Setes Japonesa

Tradução: Batata Yacon

Revisão: Delongas


Volume 15

Capítulo 1: Companhia dos Tubos de Ferro


... Os membros principais da força de invasão de Beim, mobilizando cerca de trezentos mil membros, estavam tendo uma reunião.

Havia nobres acima da classe barão participando, e generais e chefes de brigadas de Cavaleiros enviados da central. Além disso, Breid da guarda real de Celes participava da reunião.

E como esperado, o tópico de discussão da reunião se concentrava na Fortaleza Redant. Se evitassem invadi-la, haveria vítimas apenas com a marcha. O consenso geral daqueles discutindo era que ao invés de enviar um número fragmentado para reduzir as perdas, eles queriam invadir a fortaleza e ir diretamente para Beim.

Blois, que havia sido arrastado para isso com sua força de cinco mil, escutava as discussões enquanto pensava a atual marcha contra Beim.

(Vejamos, os membros principais são quase todos aqueles que veneram a Celes, e o mais problemático seria aquele chefe dos guardas reais, eh?)

Guarda Real. Algo que Celes havia juntado arbitrariamente em Centralle daqueles que ansiavam por ela, e deu-lhes nome. Não era como se eles tivesse qualquer trabalho particular, e apenas tentavam ficar ao lado dela. Apesar de ficarem aquém dos belos homens que a cercavam, era um grupo que parecia ter sido formado com base no formato de seus rostos.

Entre eles, Breid era o único com conquistas de verdade, então foi considerado o líder.

Ele havia participado na supressão de alguns levantes civis, e com esses méritos, não havia queixas em geral. Não, mesmo se houvesse, ninguém as expressaria. Porque tinha sido algo decidido por Celes.

Porém, esse Breid agora estava liderando trinta mil homens, e participando na invasão de Beim. Uma autoridade considerável... com o suporte da guarda real de Celes, era uma força enorme dentro da atual Bahnseim.

Conforme Breid dava mais opiniões que o necessário na conferência, Blois ficava frustrado.

— Acredito que seja melhor fazermos outra força cruzar as montanhas, e dar a volta por trás para um ataque em pinça.

Se pinçar fosse possível, alguém teria dito isso desde o começo.

(Estávamos dizendo que era justamente por isso ser impossível que iremos capturá-los de frente. Mesmo se atravessássemos aquelas montanhas, quantas baixas apareceriam... e quanto tempo você acha que isso levaria?)

Breid carecia de experiência em liderar uma unidade, e era do tipo que se colocava na frente da vanguarda. Seria uma maravilha se ele tivesse habilidade por trás disso, mas infelizmente, o problema era justamente sua falta disso.

Os outros generais, Cavaleiros chefes e Senhores ao ouvirem sua opinião.

— Uma proposta maravilhosa. Mas não temos o equipamento para escalar montanhas. Mesmo se quiséssemos nos voluntariar para a tarefa, não somos o suficiente.
— O mesmo para mim. Me pergunto quantas forças há entre nós com treinamento o bastante para realizar tal façanha? Como esperado das elites de Centralle.
— Então por que o Breid-dono não cruza as montanhas e dá a volta por trás? O resto de nós estará atacando de frente como planejado então.

Sendo tão levianamente tratado, a expressão de Breid mudou. Ele dirigiu um olhar aos arredores.

(Com os números que possuímos, se colidirmos de frente, iremos vencer normalmente. Ou melhor, Breid-dono parece favorecer um pouco artimanhas. É bastante difícil uma pequena força derrotar tantos. Por acaso ele entende isso...?)

Geralmente, batalhas eram de números. Às vezes, havia aqueles que podiam tombar uma diferença em números, e tais pessoas eram fracas a truques sujos, ou pelo menos essa era a opinião de Blois. Devido ao seu grande poder, inevitavelmente acabariam arrogantes a maior parte do tempo.

Breid bateu na mesa para atrair a atenção de todos.

— Muito bem. A força de elite de Centralle irá dar a volta por trás por vocês. Vocês todos só precisam empilhar suas montanhas de baixas enquanto ficam fixados em seu ataque frontal.

Blois olhou para Breid, enquanto passava sua mão no queixo.

(Ouvi que ele tinha conquistas no extermínio do Grifo, mas foi pelo comandante ser excelente? Acredito que tinham uma comandante chamada Norma ou algo assim... mas pelos rumores, não posso chamá-la de nada lá muito bom. Eu sabia, aquele garoto da Casa Walt estava envolvido.)

A força que realizara uma grande tarefa tão grandiosa quanto o abatimento de um grifo. Houve uma época que isso causara certo pânico no palácio.

Mesmo agora, Blois podia se lembrar daquilo, e com Breid em mente, investigou a situação de novo. Mas pelos méritos que recebera, Breid parecia carecer em habilidade.

(Não é como se sua proeza militar fosse alguma coisa especial. Não, pelos documentos, ele deveria ser um Cavaleiro relativamente habilidoso, mas...)

Com o Lyle abrindo mão das conquistas, e dando o golpe final em um Cavaleiro que basicamente tinha sido derrotado pela Celes, Breid havia recebido uma avaliação bastante alta.

(Isso é mais problemático do que pensei.)

Blois pensava isso, enquanto escutava a continuação da conferência...

... Fortaleza Redant

Nela, estavam aventureiros e soldados de Beim. E com meios para tal, meios que Beim nunca usara antes, eles reuniram soldados voluntários de seus residentes, tropas superando os cinquenta mil tinham sido reunidas.

A fortaleza reforçada tinha reduzido as três camadas de muralhas que uma vez teve a duas. Mas eram mais equipadas que antes, e sua força e funções tinham sido suficientemente aprimoradas.

Continuar empregando cinquenta mil seria difícil, mas ainda assim, era mais que possível temporariamente.

E Beim parecia aliviada com o número de soldados na fortaleza.

— A fortaleza ficou mais forte que antes, com mais tropas além disso. Ela já derrotou uma força ainda maior de monstros antes. Seremos os vitoriosos desta vez.
— Se há qualquer razão para frustração, acho que seria que a situação da frente é tão dura que mesmo se vencermos aqui, será difícil obter qualquer avaliação?
— Reforços virão da cidade. Quando rechaçarmos Bahnseim aqui, vai ser o fim. Embora seria bom se eles se concentrassem mais neste ponto do que na cidade.

Os soldados voluntários estavam equipados com armas feitas por artesãos de Beim. Porém, no caso desses artesãos... eles eram de várias lojas que tinham sido colocadas para trabalhar, então seus trajes eram uma bagunça, e suas armas não eram uniformes.

Eles davam ares de um grupo de mercenários.

Rauno os observava, vestido no equipamento que tinha encontrado dentro da fortaleza. A guarda deles era mole demais, e seus soldados careciam de tensão ou consistência, então ele foi capaz de se esgueirar facilmente.

Enquanto sentado sobre um caixote de madeira, ele bebia com soldados desconhecidos enquanto coletava informação.

— Hmm, então tem alguma informação vindo de Bahnseim?

Para surpresa de Rauno, um dos soldados, vermelho de bêbado, se virou, e caçoou dele:

— Você não sabe nem de uma coisa básica assim? Eles tão com os mercês do lado deles. Amigos, e o povo que tem dívida com Beim tão passando a info. Vai tudo acabar quando aquele exército de Bahnseim fugir diante do milagre da Fortaleza Redant!

O milagre da Fortaleza Redant... era a história heroica do Lyle aniquilando um exército de várias centenas de milhares de monstros, espalhada e enfeitada por menestréis.

Rauno lançou um olhar em volta para ter certeza que ninguém o notara. Tomando alguns goles pequenos de sua bebida, ele observava os movimentos em volta.

(... Eles estão se achando demais. É provável que esta fortaleza seja penetrada mais rápido que o esperado. Com o bando de Bahnseim trazendo uma força tão grande, me surpreende que eles consigam esquecer de preparar as fundações tanto assim.)

Rauno havia coletado informações de Cartaffs ao norte e leste de Bahnseim, e tendo se infiltrado na fortaleza, Rauno estava coletando informações por lá antes de retornar para Beim Sul.

(Embora tenham equipamentos completos, mas sua atmosfera e linha de comando estão uma merda. Isso está indo exatamente como o grupo do Lyle antecipou.)

Até Beim tinha soldados. Mas não era como se eles tivessem chances para treinamento adequado. Os soldados voluntários eram do tipo que só tinham ido nos vilarejos em volta e derrotado monstros.

Então mesmo se seus equipamentos fossem bons, as pessoas dentro eram de baixa qualidade.

Rauno bancava o bêbado para se misturar aos arredores enquanto sentia um grave senso de perigo com a própria falta de senso de perigo da fortaleza...

Beim Sul.

Lá, eu me encontrava com o herdeiro do ramo principal da Casa Randbergh... um jovem rapaz chamado Baldoir Randbergh.

— Já faz um tempo, Lyle-sama.

Jurando lealdade de joelhos e em trajes de Cavaleiro, o Baldoir-san... não, Baldoir havia me conhecido oito ou nove anos atrás, aparentemente.

Depois disso, ele se aventurou fora de casa para treinar. Além disso, quando retornou, ajudou o chefe, e passou seu tempo no território, então era alguém que não tinha sido enfeitiçado pela Celes.

Mesmo na Skill do Sexto, a reação de Baldoir era exibida em azul.

— Foi bom de sua parte em ter vindo, Baldoir. Minhas desculpas, mas farei com que trabalhe por mim.

Ele se levantou.

— Deixe comigo. Nosso Chefe me disse para lutar por ti. E a Casa Randbergh é uma em dívida com os Walts. Você certamente verá o quão útil eu posso ser. Ordene o que quiser.

Eu não tinha memórias de me encontrar com ele antes, e me senti meio mal por não lembrar. Mas para ser honesto, eu estava ocupado demais atualmente para falar sobre isso.

— Ouvir isso é um alívio. Nesse caso, as trezentas e cinquenta tropas que trouxe entrarão sob meu comando direto. Sinto muito, mas irei trocar os equipamentos deles. Irei devolver o equipamento original deles, e você pode fazer o que quiser com o equipamento que distribuirei. Entretanto, não o venda.

No escritório da minha propriedade simples em Beim Sul, Baldoir estava um pouco confuso.

— Eu entendo que está com poucos soldados, mas tem certeza? Se tem o dinheiro para pagar pelo equipamento de trezentos e cinquenta homens, não deveria contratar mais?

Me sentei em uma cadeira, e me virei para a mesa. Estive processando uma pilha montanhosa de documentos nela, e após terminar mais outra, virei meus olhos para Baldoir.

— Sem problemas. Conseguirei as tropas que careço do fronte leste. E já preparei os equipamentos para três mil.

Eu já tinha feito os pedidos dos artesãos sob o velho Letarta, e aqueles que migraram... além dos ferreiros da aliança das quatro nações e de Cartaffs.

Eu estava curioso do quão longe eles tinham chegado no meu tempo fora, e quanto perguntei, aparentemente tínhamos três mil prontos.

— A propósito, eu gostaria de confiá-los com uma certa arma. Eu realmente gostaria de começar o treinamento para esses trezentos e cinquenta imediatamente.

Baldoir assentiu fortemente.

— A Casa Randbergh nunca foi negligente no treinamento básico. Seja espadas, lanças ou arcos, eles poderão lidar bem.

Foi mal. O que eu reuni não é espada, lança ou arco.

— É um pouco diferente. Verdade seja dita, farei eles usarem isso.

Entreguei uma arma de fogo para Baldoir.

— Lyle-sama, isso é, bem... uma arma de fogo, não é?

— Oh, você conhece? Isso agiliza as coisas. Para ser completamente honesto, prepará-las para os seus números foi o nosso limite. Nós não temos folga para mais, então isso ajuda bastante. Seus homens são de alta qualidade, e posso confiá-los com isso aliviado. Pois bem, vamos começar logo com o treinamento?

Baldoir levantou a arma de fogo nas mãos.

— Eu as conheço, ou melhor dizendo, o antigo chefe da Casa Walt as utilizou, então há algumas armas mantidas na nossa casa. Porém... o Maizel-sama se moveu para longe do uso delas dizendo que elas tinham muitos problemas com sua utilização...

Havia um bocado de problemas. Era possível bloqueá-las com um simples escudo mágico. E o maior problema era dinheiro. O treinamento dos soldados que as utilizava requeria balas, então dinheiro iria diretamente para o ralo.

— Sem problemas. Elas também são Ferramentas Mágicas gravadas com Skills. Somando-se a isso... o dinheiro eu peguei emprestado com um conhecido, então não se preocupe.

Vendo-me desviar meus olhos, Baldoir pareceu preocupado.

Ouvindo que Baldoir conhecia armas de fogo, mas que meu pai tinha proibido o uso, o Sétimo soltou uma voz complicada.

『... não importa a era, o homem comum falha em compreender aqueles que seguem em frente.』

O Quinto lhe ofereceu um tom irritado:

『Nós fomos capazes de seguir com isso porque temos os artesãos de Beim, e um Labirinto em nossa posse. Se toque que originalmente nunca teríamos sido capazes de acumular um número desses. Além do inevitável custo monetário, o efeito é questionável demais. A decisão do Maizel foi válida.』

Só dinheiro não era o bastante para mantê-las. Era necessário reunir toda a munição consumível, os artesãos para manutenção, e aqueles com conhecimento necessário, ou nunca se conseguiria aplicá-las.

Baldoir segurou a arma de fogo cuidadosamente enquanto verificava comigo.

— A propósito, Lyle-sama. Quantas tropas está reunindo além de nós?

Retornei à minha papelada.

— De toda a aliança, trinta a quarenta mil. Já peguei cerca de dez mil emprestados de Cartaffs. Sob meu controle direto, incluindo os seus homens, cerca de quinhentos. Com toda a força de Beim Sul, nem mesmo dois mil.

Ouvindo essas palavras, Baldoir exclamou:

— Esperá aí! Está planejando enfrentar os exércitos de Bahnseim com esses números!?

É verdade, eles tinham forças excedendo trezentos mil. Se enfrentássemos isso, a vitória seria um sonho de um sonho distante.

— Eh? Nem pensar. Não me entenda errado, eu não estou tentando derrotar um inimigo massivo com uma pequena força.

Baldoir ficou confuso.

— Nesse caso, planeja quebrá-los peça por peça? Mas com uma diferença de números dessas...

Esta guerra também tem o significado de abastecer minhas forças militares insuficientes. Acima de tudo, havia significado em usar soldados de Bahnseim.

Se fôssemos pegar soldados emprestados de outros países, isso criaria uma dívida pós-guerra enorme. O que eu mais odiava era o fato de que esse problema estava diretamente relacionado ao balanço de poder do harém. Não, acho que por enquanto isso não importa.

— Pedaço por pedaço é o básico. Mas no momento, o verdadeiro objetivo de Bahnseim não sou eu, mas sim Beim. Então métodos não faltam. Bem, não farei nenhum assalto impensado.

Nisso, Baldoir deu uma pequena risada.

— O que foi?

— Não é nada, eu só pensei que o Lyle-sama é um esplêndido homem da Casa Walt, só isso.

Por alguma razão, as palavras dele não me soaram como um elogio.


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