Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.


Volume 1

Capítulo 123: O medo que se espalha

No centro da cidade, o clima festivo e alegre provocado pelo Festival da Geração do Caos deu lugar ao medo e à insegurança. Todos estavam aproveitando dos jogos divertidos e da boa comida quando um clarão tomou conta do céu em alguma região próxima ao sopé da instável Montanha Ancestral de Jade, em seguida ocorreu um estrondo ensurdecedor que causou ecos por toda a cidade e além, desaparecendo na sombria Floresta das Mil Perdições. E por fim, aquilo que mais trouxe terror ao coração dos habitantes foi o tremor causado pela explosão, semelhante a um terremoto de baixa escala e passageiro.

Guiados pelo receio e a curiosidade, diversas pessoas se afastaram o mais rápido possível das proximidades da divisa do território dos Xiaos ― mesmo a explosão tendo acontecido em um lugar distante ― e se aglomeraram ao redor da arena, lugar no qual se sentiam mais seguros e poderiam desfrutar de uma visão ampla do ocorrido.

Em meio à multidão que havia corrido para um lugar em que estivessem a salvo, Camila e as outras garotas olhavam abismadas para o céu claro que se abriu do nada. Não é preciso dizer, mas, de todos, os mais apavorados e confusos com o acontecido eram os integrantes da Família Xiao.

― O... o que foi isso?! ― murmurou a mais recente ajudante do Alquimista, transparecendo no rosto um sentimento de angústia.

― Aquilo foi perto de Pequeno Lar! ― comentou Xiao Li-Fen em choque, imaginando o que poderia ter acontecido nos arredores da vila na qual morava.

― Será que minha mãe já chegou?! ― lamuriou Xiao Yu um tanto ansiosa.

Não eram apenas as pessoas nas ruas que estavam alarmadas com o clarão repentino e o tremor que tomou conta de parte da cidade. No palanque, as importantes figuras e os jovens que preferiram permanecer ao lado de seus líderes encaravam o lugar em que o pilar de fogo surgiu com extremo assombro.

― Não parece coisa de uma Besta Demoníaca ― observou o Supremo-Ancião Yanlin. Embora estivesse surpreso, ele se mantinha calmo enquanto encarava um ponto distante perto do sopé da montanha.

― Uma runa, talvez? ― sugeriu o Patriarca Tengfei, mantendo a postura esperada de um líder.

― O que quer que eu faça? ― Yanlin demonstrava estar bastante ansioso para sair daquele lugar e ir ao encontro de alguma ação. ― Eu posso acabar com isso rapidinho.

― Espere um pouco. ― Por outro lado, Zhan Tengfei sabia que algumas normas precisavam ser respeitadas enquanto Patriarca e Lorde da Cidade. ― Deixe os Xiaos tomar à frente. Se for uma Besta Demo...

“Boom!”

Outra explosão acarretou em um tremor ainda mais intenso do que o primeiro, levando a multidão a soltar gritos de pavor e se afastar o máximo possível do local.

Mas desta vez a coisa não parou por aí, pois logo em seguida mais quatro estampidos ecoaram por toda a cidade, seguidos de luzes coloridas que piscavam e desapareciam com extrema violência.

― Isso agora há pouco não foi uma Besta Demoníaca! ― O rosto do Supremo-Ancião mudou para uma expressão séria.

― Por um segundo... A Energia Espiritual que senti... ― Zhan Tengfei assumiu um tom ponderador, que acompanhado pela testa franzida denotava certa seriedade. ― Se os Xiaos estão sendo atacados por uma organização de fora, não podemos ficar parados. Junte alguns homens e...

― Lorde da Cidade! Lorde da Cidade!

Antes que o Patriarca Zhan tivesse a chance de ordenar uma força de apoio, um homem subiu correndo no palanque, gritando de uma maneira histérica e chamando a atenção de todos ao redor.

― Lorde da Cidade! Tenho um relatório urgente para passar! ― grunhiu o sujeito, arfando.

― Acalme-se! ― disse Tengfei, sentindo-se incomodado com o tumulto causado pelo subordinado. ― O que aconteceu?

E sem ao menos parar para respirar, o homem respondeu:

― Recebi informações... de que o 1º Ancião Xiao Dong iniciou uma rebelião e está atacando o Patriarca Enlai e seus aliados.

Surpresa e espanto tomou conta do palanque. Embora a maioria das pessoas ali presentes tivesse algum conhecimento da rivalidade que existia entre essas duas entidades, jamais imaginaram que chegariam a de fato se confrontarem em uma batalha.

― Mamãe! ― Apesar de não gostar de parecer uma criança, quando viu as explosões acontecerem seguidas de outras ainda mais intensas e ouviu a respeito da rebelião, Xiao Li correu para os braços da mãe em profundo desespero, temerosa pelo que poderia acontecer. A angústia em sua voz só não era mais marcante do que a expressão sombreando seu rosto enquanto encarava o território de sua Família, um lugar pacífico ainda nesta manhã.

A 7ª Anciã Huo acolheu a filha nos braços e passou a mão em sua cabeça numa forma de consolo e de desculpas, pois ela tinha um dever a cumprir.

― Querido ― disse olhando para o marido. ― Cuide da Li. Eu preciso ir.

O marido olhou para a esposa por um segundo. Em seus olhos havia hesitação e melancolia. Mesmo que pedisse para ela ficar, sabia que não adiantaria. Estavam casados há tempo demais para conhecer bem a personalidade da mulher que escolheu para passar o resto da vida. Ele soltou um suspiro ressentido e falou:

― Tome cuidado!

Xiao Huo se aproximou para dar um beijo de despedida no marido e quando tentou se afastar foi impedida pela filha que segurou seu braço, numa tentativa infantil de impedi-la de partir. Mas a Anciã se soltou, afirmando que ficaria tudo bem e se afastou da família antes que fosse convencida a abandonar seu dever, pois apesar de ser uma pessoa dedicada e leal, seu coração tinha suas prioridades.

― Você vem? ― chamou o 8º Ancião para acompanhá-la.

Xiao Wing, por sua vez, com seu rosto enrugado e nada motivado, soltou um suspiro custoso, hesitante.

― Eu prefiro não me envolver nesse tipo de conflito ― admitiu, mantendo sua imparcialidade. ― Porém ― acrescentou, mudando de tom. ― Xiao Dong está passando dos limites.

Chegando a uma decisão, os dois se precipitaram para a ponta do palanque e se prepararam para sair voando, mas antes que partissem, algo os impediu.

― Espere um pouco! ― pediu Xiao Guo, que surgiu de repente, respirando com dificuldades por ter subido as escadas correndo. ― Levem-me junto. ― Ele veio todo o caminho até o palanque para ver o que estava acontecendo e quando descobriu sobre o ataque, sentiu que não poderia ficar sem fazer nada.

― Você irá permanecer aqui. Essa não é uma disputa para crianças! ― disse a 7ª Anciã, que assim que terminou de falar, saiu acompanhada da pessoa mais velha da Família.

Os dois dispararam pelo céu rumo ao lugar em que as explosões tinham acontecido. E enquanto avançavam o mais rápido que podiam, Xiao Huo perguntou:

― Devemos ir nos encontrar com o Patriarca primeiro? ― Embora sua posição fosse um pouco mais elevada que a do companheiro, ela demonstrava respeito pela longa vida do Ancião.

― Não. Antes de mais nada, precisamos nos certificar de que o Alquimista esteja bem.

― Eu não sei o que você quer com o Ning, mas...

― Não se trata do que eu quero! ― retrucou o 8º Ancião, cortando-a. ― O Patriarca está a um passo de se tornar um Soberano do Despertar, enquanto o garoto ainda é um Mundano. Independente de como isso acabar, nossa Família será muito prejudicada. Iremos precisar de algo para nos apoiar e superar as dificuldades que virão. E ele é a nossa melhor chance.

Xiao Huo ainda estava um pouco insatisfeita com a decisão ― algo que se percebia pela expressão feia em seu rosto ―, mas decidiu não protestar ou apresentar um ponto de vista diferente. E assim, os dois se aproximaram da Muralha Protetora do Caos.

Ainda no palanque, o Supremo-Ancião Yanlin assistiu as duas figuras renomadas se afastarem, prontas para entrar no conflito.

― O que a gente faz? ― perguntou ele, demonstrando uma grande vontade de seguir o mesmo caminho feito pelos dois.

― Nada! ― respondeu Tengfei, direto. ― Se é um conflito interno, não podemos nos envolver. Isso só causaria problemas em nossas relações futuras.

― Pretende deixar o Alquimista morrer? ― retrucou Yanlin, usando uma voz pesada para expressar o que de fato deveria ser considerado importante. ― Se aquele garoto se envolver em um conflito desse tipo, terá poucas chances de sobreviver. A gente pode ser de organizações opostas, mas encare a verdade: se ele se tornar uma figura influente, todos nós iremos nos beneficiar de alguma forma.

― A questão não é ele ser de outra Família ― alegou o Patriarca Tengfei, mantendo a prudência que precisava demonstrar. ― Se decidirmos apoiar Enlai e Xiao Dong ganhar, a aliança que sustentamos por tantos anos será desfeita.

― Acha mesmo que aquele sujeito traiçoeiro tem alguma chance?

― Apenas acredito que Xiao Dong não teria iniciado um golpe se não estivesse confiante. ― Ele conhecia bem a diferença de poder que existia entre os dois grupos rivais e por isso podia afirmar com tanta convicção que o ataque não era um ato imprudente. ― No entanto, você tem razão. Não podemos deixar o Alquimista morrer. Vá sozinho, mas não interfira. Observe de longe e faça algo apenas se a vida do garoto estiver em perigo.

Satisfeito por ter recebido autorização, o Supremo-Ancião saltou do palanque ansioso e disparou em direção ao conflito. Zhan Tengfei, por outro lado, não podia se dar ao luxo de ser leviano num momento tão crítico e logo tratou de passar suas próximas ordens ao subordinado que ainda arfava.

― Reúna uma equipe de cultivadores Virtuosos e feche o portão que dá acesso ao território dos Xiaos. Não permita que ninguém entre ou saia da cidade.

― Proibir a entrada? ― murmurou o subordinado, hesitante em acatar a ordem. ― Se fizermos isso, os Guardiões e outros membros dos Xiaos que vieram para o festival vão ficar irritados.

― É por ter tantos deles aqui que precisamos fazer isso ― alegou o Patriarca dos Zhans. ― Se mais pessoas se envolverem e esse confronto se estender, mais vítimas teremos. Não podemos deixar a disputa chegar até a cidade. Agora, vá! Reúna todos que estiverem disponíveis.

E dessa forma, sem apresentar mais nenhum questionamento, o sujeito partiu, pulando de quatro em quatro degraus ao descer da escada.

Enquanto isso, em Pequeno Lar...

Os poucos que decidiram não participar do festival se surpreenderam quando ouviram a primeira explosão. A tentativa de incitação por parte de Xiao Shun continuava acontecendo no Pequeno Armazém, mas o barulho estrondoso seguido por tremores arrancou gritos temerosos dos presentes que se afastaram do portão de entrada, assustados.

― Começou... ― murmurou o fiel seguidor do 1º Ancião que liderava a reunião escusa. ― Escutem! ― falou em alto e bom tom, chamando a atenção para si. ― Essa é a hora que tanto esperávamos. Chegou a hora de derrubarmos Enlai de seu trono e devolver nossa Família a um verdadeiro líder. Chegou o dia de voltarmos ao passado e reascender a glória que perdemos. Para aqueles que decidirem nos acompanhar, saibam que muitas fortunas os aguardam.

E nesse ponto, as pessoas que assistiam ao discurso se dividiram. Metade recuou e afastou um passo para o lado, demonstrando que preferiam não se envolver, enquanto a outra parcela estufou o peito, prontos para agir.

― Covardes! ― praguejou o incitador encarando o primeiro grupo. Estava insatisfeito e fez questão de mostrar isso cuspindo no chão.

― Errado, Shun! ― Ao ouvir o insulto, um homem de meia idade e dotado de cabelos grisalhos nas pontas, como se houvesse uma faixa branca delineando a base de sua cabeça, que detinha a maior Energia Espiritual de todos ali presente, na 5ª Camada do Reino Virtuoso, adiantou-se. ― Você não entende. O passado é algo que perdemos e não existe nada capaz de trazê-lo de volta.

O sujeito que decidiu se opor ao fiel seguidor, além do branco que lhe dava o charme de um homem de meia idade, tinha olhos castanhos e um rosto duro, severo feito uma rocha não lapidada. Sua estatura era média, com pouco mais de um metro e setenta de altura, porém seu corpo era robusto, favorecido por músculos bem desenvolvidos. Suas sobrancelhas eram estranhamente curtas, mas ao mesmo tempo grossas e compridas, como um arbusto volumoso.

― Syaoran! ― resmungou Xiao Shun, exprimindo uma careta descontente. ― Você decaiu muito.

― Eu apenas cansei de perder pessoas importantes para um princípio que ficou perdido no tempo ― retrucou Xiao Syaoran, que em nada se intimidou pelo olhar condenatório dirigido a sua pessoa pela outra parte.

Hunf! ― bufou Shun, torcendo o nariz. ― Vamos! ― Ignorando o resto que decidiu não participar de sua rebelião, ele desceu do caixote e se juntou ao grupo que estava disposto a segui-lo e juntos caminharam rumo a saída do armazém.

Todos se mostraram bastante determinados, prontos para entrar em ação, independente do papel que teriam na tomada de poder. O bando marchou com firmeza, uma expressão resoluta marcava seus rostos, mesmo o coração acelerado não poderia pará-los.

Xiao Shun chegou na porta de correr e apoiou a mão na alça lateral, preparando-se para abri-la. Mas antes de trabalhar o mecanismo de roldanas e forçar o grande obstáculo de madeira a sair da frente para que pudesse enfim partir para o confronto que tanto aguardava, ele olhou de lado, mirando seus seguidores, e falou:

― Nossa função é parar os Guardiões remanescentes. Se eles se juntarem aos Anciões, nossos aliados terão problemas. E de forma alguma podemos deixá-los chegar perto de Enlai.

O grupo não teve queixas a apresentar e se limitou a balançar a cabeça, demonstrando que estavam de acordo com a ordem recebida. E Shun, por sua vez, se mostrou bastante satisfeito ao ver os olhares firmes daqueles que decidiram o seguir. Então, pronto para colocar o plano em ação, ele abriu a porta de uma só vez.

Mas quando fez isso, deparou-se com duas figuras do lado de fora, esperando por sua saída. O homem que estava na frente, quando o viu se adiantar para sair, não esperou ou falou qualquer coisa. Impiedoso, fechou o punho, balançou o braço e...

“Paa!”

Acertou-lhe um soco bem no nariz, mandando-o de volta para dentro do galpão e fazendo o bando hostil se dispersar.

Xiao Yin, um sujeito esguio, cabelo amarelo vibrante e homem de confiança do 9º Ancião, entrou no armazém, roubando todo o foco para si. Por um instante, ele olhou para o bando agitado que se aglomerava ao redor da saída, estudando seus rostos, e depois se voltou para o sujeito que tinha acabado de golpear.

― Obrigado por ter falado tudo aquilo em voz alta ― disse o Virtuoso. ― Agora eu posso acabar com você sem me preocupar em provar sua traição.

Imponente, ele avançou um passo, batendo o pé contra o chão. Assustados e surpreendidos, aqueles que decidiram apoiar o golpe contra o Patriarca recuaram, deixando escapar arquejos arrependidos.

― Yin! ― A voz pesada e sonora de Syaoran se levantou, parando o seguidor do tio Chang.

Xiao Yin olhou para o lado, para o homem de corpo robusto, e por um segundo congelou. Em seu rosto havia apreensão e cautela, tanto que ele fez um sinal discreto para sua companheira parada debaixo do portal esperar, como se temesse fazer um movimento brusco.

― Eu não sei de todos os detalhes ― Syaoran continuou falando ―, mas parece que eles trouxeram aliados de fora para enfrentar os Anciões e o Patriarca Enlai.

O Virtuoso de cabelos amarelos demorou alguns instantes para responder. Não gostava nada da presença daquele homem, ainda mais levando em consideração quantos inimigos existiam.

― Que surpresa vê-lo aqui ― admitiu Yin, mantendo a superioridade. ― Pensei que estivesse no festival.

― E por que eu faria isso?

― Pensei que tivesse ido torcer por Xiao Ning.

Ouvindo isso, Syaoran se revirou, incomodado. A expressão em seu rosto afundou e por um segundo o homem baixo, mas de porte intimidador, se calou, permitindo um silêncio desconcertante tomar conta do lugar.

― Não se preocupe! ― O sujeito meio grisalho voltou a falar. ― Nem eu e muito menos eles ― indicou as pessoas que se escondiam atrás de suas costas ― estamos envolvidos nisso. Não temos a intenção de iniciar nada.

― Fico feliz em ouvir isso ― confessou Yin, aliviado. ― Mas se é assim, é melhor vocês saírem daqui e ir avisar aos outros que permaneceram na vila para ficarem dentro de suas casas. As coisas vão ficar agitadas daqui pra frente.

― Tudo bem! ― Syaoran aceitou a ordem sem contestar.

E assim, acompanhado do grupo que preferiu não se juntar a Shun, ele caminhou em direção a saída. Mas antes de deixar o armazém, parou e falou:

― Mais uma coisa... Parece que Xiao Dong possui algum trunfo para usar contra o Patriarca Enlai. Depois que acabar aqui, diga-o para tomar cuidado. ― E assim ele saiu, levando todo o resto embora. Os únicos que permaneceram no local foram Shun e seus adeptos.

Após a saída dos demais, Xiao Yin lançou um olhar ameaçador para o responsável por causar toda essa confusão e depois fitou aqueles que lhe faziam companhia e haviam assumido uma postura hostil, preparando-se para a luta. Ao todo, existiam dois Virtuosos de camada baixa e seis Despertados que variavam da 2ª para a 5ª Camada.

Notando que todos estavam apreensivos, ele não teve pressa ao avaliar os inimigos. Eram pessoas que conhecia muito bem, não de uma forma íntima, mas pelas confusões que já aprontaram no passado e algumas conquistas no cultivo.

Então, depois de registrar mentalmente os rostos dos envolvidos, virou-se para sua companheira, que continuava na porta, e ordenou:

― Biyu, você cuida daqueles três ― indicou dois homens e uma mulher com a cabeça. ― Eu me encarrego do resto.

Nesse momento, Xiao Shun se levantou num sobressalto e, experimentando certa urgência, rugiu:

― Matem eles!

E assim, sem qualquer sinal de piedade ou simpatia por aqueles que partilhavam das mesmas origens, os dois lados começaram a lutar.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 


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