Ryota Brasileira

Autor(a): Jennifer Maurer


Volume 2 – Arco 2

Capítulo 23: Desculpe e Obrigado

A primeira coisa que Ryota viu ao abrir seus olhos foi um teto branco de madeira. Era diferente daqueles que conhecia e logo percebeu que não estava em seu quarto. A luz fosca do sol alcançava seu corpo deitado pela janela à esquerda, oculta por uma cortina violeta que balançava suavemente ao vento.

Seu corpo estava pesado. Não conseguia nem erguer o pescoço direito para olhar em volta e mal pôde levar uma das mãos ao rosto para limpar os olhos sem tremer de fraqueza.

Não estava ferida. Todos os machucados do combate haviam desaparecido, e, no lugar de sua roupa casual, usava uma bata branca de paciente. Sua garganta estava seca de um jeito bem desconfortável.

— … Ah — suspirou, rouca, ao ver que não estava sozinha. 

Seu olhar desceu até uma pessoa debruçada em sua cama, dormindo. Sentado em um banquinho de madeira pequeno demais para o seu tamanho e segurando a mão direita dela estava um rapaz de cabelos violeta.

— Ele ficou do teu lado a noite inteira, esperando cê acordar. 

Quem assim disse enquanto fechava a revista em mãos era um homem negro bem vestido, sentado nos fundos da sala branca. Ryota fez uma expressão sem graça ao percebê-lo.

— Tio Jaisen.

Jaisen se aproximou e olhou para Zero, que nem se moveu quando o outro fez um cafuné rápido em seus cabelos emaranhados. 

— O jovenzinho ficou muito preocupado, quase em desespero, eu diria. — Ryota deu um sorriso um tanto emocionado. — Afinal, você dormiu por dois dias inteiros.

O queixo dela quase caiu, mas a fraqueza não permitiu um movimento daqueles.

— … Sério?

— Seríssimo. Foi uma reação natural do seu corpo depois de ser tocada diretamente por uma Entidade. Eu também fiquei assim, lembra?

Ryota assentiu. Nunca esqueceria do quão desesperador era ter que ver alguém querido dormindo durante tanto tempo, sem reagir direito a qualquer estímulo externo. Nesse momento, quase como se sentisse uma alteração em seu humor, Zero apertou a mão dela. Ela entrelaçou seus dedos.

— Entendi. — Sua voz estava tão rouca e baixa que mal podia reconhecê-la. Seus olhos baixaram, um pouco ansiosos. — Me desculpa.

Jaisen piscou uma vez, neutro.

— Pelo o quê, Ryo?

Era hora de uma conversa importante. Não podia mais fugir disso.

— … Por tudo. Mas, principalmente, pelas coisas horríveis que eu te disse no outro dia. — Ela tossiu, e Jaisen lhe entregou um copo d’água, ao que ela bebeu rapidamente. — Eu fiquei tão irritada e triste que só fui supondo as coisas sem nem tentar entender. 

A cena, repensando agora, era bastante vergonhosa. Ela surtou em meio à conversa que Jaisen havia tentado puxar com cautela, mesmo usando palavras um pouco cruéis. Mas eram a verdade, e não quis aceitar. 

Uma ardência lhe subiu aos olhos e subitamente as lágrimas começaram a escorrer. Estava envergonhada demais para encará-lo de volta. Afundou as unhas da mão esquerda no lençol. 

— … Eu fui muito egoísta naquela hora. Por isso, me perdoa. — Após inspirar fundo uma vez e piscar para conter as lágrimas, continuou com a voz contida: —  Mas, não importam os motivos, nunca vou perdoá-los por terem desperdiçado suas vidas desse jeito. Principalmente as das crianças. 

Havia um limite para o tanto que Ryota poderia suportar. Um limite para o que ela poderia perdoar. Presenciou pessoas que amava morrerem em meio a um verdadeiro inferno. Pessoas que prezava foram reduzidas a pó. Se culpou por ser desinformada, se culpou por ser fraca e incompetente. Se culpou por não ter feito nada. E então jurou vingança, mas foram apenas palavras vazias diante da sua incapacidade que precisava ser superada.

Depois de ter sua autoestima erguida por Fuyuki, mesmo que um pouco, a conversa com Jaisen doeu. Muito. Não queria acreditar que eles queriam morrer, que se sacrificaram daquele jeito por uma razão daquelas. Que não contaram literalmente nada à ela durante todo aquele tempo… E que já sabiam que seu fim estava próximo.

As palavras que despejou em meio à emoção naquele dia, no quarto, eram verdadeiras. A dor de perder alguém importante e ficar sozinho era… Terrível. Perder alguém era ter uma parte de você levada. Era ter um pedaço faltando em seu coração, em sua alma. E saber que tudo aquilo era desejado… Foi demais.

As lágrimas gordas e quentes que escorriam e pingavam no lençol faziam parte daquilo tudo. Daquela tormenta de sentimentos, de culpa, de remorsos, de raiva… E de saber que não podia fazer nada para evitar aquilo. E, posteriormente, quando pôde, suas pernas não se mexeram a tempo. 

Não sabia quando Jaisen a havia abraçado, mas só conseguiu resfolegar, contendo os soluços, antes de abraçá-lo de volta o mais forte que podia.

— … Obrigado.

Sussurrou ele, baixinho. Não havia muito o que ser dito. Não haviam palavras de perdão, não haviam mais desculpas, não haviam justificativas, e Ryota detestaria escutar Jaisen se menosprezar daquele jeito de novo.

Foi só quando uma gota d’água escorreu por seu ombro que percebeu, e então o abraçou ainda mais forte. Era a primeira vez que o via chorar. A primeira vez que o via de um jeito frágil… Bem diferente daquela outra vez. E, embora fosse estranho, achou isso bom.

— Será que depois… Podemos conversar sobre isso com calma?

— … É claro, Ryo.

O sol bateu mais forte na janela e uma brisa suave atravessou as cortinas, as balançando. E, durante um bom tempo, ambos continuaram daquele jeito, envolvidos em um caloroso abraço enquanto deixavam as lágrimas escorrerem à vontade.

Naquele momento de silêncio e reflexão, tudo pareceu mais fácil. Mais… Leve. Com aquelas sensações invadindo seu corpo, Ryota se deixou levar por elas e nem percebeu que algo dentro de si foi se esvaindo.

O sorriso largo e bobo em sua face revelava isso.

Estava tudo bem.

***

— Bom dia. Dormiu bem? 

A voz que o recepcionou ao acordar era tranquilizante. E um arrepio percorreu sua espinha quando reconheceu a dona. Seus olhos prateados se ergueram e fitaram as íris azuis radiantes bem de perto.

Ryota riu, ainda rouca.

— Ué? Por que essa careta feia? Teve um pesadelo, ou algo assim, Beterraba?

Para a garota que zombava dele como de costume, o rapaz apenas torceu os lábios e perdeu a fala.

— … Hã?

Então subitamente a envolveu em seus braços, praticamente subindo na cama. Ryota recuou um pouco, surpresa, com as mãos pra cima. 

— Ah, oi? Alô? Terra chamando Zero, tá me ouvindo?

— … ota.

— Hm?

Ela piscou e prendeu a respiração ao vê-lo soluçar uma, duas vezes. E então desmoronou completamente, com os ombros tremendo e soluços pequenos escapando de sua garganta.

— … Sua idiota. Idiota. Idiota. Idiota. Idiota. Idiota… — repetia ele diversas vezes em seu ouvido de forma amarga. Zero pareceu arfar quando foi abraçado de volta. — Por que você sempre tem que sair correndo na frente e me deixar preocupado? Quer que eu tenha um ataque do coração, sua estúpida?

Um riso seco escapou da garganta dela, o que o fez encará-la com os olhos arregalados e cheios d’água, balançando um pouco seus ombros de inconformação.

— T-Tá rindo do quê?!

— … Me desculpa, eu fui uma imbecil. E obrigada, por tudo.

Zero respirou profundamente, com dificuldade, e sentiu os dedos dela passarem pelo seu rosto, limpando as lágrimas. Escorriam pela sua mão, pelo seu pulso… E não paravam. 

— É… Isso mesmo. Uma graaaaande estúpida. Uma bobona. Uma besta...

Ryota franziu o cenho. Os xingamentos pareciam não parar nunca mais.

Até que...

— … Mas é uma idiota muito importante pra mim… E mesmo detestando essa situação toda, eu amo… Esse seu lado.

As palavras saíram todas enroladas e embargadas pelo choro, mas a mensagem foi transmitida. Ryota deu tapinhas no rosto úmido dele, enrubescida.

— Quer me fazer chorar também, seu imbecil?

— Vocês dois que são grandes idiotas emocionados…!

Então, Jaisen se intrometeu, abraçando ambos ao mesmo tempo enquanto lutava contra as novas lágrimas.

***

A mansão Minami de Puccón possuía somente dois andares, mas era extremamente - mas, extremamente - grande. Ocupava um território equiparado, pelo menos, ao de uma vila. Ryota gastou muito tempo procurando o lugar certo, às cegas, antes de se encontrar com um criado que lhe guiou até o local desejado.

Quando a porta de correr foi aberta, Ryota resfolegou alto.

A pessoa que viu ao abrir a porta era uma garota por volta dos catorze anos de cabelos azuis claros e olhos âmbar. Ao vê-la entrar, ela abriu um sorriso desajeitado e gaguejou quando começou a falar...

— A-Ah… S-senhorita-

— Eliza! Eliza! Eliza!

— S-S-Sim?!

— … Que bom que você tá bem!

… Mas Eliza nem teve tempo para reagir antes que Ryota se jogasse sobre ela para um abraço desesperado, a apertando.

— E-Eu pensei que… Naquela hora…

Eliza, percebendo ao que ela se referia, deu um sorriso amarelo ao ouvi-la fungar.

— Eu sei, mas estou bem. 

Após o ocorrido na mansão, era a primeira vez que se viam. Durante todo aquele tempo, após Eliza ter sido acertada pela bola de ferro de Mania, Ryota achava que a curandeira tinha realmente morrido. Tinha se culpado firmemente por aquela cena. Refletindo melhor agora, lembrou-se de como Fuyuki se manteve séria naquela situação. Será que teve ciência daquilo desde o começo?

— Você é um tanque, mulher? Além de curar, pode até reviver?

— N-Não é bem assim q-que funciona… Nem é n-nada demais...

— Ah, tá. Claro. Reviver não é nada demais, mesmo. Confia.

Abanou as mãos de um jeito brincalhão, apenas para deixar Eliza ainda mais sem graça enquanto brincava com os próprios dedos. Ela tentava explicar que não tinha revivido, nem nada tão absurdo assim, quando uma voz fria interveio:

— O que veio fazer aqui? Devia estar em repouso.

— Relaxa que eu dormi tempo demais e comi mais do que o suficiente pra abastecer o tanque aqui! — Ryota bateu no peito e se despediu ainda meio encabulada de Eliza, que saiu do quarto silenciosamente para deixá-las à sós. — E aí? Como… Você tá?

Fuyuki, ainda olhando para a mulher deitada na cama, deu de ombros. O pequeno quarto de madeira tinha detalhes nas paredes marrons lustradas. Haviam quadros de belos cenários naturais. Não haviam muitos móveis, apenas um espaço para o armário e uma porta que levava a um banheiro aos fundos.

Coldy Minami dormia serenamente com as mãos sobre o peito, respirando discretamente.

— É estranho. Parece que as coisas aconteceram tão rápido. Eu cumpri com meu objetivo, mas… Não sinto nada. — ela riu, meio seca. — Não mudei como achava.

Havia um ar de melancolia nas palavras dela. Ryota fungou, encabulada.

— … Acho que te entendo.

Fuyuki buscou vingança contra Shai durante um ano inteiro, sem cessar. O sentimento de fúria explodiu completamente no encontro e ela o matou com as próprias mãos. Em comparação, Ryota também detestava Mania e, com ajuda de Zero, e muita sorte, mataram-na.

Entretanto, não houve alívio ou felicidade, como esperavam. Ainda sentiam um peso em seus ombros. 

Não havia mais ninguém para colocar a culpa por suas ações. Alguém capaz de ser julgado e responsabilizado. Então, só restava a sensação de vazio e o peso da responsabilidade.

— Eu acreditava que meus desejos seriam perdoados se fizesse isso. Que minhas ações egoístas seriam compensadas e encontraria um novo caminho para seguir. Mas acho que só me perdi ainda mais. — Fuyuki ciciou, enquanto tocava com delicadeza os fios brancos do cabelo da mãe. — Ainda tem coisas que preciso recuperar, então não posso parar. Quero vê-la de novo, quero discutir com ela de novo… E quero pedir desculpas.

Durante toda a sua vida, Fuyuki almejou a própria liberdade. Mas a que custo?

Então, com bastante cuidado, Ryota começou:

— Me disseram, certa vez, que a gente aprende com os próprios erros, mas também com os dos outros. E que tá tudo bem se você não tiver se encontrado, porque é uma coisa natural. Não dá pra forçar isso, então você tem que dar um passo de cada vez até chegar lá — A duquesa ergueu o olhar estreitado em sua direção. Então, num sorriso largo e orgulhoso, ela concluiu a fala apertando seu ombro, a reconfortando: — Por isso, Fuyuki, mesmo que eu não saiba direito o que rolou no passado, acho que você já fez muito. Por mim, e por muita gente. Você é uma mulher incrível. É forte pra caramba, confiante, uma líder nata e linda que dói. Você inspira muitas pessoas e me estendeu a mão duas vezes quando precisei, me inspirando a continuar. E acho que tá tudo bem que até mesmo uma mulher incrível se sinta meio perdida às vezes…

Porque fazia parte da vida. As pessoas se perdem e precisam encontrar seus próprios caminhos de novo quando tudo vira de cabeça para baixo.

— … Então, quando isso acontecer, pode contar comigo. Nem que seja só pra falar bobagem e beber uns vinhos enquanto desabafa. Ou pra ficar falando mal de alguém junto, ou fofocar qualquer besteira. São nessas horas que a gente precisa de alguém pra se apoiar e que provavelmente vai se apoiar de volta algum dia. E então, vamos seguir vivendo assim, até encontrarmos nossos próprios caminhos, juntas. 

Os olhos esverdeados dela foram lentamente se arregalando com as palavras de Ryota enquanto um sentimento caloroso preenchia seu coração. A luz do sol iluminou seus rostos e ampliou sua visão.

Ryota não sabia de quase nada sobre Fuyuki. E, muito provavelmente, a duquesa mal sabia sobre ela, também. No passado, quando estiveram sozinhas e perdidas, sem saber o que fazer, se auto julgando e desejando que tudo fosse diferente, jurando mudar no futuro… Uma recebeu um abraço e palavras de conforto, enquanto a outra apenas seguiu sozinha, como pôde. 

Mas, agora, era diferente. Porque...

— … “Está tudo bem”, não é?

Ryota assentiu, e então abraçou Fuyuki, a surpreendendo.

— Uh…?

— Ah, foi mal. Eu fiquei com vontade de te abraçar, daí só fui fazendo… Mas é normal amigas se abraçarem, não é?

Os lábios da duquesa tremeram e ela virou o rosto, mesmo que a outra não pudesse vê-la na pose que estavam.

— … Sim. Obrigada.

Um tempo mais tarde, elas estavam na varanda, aproveitando o sol fraco em meio ao dia frio. 

— Então, você irá para a capital?

Ryota assentiu e fitou o horizonte.

— Ainda tem coisas que quero fazer antes mas, sim, irei.

— Se ainda está preocupada com o senhor Jaisen, pode ficar tranquila. Ele já abriu um novo restaurante aqui em Puccón e está evoluindo rapidamente. Aquele homem tem um bom olho para negócios.

Ryota riu, não muito surpresa, mas feliz.

— Obrigada.

— Não precisa me agradecer, já te disse. Na verdade, somos nós quem precisamos agradecê-la e recompensá-la por suas ações.

Fuyuki ergueu a mão para a garota, que se sobressaltou.

— Quando você fica falando toda formal assim eu fico sem jeito. E, pera lá, recompensar? 

— É apenas natural que os participantes no embate contra a Insanidade recebam uma recompensa de igual valor ao que fizeram. Preparei para que receba uma quantia adequada-

— Não, não, não, peraí, mulher! Eu não quero seu dinheiro, não!

Perplexa, a duquesa inclinou a cabeça para Ryota, que abanava as mãos.

— Eu até entendo sua intenção, mas não preciso. Sério.

— Muito bem. Então, ao menos me permita financiar sua estadia na capital real. 

— Mas…

— Considere como um presente da duquesa de Minami por derrotar, junto ao guardião Zero, a Entidade da Insanidade. 

Ryota apenas coçou a bochecha, constrangida. Não sabia o que dizer, mas Fuyuki não pareceu que recuaria tão facilmente.

— Não precisa fingir que não gosta de ser compensada e elogiada. Além disso, em um mês, haverá um grandioso evento em Hera e provavelmente a cerimônia de premiação ocorrerá ao mesmo tempo, então não será um incômodo.

— Isso me pareceu um comentário meio maldoso, mas vou ignorar e seguir com a segunda parte: Um evento? Me parece bem conveniente… Tá falando da tal coroação real?

Outrora, Ryota ouviu falar sobre aquilo em uma conversa a respeito de Albert. E que, provavelmente, ele estaria presente na capital real.

Fuyuki assentiu para a pergunta.

— Acho que não tenho escolha. Uma coroação… Hein? Parece algo incrível. Estou ansiosa.

— Isso me lembra… Ryota.

Um ar sério transpareceu pela feição da duquesa quando ela estendeu a mão na direção da outra.

— Não gostaria de se juntar a mim?

A garota fez uma expressão de dubiedade.

— … Se juntar? Você diz… Se tornar uma guardiã? — Ao silêncio, que ela tomou como um “sim”, Ryota continuou: — Não acho que seja digna de um posto desses. Eu não chego nem perto de nenhum dos seus guardiões, nem mesmo da sua curandeira.

Parando para pensar bem, Ryota não tinha feito nada demais no embate. Ela era fraca e instável demais para ser digna de alguma coisa. Só pôde derrotar Mania graças à Zero e ao seu conveniente despertar - algo que, inclusive, precisaria treinar e estudar melhor a respeito.

— E, além disso… Eu acho que não gosto dessa parada de lutar ou matar pessoas. Treinei apenas para autodefesa, caso precisasse, mas não é algo que tenho vontade de levar pra frente, sabe? Ainda quero viver uma vida normal ao lado das pessoas que amo.

De fato, era um de seus maiores desejos, desde o começo. 

— Mas, mesmo assim, muito obrigada pelo convite.

— É mesmo uma pena. — disse Fuyuki, abaixando a mão. — Sinto um grande potencial em você, mas respeito sua vontade e lhe desejo sorte.

Num gesto pouco costumeiro, e com um sorriso mais largo que o normal, Fuyuki ergueu o punho cerrado na direção da outra. E Ryota, inspirando fundo, devolveu o soquinho com a mão fechada.

— Idem.



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