Volume 2

Capítulo 37: Grito de um Rato

Barkas, Dot e Terry retornaram para o hotel que eles haviam alugado e imediataram caíram em suas camas.

Para eles, era um ato que só podia ser considerado natural. Eles passaram vários dias subjugando orcs e perseguindo um Coelho Aural antes de comprarem uma luta com um grupo de aventureiros novatos e por último enchendo a cara pela noite. Outro fator que contribuiu para a falta de energia deles era o fato que eles haviam realmente capturado o Coelho Aural. A alegria que resultou do sucesso deles havia os enchido de adrenalina e impediu eles de sentirem sua exaustão.

A corrida que havia mantido eles indo se foi no momento em que eles voltaram para o hotel. A súbita caída os deixou incapazes de resistirem mais a sonolência, e então, eles decidiram apagar quase na hora. Todos os três aventureiros haviam atingido seus limites faz tempo, e logo dormiram bem até alguma hora da tarde.

Barkas, que havia se levantado com seu corpo mais uma vez cheio de energia, imediatamente visitou um de seus bares favoritos ao acordar para poder repetir o ciclo inteiro; ele já havia jogado ainda outro brinde para o sucesso de seu grupo. Seu grupo não era o único que estava bebendo também. O bar já estava cheio de clientes apesar do fato que o sol ainda estava alto no céu.

“Nós com certeza nos colocamos em algum problema, não, Barkas-san?”

Dot falou para Barkas no que ele ergueu sua caneca de madeira e engoliu seu conteúdo barato, estilo cerveja.

“Huh? Do que você está falando?”

“Você sabe, a coisa com aquele um garoto. Nosso grupo já é ranque D? Por que nós devíamos fazer algo tão tosco quanto ir caçar goblins?”

Terry seguiu a afirmação de Dot e providenciou um pouco mais de informação no que ele usou as pontas de seus dedos para pegar um petisco que combinava com cerveja, feito de carne e vegetais de baixo nível.

“Pffft. Ahahahahahahaaaaah!”

“O que eu disse foi realmente tão estranho?”

“Sei lá, foi?”

Ambos Dot e Terry responderam à risada e provocação do Barkas erguendo suas sobrancelhas em confusão.

“Desculpem, foi mal. Eu não pude evitar. Eu não percebi que eu esqueci de falar para vocês, eu podia jurar que falei. Este pequeno evento nosso não será nem um pouquinho tosco. Na verdade, isso nos dará muito mais do que apenas algum Coelho Aural. Nós provavelmente seremos capazes de conseguir para gente algumas moedas de ouro nisso, na verdade. Cara, faz um longo tempo desde que nós conseguimos uma chance de ganhar tanto assim num pagamento.”

Não levou muito para Barkas convencer ambos Dot e Terry. O pouco que foi dito havia feito com que os rostos deles emulassem o dele, e se contorceram num par de sorrisos.

“Você está sério? Cara, isso soa ótimo. Parece que eu comerei bem por um bom tempo. Os orcs e coelho aural que nós conseguimos devem pagar muito bem também. Eu acho que nós ainda teremos cerca de metade do pagamento depois de pagar todas nossas contas.”

Dot falou alegremente no que ele considerou as dívidas do grupo.

“Ouro? Isso é perfeito. Eu por acaso tenho meus olhos num certo item mágico.”

“Droga, Terry. Por que diabos você é tão obcecado por itens mágicos? Que tal você arrumar para você uma mulher uma vez, huh?”

Terry reagiu ao sorriso que acompanhou o comentário de Barkas dando de ombros.

“Eu apenas não consigo realmente me deixar no clima com quaisquer mulheres do ramo. Qual é, vocês sabem do que eu curto, certo?”

“É, é. Você só gosta quando a mulher não gosta. Eu realmente não entendo você. Elas não resistem? Como exatamente isso deixa sendo mais agradável?”

Dot vocalizou seu conhecimento das preferências de Terry num tom um pouquinho questionador.

“Essa é a boa parte, entende. Espera. Que diabos, Dot. Você está questionando os meus gostos? Não é você mesmo um pervertido? Você basicamente não demonstra interesse em nada além da nuca de uma mulher.”

“Eu tenho que dizer que vocês dois são fodidos. Tudo que importa é que a mulher deixe você comer ela, qual é.”

“”Você definitivamente não tem direito de dizer isso quando você não consegue ficar satisfeito até você ter quebrado totalmente quem quer que você esteja fodendo.””

Ambos companheiros de Barkas responderam uníssonos à difamação dele.

“Whoops. Eu devo ter deixado essa escapar.”

Os três homens se quebraram numa série de risadas vulgares. Contudo, ninguém presente julgou eles, uma vez que as únicas pessoas que se incomodariam em visitar um bar e pedir bebida barata no meio do dia eram seus semelhantes.

Logo, seus risos meramente acabaram se misturando no fundo, e suas conversas foram afogadas pelo barulho ao redor deles. Eles eram os únicos três que sabiam o que foi dito entre eles.

“Então de que pirralho nós vamos atrás? O estúpido que se envolveu com a gente, ou o magricela que se chamou de espadachim e tem uma escrava?”

Dot perguntou para Barkas sobre as duas opções no que ele as contemplava.

“O estúpido. Vocês viram o cajado dele? Aquela coisa tem valor. Quero dizer, deve ser bem óbvio agora, mas ele definitivamente é um nobre de algum tipo. Ele definitivamente não é o primeiro ou segundo filho de sua família também, vendo que ele não tem um atendente nem nada. É como se ele tivesse recebido o cajado para compensar isso.”

As conclusões de Barkas foram seguidas por Terry.

“Ah sim, eu acho que ele estava indo e enchendo sobre ele mesmo, também. Ambas sua estupidez e atitude arrogante deixam bem óbvio que ele tem que ser um nobre.”

“O garoto com a escrava parece uma boa marca também. Ele parecia falar bem educadamente também. Além do que, o fato que ele tem uma escrava naquela idade quer dizer que ele é ou o filho de algum cara rico ou o filho ilegítimo de um nobre ou algo assim.”

“Não precisa ligar para ele, Dot. Meu senso de dinheiro não reagiu nem um pouco quando eu olhei para ele. Ainda, provavelmente seria melhor para gente sumir com ele para que não haja quaisquer testemunhas. Ele provavelmente tem ao menos um pouco de dinheiro com ele. Além do que, eu adoraria tomar para mim um gosto do corpo daquela escrava coelha.”

“Eu estou com você nessa. Tenha certeza de me dar uma vez antes de você quebrar ela totalmente, Barkas-san.”

A expressão de Dot se distorceu num sorriso pervertido.

“Ao menos me deixem ir primeiro. Os choros delas sempre são melhores logo de cara.”

Terry, contudo, protestou numa tentativa de saciar seu fetiche ao máximo.

Todos os três homens novamente soltaram uma risada vulgar. Mas de novo, o bar estava de longe lotado demais para qualquer um se importar em ouvir isso. Ou ao menos, qualquer ser humano.

“Chuu. Chu chu.”

Um único rato estava por acaso sentado por perto, com seu corpo misturado nas sombras, enquanto ele ouvia tudo que eles disseram.

Nas costas do dito rato havia um padrão inusual, um padrão que só era gravável através do uso de magia, uma marca apenas conhecida como a 『Marca da Subordinação』.

“Yup. Parece que eles são lixo por completo.”

Minnalis e eu havíamos ido para a floresta para podermos passar por algumas checagens preliminares. Lá, nós decidimos que seria uma boa ideia para nós mantermos um olho em Barkas e seus companheiros. Logo, nós tivemos um rato passar para nós o que nós precisávamos saber.

Como alguém podia assumir, o rato que nós colocamos em uso não era apenas seu rato comum de todo dia.

Eu havia usado a 【Magical Beast’s Egg Blade】 para poder subordinar e treinar um Pequeno Rato, um monstro do tipo roedor. Apesar dos membros da espécie serem tecnicamente classificados como monstros, eles não eram realmente funcionalmente diferentes de sua contraparte animal. Na verdade, eles eram frequentemente confundidos com ratos regulares, vendo como eles meio que basicamente são. 

A 【Magical Beast’s Egg Blade】 não tinha realmente o formato que você esperaria que uma espada tivesse. O cabo e bainha eram ambos normais, mas só isso. A lâmina em si, por sua vez, tinha a forma de uma flor brotando. Ela permitia que eu controle quaisquer monstros cujos stats, HP e MP de lado, fossem ao todo menos de 1% dos meus próprios, através do ato de gravar neles uma Marca de Subordinação. Eu também podia armazenar os monstros em que eu assumi o controle dentro de um espaço misterioso que existe dentro da lâmina ao sacrificar temporariamente 100 do meu MP máximo. Do mesmo jeito, eu podia aumentar o número total de monstros que eu era capaz de controlar de uma vez através da mesma ação. Outra função que mais uma vez dividia o mesmo requerimento me concedia a habilidade de compartilhar meus sentidos com quaisquer dos monstros que eu tinha sob meu controle.

Rato #1 era originalmente apenas suposto para ser um protótipo. Eu só pretendia usar ele para testar minhas habilidades, mas eu decidi por último em manter ele porque ele acabou sendo mais útil do que eu estive esperando. Muito para minha surpresa, ele era esperto o suficiente para entender a fala humana. Naturalmente, ele não tinha as cordas vocais para reproduzir qualquer tipo de linguagem humana, mas o roedor ainda era capaz de responder com um sim ou não usando gestos. Seu pequeno tamanho só acrescentou ao quão conveniente ele era para se usar, já que eu não precisava armazenar ele na 【Magical Beast’s Egg Blade】. Isso por sua vez significava que eu não realmente tenho que ter a espada fora para poder ter o rato agindo. Outro benefício para seu tamanho era que ele era basicamente capaz de se espremer em qualquer lugar enquanto o prédio não estivesse completamente selado, o que significava que eu podia eficientemente ter olhos e ouvidos em qualquer lugar que eu quisesse. 

Sua missão atual, observar Barkas, funcionou como um pouquinho de uma performance de teste que me permitirá determinar quão prático será usar adiante.

“Aconteceu algo, Goshujin-sama?”

“Eu acabei de receber um pouco de informação do Rato #1. O grupo do Barkas era exatamente o que eu estava esperando que fosse, uma reunião de cuzões retardados.”

“Você pode me deixar ouvir eles também?”

“Hmm, eu sei lá. A 【Holy Sword of Vengeance】 faz com que nós estejamos sempre conectados por magia, então deve ser teoricamente possível. Apesar que eu não recomendo que você faça isso, só de ouvir eles será o suficiente para te irritar.”

Eu dei de leve com meus ombros no que eu respondi. Eu estive pensando que seria melhor para ela não ouvir eles, mas parecia que eu estive enganado no que minha escolha havia deixado ela ficando bem desagradada.

“Ah, qual é, Goshujin-sama, como você pode dizer isso? Eu sei que eu sou sua escrava e tudo, mas nós não somos ainda supostamente cúmplices? Eu não serei irrazoável para te pedir que não esconda nada de mim, mas eu direi que eu não preciso que você aja todo considerado por mim. Você sabe quão frustrada eu acabaria ficando se eu descobrisse que eu não torturei eles o suficiente, e que eles mereciam um destino ainda pior depois que nós finalizarmos eles?”

“T-tudo bem, eu entendi. Você está ficando um pouco próxima demais para ficar confortável.”

Eu tinha que concordar com Minnalis apesar do fato dela ter invadido meu espaço pessoal.

“Tudo bem, aqui vai.”

Eu consegui com sucesso conectar os sentidos auditivos de Minnalis com os do rato bem quando Barkas e seus amigos começaram a ir sobre suas fantasias. eu fundamentalmente vi as coisas que eles estavam dizendo como os resmungos de um grupo de bêbados, mas eles foram tão longe quanto o final profundo que só de ouvir o que eles estavam dizendo me fez querer assassinar eles bem aqui e agora.

Minnalis permaneceu silente enquanto ela ouvia eles, mas o ar atrás dela quase parecia estar embaçado no que ela começou a soltar uma incrível quantia de pressão. Eu não podia deixar ela apenas ficar assim, então eu considerei perguntar para ela se nós podíamos voltar à checar a floresta.

Minha cúmplice se virou para mim e sorriu um sorriso tão puro quanto aquele da própria Virgem Maria bem quando eu estava considerando cortar o link entre ela e o rato.

“Hey Goshujin-sama, você lembra quando você disse que você queria fazer uma divisão igual? Você não se importaria de mudar isso para uma porção de 6:4, importaria?”

“C-claro…”

O jeito com que Minnalis sorriu simplesmente me deixou incapaz de arguir mais sobre o assunto.



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