Um Tiro de Amor Brasileira

Autor(a): Inokori


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 16: Ascender do Humano Mais Forte

 


【キ】【ス】【シ】【ョ】【ッ】【ト】

 

Dentro do cassino Lucky Pills, Aoi está apoiado em uma mesa de aposta encarando de forma vidrada a Tv do qual está sendo transmitido uma corrida de cavalos, em sua mão há um bilhete do cavalo do qual apostou.

— Vamos lá belezura, não me decepcione! — diz Aoi, de forma animada na torcida.

O cassino está movimentado, no entanto quando a porta elétrica se abre atrás de si, tudo muda, as pessoas que antes estavam apostando agora saem de maneira rápida e organizada para fora do cassino de maneira silenciosa, fazendo que Aoi nem mesmo notasse o local se esvaziando.

E no lugar de pessoas ricas e comuns, homens de ternos armados entram cobrindo todas as saídas possíveis, enquanto Aoi continua com um sorriso alegre em seu rosto, enquanto dá tapinhas em seu rosto não acreditando no que vê, afinal seu cavalo está na frente.

No centro da multidão armada, um homem alto e extremamente em forma com cabelos longos surge se dirigindo ao meio de todo o cassino, cruzando os braços com uma expressão de raiva.

— Mas que droga! Perdi mais uma! Sabia que tinha que ter apostado no cavalo sete! — grita Aoi, amassando o bilhete enquanto se vira sem preocupação.

Em sua frente a surpresa ao se deparar com todas aquelas armas apontadas para si mesmo.

— Aoi Mutoh, Tenho algumas perguntinhas para fazer a você! — diz Kenzo, se aproximando dele.

Wow, vejo que sabe meu nome... desculpa eu deveria conhecer você? — questiona Aoi, passando a mão em sua nuca.

— Você gosta de irritar os outros, né? — responde Kenzo, com as sobrancelhas trêmulas — Bem primeiramente, o que exatamente estava fazendo ontem?

— Bem, como de costume apostando..., poxa vida..., seu rosto é bem familiar como é mesmo seu nome?

— Então estava apostando? Alguns informantes meus disseram que você se encontrou com dois jovens estudantes ontem — pergunta Kenzo, caminhando ao redor de Aoi.

— Bem eu me encontrei com muitas pessoas ontem, então realmente pode ser verdade, mas eae? Vai me responder quem é você ou não? Juro que já te conheço de algum lugar.

— Não é hora para brincadeiras! Pois fique sabendo Aoi! — Kenzo segura a gola da camisa de Aoi o encarando — Esses dois do qual conversou entraram pelo nosso caminho secreto que somente poucas pessoas sabem do local e uma dessas pessoas é você.

— Ah...a...a... espera... — diz Aoi arregalando os olhos.

Haha! Começou a gaguejar agora? Não adianta ficar com medo agora, é melhor falar!

— Ah!!! Você é o esquentadinho da SEIDAI, agora me lembrei! Cara, como poderia ter me esquecido desse seu rosto de bulldog?

— O que?

Aoi afasta Kenzo, chacoalhando sua camisa agora um pouco amassada, tombando a cabeça para o lado.

— Olha, fique sabendo Kenzo — Aoi sorri — foi eu mesmo que contei para eles.

— Você deve ser muito corajoso de dizer isso em minha frente com armas apontadas para você, ou o cassino queimou todo seu cérebro de merda! Mas não se preocupe! De hoje você não passa desgraçado! — grita Kenzo, se afastando levemente para trás.

— Tudo bem, tudo bem, apenas me diga, como estão os dois?

— Ainda acha que pode perguntar alguma coisa? Fique sabendo que ambos foram capturados e já devem estar mortos!

— Poxa vida, ainda preciso entregar a parte da grana para a Oinari..., talvez eu precise pedir desculpas?

— Você vai encontrar eles no outro lado, que o avô perdoe vocês!

Aoi tira seu pé direito do chinelo, coçando sua perna esquerda, enquanto alonga seu ombro, — Okay, estão preparados para apostarem suas vidas?

— Fogo! — Grita Kenzo, irritado.

Uma série de disparos com um único comando é iniciado contra Aoi, as balas destroem mesas e cadeiras, os poucos funcionários do cassino se deitam no chão ou se escondem em desespero.

Enquanto ainda atiram, mal percebem algo, vários membros da SEIDAI são jogados contra os caça-níqueis de maneira misteriosa, afundando suas cabeças nas telas e Tvs por todos os lados, sendo impossível de ver o responsável disso.

Com um grito surge um desespero generalizado, o que antes eram soldados organizados atirando em um único alvo, agora se tornam disparos aleatórios, fazendo eles até mesmo atingirem seus próprios aliados.

Kenzo vê o caos se formando, gritando em seguida, — O que estão fazendo seus merdas! Cessar fogo!

Com o comando todos param, com medo nos olhos de todos a sua volta, a fumaça e os estilhaços somem aos poucos, vendo que Aoi não está mais no local onde estava.

— Para onde ele foi?! — Kenzo grita ainda mais.

— Estão me procurando?

Aoi surge abraçando dois dos soldados armados com um sorriso no rosto, sem terem tempo para reagir, ambos são lançados contra as janelas superiores do segundo andar de forma fácil, enquanto Aoi prossegue com uma velocidade jamais vista jogando todos os outros como se fossem bonecos de pano.

— Desgraçado! Então ativou seu Bakemono? — diz Kenzo, tentando acompanhar a velocidade de Aoi.

Que para sua surpresa, quando vai se lançar contra ele, Aoi surge em sua frente com um sorriso sádico em seu rosto.

— Bakemono? Eu nem mesmo questionei em usar ainda

Aoi flexiona seu cotovelo enquanto fecha seus punhos em direção ao rosto de Kenzo, que por muito pouco coloca seus braços defendendo seu rosto, sendo lançado para trás, batendo de costas contra a mesa de poker.

— Quem diria, você tem bons reflexos! — diz Aoi, caminhando de forma calma.

— Maldição! — grita Kenzo, correndo contra ele — Ten No Tsume!!!

Ao gritar tal frase, as cicatrizes em suas mãos e braços se revelam, fazendo crescer uma imensa garra em seus dedos, junto a uma lâmina afiada cobrindo todo seu braço que poderia cortar qualquer coisa com um simples toque.

Com ataques altos de maneira aleatória, Kenzo busca excessivamente cortar seu alvo, que sem dificuldade alguma desvia de todos os ataques com um sorriso provocativo em seu rosto.

Os cortes que Kenzo faz, cortam e talham tudo em sua volta, exceto seu oponente que cada vez mais parece não se importar com o que está acontecendo.

— Achei que estivesse preparado para apostar sua vida, o que houve? — pergunta Aoi, desviando precisamente de todos os ataques.

O olhar de raiva de Kenzo se intensifica, erguendo um caça-níqueis com um dos braços, jogando contra Aoi, que se surpreende pelo ataque repentino, enquanto Kenzo pula atrás do objeto que atirou, se escondendo da visão de seu adversário.

Mas para sua surpresa, seu plano vai de água abaixo, com um simples movimento Aoi parte o caça-níqueis em vários pedaços com um golpe de seu cotovelo, ficando de frente para Kenzo no ar.

Junto a um piscar de olhos, Aoi acerta de maneira precisa a garganta dele, o fazendo colocar as mãos em seu pescoço por reflexo, em seguida ele o acerta uma joelhada no estômago de Kenzo, o fazendo ficar sem ar, caindo de joelhos no chão.

Aoi caminha lentamente enquanto seu alvo tosse no chão em confusão, para em seguida segurar em seus cabelos para o fazer levantar, socando seu rosto com a mão direita, em seguida com a esquerda, acertando vários socos diretamente em seu rosto como um bom boxeador faria.

Kenzo está perdido em confusão por conta dos golpes que recebe, mostrando uma expressão de ódio em seu olhar.

— Eu juro nem que seja a última coisa que eu faça! Eu vou te matar! — berra com raiva, utilizando o pouco de seu ar.

Ele dá um soco contra o chão, afastando Aoi de perto por alguns instantes, para em seguida disparar as lâminas de seu braço contra o homem em sua mira.

As lâminas por pouco acertam Aoi que chuta um dos bancos de madeira e couro, bloqueando-as, vendo a ponta delas quase perfurar seus olhos.

Com o bloqueio, ele lança o banco com força atingindo o rosto de Kenzo, que cai sentado no chão com sangue saindo de seus olhos e nariz.

— Esse foi seu último ataque?

— Eu vou matar..., eu vou... eu ainda estou de pé! Pode vir com tudo! — diz Kenzo, quase se engasgando com próprio sangue.

— Você que pediu

Aoi flexiona seus joelhos, se lançando contra Kenzo, o segurando com a palma da mão esquerda, diretamente em seu rosto, enquanto ainda corre em direção a parede, o fazendo bater com a cabeça com tudo, enquanto ainda corre esfregando seu rosto em toda e qualquer superfície, destruindo tudo a volta deles em que Aoi pudesse jogar Kenzo.

Por fim, Aoi erguia seu adversário, afundando seu rosto contra o chão, abrindo um buraco com o formato exato de sua cabeça, desativando seu Bakemono.

— Isso já basta? — pergunta Aoi, soltando a cabeça dele.

Kenzo está quase apagando, mordendo sua própria língua para permanecer ainda acordado, usando o pouco de sua força para colocar sua mão por dentro de seu terno, tentando puxar algo, enquanto grunhe de dor.

Ei esquentadinho, está me ouvindo? — Aoi curva suas costas, aproximando o rosto dele.

Com um giro rápido, ao perceber isso, Kenzo gasta toda sua energia com um giro rápido, sacando uma revolver de alto calibre, atirando a queima roupa no rosto de Aoi.

O barulho foi extremo, fazendo Kenzo ouvir o zumbido de sua própria arma, enquanto gargalha quase sem dentes na boca.

— Eu disse! Eu disse que ia te matar! — grita Kenzo, firmando seus braços contra o chão.

No entanto a alegria em seu rosto logo some para uma expressão de confusão, negando com sua cabeça vendo que mesmo após o disparo fatal, Aoi permanecia em pé, apenas curvado para o lado.

— O...o que? como isso é possível?

Aoi vira seu rosto, voltando a alongar sua postura, mostrando que a bala que o acertou está sendo segurada em seus dentes enquanto sorri.

Kenzo larga sua arma, em choque completo vendo Aoi cuspir a bala para o lado, voltando a se aproximar de si.

— Dá para ver que você treinou muito — Aoi coloca a mão no ombro dele — mas você treinou apenas para enfrentar humanos, não os de sua própria espécie.

— Espécie? — pergunta Kenzo em confusão.

— Sim, sim, afinal seus ataques cortariam qualquer humano como papel, mas quando se luta contra um Numen, isso não funciona.

— Pare...

— Resumindo, você é fraco! E principalmente burro!

— Pare por favor!

— Ainda mais porque você insistiu em atirar com armas e balas contra um Numen, achou mesmo que isso seria efetivo contra nós? — Aoi aperta o ombro de Kenzo — Armas foram criadas por humanos para unicamente e exclusivamente matar humanos.

— Por quê?

— Resumindo, você perdeu por querer agir como um humano.

— Por quê?! seu desgraçado maldito! Por que você continua me subestimando?!

Aoi o encara nos olhos surpreso, ficando de frente para ele de joelhos.

— Ah Lisandra queria ser amada por isso rezou para o Avô, Shibo queria proteger sua irmã, e rezou para o avô, Yudi queria poder para ajudar a todos! E por isso rezou! O Jun queria ser corajoso! E por isso como todos os outros rezou também!

Kenzo começa a chorar, misturando suas lagrimas com sangue de seu rosto, cerrando seus punhos de maneira frustrada, enquanto continua;

— Eu... queria ser forte, eu queria que todos me vissem como alguém forte, eu ficava alegre quando a Lisandra me abraçava enquanto eu mostrava minha força... — gaguejando Kenzo encara Aoi — Por quê? por que eu não consegui ser forte mesmo rezando? Porque me subestimou a ponto de nem usar seu Bakemono... por quê?

— Não seria uma aposta justa se eu usasse — Aoi abre um sorriso.

Kenzo curva sua cabeça, com as lagrimas pingando no carpete vermelho.

— Você foi um Numen fraco, no entanto você foi forte como um humano, você conseguiu — diz Aoi, com um líquido branco saindo de seus olhos — Juu no Hone

Ao ouvir tais palavras, Kenzo sente um aperto em seu coração, ele ficou feliz mesmo sabendo que havia perdido, lentamente ele ergue sua cabeça para frente, piscando seus olhos, vendo tudo branco ao seu redor.

— Eu sou forte? — pergunta Kenzo, percebendo o vazio em entender.

— Que pergunta é esse bonitão? Você é extremamente forte! — diz a voz sensual de Lisandra.

Kenzo ao ouvir as palavras dela, se vira vendo no horizonte quatro figuras conhecidas, fazendo seus olhos novamente marejarem em lagrimas.

— Shibo! Querer ser forte como Kenzo! — diz de forma animada, enquanto dá pequenos pulinhos.

— Pelos meus cálculos, em questão de força física você era o mais forte. — diz Jun, ajeitando seus óculos.

— E você nem precisou da minha ajuda, isso me deixa irritado, aiai. — diz Yudi, cruzando os braços.

Mesmo com cara emburrada, Yudi sente um abraço apertado vindo de Shibo, que o levanta do chão.

— Droga sua rolha de poço me solta caralho! — grita Yudi, tentando se afastar.

— Shibo! Você pode dizer isso! Mas Shibo ama família! — ele abraça ainda mais — juntos para sempre lembra? Shibo!

Ah, okay, okay — Yudi sorri, olhando para Shibo, retribuindo o abraço — talvez eu gostasse de você um pouquinho, bem lá dentro! Está bem?

Kenzo gargalha vendo tal cena, sentindo um doce toque em seu peito, com a Lisandra em sua frente.

— É tão bom ver vocês sem toda aquela pressão...

— Nem me fala, o estresse não estava fazendo bem para minha pele — diz Lisandra, se aproximando mais.

— Mas o que o Shibo falou está certo... nós fizemos um pacto quando entramos para o culto, nós iriamos ficar juntos para sempre quando nós finalmente concluíssemos nossos sonhos — diz Kenzo, olhando nos olhos de Lisandra.

— Sabe, eu encontrei alguém muito forte lá, ele era um garoto muito bonito também — diz Lisandra sorrindo — mas sabe... ele me rejeitou!

Kenzo ri ouvindo sua amiga, — Isso para mim é novidade!

— Acho que devo agradecer a ele, talvez se não fosse por isso, não teria percebido que gostaria de ficar com minha família apenas.

— Fico feliz de ouvir isso.

— E também o único homem musculoso que preciso está bem aqui na minha frente — diz Lisandra, tocando com a ponta de seu dedo, no nariz de Kenzo.

Haha! Eu amo ver como você consegue flertar até mesmo em horas como essa.

— Bem, é porque não te dei seu prêmio ainda.

— Que prêmio?

— Nos filmes, quando a donzela encontra seu verdadeiro amor, ela lhe retribui com isso.

Lisandra segura o rosto de Kenzo, lhe dando um beijo intenso com todo o amor que há nela, em sua última visão após o beijo, foi sua família, com Lisandra o abraçando dizendo suas últimas palavras.

— Acho que realizamos nossos sonhos Kenzo.

A visão de Kenzo se escurece por completo.

No rosto de Aoi aquele líquido branco se calcificou se tornando um osso extra em sua bochecha, ele sorri olhando para frente, vendo Kenzo já sem vida sendo coberto lentamente por centopeias e insetos gigantes completamente feitos de ossos.

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