Torneio Histórico Brasileira

Autor(a): M. P. Oliveira


Volume 1

Capitulo 3: Sangue ou Espada

— LUUUUUTEM!!! — Assim que ouviu tais palavras, Arthur imediatamente levou sua mão a espada bastarda em sua cintura a retirando de sua bainha.

A espada tinha sua lâmina feita de um aço tão polido que era possível visualizar perfeitamente o reflexo, enquanto o cabo era completamente banhado a ouro, com uma pedra roxa se destacando no centro. Estranhamente a aparência da espada lembrava muito a Excalibur.

Segurando com ambas as mãos, Arthur ergueu a espada acima de sua cabeça e em seguida deu um passo para frente pisando com força no solo ao ponto de fazer pequenas rachaduras no local de impacto.

O rei de Camelot com toda sua força desferiu um corte de cima para baixo visando partir o corpo de Elizabeth ao meio, uma morte rápida e indolor, algo que Arthur consideraria misericordioso.

A condessa de sangue abriu um pequeno sorriso em seus lábios vermelhos. Enquanto Arthur fazia seu ataque, fios de sangue vindo da trilha criada pela mulher se enroscaram em seu corpo e em um movimento brusco a puxou para trás, permitindo que pudesse desviar do golpe.

Track! — Com sua espada, Arthur partiu a xícara de Elizabeth que havia sido lançada em sua direção pela condessa enquanto era puxada.

O liquido quente atingiu o rosto do rei, que apenas ignorou a dor, se focando unicamente na inimiga a sua frente.

— Ora, ora! — Disse Elizabeth, enquanto manipulava o sangue do seu vestido, o fazendo flutuar a sua volta. — Você é bem apressadinho, né! — Em um movimento das mãos o sangue em volta da condessa se dividiu em várias partes que se moldaram na forma de estacas.

O sangue que formava as estacas endureceu e com um estalar de dedos de Elizabeth, foram lançados em uma alta velocidade contra Arthur.   

 

O rei dos bretões ergueu os olhos em surpresa, segurou o cabo da espada com força e com movimentos extremamente limpos destruiu todas as estacas com facilidade.  

— Eitaaaaa! — Luc gritava e a plateia se exaltava ao ver a velocidade extrema que Arthur balançava sua espada.

Olhando para a condessa, o rei inspirou profundamente, ele estava surpreso! Ao ver Elizabeth, uma mulher de aparência delicada e pele bem cuidada, Arthur tinha certeza que seu oponente era FRACO. Por isso o homem tinha a certeza que tudo acabaria no primeiro golpe.

— Parece que as coisas não serão fáceis para o nosso Arthurzinho. — Ao lado de Sirius o lendário rei de Esparta comentava.

— Sério? Aquilo que ela fez foi impressionante, mas não importa como eu veja, ela não parece ser alguém que viveu na guerra como nos. — Mulan destacou.

— E não é, mas há um grande problema nisso tudo.

— Qual?

— Os dois itens divinos dados por aquele ferreiro, com tal poder, mesmo uma criança poderia ser tornar um grande problema.

— Certamente! — Sirius entrou na conversa. — Porem experiência em batalha ainda é importante, e... Senhor Arthur ainda não usou seus itens!

 Na arena, Arthur segurava o cabo da espada com apenas uma mão e seu olhar havia se tornado extremamente concentrado. O rei havia aprendido sua lição, ele não poderia se segurar ou caso contrário acabaria morto e não conseguiria cumprir seu desejo.

Pela segunda vez Arthur pisou forte no chão, criando rachaduras no solo, e com uma velocidade sobre-humana disparou em direção a Elizabeth.

A condessa ergueu os olhos em surpresa, “rápido!” pensou. Em um movimento com as mãos reuniu uma abundância de sangue a sua frente o endurecendo no formato de um escudo circular.

A espada e o escudo se chocaram, rachaduras ineditamente surgiram pelo escudo e com um pouco de esforço Arthur conseguiu atravessá-lo, porem o pequeno atraso gerado no ataque do rei foi o suficiente para Elizabeth dar um passo para trás e desviar do golpe.

Notando o sorriso egocêntrico de Elizabeth enquanto materializava mais um escudo, Arthur apertou os dentes e com a fúria tomando seu corpo avançou desferindo golpes e mais golpes contra Elizabeth que continuava a recuando.

A cada movimento, a cada golpe, a plateia vibrava, comemorava como se o seu time tivesse feito um gol. Seja em Arthur ou Elizabeth, suor já escorria em suas testas, demonstrando o claro desgaste por se movimentar tanto de maneira intermitente.

Arthur destruía mais um escudo, porem após recuar dessa vez a condessa não preparava outro e sim uma esfera feita de puro sangue-liquido. 

Em um movimento de empurrar com os braços, Elizabeth lançava a esfera do tamanho de uma bola de pilates a endurecendo durante o percurso.

Arthur ficou brevemente surpreso, mas com um golpe limpo na vertical partiu a bola solida ao meio. — Inútil! — exclamou.

— Tolo! — Elizabeth respondeu.

Aquele ataque nada mais era que uma última distração, para que ela terminasse de reunir sangue nas suas costas.

De repente, todos no coliseu ficaram boque abertos quando um gigantesco par de asas similar a de um morcego começou a se formar no topo da costas da Condessa.

Em um bater de asas Elizabeth subiu ao céu até uma altura segura onde Arthur nunca poderia alcançá-la, não importa o quão alto saltasse.

Sobre os gritos da plateia que ecoavam seu nome e com uma vantagem absoluta, a condessa de sangue abria um largo sorriso, enquanto lanças de sangue se formavam ao seu redor.



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