Um Tiro de Amor Brasileira

Autor(a): Inokori


Volume 1 – Arco 3

Capítulo 32: O Retorno


【キ】【ス】【シ】【ョ】【ッ】【ト】

— Então..., o que eu preciso saber? — questiona Erisu, sentando-se ao lado de Aoi no sofá.

Tomaru passa a mão em seu rosto, respirando fundo, — Por onde começo..., bem! entenda que os Abutres não sabem nossos verdadeiros nomes, assim nos chamados por alcunhas.

— Você já disse isso.

— É melhor começar a decorar as alcunhas de seus parceiros então — Tomaru leva a mão até seu peito — eu sou conhecido como Leão Dourado, risco de ameaça S.

— Que nome de merda ein? — murmura Erisu, erguendo seu rosto pra olhar para o teto — risco de ameaça S?

— Como eu havia dito, é a forma do qual nos categorizam, quanto maior seu potencial destrutivo maior será seu grau, inclusive devo deduzir que seu grau de risco atualmente você está entre A e B.

— To começando a odiar ainda mais essa fama que consegui — exclama Erisu, virando seu olhar para Aoi — e você?

Aiai, como posso dizer..., existem Numens que não se categorizam nessa forma, ao todo são quatro — Aoi ergue os dedos a cada um que diz — um tal dito como Rei Escolhido, Kitsune e eu, o Terraformista.

— Espera ae, você só disse três — questiona Erisu o encarando.

— Disse? Acho que esqueci do último — responde Aoi, coçando a perna com a mão.

— Porque ainda me surpreendo... — Erisu volta sua atenção para Tomaru — por que caralhos esses aí são diferentes?

— Simples, é impossível categorizar algo que não conhecem, eu sou uma figurinha carimbada para os Abutres, já cheguei a enfrentar muitos deles durante a vida — diz com uma voz orgulhosa de si mesmo — no entanto tanto Aoi quanto o restante não dão muito as caras e são conhecidos por serem problemáticos desconhecidos.

— Ou seja, eles nem ao menos sabem se realmente existo — exclama Aoi com um sorriso largo.

— Isso tá se tornando cada vez mais complexo para mim ­— diz Erisu, coçando a nuca.

Tomaru suspira, se virando em direção ao corredor de sua imensa mansão, — Enfim me sigam, quero te mostrar algo.

Erisu vê Aoi levantando-se dando tapinhas em seu ombro, caminhando na mesma direção enquanto o segue.

No chão há um imenso tapete vermelho de pelugem com molduras nobres por toda parede, fazendo Erisu se sentir em alguma espécie de catedral, para pôr fim Tomaru abri a última porta do corredor, revelando uma sala totalmente azul.

Tão espaçosa quanto a entrada, a sala estão cheias de objetos e equipamentos tecnológicos, ao lado direito há um local de monitoramento, cheio de monitores ligados a câmeras por toda a mansão, com um vigia fazendo seu trabalho.

Já o lado esquerdo pilhas e mais pilhas de documentos do qual faz Erisu ter dor de cabeça somente de observar a distância.

Mas o que Tomaru realmente quer mostrar está bem a sua frente, em uma espécie de altar há um sabre emanando uma luz azul com eletricidade ao seu redor.

— Erisu, sabe me dizer o que é isso? — questiona Tomaru, olhando de ombros para ele.

— Uma espada?

Tomaru gargalha, colocando a mão em sua cintura, sacando um revólver simples de um coldre escondido, — É um sabre, você já deve saber que armas não conseguem nos ferir...

Ele aponta o revólver para sua própria cabeça, disparando sem um pingo de medo em sua têmpora, o som estridente machuca os ouvidos de Erisu que tapa com as mãos seus ouvidos para em seguida ver a bala completamente amassada cair no chão sem arranhar sequer um pouco Tomaru.

— Viu? Nem deixou marca — gargalha guardando seu revólver.

— Dá próxima vez avisa seu merda!

Haha! Sinto muito, mas agora veja esse sabre é o que chama de Necat — Tomaru segura o sabre com sua mão direita.

— É o que? — questiona Erisu tombando a cabeça sem entender.

— Necat-Deos... — Em um movimento rápido, Tomaru passa o fio da lâmina em sua mão, a fazendo sangrar — A arma da segurança pública ou melhor, a arma capaz de matar deuses.

Erisu encara seriedade o sangue escorrendo da mão de Tomaru, em toda sua vida ele nunca foi ferido por nada que não fosse um Bakemono.

— Do que isso é feito?

— Não sabemos — responde Aoi, com os braços cruzados — mas de alguma forma, essa arma se alimenta de fé, assim como nós.

— Seja como for, é com isto que eles conseguem nos matar — Tomaru coloca o sabre novamente no altar, para em seguida tentar estancar o sangramento — de alguma forma, um corte dessa arma impede nosso regeneração também.

— Independente disso eles continuam sendo humanos — exclama Aoi, após bufar.

— Tá, tá, estou nem aí se eles conseguem nos ferir ou não, apenas me diga qual é seu plano? Vai nós três sozinhos e dane-se o resto?

— Tenho um grupo de outros Numens em um lugar seguro, apostos para o meu comando para iniciar a guerra — respondo Tomaru, em seguida fazendo uma expressão de surpresa — oh, falando nisso, a garota que você trouxe ainda está aqui Aoi?

— Caramba, tinha esquecido totalmente dela... tenho quase certeza que talvez? — responde Aoi erguendo os ombros.

— Tente encontrá-la para apresentar os dois.

— Me apresentar a quem? — diz uma bela voz feminina vindo da porta.

Erisu se vira olhando para trás de canto dos ombros, ouvindo o som do caminhar da jovem com seus salto-alto.

Erisu arrega-la seus olhos para ter certeza de que já ouviu essa voz antes, para pôr fim se virar por completo vendo os cabelos longos e azuis dela.

— Nem ferrando, você é a chorona? — exclama Erisu com olhar de surpresa.

Com uma expressão parecida, Yume para seu caminhar, encarando Erisu nos olhos, — Você? O que faz aqui?

— Eu que devo perguntar isso — Ele se aproxima dela — então você realmente conseguiu vencer aquele cara.

Yume abraça seu próprio braço, abaixando o olhar como se ainda fosse uma memória dolorosa para ela.

— Vocês se conhecem? — questiona Tomaru, com um sorriso.

Sim — Os dois respondem ao mesmo tempo.

— Oh, desculpe pode falar — diz Yume, ajeitando sua postura.

— Não, não pode falar você — exclama Erisu apontando para ela.

— Bem... a gente se enfrentou nos tuneis.

— Eu diria que acabei com você — diz Erisu com um sorriso irônico.

— Não precisa me lembrar disso tá bom? — exclama Yume de forma irritada.

Aoi fica ao lado de Tomaru com um sorriso malicioso, — Isso é uma grande surpresa.

— Bem de toda forma, o fato de ambos se conhecerem nos poupa tempo — Tomaru se vira para a arma novamente — me esperem no salão por favor, tenho que fazer uma ligação.

Tanto Erisu quanto Yume se encaram, dando de ombros um para o outro caminhando juntos para fora da sala.

— Você ainda não me responde o que faz aqui — diz Yume, tombando a cabeça.

— Aquele viciado em apostas me chamou para ajudar, meio que não queria, mas acabei aceitando — Erisu alonga os braços — e quanto a você?

— Depois da minha luta, senti minha vida se esvaindo, eu não tinha forças nem mesmo para respirar, então quanto tudo estava desmoronando o Senhor Aoi apareceu e me salvou.

— Por favor, não chame aquele cara de senhor — diz Erisu com cara de nojo.

Ao chegarem no salão, tanto Yume quando Erisu se sentam em sofás diferentes.

— Sabe, ele disse que estava procurando por alguém, acho que agora sei quem era a pessoa — Yume sorri de forma divertida — mas confesso que mesmo depois de tudo o que aconteceu com... você sabe a SEIDAI, fico feliz em te reencontrar.

— Por que diz isso?

— Como assim por quê? Eu não tive tempo para agradecer a você — Yume entrelaça os dedos — suas palavras foram duras, talvez cruéis, mas graças a elas consegui seguir em frente, além disso você realmente acreditou que eu venceria o Yudi, então obrigado!

Erisu se surpreende com tais palavras, por alguns segundos ele se viu nela, o fazendo abaixar a cabeça sem saber o que responder.

— Escute... sua namorada não veio? — questiona Yume em seguida.

— Namorada? Quem? A Oinari? — exclama Erisu gaguejando — ela não é minha namorada!

 Yume gargalha com a resposta, de alguma forma ou de outra Erisu percebeu algo diferente em nela, focando seu olhar por completo no alegre sorriso da jovem que antes chorava.

— Yume... certo? Você mudou — Erisu fecha seus olhos, se encostando no sofá — seu irmão se sentiria orgulhoso em ver esse sorriso.

Ela sente um breve aperto em seu coração, de alguma forma Yume está feliz de ouvir as palavras de Erisu, a fazendo colocar as mãos em seu peito, — Eu sei disso...

【キ】【ス】【シ】【ョ】【ッ】【ト】

Enquanto isso na sala do corredor, Tomaru vê ambos os jovens acabarem de saírem pela porta, fazendo-o se encostar na parede pensativo.

— Não é do seu feitio ficar pensando tanto — diz Aoi, olhando para o sabre.

— Aquele jovem... dá para perceber que ele tem algo diferente nele, assim como na garota.

— Eu sei disso, mas o que te incomoda é o Erisu certo?

— A energia e o Bakemono batem exatamente iguais aos relatórios, mas julgando pela idade, personalidade e tempo é impossível que ele tenha sido responsável pelo massacre que ocorreu no Distrito Novo — diz Tomaru, levando a mão ao seu queixo.

— Isso é obvio, você viu como ele ficou quando eu informei que ele matou pessoas — exclama Aoi enquanto boceja — ele não parece ser o tipo de pessoa que faria algo do tipo sem alguém mandar.

— Alguém mandar?

— Ele é como um cachorrinho, somente obedece sua dona.

— Seja como for, você fez bem em não revelar todos os nomes...

— Fiz é? — diz Aoi de forma irônica.

— Afinal... ao que tudo indica, existem Duas Asas do Diabo.

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