Príncipe de Olpheia Brasileira

Autor(a): Rhai C. Almeida


Volume 1

Capítulo 41: Vermelho no Branco

KANARIS, FLORESTA

 


O que diferenciava o inverno das outras estações? Não era preciso ser um erudito para perceber que cada uma possuía suas peculiaridades. O aroma da grama recém-nascida na primavera despertava os sentidos. No verão, a promessa de um riacho frio tornava-se uma necessidade, um refúgio contra o calor abrasador. O outono, por sua vez, envolvia a terra em um abraço dourado, oferecendo tardes amenas e o conforto de um café quente.

Mas o inverno… o inverno era diferente.

Sob seu domínio, vastidões inteiras eram sufocadas por um manto branco. Planícies antes vibrantes se transformam em desertos de neve, e montanhas altivas resplandeciam com a luz refletida dos cristais de gelo. Para os artistas e poetas, era um espetáculo sem igual — seja ele divino ou fruto do mero acaso.

Lupin entendia essa beleza. Sentado sobre um cepo de madeira, ele estudava o horizonte. Estava junto à escadaria desgastada do forte, próximo ao posto dos guardas, mas não na área da segurança dos muros. Diante dele, as ruínas da segunda torre jaziam vencidas pelo tempo — frágeis, incapazes de desafiar os ventos cortantes como sua irmã gêmea, ainda de pé.

Seus dedos enregelados seguravam o caderno, traçando linhas sobre páginas amareladas. O carvão deslizava sob seu toque, capturando as sombras das árvores despidas, as montanhas envoltas em névoa, a quietude excelsa de um mundo adormecido pelo frio. Como alguém poderia ignorar tal grandiosidade? Lupin não permitiria que aquela paisagem se dissipasse sem registro, bem como o menino de olhos violetas.

 

 

Enquanto isso, na passagem assolada pela neve, Joellis, junto do trio que acompanhava os passos de mesmo ritmo do equino, observava atentamente a natureza meio-viva, meio-morta da floresta. Galhos secos erguidos para o céu acinzentado, enquanto os pinheiros mais robustos se enfileiravam na parte mais densa da mata.

Ao mesmo tempo, o príncipe caminhava em silêncio, mas sua atenção recaía sobre essa escuridão, que ocultava o que se espreitava nas profundezas. 

Algo nela o atraía. Era uma familiaridade inquietante. A névoa ondulava entre as árvores, reduzindo a vista a vultos indistintos. 

Figuras sem rosto; faces sem forma. Tudo era sufocante.

Raygan apertou os olhos, sua mente levando-o a um lugar que não desejava retornar.

Mas, sem aviso, um som cortou o ar.

Alto. Estridente.

Veio dos céus.

Daemis parou, o corpo enrijecido. Seus olhos se ergueram para além dos galhos finos, além das nuvens opacas.

— O que foi isso? — indagou Joellis, apertando a alça da bolsa sobre o ombro.

Asher fixou a vista no céu, a mão se firmando na rédea.

— Um pássaro — respondeu, a voz calma. — Está nos seguindo.

Joellis varreu a copa das árvores com um único olhar, como se tentasse enxergar a criatura misteriosa entre os pinheiros. Mas o animal permaneceu invisível — uma presença à espreita no limite do indizível.

Após um longo instante de quietude, Asher desmontou do corcel e anunciou:

— Aqui está bom.

Os garotos se entreolharam. Nenhum parecia satisfeito com a decisão, e havia dúvida na troca de olhares. Contudo, havia um que não se preocupava em esconder a própria irritação, deixando-a transparecer com uma audácia quase impertinente.

Raygan, de braços cruzados, observava tudo com o costumeiro desdém. 

— Certo… — iniciou Joellis.  — E agora?

Asher abriu um sorriso discreto. Ele se virou, revirando a bolsa na traseira da sela até encontrar algo que considerava essencial.

Os garotos aguardavam. O silêncio estendia-se entre eles como uma névoa densa, até que Raygan, já impaciente, falou:

— Então o treinamento… é olhar para a floresta.

— É um bom começo — ironizou Asher.

Raygan revirou os olhos, sua impaciência crescendo.

— Vai valer a pena, acredite em mim — aconselhou Daemis num sussurro gentil.

Uma gentileza que não foi bem recebida.

— Eu não pedi sua opinião! — retrucou Raygan, sua frustração transbordando. — Aliás, não estou aqui para congelar até a morte admirando uma paisagem estúpida!

— M-Mas… — Daemis hesitou, seu tom cauteloso. — Eu também já passei por isso. — Tentou amenizar. — Uma vez, o senhor Halcan me fez correr carregando sacos de arroz por todo o campo em Jighal. Foi exaustivo e…

Já ouvi o suficiente — interrompeu, rude. — Devíamos estar treinando com espadas. Qualquer um com olhos pode enxergar o que está à nossa frente!

Estava começando a se tornar monótono.

— Por que estão tão ansiosos para pegar em espadas? — questionou Asher, inalterado. Ele inclinou levemente a cabeça, avaliando-o. — Você enxerga, mas será que vê o que há além das árvores e da neve?

Raygan bufou, irritado. — Que idiota.

— Ah, vamos lá! Vai ser legal —  expôs o homem, animado. — Só… esperem eu encontrar uma coisa… —  Ele movia a bolsa de um lado para o outro.

Joellis, por sua vez, observava. Sempre observava. 

Sua estadia em Kanaris era curta, todavia, o bastante para compreender a dinâmica entre a dupla inseparável.

O príncipe nunca aceitava ordens facilmente. Mas era estranho como Raygan olhava para Daemis, como se o julgasse à distância… ou talvez o desafiasse em silêncio.

Não, não era isso. Raygan conhecia seu lugar. Mas… e aquele menino?

Joellis não conseguia desviar o olhar do semblante cabisbaixo do garoto. Um rosto que dizia muito mais do que seus lábios ousavam expressar. E, por mais que tentasse, ele simplesmente não conseguia entender.

Ainda assim, Daemis permaneceu mudo, como um servo obediente.

Raygan poderia elevar a voz quanto quisesse, lançar olhares carregados de desprezo, mas Daemis não se alterava.

Por quê? É tão irritante… — pensou Joellis, cerrando os dentes. Suas frustrações, antes contidas, escaparam dos lábios antes que pudesse segurá-las:

— Até um cego consegue ver, e você não.

A resposta foi afiada, uma provocação deliberada, surpreendendo a si próprio.

Raygan virou-se num estalo. — O que disse?

Joellis bambeou. O instinto lhe ordenou que se calasse, entretanto, sua mente estava cansada — exausta da condescendência, do peso esmagador daquela presença ameaçadora que o fazia sentir-se menor do que era.

— Você entendeu. — Fitou o olhar profundo do príncipe.

Como uma rajada de vento inesperada, o ar se tornou espesso, E Raygan estudou Joellis com uma intensidade predatória. 

— P-Pessoal… — interveio Daemis, dando um passo flutuante à frente. 

Foi quando o caçador, que ajustava a bainha da calça, interrompeu com altivez o que nem ele havia percebido. — Uau, que tensão é essa? — brincou. 

— O que faremos? — indagou Daemis, dedilhando as mãos, inquieto.

O homem permaneceu impassível. Com um arco em uma mão e uma flecha na outra, ergueu ligeiramente o queixo antes de perguntar:

— Qual é a diferença entre uma andorinha e uma águia?

Raygan estreitou os olhos, farejando uma armadilha naquelas palavras, mas manteve o tom frio e controlado:

— Você é o caçador. Responda você.

Asher sorriu — um gesto sem pressa, como se tivesse todo o tempo do mundo. Mas a tensão no ar não se dissipou. Pelo contrário.

Então, como um trovão rompendo o silêncio da noite, Asher se moveu. 

Rápido. Preciso. 

Num único e fluido movimento, ergueu o arco, puxou a corda e soltou a flecha.

O vento cortou o rosto de Raygan, frio como o aço. 

Ele não teve tempo de se mexer, sentindo algo se partir ao seu lado. 

Fios de cabelo caíram sobre a neve, cortados pela passagem da flecha.

— AH! — Daemis soltou um grito, mais surpreso do que assustado.

Enquanto isso, Joellis, imóvel, manteve o olhar cravado na madeira onde a flecha agora repousava… e no sangue escorrendo, manchando a neve de carmim.

Com lentidão, Raygan virou-se. Seus olhos pousaram na flecha — no esquilo empalado, sem vida.

Sua respiração oscilou, o fôlego lento e contido.

— Puta merda… — murmurou, os olhos arregalados, mas não de medo. De fascínio.

O crac do gelo sendo pisado anunciou os passos de Asher. Ele caminhou até o pequeno cadáver. 

O sangue ainda estava quente, pulsando nos dedos calejados do caçador.

— Na vida, precisamos escolher de que lado estamos — disse, sua voz suave. — O primeiro passo para ser um bom soldado não é saber manejar uma espada. Qualquer coisa pode ser uma arma. O verdadeiro guerreiro tem reflexos afiados e sabe o que fazer quando tudo sai do controle.

Ele ergueu o animal diante deles, os olhos atentos e avaliadores.

— Por isso, vocês devem escolher: ser uma andorinha ou uma águia — um caçador, ou a caça. — Sorriu.

Ainda segurando o animal, levantou o olhar para o céu. Seu assobio ecoou pela floresta, cortando o silêncio como um chamado selvagem.

Porém, nenhum sinal.

Ele assobiou de novo, erguendo a presa. E o vento soprou forte.

— O que está fazendo? — perguntou Joellis, confuso.

Asher continuou a fitar o céu.

— Quando uma ave nos segue, é por dois motivos: comida ou aviso. Essa em particular está nos rondando há meia hora. Posso sentir que está aflita. Mas o que a assusta… ainda não sei.

Nenhum deles sabia exatamente o que fazer — ou, ao menos, era essa a impressão que davam. Contudo, entre eles havia um que se mantinha calmo, ainda que alerta.

O chamado ecoava dentro dele, insistente e doloroso. Queria estender os braços, chamá-la, senti-la junto de si outra vez. 

Contudo, era perigoso.

Daemis mexeu na corda em torno do pescoço, como se de repente ela lhe apertasse mais do que o necessário. Talvez fosse sua imaginação. Ou fosse a angústia dos assobios fracassados do caçador.

Então, vendo Asher falhar, ele reuniu coragem o suficiente para se oferecer:

— Eu… posso tentar?

O caçador sequer hesitou.

— Claro.

A carne fresca voou em sua direção, e Daemis, atabalhoado, quase a deixou cair. Sujou as mãos no sangue quente do animal, mas ignorou. Existia algo mais importante acontecendo.

Ela precisava ser forte — mais do que nunca. E ele sabia que ela conseguiria.

Daemis ergueu os olhos, o peito subindo e descendo, desregular. Assim, inspirou fundo e assobiou.

O som reverberou pela floresta.

Ele fechou os olhos, e em poucos segundos, conseguiu senti-la se aproximando, das asas velozes em disparada, de sua doce melodia.

Os meninos e o caçador levantaram a cabeça ao mesmo tempo, atentos. 

Um instante se passou, e então—

Era ela, Daemis tinha certeza. E em um impulso, jogou o alimento ao alto. 

Um borrão de sombras e penas irrompeu do céu.

As asas se abriram em toda a sua envergadura majestosa, as garras afiadas rasgaram o ar, fincando-se no pedaço de carne. 

Rápida. Atroz e imparável.

Raygan arregalou os olhos, a respiração presa no peito.

— Não pode ser…

Ele deu um passo, a cabeça erguida como se pudesse alcançar a criatura que pairava sobre eles.

— Merda… é ela mesmo!

— Ela quem?! — esganiçou-se Joellis.

— A Nortunália!

— Nortu… o quê? — Asher franziu o nariz. — Isso é uma águia marcial.

— Não… — Raygan balançou a cabeça — próximo à reverência. — Os livros são claros. Em Etyllia, a ave da morte traz destruição…

Ele se virou para Daemis, pegando-lhe as mãos entre as suas, o sangue deixando marcas nos dedos.

— Você… Você alimentou uma Nortunália! Fez como nos livros! Isso foi incrível! 

— Alguém pode me explicar que droga é essa?! — Joellis estava à beira de um ataque.

— Quer calar essa boca?! — esbravejou Raygan. — A Nortunália é uma lenda! Um pássaro que causa morte por onde bate suas asas! — Seus olhos brilhavam com uma excitação genuína ao se voltarem para Daemis.

Daemis não sabia como reagir. Ele não esperava aquela felicidade repentina. Ele esboçou um pequeno sorriso. Não conseguia expressar a alegria que queria, mas… vê-la ali, viva, forte, encheu seu peito com um calor reconfortante. Ele fechou os olhos por um segundo, ouvindo o canto que tanto amava.

A ave partiu, tão abrupta quanto viera. Mas Daemis continuou olhando para o céu.

De outro modo, Raygan virou-se para Asher.

— E você? Quando vai nos ensinar a atirar assim?

O caçador fez um sorriso, usando um pedaço de pano para limpar o sangue das mãos.

— Halcan foi rígido quando disse que o treinamento inicial consistia em ensinar vocês a explorar a floresta.

— Então vamos atrás do que, exatamente? — Joellis respirou profundamente, atordoado com a avalanche de acontecimentos.

O homem caminhou até Daemis e jogou-lhe o pano ensanguentado, e o menino o pegou, sem realmente prestar atenção.

— Agora é a hora de descobrir no que vocês são bons. 

Ele esperou um instante e então perguntou:

— O que veem ao redor? — Descansou as mãos sobre o quadril.

Um silêncio desconfortável se instalou. Os Raygan e Daemis não se atreveram, mas, por fim, Joellis respondeu primeiro:

— Árvores.

— E o que mais?

Joellis cerrou os olhos. Ora, o que mais haveria?

Enquanto limpava o sangue das mãos, Daemis analisou o terreno, dizendo: 

— Não há arbustos… Sem arbustos, sem comida.

Asher sorriu de canto, como se estivesse à beira de um comentário mordaz.

— Só isso?

Dessa vez, Raygan cruzou os braços sobre o peito e tomou a dianteira.

— Tem água por perto.

A brisa suave se enroscava ao redor deles, quase imperceptível no frio.

Asher inclinou a cabeça, interessado pelo comentário.

— Em que direção?

O príncipe apontou para a esquerda, na trilha oculta entre as árvores.

— Ali.

Asher manteve-se imóvel por um momento, absorvendo a informação. Então, seu sorriso se alargou.

— Muito bem. Temos um caminho. Sigam-me.

A primeira peça do tabuleiro se moveu.

Os garotos seguiram o caçador, seus passos afundando na neve, deixando um rastro irregular no caminho congelado. 

A paisagem ao redor parecia sem começo e sem fim, como se o mundo inteiro fosse feito de branco, cinza e marrom. O branco da neve, cobrindo o solo e os galhos mais baixos; o cinza dos céus, vasto e sem brilho; o marrom dos cascos das árvores, cujas agulhas se vergavam sob o peso do gelo.

Asher puxava a corda atada à cabeça do cavalo, seus dedos firmes no couro gélido. Atrás dele, os três garotos seguiam em fila, suas botas rangendo na neve, enquanto o murmúrio distante da água corrente crescia. 

Só o som da voz de Asher se sobrepunha ao curso do rio.

— Há muito tempo, antes mesmo da divisão dos países de Redron, houve uma guerra, que não difere muito desta.

Eles ouviam, absortos.

— Nessa época, houve uma caçada nesta floresta. Não de cervos, nem de lobos. — Fez uma pausa, observando os troncos altos. — Mas de pessoas.

O vento, de repente, cessou.

— Homens e mulheres foram perseguidos. — O som da neve se comprimindo sob os pés dos meninos era a única resposta. — Eles eram diferentes.

Joellis, o mais curioso, inclinou-se para frente, dois passos adiantado dos outros.

— Diferentes como?

Asher parou. Não o bastante para interromper a caminhada, mas o suficiente para que seu olhar varresse a floresta, enquanto ouvia o farfalhar distante de folhas ressecadas e o borbulhar da água.

— Não conheço todos os detalhes… — admitiu. — A única certeza é que o sangue deles tingiu a terra bem aqui, entre essas árvores.

Nenhum deles falou. Mas em suas mentes, a floresta estava viva com gritos. Com o desespero de quem foge e de quem caça.

— Homens a cavalo — continuou Asher, sua voz mais grave. — Cães liderando o caminho, farejando. Os que ficavam para trás, eram abatidos como ratos.

Foi então que Raygan falou, pensativo:

— E se eles mereceram?

Agora, Asher não parou — mas sua mente, sim. Ele o observou, não com raiva, nem reprovação, mas com uma estranha curiosidade.

— Você acha que eram culpados? 

Raygan manteve o olhar distante. — O que define o certo e o errado?

Silêncio.

— Acredito que matar alguém por ser diferente é errado — argumentou Asher.

— Da mesma forma que matar um esquilo? — rebateu Raygan.

— Mas eu sou um caçador.

— E eu sou somente um nobre, e não vejo sentido velar os que partiram. De qualquer forma, já estão mortos. — Ele suspirou, os olhos brilhando com ansiedade. — O som da água está mais alto.

Sem esperar, andou mais depressa, aumentando as passadas.

Asher viu-o se afastar e então se virou para Daemis, o garoto de cachos rebeldes.

— Ele é sempre assim?

Daemis deu de ombros, um sorriso pequeno surgindo.

— Eu também não entendo muita coisa do que ele diz, mas ele é legal — riu e chamou: — Ray, espera a gente!

Porém, Joellis discordava.

— Ele não é nada legal, e também me dá nos nervos — resmungou.

— Não queira ver o pai dele. — Os lábios de Asher se comprimiram em um leve sorriso. — Só o vi irritado uma vez, e quase me borrei todo.

Joellis deixou escapar um riso, até chegarem à margem do rio. A água era cristalina, porém implacavelmente fria.

 

 

— Quando estamos perdidos, tudo o que temos são os sinais da natureza — conduziu Asher. — E a água pode ser um guia.

Raygan torceu os lábios, cético.

— Como posso saber se seguir um rio é a melhor escolha?

Asher abaixou-se, tocou a água com a mão e depois provou-a. — Se houver um começo, há um fim. 

— Grande resposta filosófica.

— Além disso… — Asher ignorou o sarcasmo. — A água é boa para beber. Assim, pelo menos, não morreremos de sede, principalmente sem um cantil.

Daemis olhou a redondeza. — Há muitos troncos por perto.

— O que significa abrigo contra o frio — completou o caçador.

— Certo. Seguir a água. Muito simples. E o que mais?

Asher moveu a mão até a bainha da calça e puxou um objeto embainhado. Com um movimento rápido, lançou-o para Raygan, que pegou no reflexo.

O príncipe franziu o cenho ao ver o que tinha em mãos: um punhal.

— Pensei que tinha dito sem armas — comentou Joellis, desconfiado.

Asher sorriu.

— Um homem desarmado não é um homem de verdade.

Então, retirou bolsas de couro da aljava e as entregou aos garotos.

— Amoras? — Raygan fez uma careta.

— Descubram. — Montou no cavalo num único movimento. — Vamos caçar!


Nota: Se vocês quiserem, posso trazer mais capítulos com imagens. Boa leitura!

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