No ano de 2048, a tecnologia alcança um ponto em que robôs e IAs tornam o trabalho humano obsoleto. Apesar das promessas de uma vida fácil e sem sofrimento, a qualidade de vida piora: desemprego, fome e miséria. E o que é ruim, vai piorar.

Com a descoberta do Parasita Primordium — um organismo capaz de aumentar a longevidade e potencial físico e mental humano — o mundo é completamente virado de cabeça para baixo. A nova descoberta se torna o recurso mais valioso do planeta, destinado apenas a uma parcela minúscula da sociedade que o monopoliza descaradamente.

À medida que a desigualdade aumenta, as corporações e governos se fortalecem e a desigualdade atinge um nível extremo. A escassez do Parasita Primordium causa o maior desastre: a primeira guerra nuclear. Uma disputa pelo monopólio absoluto do Parasita Primordium entre os Estados Unidos e a China. Em apenas um dia, quase todo o hemisfério norte é apagado do mapa.

Cem anos se passam... Miguel, um garoto de dezessete anos, acorda do sono criogênico em um laboratório desconhecido. Ao sair, para conferir o que resta do mundo após tamanha tragédia, percebe que a realidade diante dos seus olhos é completamente diferente do que imaginava.

Em Valíria, o divino apenas traz duas coisas consigo, agonia e destruição. O legado Primordial fundado em sangue e discriminação, permeia sobre os Primordiais, seres puros separados por quatro cantos do planeta com uma única finalidade: proliferar e governar. Mas Valíria, distante e abandonada pelos Deuses, força os piores indivíduos a se unirem por um único objetivo, destruir aqueles que os criaram. Nessa jornada suicida que definirá o destino de tudo, qual dos dois lados perecerá? Os Primordiais abençoados pelos seus criadores? Ou os mortais amaldiçoados pelos seus pais?

Mais de cem anos atrás, houve a explosão dos Portais, conectando nosso mundo pacífico a diversos outros mundos, forçando-nos a lutar contra as Anomalias, mesmo quando não estávamos unidos e ainda em caos.

Porém, nos foi concedido o poder de contra-atacar. E havia aquelas pessoas que se jogavam aos Portais, sem medo, apenas pela sobrevivência da humanidade.

Eles eram e ainda são Venantes, aqueles que se jogam no perigo e mostram que não somos apenas sobreviventes, mas caçadores. Se alguma Anomalia busca invadir nosso mundo, que esteja preparada para as consequências.

Muitos diriam que o mundo havia chegado em seu ápice em 2098, Renan, porém, preferiria dizer que o mundo nunca esteve pior.

Renan, um simples estudante universitário, é pego pelos perigos noturnos da Nova Recife e se vê na pior. Viciado e hackeado, Renan é forçado por uma cracker misteriosa a realizar missões no submundo criminal lotado de perigos e complicações, recebendo a tarefa principal de roubar a arma mais poderosa de todo o planeta: O Riesiges.

Para o jovem, a única solução é aceitar os trabalhos clandestinos para sobreviver, mas não deixa de procurar uma forma de se livrar das suas amarras físicas e cibernéticas. Renan conseguirá sobreviver a todos os perigos que aparecerem? Ele mesmo não tem ideia, apenas sabe que ainda tem muito a aprender sobre o mundo e os outros.

— Desde que nasci, tenho o mesmo sonho todos os dias, em que o mesmo dia se repete indefinidamente.

— O que você faz nesse sonho?

— Assalto bancos, explodo prédios, flerto com garotas, jogo Grand Theft Auto... já que é um sonho, naturalmente faço muitas coisas fora da lei.

— Me diga o que você fez na noite passada.

— A noite passada foi mais interessante. Eu sonho há tanto tempo, mas foi a primeira vez que sonhei com alguém que conheço na vida real. Ela era uma garota muito bonita...

— Humm. — O policial assentiu enquanto anotava. — Continue, estou ouvindo.