Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.


Volume 1

Capítulo 106: Persistência irracional

Suas emoções ainda se mostravam instáveis devido ao incidente de mais cedo no qual Xiao Ning acabou expondo um segredo assombroso, mas apesar disso, Xu Xia se apresentou ao palco sem demoras, quando foi convocada.

Parte desse comportamento se devia ao fato de que o desejo de apresentar uma boa performance permanecia, mas o principal motivo para ter prontamente descido à arena era por não aguentar mais os olhares condenatórios que os Anciões e demais integrantes de sua Família direcionavam a sua pessoa. Para ser franca, após o fim desta partida, independente do resultado, não retornaria ao palanque.

Xu Xia havia prestado atenção o bastante nas lutas da primeira rodada a ponto de conseguir associar o nome de sua adversária a um rosto. E pelo que se lembrava, Wu Lin tinha conquistado uma vitória complicada e custosa, em cuja sorte e uma impressionante capacidade de ignorar os pedidos de socorro do próprio corpo foram os principais fatores responsáveis por classificá-la.

Não se tratava de uma desafiante poderosa e levando em consideração os machucados acumulados na última rodada, parecia pouco provável que essa disputa seguiria adiante. A árbitra escolhida para monitorar essa partida parecia pensar o mesmo, pois tinha pedido para um de seus colegas ir até o local no qual os jovens feridos estavam sendo tratados a fim de verificar o estado da outra competidora e se ela teria condições de continuar.

O praticante do Reino Virtuoso foi rápido e quando voltou, estava acompanhado por uma garota de expressão determinada e que mancava da perna esquerda.

O cultivador, pertencente à Família Zhan, aproximou-se da colega e falou em tom de sussurro, tentando ser discreto para não correr o risco de constranger ninguém:

― Os médicos disseram que ela não corre risco de vida e todas as farpas foram retiradas, mas recomendaram que não a deixemos lutar. Porém ela insistiu em continuar. A decisão é sua. ― informou, passando a responsabilidade para outra pessoa.

Mesmo que ele não tivesse dito nada, bastava olhar para a esforçada representante da Fundação Quatro Pilares que sua incapacidade de dar prosseguimento na competição ficava evidente.

Ela não tinha tido tempo o bastante para se recuperar. Embora as farpas houvessem sido removidas, o sangue decorrente dos ferimentos tivesse sido limpo e a vestimenta rasgada trocada por uma nova, notava-se pelo excessivo número de bandagens e curativos que os machucados acumulados continuavam agindo contra sua saúde e sua integridade. Seu rosto apresentava um preocupante tom pálido, as pernas não inspiravam firmeza, e as pálpebras meio caídas sugeriam uma luta que já se encontrava sendo travada contra o cansaço.

Mas apesar do estado debilitado e de não ter mais uma arma, pois sua espada havia se quebrado, Wu Lin não exibia o menor sinal de que pretendia ceder à luta. Sendo ela uma pessoa obstinada, depois de subir na arena e parar a uma distância apropriada de sua adversária, posicionou-se de uma maneira que sugeria uma preparação prévia para o embate.

Percebendo que a garota estava se preparando, a juíza teve sua atenção chamada e antes de tomar qualquer decisão, aproximou-se e perguntou:

― Disseram-me que você ficará bem, mas da mesma maneira, foi-me recomendado o cancelamento dessa disputa. ― Sendo ela uma cultivadora da Família Zhan e também uma voluntária que vez ou outra ajudava na Fundação Quatro Pilares, Zhan Ju entendia a importância de preservar os jovens e tomar o devido cuidado para que eles não acabem se excedendo, resultando em ferimentos mais profundos e até irreversíveis. Contudo, também entendia a grande vontade de muitos em seguir lutando e da importância que este festival representava para os meninos e meninas sem Família.

― Por favor, não! ― disse Wu Lin em resposta. ― Eu ainda posso lutar! ― afirmou, tentando passar confiança. Sua voz não era tão vigorosa quanto na primeira rodada, mas o olhar em seu rosto permanecia determinado, inabalável apesar da oponente a frente ser uma Despertada.

― E de que maneira pretende fazer isso agora que perdeu sua arma? ― Mesmo percebendo a disposição da jovem, Zhan Ju se recusou a conceder a autorização de imediato.

― Eu sou muito boa lutando com as mãos. ― garantiu Wu Lin, fechando os punhos como uma forma de exemplificar o que estava sendo dito. Em sua voz existia certo tom de apelo e melancolia. ― Por favor, eu ainda posso continuar! ― dizia. ― Não me machuquei tanto assim, eu juro.

A árbitra Ju olhou desconfiada para a jovem por um segundo. Seus olhos expressivos e as rugas ponderadoras que se formaram em sua testa evidenciavam os questionamentos internos. Perguntava a si mesma o quão confiável eram as palavras daquela garota e o quão desesperada ela poderia estar para se provar, para provar que era sim uma cultivadora forte. Por fim, chegou a seguinte decisão:

― Tudo bem, eu vou deixar você lutar. ― E nesse momento, Wu Lin abriu um largo sorriso cheio de esperança. ― Mas... ― acrescentou Zhan Ju, assumindo uma postura severa. ― Se eu acreditar, mesmo que por um segundo, que você não consegue continuar ou que foi longe demais, irei interromper a disputa no mesmo instante.

A partir desse ponto, não houve mais protestos e nem tentativas de provar que ainda estava bem. Wu Lin só teve a agradecer. E depois de dizer obrigada algumas vezes, ela tornou a se posicionar, enquanto a árbitra Ju deixou a arena a fim de dar espaço às competidoras.

Xu Xia assistiu de seu lugar o debate entre as duas e não ficou tão surpresa, muito menos chateada, quanto a escolha de permitir o embate acontecer. No entanto, vendo o estado debilitado da outra parte, ficava difícil ignorar o sentimento de injustiça, e por isso decidiu fazer a própria pergunta:

― Tem certeza que quer lutar? ― Durante sua primeira disputa, que aconteceu há pouco, estava muito distraída e até o momento não tinha certeza de como aquilo acabou. Mas agora, embora ainda não tenha se recuperado por completo, sua atenção se encontrava presente e esse fato a impedia de agir de forma irracional ou igual a uma pessoa sem empatia.

― A batalha entre Wu Lin e Xu Xia começa agora! ― anunciou Zhan Ju em alto e bom tom.

― Sim! Eu tenho. ― confirmou a integrante da Fundação Quatro Pilares.

― Sendo assim, você pode fazer o primeiro movimento. ― Enquanto falava isso, não existia arrogância na voz de Xu Xia. Pelo contrário, notava-se respeito e uma discreta simpatia pela coragem e determinação apresentada pela outra parte.

Aceitando de bom grado a oferta, Wu Lin dispensou o uso de mais palavras, mesmo aquelas que poderiam ser usadas para agradecer pela generosidade recebida, e partiu para o ataque numa investida simples. Desprovida de armas, movimentos trabalhados ou de técnicas poderosas, a única coisa que lhe restava eram seus punhos para atacar.

De punhos fechados e braços erguidos numa postura bastante desajeitada de quem não tinha muita prática em usar as mãos para lutar, ela correu o máximo que suas pernas podiam suportar naquele instante, mas nem por isso deixou de mancar ou se tornou mais rápida.

Xu Xia permaneceu em seu lugar, atenta a movimentação da adversária, mas precisava admitir que não conseguia enxergar qualquer real perigo vindo dessa tentativa.

Seja como for, quando a praticante do Reino Mundano se aproximou e tentou golpeá-la, ela meramente inclinou o corpo para o lado, trocou a posição dos pés e desviou. E foi nesse ponto que resolveu questionar.

― Você não vai usar outra espada? ― lembrava-se bem de tê-la visto na última rodada usando uma arma, que quebrou após um único golpe. ― E não me importo que comece usando sua Técnica de Combate.

― Eu não tenho outra. E não sei usar o Corte Espiritual sem uma espada. ― respondeu Wu Lin com sinceridade.

― Entendo. ― murmurou Xu Xia. ― Nesse caso... ― ela ergueu os braços na frente do rosto ― também vou lutar usando apenas as mãos.

Podia até parecer que estava sendo boazinha ou ingênua demais, afinal essa era uma competição importante e não possuía muita habilidade em confrontos corporais, porém, tendo em vista o estada já enfraquecido da oponente e a falta de recursos para atacar, isso pouco poderia ser considerado uma vantagem.

Mas nem por isso Wu Lin deixou de notar a gentileza que estava recebendo.

― Muito obrigada! ― agradeceu ela, levemente comovida. Se fosse parar para pensar, perceberia que não existiam motivos para ser tratada dessa maneira por uma talentosa rival do Reino do Despertar, mas no momento seu único foco era mostrar à todas aquelas pessoas importantes que determinação não lhe faltava, mesmo desprovida de habilidades.

Wu Lin atacou com toda a bravura que precisava para enfrentar alguém tão mais forte de frente. Seus braços se moveram de um lado para o outro, perfuraram em frente, avançaram na horizontal e na diagonal, tudo na tentativa de acertar um golpe ― se seus punhos pudessem ao menos atingir uma única vez...

Mas Xu Xia se esquivou de todos com facilidade, mesmo o combate corpo a corpo não sendo o seu forte. E então, após permitir a outra parte controlar o ritmo e tomar a vantagem, enfim resolveu abrir mão da defesa e contra-atacar.

Um único soco, preciso e certeiro, foi o bastante para derrubar a desafiante, que não teve a menor chance de se defender ou desviar.

Quem assistia de longe ficou com a vaga impressão de que o golpe não havia sido tão forte, mas Wu Lin permaneceu caída por alguns instantes e quando tentou se levantar experimentou grandes dificuldades, seus olhos e toda expressão em seu rosto perdeu a firmeza, suas pernas tremeram perante o peso corporal. Parecia muito fraca para continuar.

Porém ela insistiu e conseguiu se manter de pé. Nos instantes seguintes permaneceu parada, tentando se recuperar, instantes esses em que Xu Xia não atacou. E após alguns segundos, voltou a tentar uma nova ofensiva.

Se antes seus golpes já eram desprovidos de força além de serem lentos, agora estavam ainda mais descoordenados e ficava perceptível para qualquer um que o intervalo entre cada tentativa havia aumentado. E foi nesse ponto em que ela foi atingida de novo.

Wu Lin caiu e assim como antes permaneceu algum tempo inerte, e embora tenha sido por breves segundos, sua incapacidade de se movimentar levou muitos a acreditarem que a garota tinha desmaiado. Mas isso logo se provou mentira, quando ela tornou a tentar se erguer.

Porém, diferente de antes, a enfraquecida garota não conseguiu se recuperar usando apenas da pura determinação. Após suas pernas tremerem algumas vezes, voltou a cair no chão. Estava exausta. O pouco tempo que teve para descansar entre uma batalha e outra se provou insuficiente. Além do mais, os ferimentos causados pelas Farpas Penetrantes continuavam a atormentando, tanto que manchas vermelhas se espalhavam através dos curativos e para piorar, ainda era possível somar isso a um nariz sangrando e um olho roxo, ambos ferimentos adquiridos nos últimos minutos.

A essa altura já havia ficado claro para quem assistia que o fim dessa disputa nada estimulante já estava para chegar, e o mesmo se aplicava a Zhan Ju, que subiu na arena, interrompendo o evento.

― Acabou! ― disse ela. ― Você não tem mais forças para continuar.

― Eu ainda consigo. ― grunhiu Wu Lin em resposta. Sua voz saiu fraca e sem nenhuma convicção e expondo uma teimosia irracional, voltou a tentar se levantar no intuito de provar o que tinha dito. ― Eu posso continuar. ― afirmava.

Contudo, apesar de ter tido sucesso em se erguer mais uma vez, sozinha, suas pernas trêmulas e todo o esforço para executar a simples ação não gerou confiança na árbitra que enfim declarou:

― Eu avisei que interromperia a luta caso fosse preciso. Sinto muito! ― desculpou-se antes de passar o veredito. ― A participante Wu Lin não pode participar, portanto, a vencedora é Xu Xia.

O público aplaudiu, mas sem muito entusiasmo. Nada de grandioso havia acontecido. A conclusão antecipada por todos chegou rápida, sem nem mesmo uma única reviravolta ou a exibição de uma Técnica de Combate.

Wu Lin estava desapontada e até um pouco chateada, pois sentia que ainda conseguiria aguentar alguns golpes. Mas também sabia que não seria certo culpar Zhan Ju, ainda mais levando em consideração o quão compreensível ela foi e mesmo agora, depois de desqualificá-la, a poderosa integrante da Família Zhan continuava a ajudando, levando-a pessoalmente para ser tratada pelos médicos.

Enquanto isso, Xu Xia deixou a arena e rumou na direção oposta do palanque. Ainda participaria do Festival, mas aguardaria pela sua próxima vez em outro lugar.

Embora essa não tenha sido a batalha mais emocionante do festival, não deixou de ser um acontecimento memorável nessa noite que seguia animada, pois a segunda rodada havia enfim terminado e os preparativos para a etapa seguinte tiveram início no palco. Assim como na vez anterior, não seria reservado um tempo de descanso para os participantes que tiveram a sorte de se classificar, mas uma pequena pausa se fazia necessária para atualizar a faixa que exibia os nomes dos competidores.

Nesse meio tempo...

A descida do território da Família Xiao até o centro da cidade levou mais tempo do que esperava, mas Camila ainda conseguiu chegar a tempo de ver o vexame que seu chefe causou à própria imagem. Para sua sorte, poucas pessoas sabiam de seu envolvimento com Ning, do contrário ficaria muito envergonhada caso alguém resolvesse se aproximar apenas para fazer piadinhas.

Infelizmente, devido ao seu atraso, teve de se contentar com um lugar distante, já que as pessoas se aglomeravam em volta do palanque e da arena, dificultando a passagem. Mas ainda assim não tinha ficado em uma posição tão ruim, dado que se encontrava próxima das barracas e tendo uma quantia generosa de dinheiro a sua disposição, não hesitou em comprar tudo o que lhe saltou aos olhos ou lhe instigou o paladar.

Camila permaneceu sozinha por alguns minutos, mas isso não durou muito, pois um grupo composto por três garotas, que também foram privadas de uma posição privilegiada, aproximou-se enquanto dispunham de uma conversa animada, e para a sua surpresa, elas a reconheceram.

Ei! Você é uma das empregadas do 9º Ancião, não é? ― questionou uma menina alta e de cabelo marrom ao chegar mais perto, exprimindo uma nota de reconhecimento.

Aquela era Xiao Mei, uma praticante de dezesseis anos, filha de um Líder Setorial e uma cultivadora da 6ª Camada do Reino Mundano, e também amiga de Shui. Junto a ela estavam Xiao Li-Fen e Yu, duas jovens que também participaram do Evento de Seleção, apesar de não terem conseguido se destacar na competição, com exceção de Yu, que ficou em 8º lugar.

Camila logo reconheceu todas as três, dado que desde o início das festividades de fim de anos elas apareciam com bastante frequência na casa do 9º Ancião Chang no intuito de convidar a amiga para irem juntas se divertir e, em poucas ocasiões, até mesmo ajudaram Shui a treinar para o Festival da Geração do Caos.

Quando as garotas se aproximaram, ela, que ainda mantinha a cordialidade de uma serviçal, abaixou a cabeça em sinal de respeito e deixou seus mais sinceros cumprimentos.

― Boa noite, Srtas. Mei, Li-Fen e Yu! É um prazer revê-las.

Ei, ei! Pare com toda essa formalidade. ― pediu Xiao Yu erguendo a mão direita em um gesto que indicava para a outra parte levantar a cabeça. ― Nós estamos em um festival. Não precisa agir assim.

Talvez fosse por ser a filha de um Ancião, mas sua voz era pesada e carregava traços distintos de autoridade, algo que pouco podia ser relacionado a uma garota que sequer havia alcançado os dezoito anos.

― Ela só está sendo educada. ― disse Li-Fen, que diferente da amiga, o comportamento no geral era um tanto mais reservado.

Camila nunca tinha tido um contato prolongado e íntimo com nenhuma dessas meninas e portanto a primeira sensação que experimentou foi a de um breve desconforto. Mas desde que foram as únicas a proporem uma aproximação, seria um tanto chato de sua parte se tentasse fugir por causa de um pequeno incômodo ― ao menos era o que sentia ― e por isso decidiu tentar sua própria abordagem.

― Vocês estão se divertindo? ― Era o tipo de pergunta que se fazia por fazer, mas naquele momento pareceu um bom modo de iniciar uma interação.

E a resposta foi bastante positiva, dado que Xiao Yu logo acrescentou:

― A gente chegou aqui bem cedo. ― disse ela elaborando uma explicação mais detalhada. ― Uma dica: se você ver um homem de touca na cabeça vendendo frutos do mar na chapa, não coma! ― aconselhou de uma maneira que parecia carregar certa experiência.

Ah! Meu estômago ainda dói. ― resmungou Li-Fen, colocando a mão na barriga.

As garotas sorriram e Camila as acompanhou, embora não soubesse ao certo o porquê de fazer, apenas podia imaginar.

― E também... ― começou Yu, exprimindo um semblante sugestivo e provocador enquanto olhava para uma das companheiras. ― A Mei estava muito ansiosa para ver o namorado lutar.

― Namorado? ― repetiu Camila, tendo a curiosidade despertada.

― Não escute o que essas meninas estão falando. ― exasperou Xiao Mei, deixando escapar um leve suspiro aborrecido. Algo em seu modo de agir denunciava que já estava cansada de escutar e ser alvo das mesmas brincadeiras.

No entanto, apesar do claro tom aborrecido apresentado pela amiga, Xiao Yu aparentava não se importar, pois entre sorrisos brincalhões, informou:

― Já estão falando em casamento. O pai dela até está chamando o Xiao Guo de genro.

E diante dessa informação, Li-Fen, que parecia ser a mais reservada do grupo, abafou uma gargalhada enquanto abaixava a cabeça.

― Meu pai não falou nada! ― retrucou Xiao Mei, lançando um olhar de censura para a amiga. ― E eu tenho coisas mais importantes para fazer na minha vida do que ficar pensando em arrumar um namorado. Antes, eu preciso cumprir meus objetivos. ― declarou, firme.

E interessada como era em assuntos que desconhecia, Camila não resistiu em perguntar:

― Quais objetivos? ― Se fosse antes, quando ainda trabalhava para o 9º Ancião, talvez tivesse se abstido de fazer tal indagação, ainda mais levando em consideração que a Empregada-chefe sempre a repreendia por se intrometer na vida alheia. Mas, apesar de nenhuma daquelas meninas saberem disto, agora, ajudando Ning na Alquimia, sentia-se mais livre para falar sem reservas.

E apesar de essa ter sido o tipo de pergunta que poderia ser interpretada como intrusiva demais para alguns, as garotas demonstraram não se importar.

― Ela está treinando para tentar entrar no esquadrão de algum Guardião depois que se tornar uma Despertada. ― Quem respondeu foi Li-Fen.

O clima entre as quatro parecia amigável e percebendo isso, Xiao Yu, sabendo que ainda haveria uma longa noite pela frente e não querendo ficar parada no mesmo lugar por muito tempo, resolveu indagar:

― Você está sozinha?

Camila respondeu que sim. Ela não tinha ninguém próximo para lhe fazer companhia, nenhuma amiga. E ao ouvir isso, quem estendeu o convite foi Mei, a jovem aspirante a combatente:

― Então fique com a gente. ― sugeriu. ― Nós estamos indo ver meus pais e depois iremos encontrar um lugar melhor para assistir a luta de Xiao Bai e Xiao Jiao.

A hesitação a princípio foi inevitável, pois não sabia se seria adequado para sua pessoa andar ao lado das filhas de Anciões e Líderes Setoriais, mas, no fim, Camila decidiu aceitar o convite. A próxima batalha começaria em breve e seria bom ter alguma companhia. E assim, as quatro saíram juntas, abrindo caminho em meio à multidão.

 


Nota do Autor

Eae, como vão? Espero que bem!

Há algum tempo falei que iria criar redes sociais para publicar as histórias que escrevo e finalmente estou aqui para falar que já comecei a fazer isso. Por enquanto eu criei apenas uma conta no instagran e uma págnia no facebook, mas no futuro pretento fazer outras coisas, como por exemplo um servidor no discord, mas isso ainda está um pouco longe, já que antes de mais nada eu preciso aprender a fazer isso kkk

Enfim, eu gostaria de convidar vocês a me seguirem por lá. Mas antes, algo precisa ser respondido, porque fazer isso?

Bem, além dos motivos óbvios que todos já esperam, como acompanhar mais de perto os lançamentos de Um Alquimista Preguiçoso, eu pretendo trazer nessas mídias outras coisas que vão além de falar quando um capítulo sai ou não. As contas no instagram e facebook ainda estão só no começo, mas eu gostaria de adiantar que teremos muitas coisas por lá, como brincadeiras, curiosidades sobre a obra e personagens, como vai o andamento dos capítulos e claro, novidades a respeito de outras histórias que escrevo ― e falando nisso, eu já fiz um post no insta e face falando um pouco mais sobre esse tema. Além disso, por meio dessas redes vocês poderão entrar em contato comigo com mais facilidade.

Quem estiver interessado, deixarei os links aqui em baixo (O nome da página e do perfil é Libera o Conto):

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