Volume 5

Capítulo 208: Condições Presentes de Passion

No dia anterior de quando Hiiro e os outros estavam se satisfazendo no banquete, quando o [Rei das Feras] Leowald retornou para o [Reino das Feras · Passion] do [Sertão Valaaru], todo mundo estava sem palavras pela cena que se espalhou diante de seus olhos.

Antes deles terem ido ao duelo, o país estava coberto com um espetáculo natural de verdura, mas agora, esse verde foi destruído, queimado até ser carbonizado.

Não só isso, você podia claramente descobrir traços atingidos por uma lâmina afiada. Como se um evento de apagar fogo tivesse acabado, fumaça preta e fuligem estavam dançando por toda parte.

Mas o que surpreendeu mais todo mundo, era o estado da <Árvore de Origem · Aragorn> que era o símbolo de Passion.

A grande árvore possuía um verde fascinante por todo o ano, nunca secando, e com sua enorme presença, ela dava um ar gracioso que envolvia o coração de todos.

Mas neste momento, a grande árvore que deveria estar transbordando com vitalidade não estava refletida nos olhos deles, mas uma cuja vida foi totalmente abatida, e não viverá por outras dezenas de anos se deixada sozinha.

As jovens e vibrantes folhas grossas que floresceram não podiam ser encontradas, e os fortes e grossos galhos, eles pareciam tão frágeis que podiam quebrar com pouco esforço.

Todo mundo havia presenciado a mesma coisa. E isso era……

 

A árvore já está morta.

 

Todos que haviam testemunhado pensaram e queriam negar isso ao mesmo tempo, contudo, esta é sem dúvida a realidade, e para ter feito isto……

“…… Kokurou……” (Leowald)

Leowald murmurou inconscientemente. Esse murmuro estava insano com raiva, com sede por sangue ao máximo.

“…… Você. Lide com o tratamento médico e resgate dos feridos. Entendeu?” (Leowald)

No que Leowald deu aos soldados que voltaram junto com ele ordens, eles começaram a sair de seus lugares.

“Eu irei para a <Grande Árvore>. Pelo que eu ouvi do povo, Kokurou parece ter infiltrado a <Grande Árvore>. Eu estou ansioso sobre Branza e os outros.” (Leowald)

E então, Leowald olhou para a <Grande Árvore> e foi num passo rápido.

 

 

Muir e Arnold, por outro lado, foram na direção oposta resgatar os cidadãos.

“…… tão cruel.” (Muir)

Muir, que viu os cidadãos feridos e desmaiados por todo o lugar franziu a cara. Alguns entre eles eram criancinhas, e porque as casas eram feitas do oco de uma árvore larga, alguns deles foram esmagados debaixo disso quando ela foi cortada.

Havia alguns que perderam suas casas por serem envolvidas em chamas, e alguns estavam sofrendo de queimaduras severas por terem sido pegos pelo fogo.

“Como eles puderam fazer algo assim……?” (Muir)

Eles pensaram que uma pessoa criando uma tragédia dessa era inescrutável. 

“Aquele que seria capaz de fazer isto é um louco.” (Arnold)

Raiva preencheu o rosto de Arnold. Cerrando seus dentes, ele moveu seus olhos em direção daqueles que precisavam da ajuda dele.

Gritos e gemidos eram ouvidos aqui e ali. Uma mãe chamando por sua criança, e reciprocamente, outra criança buscando pela voz de sua mãe. Choros lamentosos encheram passaram por todo o lugar.

“Imperdoável……” (Arnold)

“Tio……” (Muir)

“E ainda mais! Segundo os boatos, isto foi feito por um beastman! Um da nossa mesmíssima raça!” (Arnold)

Os laços dos [Gabranth] são fortes. Para os beastmen que valorizam esses laços acima de tudo, alguém nunca poderia trair uma pessoa que eles alguma vez reconheceram como um amigo.

“E ainda assim esta pessoa…… Ele nunca achou um amigo neste país mesmo?” (Arnold)

Ele só podia pensar nisso assim.

“…… Eu não entendo. Não importa o que aconteceu, absolutamente não há motivo para fazer essas coisas.” (Arnold)

“…… Isso mesmo.” (Muir)

“…… Minha nossa, e pensar que nossa tão aguardada aliança que nós conseguimos com grandes esforços seria feita com isto!” (Arnold)

Depois de muitos anos de lutas contínuas, uma aliança foi eventualmente formada entre os [Evila] e os [Gabranth]. Pelo fato que ela foi formada, não há erro que eles estão se aproximando de alcançar a paz, mesmo que seja apenas um único passo.

Contudo, desta vez é um ato de traição, por um de seus próprios companheiros, de sua própria raça. A felicidade que eles tiveram em formar a aliança foi totalmente arruinada.

“D-de qualquer jeito, tio, nós temos que salvar eles!” (Muir)
“Ah, é-é!” (Arnold)

Os dois varreram fora a raiva em seus peitos, e deram prioridade em salvar vidas com os maiores esforços possíveis.

 

 

Assim que Leowald entrou na <Grande Árvore>, ele se apressou até Branza, sua esposa, de uma vez. Depois de chegar no lugar, ele viu ela atualmente cuidando da ferida irmã mais velha de Arnold em seus braços.

“Mãe!” (Mimir & Kukklia)

Mimir e Kukklia abraçaram sua mãe juntas. Ela se sentiu aliviada depois de ver que suas duas filhas estão bem.

“Branza……” (Leowald)

“Querido……” (Branza)

Leowald e Branza se encararam, então fizeram um pequeno aceno. Então ele foi informado por Branza de tudo que aconteceu no país.

“É isso então…… então foi aquele cara no fim das contas…… Kokurou ainda tem um rancor contra mim?” (Leowald)

Lenon, que era o segundo príncipe pegou a questão.

“Pai, quem em Edea é esse cretino Kokurou?” (Lenon)

Mas para essa questão natural, Leowald e Branza deram apenas uma expressão severa. Parecia que eles estavam imaginando como eles deveriam explicar esta questão.

Todo mundo foi capaz de entender que há algo sério acontecendo entre eles e Kokurou.

“…… Querido, eu acho que as crianças tem o direito de saber.” (Branza)

“Mas, Branza……” (Leowald)

“Obrigado por se preocupar, querido, mas está tudo bem.” (Branza)

“Uh, é……” (Leowald)

Ainda tendo dificuldades em decidir se ele deveria contar para eles ou manter isso em silêncio, ele ficou parado no mesmo lugar. Todos estavam observando ele, esperando por sua boca se abrir.

E finalmente, Leowald começou a abrir sua desconfortável boca lentamente.

“Kokurou é… o predecessor do homem que era o braço direito do Rei das Feras, da geração anterior, Lendock, Gareos König. E ele é……” (Leowald) 

Leowald pausou por um momento, então,

“…… meu próprio cunhado, e irmãozinho de Branza.” 

 

“Irmão… zinho?” (~~)

De onde veio aquele murmuro? Ele não sabe. Mas aquelas palavras são as questões que todo mundo aqui queria perguntar.

Mas, quando ele olhou para o estado de Branza, que estava mantendo silêncio como dando seu consentimento, agora eles sabiam que não era uma mentira, mas a verdade em si.

Contudo, não havia ninguém que ousava perguntar.

“Kokurou, é um órfão que Gareos pegou no campo de batalha.” (Leowald)

Leowald explicou claramente para todos.

Uma história de antes de Leo ter sido coroado como o Rei das Feras. Nos tempos onde Lendock, seu pai, ainda governava o país. Nos tempos onde caos ainda liderava o mundo inteiro, quando a vida cotidiana de lutar ainda não havia morrido e continuava à atormentar as pessoas. E no tempo onde uma guerra em larga escala aconteceu entre eles e os [Humas].

Já pelo que foi feito na fronteira entre beastmen e os humanos, os beastmen foram capazes por pouco de ganhar a vitória, mas o dano feito à eles era sério também. Muitas cidades e vilas foram sacrificadas, e muitas vidas foram perdidas.

A pequena vila de [Egma], sendo engolida na guerra, foi levada até sua destruição. Gareos König, que estava liderando os <Três Feras Guerreiras> naquele tempo, lamentou pela vila que eles foram incapazes de salvar.

Mas felizmente, ele ouviu uma informação que um casal de uma certa família ainda estava viva. No que ele foi para confirmar isso apressadamente, havia uma irmã mais velha e um irmão mais novo sendo protegidos por seu pai e sua mãe dos [Humas] atacantes. As crianças ainda eram jovens, cerca de cinco ou seis anos aproximadamente. Eles tinham cabelo branco puro como a neve.

Mas no momento em que eles se apressaram, os pais já haviam sido mortos pelos humanos, e haviam começado à mostrar as garras contra os irmãos. É por isso que Gareos de algum modo conseguiu proteger eles das detestáveis lâminas do inimigo.

“A irmã mais velha e seu irmãozinho eram os únicos que sobraram na vila.” (Leowald)

O nome da irmã mais velha é Nerei. E o nome do irmão mais novo…… era Kokurou.

“Órfãos de guerra…… não eram?” (Leglos)

Uma palavra com um sentido semelhante saiu da boca do primeiro príncipe Leglos. Leowald deu um pequeno aceno, então continuou a história.

“Gareos decidiu adotar esses dois que não tinham nenhum parente sobrando além deles mesmos.” (Leowald)

Vindo do débito de não ser capaz de salvar os pais deles, isto é o máximo que ele podia fazer. Felizmente isso podia ser feito porque ele não estava numa situação onde aumentar seu número de atendentes por dois arriscaria sua vida.

E também, ele também tinha uma filha de seta anos, que estava sozinha. Na verdade, ela é……

“Minha esposa aqui…… Branza.” (Leowald)

Os olhos de todos encararam Branza. Isso está conectado ao que Leowald estava dizendo um tempo atrás. Então ele se tornando seu cunhado não é estranho.

Com a história do filho adotado chegando inesperadamente, claro que ela estava confusa sobre Kokurou e Nerei no começo. Contudo, com o tempo, ela eventualmente se tornou acostumada com isso.

Uma vez, as três pessoas acompanhando o jovem Gareos foram até Lendock que era o rei na época para pagar respeitos. Então, Leowald encontrou Kokurou pela primeira vez.

“Quando nós nos encontramos pela primeira vez, Kokurou parecia ser uma criança fraca num primeiro olhar. Eu já tinha passado dos dez anos naquela época, e porque eu estive treinando mais duro que qualquer outra pessoa, Kokurou parecia ainda menor para mim. Contudo, os olhos dele escondiam uma força intensa. Apesar de fraco, eu podai sentir que eles eram os olhos de um desafiante.” (Leowald)

Para as palavras de Leowald, Branza parcialmente fechou seus olhos em nostalgia.

“Nerei também era jovem e bonita naquela época.” (Leowald)

“Sim, é mesmo.” (Branza)

Ainda com olhos fechados, Branza concordou.

“Ela era uma criança muito talentosa. Animada, educada e uma criança com um coração forte acima de tudo.” (Branza)

Branza contou no que ela se recordou, Leowald adicionou ainda mais.

“Era ao ponto que você ficaria sem palavras em admiração.” (Leowald)

Todo mundo reconhecia e admitia ela como o cérebro de [Passion], no que ela podia inferir as coisas que um homem comum não conseguia entender.

Depois disso, os quatro vieram frequentemente para brincar uns com os outros. Especialmente para o escasso Kokurou, ele se treinou com Leowald com espada e punho também.

Branza e Nerei alegremente assistiam eles. Apesar do mundo estar em guerra, paz continuou entre as quatro pessoas.

Dez anos se passaram, e as quatro pessoas amadureceram ambos em mente e corpo. Especialmente Kokurou, que havia mudado completamente, e comparado com a primeira vez, ele agora tinha uma figura forte, e alcançava o lugar que não era longe de Leowald em termos de habilidade com espada.

Kokurou que foi capaz de participar na guerra, tinha alcançado o ponto onde ele era chamado de [Lâmina Branca] com louvor por seus aliados e com medo por seus inimigos.

Nerei e Branza se opuseram à participação na guerra, mas elas declararam que elas iriam defender o país.

Kokurou, para poder repagar o país por ter salvo ele, e Nerei pegaram a espada e com Leowald, eles foram para o campo de batalha.

“Mas em um certo dia…… aquele incidente aconteceu.” (Leowald)



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