Camareira que fuma tabaco enquanto trabalha é um pouco estranho.

Mas o que chamou a atenção do Hiiro foi o topo da cabeça dela.

(… Não tem nada lá.)

Assim como Arnold, ela não tinha orelhas. Notando pra onde a atenção do Hiiro estava direcionada, Arnold deu um pequeno sorriso.

“Então você notou?”(Arnold)

“Notei o que?”(Hiiro)

Ele não tinha intenção alguma de se intrometer no assunto, então ele se fez de idiota. Entretanto indo contra as expectativas do Hiiro, Arnold continuou.

“Não entenda errado. Minha irmã não é uma ex-escrava nem nada.”(Arnold)

As sobrancelhas do Hiiro se contorceram. Ele tinha certeza que o Arnold perdeu as orelhas dele ao se tornar um escravo da raça humana. Ele pensou que ela havia perdido as dela sob circunstâncias parecidas.

Mas os pensamentos dele foram imediatamente refutados. Isso fez o Hiiro ficar um pouco curioso, mas ele não se pronunciou.

“Hey, obrigado por esperarem.”(Irmã)

A irmã do Arnold veio carregando uma bandeja de copos, com o mesmo número que o número de pessoas presentes.

“É a especialidade de «Passion» Schwartz.”

(Yoraikun note: Está escrito como especialidade, pronunciado foneticamente como Schwartz)

Era uma bebida clara de cor azul celeste. Olhando bem, varias bolhas emergiam e se formavam dentro do liquido. Poderia isso ser…

(… É sidra.)

Realmente era. Uma tão dita bebida carbonatada. Hiiro nunca achou que ele seria capaz de colocar tal coisa em sua boca depois de ter sido transportado pra esse mundo, então ele estava maravilhosamente chocado.

Fazendo um som agradável ao engolir, ele bebeu o copo numa golada. Estava perfeitamente carbonatada, e a sensação da bebida descendo pela garganta dele era bem agradável.

“Oh, você bebe bem! Eu tenho mais, então beba o quanto quiser.”(Irmã)

Ela mostrou os dentes enquanto ria alegremente.

“Encha.”(Hiiro)

Dizendo isso, Hiiro estendeu seu copo. Muir também parecia estar aproveitando enquanto ela secava o copo dela.

Depois de trazer um refil pro Hiiro, a irmã do Arnold sentou-se numa cadeira. Ela pegou o cigarro, e o segurou com a mão enquanto ela soprava uma cortina de fumaça.

“Primeiro é isso eu acho. Você poderia me dizer mais sobre essas crianças, Arnold?”(Irmã)

“Sim, essa ridiculamente fofa maçã dos meus olhos, que puxa as cordas de todos os nossos corações é a adorável Muir Castrea.”(Arnold)

Os olhos do Arnold brilhavam enquanto ele apontava pra Muir.

“M-meu nome é Muir! É um prazer trabalhar com você, irmã do oji-san!”(Muir)

“Haha, você pode me chamar de Raive, Muir. É um prazer te conhecer.”(Raive)

“Ah, sim… Raive-san”(Muir)

Ela fica timidamente inquieta enquanto ela olha para a mulher na frente dela.  Raive deixa escapar uma risada.

“Ahaha, o que é isso? Essa criança é realmente fofa, não é!? onde cê pegou ela, Arnold?”(Raive)

Ela fala enquanto cordialmente acaricia a cabeça da Muir. Seguindo o movimento da mão dela, a cabeça da Muir balançava de lado a lado. Entretanto, Raive não parecia notar nada.

“A propósito, Arnold, qual era a daquela introdução? Quando você se tornou um Lolicon?”(Raive)

“Você está errada! Muir é minha filha! Embora não sejamos ligados pelo sangue, nós somos pai e filha!”(Arnold)

Até a irmã do Arnold concordava com o Hiiro.  Isso era o suficiente para deprimir o Arnold consideravelmente.

“Ah, então é isso? Eu pensei que, devido a sua falta de popularidade, você sequestrou a linda filha de alguém, pra colher seus frutos depois de cria-la às suas preferências.”(Raive)

“Quem diabos você pensa que eu sou!? Eu nunca faria isso! Você realmente pensa do seu lindo irmão mais novo como sendo esse tipo de pessoa?”(Arnold)

“Ah, foi uma piada, uma piada. Metade, pelo menos.”(Raive)

“Então metade foi sério!?”(Arnold)

Arnold recebeu grande dano mental das palavras da irmã dele. Vendo Arnold baixar seus ombros, Raive soltou outra cortina de fumaça, e bateu nas costas dele.

“Coff! Coff! O que você está fazendo!?”(Arnold)

“Continue. Quem é o outro?”(Raive)

“Hmm? Ah, aquele cara. Ele é Hiiro Okamura.”(Arnold)

“E-Essa foi uma introdução bem simples.”(Raive)

O sorriso da Raive tem cãibras por um momento. Ela considerou a possibilidade dos dois estarem em maus termos, mas ela deduziu que eles não estavam.

“Mas ele certamente é quieto. Ele não tem dito nada por um tempo, mas ele está bem?”(Raive)

Hiiro estava bebendo sua sidra com todo o coração. A expressão dele não mostrava, mas ele realmente estava no paraíso. Ele estava celebrando sua fadada reunião com a soda.

(Fumu, se eles misturaram frutas ou bagas¹ nisso…)

Ao ritmo que a sua cabeça enchia com pensamentos sobre aplicações de soda, ele não intencionalmente deixou escapar um sorriso. Vendo aquilo, Raive pergunta ao Arnold mais uma vez.

“Aquela criança está bem? Ele começou a sorrir por algum motivo.”(Raive)

“S- Sim, as vezes ele faz aquilo. Apenas deixe ele.”(Arnold)

“É- É mesmo? A propósito, você partiu repentinamente, e voltou igualmente abruptamente. E com companheiros ao voltar. Você não está planejando ir pra guerra, certo?”(Raive)

Os olhos gentis dela repentinamente tornaram-se afiados.

“N-Não, você está errada. É verdade que eu estava curioso sobre a guerra, mas eu não voltei para participar. Eu voltei pra cá pra conseguir que a shishou treinasse alguém.”(Arnold)

“Hmmm, então você conseguiu permissão?”(Raive)

“Sim, eu vou estar sob os cuidados dela junto com a Muir.”(Arnold)

“Hm? E aquele garoto Hiiro?”

“Ah, aquele cara vai partir numa jornada daqui uma semana.”(Arnold)

“É mesmo?”(Raive)

“Até lá, eu pensei em mostrar a cidade à ele. Como eu estava aqui, eu também decidi passar pra ver você.”

“Então eu sou apenas um adicional!?”

Um punho entrou em contato com o crânio do Arnold mais uma vez.

“O-ow!”(Arnold)

“Fique quieto, e aguente!”(Raive)

“…A propósito, como as coisas vão da suas parte?”(Arnold)

De acordo com a Raive, ela tem estado trabalhando aqui como uma camareira por vários anos. Contrario à aparência e personalidade dela, ela trabalhava diligentemente e subiu de cargos até Camareira Chefe.

O Rei era um grande apreciador das refeições que ela fazia, e alegremente as comia. ela tinha ouvido da guerra, mas não participou dela.

Não era que ela não podia lutar, ela obstinadamente manteve sua posição de não o fazer.

Ela tornou-se uma camareira porque ela queria fazer pessoas felizes. Ela não queria usar seus poderes para machucar quem quer que seja depois de todo esse tempo.

É por isso que ela sentiu grande alivio ao descobrir que o Arnold não veio para ir a guerra. Ele não era o melhor irmão, mas ele continuava sendo sua preciosa família. Ela não queria que ele fosse fosse levado pela guerra.

“Você sabia disso, Raive?”(Arnold)

“Do que?”(Raive)

“A guerra acabou.”(Arnold)

O cigarro caiu da boca dela no chão. Ela rapidamente o pegou, e o colocou num acessório parecido com um cinzeiro. Mas os olhos dela permaneceram arregalados.

“O- O que você está dizendo?”(Raive)

“Eu entendo sua reação. Mas essa informação é da shishou.”

“…… Isso é verdade?”(Raive)

Ela ainda estava meio em duvida, mas as informações da Rarashik eram bastante confiáveis.

“Sim, parece que ambos os lados não sofreram casualidades. Eles devem retornar logo.”(Arnold)

Naquele momento, um grande barulho ecoou. Todos direcionaram a atenção para a fonte dele.

“I-Isso é verdade?”

Ali parada estava a primeira princesa, que não pôde ir pra batalha. A princesa, Kuclear.


Nota

1 – Fumu, if they mixed fruits or berries into it… // Palavra nova pra mim… bagas



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