Volume 2

Capítulo 56: Movimento em Victorias

Uma semana depois que o Hiiro recomeçou sua jornada, uma carta escrita a mão pelo Rei Demônio chegou as mãos de Rudolf, o Rei de «Victorias».

Depois de analisa-la com os olhos, ele fez uma expressão complicada enquanto a deixava em sua mesa. Ele estava no gabinete real, e com ele estava seu fiel ministro, Dennis Norman.

“Agora o que eu deveria fazer…”(Rudolf)

“Nós já estamos investigando o assunto, mas parece que o fato da ponte ter sido destruída pelo Rei Demônio era verdade.”(Dennis)

“Sim… o Rei Demônio…”(Rudolf)

“Diferente do rei anterior, faltam a ela ambos idade e ideias, eu acredito.”(Dennis)

“Pode apostar. De outra forma, ela nunca faria uma aparição assim. Mas ainda assim, isso é…”(Rudolf)

“Correto. Com isso, mais animosidade vai ser criada entre os «Gabranth» e os «Evila». Embora se os «Gabranth» aceitassem os tratados, a situação se acalmaria.”(Dennis)

“… Sim, isso não vai acontecer.”(Rudolf)

“É, isso é impossível.”(Dennis)

Dessa vez, as ações dos «Evila» se igualaram a pisotear o orgulho dos «Gabranth». Pro Rei Demônio, suas razões pareceram justas, mas os beastmen simplesmente as veriam como uma pequena resistência a determinação deles de guerrear.

Portanto, atualmente era impossível para os «Gabranth» fazerem as pazes com os «Evila».

“Eu entendo o objetivo do Rei Demônio. Se esse acordo de paz escrito for genuíno, então eles devem estar planejando aliarem-se conosco para diminuir as motivações dos «Gabranth» pra guerra.”(Rudolf)

“Isso é plausível. Mas com apenas esse tratado, nós não temos evidencia definitiva. Talvez destruir a ponte tenha sido pra se livrar de um obstáculo, pra que então eles pudessem focar em destruir os «Humas». Existem outras possibilidades.”(Dennis)

“… Isso é difícil. Formar uma aliança, não é como se não tivesse méritos pro nosso lado.”(Rudolf)

“Mas você não deseja se envolver naquela guerra de dois lados… certo?”(Dennis)

“Se possível. Mas com isso, eu vou ser capaz de aprender sobre os assuntos internos dos «Evila».”(Rudolf)

“Mas poderia se dizer o mesmo sobre eles.”(Dennis)

Se eles realmente formarem uma aliança, e aumentarem sua interação, eles serão capazes de obterem uma melhor compreensão da situação do outro. Seria mais fácil procurar pela fraqueza deles. Mas isso seria verdade para o lado dos «Evila» também. Isso era ambos mérito e demérito.

“Que tipos de condições eles propuseram para agendar uma reunião?”(Dennis)

“Como escrito aqui, eles se abstêm de todos os direitos de escolha, e deixam tudo em nossas mãos.”(Rudolf)

“Ora, ora. Eles estão colocando fé em nós, ou eles estão confiantes de que eles seriam capazes de receber o que quer que joguemos neles…?”(Dennis)

“Ou talvez ambos…”(Rudolf)

“Mas se nós podemos decidir todas as condições nós mesmos, se fizermos a jogada certa…”(Dennis)

“Fumu¹*, mesmo assim, é cedo de mais pra fazer uma decisão. Mesmo se nós formarmos uma aliança apenas em nome, há vários humanos que iriam se opor a ela. Eu também perdi minha filha pra eles.”(Rudolf)

Rudolf faz uma expressão séria.

“… Como estão os Heróis?”(Rudolf)

“Eles estão crescendo favoravelmente, Mas de acordo com Vale, eles requisitaram à aquela lenda Judom Lankars que fosse o instrutor deles, mais ainda precisam receber uma resposta favorável.”(Dennis)

“Judom…”(Rudolf)

Rudolf fecha os olhos, e dá um leve suspiro.

“Aquele homem é difícil de lidar. Ele parece estar sob a impressão que um mero Mestre de Guilda tem a mesma autoridade que um Rei.”(Dennis)

Dennis deixa escapar palavras coloridas com raiva.

“Em emergências, ele é uma fonte segura de poder ofensivo, e seu cargo lhe permite comandar grandes grupos. O Rei anterior concordou em dar a ele uma quantia considerável de poder. Mas no fim ele é apenas um plebeu.”(Dennis)

“Dennis, está tudo bem.”(Rudolf)

“… Entendido.”(Dennis)

“Mesmo assim, ele é meu velho amigo. Não fale tão mal dele.”(Rudolf)

“Peço desculpas.”(Dennis)

Ele abaixa a cabeça e se desculpa.

“Muito provável que o Judom irá descobrir sobre essa reunião através de sua extensiva rede de informações. Ele vai me pedir para faze-la sem duvidas.”(Rudolf)

Ele tinha dito algo similar antes. Sobre como Rudolf deveria aceitar os convites deles não importa quantas vezes eles eram enviados. Ele fazia um reboliço de como ele iria proteger o Rei não importa quais perigos o esperassem.

“Dennis, vá chamar o Judom.”(Rudolf)

“…Você tem certeza?”(Dennis)

“Sim, não importa qual decisão eu tome, eu vou precisar de poder. Não é mesmo… Dennis?”(Rudolf)

“… Entendido.” (Dennis)

Dennis abaixa a cabeça respeitosamente, e deixa a sala.

“É sempre melhor ter mais peças. Os quatro Heróis, e Judom… Por aquele propósito, vamos atrasar a reunião, e fortalecer os Heróis.”(Rudolf)

Com um rosto sério, ele olhou através da janela.

“A guerra terminou? Quem venceu?” (Taishi)

Os quatro Heróis estavam fazendo um treinamento em equipe como eles faziam todos os dias.Aoreceber tais palavras de Vale, o único homem do grupo o Ikemen* de cabelos marrons-tingidos longos, Aoyama Taishi perguntou enquanto ele limpava o suor com uma toalha.
(*美男/Ikemen = Homem bonito)

“Não, ambos os lados estão ilesos. Parece que o Rei Demônio fez a guerra terminar.”(Vale)

Ao ouvir sobre como ela facilmente dizimou  uma ponte tão grande, os quatro heróis ficaram ligeiramente chocados.

“E-Então ela é realmente forte assim… o Rei Demônio…”(Chika)

Quem estava falando, enquanto ficando pálida era uma certa Suzumiya Chika. Destruir instantaneamente uma ponte de 30 quilômetros de comprimento era um pouco de mais.

“A quantidade de magia que eles possuem é definitivamente superior a nossa. Aparentemente aquele Aquinas estava lá também.”(Vale)

“Ah, daqueles «Cruel» que você falou pra gente antes?”(Shinobu)

Quem falava dessa vez era aquela que possuía o sotaque de Kansai. Akamori Shinobu.

“Sim, eles estão entre os mais fortes da raça dos demônios.”(Vale)

“E-Então tais pessoas existem. Como eu pensei…”

Com uma expressão de ansiedade, Minamoto Shuri falou. Eles pensaram que eles tinham se tornado fortes, mas eles não tinham o poder para realizar os feitos sobre os quais eles estavam ouvindo. O Rei Demônio quem podia fazer aquilo em um instante devia ser assustador.

“Eu imagino apenas o quão alto o nível dele é.”(Taishi)

A questão do Taishi era o que todo mundo queria perguntar. Com aquela força, apenas quão grande era a diferença entre o Rei Demônio e eles atualmente, era natural pra eles estarem curiosos.

Eles iriam estar lutando eventualmente, então isso era informação necessária. Entretanto. Vale não tem os meios de obter tais informações.

“Eu não sei os níveis deles, mas o ex Rank SSS Judom-sama lutou contra o Aquinas uma vez, e quase morreu.”(Vale)

“Ah, aquele Mestre de Guilda do qual você sempre fala? Da ultima vez que você foi vê-lo, ele não queria recebe-lo. Eu imagino se ele nos odeia.”(Chika)

“Não, eu acho que o que ele odeia é o próprio sistema desse país… provavelmente.”(Vale)

Vale dá um sorriso amargo enquanto ele responde. Ao ver isso, Shinobu bate nas costas dele.

“Bem se recomponha, Vale! Você não pode se esquecer de ser positivo aqui!”(Shinobu)

Ao vê-la dar um sorriso radiante, ele não podia deixar de se sentir melhor.

“Sim, é isso mesmo! Se nós trabalharmos duro, algo vai acontecer!”(Shuri)

“É isso mesmo.”(Shinobu)

Shuri e Shinobu sorriem uma pra outra. Continuando a conversa anterior, Vale tosse um pouco, e suspira, antes de falar.

“Naquela época, eu acredito que o Judom-sama tinha cruzado a marca do nível 90.”(Vale)

“N-Noventa!?”(Taishi)

Taishi gritou sem querer. Claro. Eles estavam. Eles estavam apenas próximos à metade daquele nível naquele momento. Ainda assim uma pessoa tão incrível quase morreu encarando o Aquinas…

“Ele realmente está na classe do último chefão…”(Taishi)

“E aquela pode nem ser a forma final dele.”(Chika)

Chika completa a sentença do Taishi, mas Vale pende a cabeça, não entendendo seu significado.

“N-Nós podemos vencer… contra tais pessoas?”(Shuri)

“Shuri, vai ficar tudo bem desde que nós não desistamos! E eles não estão nos atacando no momento, certo?”(Shinobu)

“Sim, esse parece ser o caso.”(Vale)

“Então até que eles o façam, nós apenas temos que aumentar nossos níveis freneticamente! Nós estamos focando no Counterstop²!”(Shinobu)

Shinobu ergueu o punho alto no ar, mas enquanto Vale não fazia ideia do que ela estava do que ela estava falando, um ponto de interrogação continuou a flutuar sobre a cabeça dele.

“Ah, mas 99 é o máximo?”(Shinobu)

“Não, nós não podemos dizer com certeza. Quero dizer, pra quase matar alguém nos 90, ele não precisaria estar sobre o 100?”

“Hey, Vale” (Shinobu)

“O que é?” (Vale)

“Qual é o nível mais alto?”(Shinobu)

“Eu não sei. Mas pelo que eu ouvi, existem pessoas que passaram do 100.”(Vale)

“Entendo. Existe ao menos um Counterstop…?”(Shinobu)

“Bem, não está tudo bem? Isso significa que você pode ficar tão forte quanto quiser certo? Isso faz treinar valer maisa pena!”(Taishi)

Taishi fala enquanto sorri, mas Chika dá um suspiro.

“Sério, você é tão despreocupado.”(Chika)

“Eu não quero ouvir isso de você!”(Taishi)

“O-o que!? É você que está sempre descontraído!”(Chika)

“O que você quer dizer!?”(Taishi)

“Ah, sim sim sim, vamos parar por aqui. Se vocês tem tempo pra discutir, então voltem a treinar.”(Shinobu)

“I-Isso mesmo, vocês dois. Nós temos que nos esforçar pra n]ao perder.”(Shuri)

Ao ouvir as palavras das outras duas, Taishi e Chika olharam pra baixo, e tentaram fazer seus corpos ficarem menores.

“Haha, bom trabalho em equipe. Eu estarei contando com vocês doravante, pessoal!”(Vale)

Quando Vale disse aquilo. todo mundo deu suas várias respostas.

Mas eles não sabiam ainda. As engrenagens da guerra ainda estava se movendo. A batalha se aproximava.

E ninguém sabia o que aquela guerra trairia a eles. Não faltava muito até que eles descobrissem o verdadeiro significado da guerra.


Notas:

1 – *Fumu* = Hum / exalando ar, como se em tom pensativo.
2 – Fazer o Contador Parar(Counterstop) é quando o valor numérico de um stat chega ao máximo, então o contador não sobe mais.



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