Volume Único

Posfácio

BEM-VINDOS, bem-vindos. Acabei de ferver um pouco de água. Agora, que tal uma xícara de chá?

O cheiro é meio diferente, não acha? Na verdade, esse chá é diferente do chá preto, verde e oolong a qual estamos todos acostumados. É o chá que eu fiz escolhendo folhas de ervas a dedo para secá-las com flores e frutas. Também preparei cevada e adicionei ao chá, o que deixa ainda mais delicioso. Lamentavelmente, não tenho chocolate ou café. Mas podemos ser capazes de pegar algo na Floresta Feérica… Veja bem, Princesinha na Floresta Feérica é uma história que acontece em uma terra assim.

Uma jovem princesa, um dragão vermelho-rubi e um cavaleiro negro são os personagens principais. Um nobre malvadão caça todos e anseia pelo trono; uma bela e nobre jovem de olhos azuis e cabelos dourados; uma bruxa exótica de uma terra distante que controla os fios de prata de uma aranha, e tudo é tão importante para a história. E, por fim, temos uma fada conhecida como Dama do Alvorecer, um grande corcel âmbar, e brownies (duendes) que deixam a história ainda mais eloquente.

Mas esta terra não é linda ou divertida. Os invernos congelam até os ossos, então se você cortar a mão vai doer. Dói ainda mais se você for socado ou chutado. E o forte vence. No entanto, aqui você pode declarar resolutamente: “Eu odeio aquilo que odeio!”. Você pode pegar seu escudo e gritar: “Não vou aceitar isso!”. Esta terra está cheia de pessoas que se opõem à injustiça e que anseiam pela paz. (Naturalmente, existem seres que não são exatamente “pessoas”).

Seguindo os rumos das histórias feitas para jogos, novels, mangás, filmes, animes e dramas, você descobrirá que cada uma dessas coisas contém elementos diferentes. Princesinha na Floresta Feérica agarra uma coisinha de cada canto para criar seu próprio mundo e história.

Em 2016, li um livro chamado “O Herói Veio ao Departamento de Empregos do Lorde Demônio. Eu engoli o livro igua bebo água fria. Então, quando dei uma olhada na capa traseira, percebi que ali tinha algo dizendo: “Aceitamos envio de novos livros!”… Foi isso que fez eu dar meu primeiro passo a este livro. Depois, um monte de coisa aconteceu, cheguei a estar sob os cuidados da editora japonesa Hakkou Shuppan, e aqui estamos nós. Pude escrever este livro graças à orientação do autor de novels Tomoyuki Fujinami, e do ilustrador Ryo Sasaki, bem como da heroína Holic. Então, muito obrigado a todos.

Agora, é hora de eu explicar vários aspectos deta história. Para aqueles que gostam de começar a leitura após dar uma olhada no posfácio, não há qualquer spoiler aqui. Fique à vontade para ler.

Reverfeat, o nome do reino principal, é um anagrama indicando “sempre depois”. Inventei isso porque queria escrever uma história que começava com “Era uma vez” e terminava com “Felizes para sempre”. No entanto, não usei nenhuma frase no final. Meio que me pergunto os motivos. Mãos e cabeças são cortadas para todos os lados. Acontece tão rápido e do nada, como se alguém apenas estivesse cortando bonecas de papel. Além disso, quando o conto de fadas avança para a próxima cena, ninguém parece se importar com o que aconteceu antes. Querendo produzir um efeito assim, e por meio de muitas tentativas e erros, essa história se tornou algo que não poderia ser finalizado com “… e todos viveram felizes para sempre”.

Talvez seja porque um dos personagens principais seja um homem de meia-idade.

Você sabe, eu amo homens de meia-idade. São o produto de experiências salgadas, enquanto mais calmos e mais… hmm, enferrujados se comparados com quando eram mais jovens. Mas em alguns aspectos, são homens que ainda continuam, de alguma forma, incompletos. Estão nos anos intermediários de suas vidas, onde ainda não encontraram a iluminação e não podem desistir da vida. Há também outro tipo de homem de meia-idade, aqueles que não conseguem se controlar e saem correndo em busca de poder. Portanto, aqui temos um homem de meia-idade lutando contra outro homem de meia-idade, pelo trono.

Eu também adoro monstros. Como essa história tem um dragão como um dos personagens principais, eu realmente queria ter uma batalha aérea bem chamativa… então reescrevi o enredo que já tinha preparado até os últimos detalhes, só pra encaixar isso. Demorou bastante para fazer isso, mas foi bem divertido de escrever.

Curiosamente, a coisa que escrevi depois do clímax e do final foi, na verdade, o título. Não havia sequer uma sugestão da palavra “Princesinha” no primeiro título da obra. Isso apareceu por meio de uma troca de e-mails com o editor, e no momento em que li, pensei: “É isso!”. E assim surgiu o título. É meio estranho dizer, considerando que fui eu quem decidiu, mas de certa forma foi interessante ver a frase “Princesinha” aparecendo no planejamento do livro.

Então, de onde a história saiu? Eu tive a ideia em 2016 no local da maior convenção de jogos analógicos do Japão, a Japan Game Convention (JGC). Estou mais do que emocionado por ter tido inspiração para isso graças ao criador do Nobinobi TRPG (Jogo de Interpretação de Papéis em uma Mesa), Konno Takashi, que também serve como ilustrados deste livro! Quando eu vi os designs dos personagens para a Princesa, Dragão, Cavaleiro e os outros, eu tremi de alegria pensando: “Então é assim que eles são!”. E, “Ah sim, eu lembro de ter escrito que eles deviam ser assim”. Quando um escritor vê suas frases sendo manifestadas em ilustrações, ele desmaia ou começa a pular de alegria.

Oh, parece que o chá está acabando. Então, por favor, permitam-me mais uma vez agradecer do fundo de meu coração por ter adquirido uma cópia deste livro. Espero que tenham gostado da história enquanto folheavam as páginas. Espero que nos encontremos novamente pela páginas de algum outro livro algum dia…

 

Tsubaki Tokino



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