Volume 1

Capítulo 13: Ataque do Exército de Sabnock

As Tropas do Rei Demônio Sabnock estavam chegando. Um Exército de duzentos soldados que era composto principalmente por Kobolds.

Parecia que ele estava vindo com tudo desde o início.

“Se eu tivesse mais homens, este seria um bom momento para dividir meu Exército em três e atacar seu Castelo mais uma vez.”

Era uma ideia atrativa, mas não era possível.

Meu Exército não podia dispensar ninguém.

Não éramos sequer cem no total.

O Castelo certamente cairia se tentássemos nos espalhar demais.

Não valia a pena sequer pensar nisso.

“Bem, eles são muito menos do que eu esperava.”

“Sim, ele deve ter perdido muitos em sua batalha contra o Conde Ysmaria. E não tem os Materiais para Invocar mais soldados devido a um certo ladrão.”

Digo como se eu não tivesse ideia de quem poderia ser.

“Então talvez possamos vencer sem usar seu plano secreto.”

“Espero que sim. Enfim, vejamos como isto se desenrola.”

E assim eu usei a Magia Visão Distante” para assistir à batalha a partir do meu trono.

As Tropas de Sabnock vinham da frente. Eles saíam das trincheiras¹ e tentavam invadir o Castelo.

E assim eu tive que impedi-los por meios ortodoxos.

Os meus soldados estavam posicionados atrás do fosso, prontos para lançar flechas e pedras sobre o inimigo. E fincar lanças naqueles que tentassem escalar.

Isto foi suficiente para diminuir em muito seu número. Mas meu Exército foi dividido em dois, o que significava cinquenta soldados contra duzentos.

Os soldados de Sabnock foram surpreendentemente corajosos e deram um bom combate.

Alguns deles foram até mesmo capazes de romper a linha de Soldados Esqueletos e Orcs.

O rosto de Eve começou a parecer tenso, e assim eu disse para ela:

“Não se preocupe, eu tenho um plano.”

Havia muitas surpresas entre os Monstros no qual eu invoquei.

Por exemplo, os Monstros Fantasmagóricos. Monstros sem uma forma física. Seres que só podiam ser prejudicados com Magia e Armas Mágicas.

Eu os posicionei nas costas como uma unidade de ataque.

Se o inimigo atravessasse a linha defensiva, eles estariam prontos para enfrentá-los.

O que se revelou necessário.

Os bravos soldados inimigos saíram do fosso e se atiraram ao perigo, mas no final, eles eram apenas Kobolds.

Sem Magia ou Armas Mágicas equipadas, eles tinham poucos meios para se oporem aos Fantasmas. Nenhuma quantidade de arpões de lança iria causar qualquer dano a eles.

Os Fantasmas, por outro lado, usavam Maldições Mortais e Bolas de Fogo.

Os Kobolds foram pisoteados naquela batalha curta e unilateral.

Eles foram exterminados num piscar de olhos.

Era uma pena, esse foi o resultado de todo esforço e desespero que haviam demonstrado ao sair da trincheira. Mas se eles fossem odiar alguém, deveriam odiar seu Comandante sem cérebro.

“Monstros que só podem ser danificados por Magia não são raros. Ele deveria estar pronto para isso.”

Falei enquanto via meus inimigos morrerem, mas talvez eu tivesse falado cedo demais.

Porque um rápido olhar para a esquerda mostrou que minha linha de defesa havia sido quebrada daquele lado.

Mas como? Eu penso, e vejo que um homem grande com a cabeça de um leão está lá. Ele carrega e balança uma grande espada.

O homem matou um Fantasma com um único golpe.

Essa grande espada deve ser encantada.

Um Rei Demoníaco. Um Comandante poderoso.

Ele estava à frente de seu próprio Exército, tentando controlar a maré da batalha.

“O relato de que ele não é um Rei Demônio de classe F se julgado como um guerreiro individual estava correto afinal de contas. Claro, tenho certeza de que você está sempre certa, Eve.”

Eu rio, mas Eve não parecia se divertir.

“Agora não é hora de risos. Se isto continuar, Sabnock pode chegar à esta mesma sala.”

“Então eu posso simplesmente perder. É isso que acontece quando seu Núcleo é destruído, não é?”

“Sim.”

“Suponho que eu deveria ir lá fora então.”

“Você pretende se expor e lutar?”

“Eu fiz isso na minha primeira luta, não fiz?”

“A situação de agora é diferente. As coisas estão muito diferentes. Mas… se você reunir seu Exército, ainda poderá impedir Sabnock.”

“As perdas serão muito grandes dependendo  do impulso que ele tiver e, embora eles possam ser Monstros, ainda são meus Subordinados. Prefiro minimizar os danos.”

“Mas aqueles Soldados Esqueletos não têm nem vontade própria.”

“Eve, você me acha inferior a Sabnock?”

“… Milorde você é muito cruel. Usar tal argumento para me calar.”

Sua expressão era inesperadamente séria.

“… Perdoe-me, então. No entanto, é verdade, eu quero manter meus soldados vivos aqui. Há muitas maneiras de vencer esta luta, então eu preferiria vencê-la sem muitas baixas.”

Monstro ou não, era assim que eu me sentia. Além do mais, tomar perdas enormes aqui me tornaria suscetível a ataques do Conde Ysmaria e de outros Reis Demoníacos.

Não era apenas uma questão de derrotar Sabnock.

E sim, eu realmente acreditava que eu era superior a ele.

Ela deve ter sentido esta forte crença que eu tinha. E assim ela a aceitou.

“Muito bem. Eu assumirei o comando da unidade de Fantasmas. Você vai para a linha de frente, Milorde. E traga de volta a cabeça de Sabnock.”

“Sim.”

Eu disse, imitando seu tom habitual. Então eu joguei fora meu sobretudo e fui para o campo.

Eve me viu sair, silenciosamente preocupada.



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