Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.

Revisão: Dante


Volume 1

Capítulo 46: Prólogo do fim

Passou-se uma semana desde o Evento de Seleção. O nome dos cinco vitoriosos reboou entre os membros da Família Xiao. Mesmo aqueles que não tiveram a chance de assistir as partidas fofocavam animados a respeito dos acontecimentos. Não demorou muito para as outras Famílias descobrirem os nomes daqueles que seriam os concorrentes de seus jovens prodigiosos no Festival da Geração do Caos. E sem perder tempo, começaram os preparativos para enfrentá-los.

A movimentada e caótica Cidade da Fronteira do Caos, aos poucos, começou a ficar agitada. Ainda faltava algum tempo até o Festival, mas as rixas familiares deixavam tudo mais empolgante, enquanto os cidadãos comuns aguardavam expectantes.

No território da Família, Xiao Guo se isolou em sua casa e dedicou seus dias a uma prática incessante, preparando-se para o grande dia. Xiao Jiao recebia instruções de sua mestra, a qual era rígida em seus ensinamentos.

O Jovem Nobre Bai, apesar da frustração sufocando seu peito, resolveu se atentar ao seu próprio treinamento. Não queria perder tempo buscando vingança ou coisa do tipo. Tinha grandes planos em mente e um adversário mais poderoso à frente.

E Xiao Shui, também desejava poder se concentrar em seu cultivo, assim como preparar uma estratégia. Porém, algo sempre a interrompia. Desde seu destaque no Evento, pessoas vinham visitar tanto ela quanto Xiao Ning.

Após passar tanto tempo considerando Ning um “vagabundo”, muitos tiveram seus olhos abertos e mudaram suas perspectivas. Agora, via nele um lutador excepcional. Graças a isso, cultivadores experientes, incluindo alguns Guardiões e Líderes Setoriais, tentaram recrutá-lo como discípulo; houveram até mesmo propostas de transformá-lo em um sucessor. Mas ele recusou todas as ofertas. Não tinha interesse em virar seguidor ou herdeiro de ninguém.

Mesmo assim, os convites não pararam de chegar. A todo momento, um novo interessado aparecia.

No caso de Xiao Shui, a coisa foi um pouco mais complicada. Ela também recebeu diversas propostas de se tornar uma discípula, mas por ser filha do 9° Ancião, apenas os Líderes Setoriais e Guardiões se aventuraram a tentar. Contudo, preferia continuar treinando sozinha, ao menos até descobrir do que era capaz sem a ajuda de um mestre.

Entretanto, o verdadeiro problema não estava nas propostas de aderir a um mestre, e, sim, no que veio depois. Sua performance foi tão implacável e resoluta, que chocou e balançou a mente de numerosas pessoas. Algumas garotas, as quais compartilhavam uma idade semelhante a dela, viram nela a imagem de uma campeã e se inspiraram a seguir seus passos. Tanto que, no dia seguinte ao evento, houve uma quantidade significativa de jovens indo até o Pavilhão dos Aprendizes, em busca de Técnicas de Combate Elemental do tipo Água.

Por outro lado, alguns garotos tiveram seus corações roubados. Desde então, eles apareciam com presentes e flores, tentando cortejá-la. Todos os dias, ao menos dois admiradores batiam na porta de sua casa, procurando-a. Só foram parar quando o 9° Ancião os repreenderam, dizendo que aquele não era o lugar certo para esse tipo de coisa.

A Família Xiao era uma organização em que muitos não partilhavam de laços sanguíneos. Um exemplo disso era Xiao Ning, que apesar de chamar o 9° Ancião de “tio”, o fazia apenas por consideração, afinal, ele e seu pai eram grandes amigos e desde seu falecimento era o Ancião Chang que cuidava dele. Portanto, mesmo sendo desencorajado, não era assim tão incomum ver alguns “Xiaos” casando entre si.

E tal fato, incentivou os jovens pretendentes a continuarem tentando. Porém, a despeito de seus sentimentos, Xiao Shui não pretendia se envolver em nenhum tipo de relacionamento no momento. Seu principal foco era se tornar forte e deixar o pai orgulhoso. Tanto é que, já havia dito a ele para não arranjar um noivado. Apenas depois, quando sentisse ter alcançado seus objetivos, pensaria no assunto.

Por sorte, seu pai assustou os jovens apaixonados e eles pararam de aparecer. E quando pensou que enfim poderia treinar em paz, um problema ainda maior se manifestou, ou melhor dizendo, voltou a aparecer.

Xiao Shui estava no jardim de sua casa, tentando aperfeiçoar a 6ª Fase da Técnica da Lâmina Aquática das Nove Fases. Seu castigo por ter ido sem permissão à Floresta das Mil Perdições já havia acabado e estava livre para fazer o desejado ― contanto que informasse seu pai com antecedência e, claro, ficasse longe de lugares perigosos. Entretanto, preferiu permanecer em casa treinando.

Mas, neste momento, como sempre fazia em tal horário, Xiao Ning apareceu, bocejando e se espreguiçando. Seu rosto tinha uma expressão preguiçosa, com os olhos meio caídos e os ombros arqueados. Se os braços fossem compridos o suficiente, decerto estariam se arrastando pelo chão, devido a corcunda nas costas. Mesmo seu cabelo longo, da altura dos ombros, o qual não era tão difícil de pentear, encontrava-se desgrenhado, feito um ninho de passarinho abandonado.

Desde o evento, a única coisa que ele fazia era vaguear de um lado para o outro, escorando-se aqui e ali para tirar um cochilo. E sempre na mesma hora, dia após dia, o prguiçoso se encostava numa sombra e observava Xiao Shui treinar. De início, pareceria que seu desejo não era outro, senão observar. Mas, após algum tempo, esse resmungão logo começava a lamuriar sobre a estranha sensação de não ter unhas e como era esquisito sentir a carne em seus dedos roçar no cobertor durante a noite, quando tentava dormir.

Sempre que ele começava a falar essas bobagens, Xiao Shui perdia a concentração e não conseguia mais voltar ao treinamento normal.

Hoje não foi diferente. Xiao Ning chegou; encostou-se num canto e assistiu em silêncio. Vez ou outra, soltava um longo bocejo com os olhos lacrimejantes. Então, quando parecia não aguentar mais o tédio, começava a falar sobre suas unhas arrancadas:

― Veja, pequena Shui. A unha do meu dedinho começou a crescer. ― disse, mostrando o dedo da mão esquerda. ― Dá pra ver daí? Ainda está bem pequenininha.

― Eu não quero ver seus dedos. ― repreendeu ela, tentando se concentrar em sua tarefa.

― É uma pena não ter conseguido mais fígado de Mandroga, do contrário, já estariam um pouquinho maiores. ― continuou ele, não levando em consideração o tom ríspido que recebeu em resposta. ― Apenas um pouquinho.

Aham... ― resmungou Xiao Shui, tentando não dar ouvidos, embora fosse uma tarefa difícil.

― Sabe, o que os médicos não falam é que remendar ossos é fácil, porém fazer algo crescer do nada é quase impossível. Uma unha, tudo bem, demora um pouco, mas, no final, funciona. Agora, imagina perder um braço? Aí não dá, você entende?

Desta vez Xiao Shui não disse nada. Apenas continuou balançando sua espada.

Xiao Ning pareceu se aquietar por um momento. Seus olhos miraram o longínquo topo da Montanha Ancestral de Jade; a ponta principal que se destacava dos montes menores adjacentes. No rosto, uma expressão pensativa, talvez apenas sonolência, surgiu. E após algum tempo de reflexão, tornou a abrir a boca:

― Estive pensando em ir na montanha, coletar alguns ingredientes para fazer mais pílulas.

― Eu já disse que não me importo com suas unhas. ― respondeu Xiao Shui, em um tom severo, de maneira automática. Ela levantou a ponta da espada e se preparou para usar a Lâmina Aquática, quando percebeu. ― O que você falou?

― Eu já disse. Estou pensando em ir na montanha coletar alguns ingredientes. Mas não conheço muito bem os lugares perigosos, então precisarei da sua ajuda. ― falou encarando Xiao Shui, que parou seu treinamento e olhou para ele, demonstrando interesse.

Ela precisou de um momento para assimilar. Queria ter certeza de que havia escutado direito. Quem poderia culpá-la depois de assistir esse vagabundo se escorando pelos cantos, dia após dia, em busca de sombra fresca?

― Coletar ingredientes na montanha... ― murmurou. ― Por que não pede meu pai? Ele já não conseguiu uma vez?

Xiao Ning coçou o ninho de ratos sobre a cabeça e respondeu num tom decisivo, de quem havia pensado muito sobre isso em um momento anterior:

― O tio Chang não parece estar num bom momento e a Família está tendo problemas financeiros. Não quero ficar pedindo demais. ― Fez uma pausa. E parecendo ficar um pouco mais animado, continuou. ― Além do mais, gosto de colher meus próprios ingredientes.

Xiao Shui ficou surpresa. Não achou que ele tinha o bom senso de pensar sobre o bem estar do seu pai ou da Família como um todo.

― Desde que eu aceitei trabalhar para você, é claro que eu o ajudarei. ― afirmou ela, sem hesitação. ― Mas têm certeza de que conseguiremos encontrar todos os ingredientes necessários para você fazer mais Pílulas de Refinação Espiritual?

― Acho que nem tudo. ― respondeu Xiao Ning com sinceridade. Ele possuía algum conhecimento em Herbalismo, portanto poderia afirmar sem muito esforço que Miolo de Palmeira Seca não seria encontrado naquela região, entre outras coisas. ― Mas o resto eu posso comprar no Armazém do Caos, usando as moedas do Evento de Seleção.

Como havia prometido trabalhar para ele, Xiao Shui o ajudaria mesmo sem ter uma recompensa no fim. Mas estaria mentindo se negasse não ter ficado empolgada com a ideia de ganhar mais algumas daquelas pílulas absurdamente potentes. Se obtivesse mais uma ou duas delas, poderia aumentar ainda mais seu cultivo até o Festival.

― Além do mais, tem algo que eu preciso procurar. ― adicionou Xiao Ning, com um sorriso excitado.

Intrigada com a expressão animada que brotou no rosto dele, Xiao Shui não pôde deixar de perguntar:

― Procurar pelo que?

― Bem, estou pensando em tentar uma nova Composição Alquímica. ― respondeu Xiao Ning, sem dar uma resposta exata.

Porém, suas poucas palavras foram o suficiente para deixá-la curiosa. Como se não bastasse as Pílulas da Borboleta Monarca, agora ele pretendia fazer algo novo? Ela já não duvidava de suas habilidades, mas isso parecia algo bastante ousado. Ser capaz de criar uma Pílula Espiritual era incrível por si só, o que mais ele queria compor?

Apesar de não saber muito sobre Alquimia, conhecia o suficiente para afirmar que não existem muitas fórmulas de Composições Alquímicas por aí. Mesmo os melhores Alquimistas se limitavam a poucas criações. Esse tipo de coisa não era igual a receitas de culinária, podendo ser encontradas aos montes.

Xiao Shui ficou tentada a fazer algumas perguntas. No entanto, queria ainda mais voltar ao seu treinamento. Então tentou encerrar a conversa o mais breve possível por meio de palavras secas:

― Quando e que horas nós vamos?

― Amanhã, depois do almoço. ― respondeu Xiao Ning, de imediato. Não queria partir em uma busca incerta de estômago vazio.

― Entendido. ― Limitando-se a dizer essa única palavra, ela se virou e voltou a se focar em seu exercício, esperançosa de enfim ter um momento de paz.

E por algum tempo, de fato conseguiu se concentrar. Xiao Ning se aquietou conforme parecia ser tomado por uma sonolência gradativa. Bocejou algumas vezes e colocou as mãos sob a nuca, preparando para se deitar ali mesmo e tirar um cochilo. Mas no instante em que tentou se aconchegar, sentiu algo raspando em seu anelar e levantou a mão para encarar o lugar faltando a unha.

― É tão estranho. ― comentou ele, em voz alta. ― Pequena Shui, você já teve alguma unha arrancada?

E assim, mais uma vez, Xiao Ning voltou a falar no quão esquisito é a sensação de um dedo sem unha, ao passo em que Xiao Shui se controlava para não virar a espada na direção oposta e cortá-lo em três.

O dia passou sem grandes acontecimentos. Xiao Ning foi se deitar assim que o sol se pôs e só acordou no outro dia, pouco antes do sol atingir seu zênite. E como combinado, logo após se banquetearem no almoço preparado por Camila, os dois partiram rumo à Montanha Ancestral de Jade.

Obviamente, Xiao Shui já havia avisado seu pai com antecedência sobre o lugar que pretendiam ir; fez isso ainda na noite anterior. Não queria ficar de castigo de novo. E ele, por sua vez, disse apenas para tomarem cuidado e ficarem longe das partes mais elevadas, locais em que Bestas Demoníacas costumavam aparecer.

Quando estavam de saída, encontraram-se com Xiao Wu, um dos fiéis seguidores do 9° Ancião e também um Guardião na 4ª Camada do Reino Virtuoso, que estava parado próximo à casa de Xiao Shui. Parecia estar esperando por algo. Os três apenas trocaram cumprimentos breves, sem se alongarem em um grande diálogo, antes de se separarem.

Enquanto isso, em uma região afastada do território da Família Xiao. Ao longe era possível ver uma construção monumental que se estendia na horizontal em perfeita harmonia. Tomando a frente do casarão ficava um alpendre em forma de arco, tingido por um modesto tom marrom. As telhas de barro que compunham o telhado pontudo nas bordas, estavam cuidadosamente alinhadas e exibiam um vívido brilho avermelhado, típico de argila.

Seguindo em frente, ao cruzar o alpendre, um átrio espaçoso se abria junto a um pátio gramado a céu aberto. Nas laterais, viam-se diversos arcos colados uns nos outros, dando passagem a dois extensos corredores que conectavam a mansão no fundo ao resto da construção.

Falando nela, a mansão dispunha de um monumental umbral que parecia ter sido esculpido direto na pedra, a qual apresentava um opaco tom cinzento. As paredes, embora matizadas por uma cor nebulosa, estavam ornamentadas por desenhos dourados de formas selvagens. E resguardando a entrada, existiam dois tigres entalhados em mármore branco, com suas mandíbulas abertas, expondo suas presas afiadas.

No interior da moradia, no centro de um saguão amplamente extenso cujo teto, oval, era apoiado por pilares muito bem alinhados, com figuras místicas cinzeladas em seu entorno e o chão coberto por um piso de mármore branco puro, encontrava-se um faustoso trono dourado. Na parte inferior, havia detalhes sutis em branco e a ponta dos braços do assento eram compostos por cabeças de tigres rugindo.

Sentado no chamativo trono, em completo silêncio, com uma expressão endurecida no rosto envelhecido, estava o primeiro Ancião da Família: Xiao Dong. Ele usava uma vestimenta vibrante, tecida com fibras de Rami, que se estendia até seus pés e cobria seus braços por inteiro, ficando à mostra apenas as mãos. A roupa em questão era larga, espaçosa, em destaque na região dos membros, de forma que os braços e pernas poderiam se mover como bem entendessem. Com seu brilho escarlate, o traje chamava a atenção, refletindo no mármore sua coloração espalhafatosa. Aquele era o tipo de vestimenta favorita do 1° Ancião, um tradicional, mas ainda assim casual, Shen-i.

Com sua expressão impassível, o 1° Ancião deslizava seus dedos através dos braços majestosos de seu trono enquanto aguardava. Sua cabeça pendia de um lado para o outro, fazendo sua barba comprida deslizar através de seu peito, conforme sua impaciência aumentava. Foi quando, de uma porta adjacente, uma figura surgiu andando a passos largos, porém controlados, de maneira a não deixar o barulho ecoante de seus pés se chocando contra o mármore escapar.

Com um semblante acuado, Xiao Bai entrou no saguão de cabeça baixa. Parou em frente ao trono e se ajoelhou de modo respeitoso:

― Mandou me chamar, vovô? ― perguntou, tomando cuidado para não elevar a voz. Ele aguardou por uma resposta, mas quando não veio, levantou a cabeça apenas para ver Xiao Dong o encarando com um olhar congelante. ― Perdoe-me, 1° Ancião Dong. ― apressou-se em se corrigir.

O Ancião se remexeu em seu trono e disse com uma voz áspera e seca:

― Me informaram que aquele garoto, Xiao Ning, partiu para a montanha, junto à filha de Chang. Quero que vá de encontro a ele e se desculpe pela maneira rude que agiu. Implore se for preciso.

Quando ouviu o pedido, Xiao Bai não pôde evitar de levantar a cabeça e expor um semblante de surpresa. Tinha ouvido direito? Seu avô realmente queria que ele fosse se desculpar com aquele vagabundo?

― Perdoe-me a grosseria, 1° Ancião, mas por que eu deveria pedir desculpas, quando ele foi o único a ser rude? ― indagou Xiao Bai, que não podia apenas aceitar tal ordem sem questionar o motivo. Isso era mais do que um simples pedido de perdão. Era uma questão de honra. ― Ainda mais para alguém como ele! ― ralhou em desprezo.

― Alguém como ele, hm? ― bufou o 1° Ancião friamente. ― Você não vale metade dele. Sequer percebeu contra quem estava lutando.

Xiao Bai recebeu a segunda parte da fala como um soco no estômago. Frustrado, apertou os punhos de maneira que os nós de seus dedos se tornaram pálidos. Controlando-se para não dizer algo que piorasse sua situação, continuou:

― Eu percebi sim, 1° Ancião. Quando estávamos lutando, eu percebi... ― o Jovem Nobre fez uma pausa, engolindo seu orgulho, e prosseguiu: ― que ele era muito forte para alguém no Reino Mundano.

― Tolo! ― rufou o 1° Ancião Dong. ― Você não reconheceria uma preciosidade mesmo que estivesse sendo esfregada sob seu nariz. Mesmo sendo humilhado por alguém mais fraco, você foi incapaz de ver através das habilidades daquele garoto.

― Mas eu ganhei a... ― Xiao Bai tentou se defender, mas foi interrompido de maneira brusca.

― Cale-se! ― ordenou Xiao Dong. ― Aquele garoto é um Alquimista. E não é um Alquimista qualquer. É um sênior. Em tenra idade já despertou as Chamas Carmesim. E você e aqueles bastardos que o seguem o desrespeitaram. Trate de consertar isso, não importa como!

Ouvindo a declaração do 1° Ancião, Xiao Bai ficou em choque. Não duvidou, sequer por um segundo, quando o avô disse que Xiao Ning era um Alquimista. Mas, ainda assim, isso pareceu surreal. Queria dizer algo em sua defesa. Minimizar o estrago já causado. Porém, seu avô, mais uma vez ordenou:

― Vá para à montanha e se desculpe! Torne-se amigo dele, se possível. E convide-o a vir até aqui. Diga que eu, o primeiro Ancião, deseja lhe servir um chá.

― E se ele recusar o convite? ― indagou Xiao Bai, já começando a entender as intenções de seu avô.

― Ele não irá! ― declarou o 1° Ancião, com uma certeza absoluta. ― Mas, caso o faça, aceite sua recusa. E deixe bem claro que podemos aceitar o “não” no primeiro momento, porém, a longo prazo, essa é uma resposta inaceitável.

Tendo recebido suas ordens, o Jovem Nobre Bai anunciou sua saída e rumou em direção à Montanha Ancestral de Jade.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 


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