Volume 8

Capítulo 5: Caos

 


Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!


 

ATÉ MAIS.

É, até~.

Masachika acenou levemente em frente à sala de aula e se despediu de Alisa.

Haah…

Depois de se afastar de Alisa, ele soltou um profundo suspiro internamente.

No dia anterior, ele havia acompanhado a indisposta Alisa até sua casa, apenas para garantir, já que ela havia passado mal na enfermaria. Contudo, quando se encontraram naquela manhã, Alisa parecia completamente recuperada. Não havia qualquer distância ou sinais de mal-estar. Ela estava de volta ao seu estado habitual, o que, por si só, deixou Masachika aliviado, mas…

Eu não consigo me manter calmo.

O corpo macio e quente de Alisa quando ela o abraçou. A confissão sussurrada como um segredo. E… suas revelações espontâneas sobre uma vida íntima com ele, em russo.

Não, eu tentei não ouvir, tá bom? Eu realmente tentei… mas não tinha como evitar que as palavras dela entrassem nos meus ouvidos!!

Por ora, Masachika entendia muito bem que Alisa era bastante meticulosa com aquele assunto. Algo que ele não queria saber, mas acabou descobrindo de qualquer maneira.

Bem, eu entendo que preciso refletir sobre o significado da confissão da Alya e tudo mais, mas, honestamente, não consigo me concentrar nisso agora…

Para piorar, a própria Alisa parecia tão despreocupada com tudo, o que fazia Masachika pensar.

Talvez seja melhor simplesmente esquecer isso tudo de uma vez.

Quanto mais ele refletia, menos motivado se sentia para continuar pensando.

Bom, isso também pode ser uma forma de fuga, né…

Foi apenas ontem que ele havia decidido parar de fugir, ganhando uma nova determinação que o levou a rodopiar em círculos mentais com entusiasmo exagerado. Ao lembrar da vergonha e do arrependimento por seu mal-entendido anterior, Masachika pediu desculpas mentalmente a Nonoa mais uma vez.

Não, sério, me desculpe. Você só estava acompanhando a Alya, e eu te julguei injustamente por preconceito… Tudo culpa daquele careca maldito. É.

Culpando Yusho casualmente, os arrependimentos voltaram à mente de Masachika enquanto ele se aproximava da sala do conselho estudantil.

Nnngh.

Limpando levemente a garganta em frente à porta, ele endireitou a postura e ajustou a expressão antes de bater três vezes.

Com licença.

Anunciando sua presença, ele abriu a porta da sala do conselho estudantil e…

O que é isso?

Diante de uma visão inesperada, Masachika congelou, com a mão ainda na maçaneta.

Sobre a longa mesa, pratos e copos de papel estavam organizados com cuidado. Havia diversos doces ocidentais, como canelés e madeleines, junto com outros doces e bebidas. No centro da mesa, destacava-se uma abóbora de Halloween.

Ah, estava esperando por você, Kuze-kun~. Gostosuras ou Travessuras!

Já é novembro, sabia?

Masachika retrucou para sua veterana, que provavelmente era a responsável por tudo aquilo, enquanto semicerrava os olhos para sua aparência.

Qual é a desse traje? Garota Ilegal-senpai.

Sim, sou eu! Às vezes, a bela presidente do Clube de Conjunto de Sopros. Outras vezes, a misteriosa Sexy Mask. E agora, eu sou…! Espera, Garota Ilegal?

Bom, você já está na idade em que não pode se chamar de garota mágica legalmente, né…?

Pare com esse olhar frio! Eu voltei aos meus sentidos umas três vezes enquanto esperava, sabia!?

Agora já são quatro vezes.

Desviando o rosto, a Garota Ilegal-senpai… ou melhor, Elena-senpai, usou ambas as mãos para criar uma barreira contra o olhar de Masachika.

Ela estava vestida com um traje de garota mágica cheio de babados e brilhos, que parecia adequado apenas para estudantes do ensino fundamental.

Bom, não tinha outra escolha! Pedi ao Clube de Artesanato um traje de cosplay de bruxa emprestado, e foi isso que eles me deram!

Tenho minhas dúvidas.

Enquanto segurava a saia curta e rodada demais, Elena balançava algo que parecia uma varinha mágica com uma das mãos.

Eu acho que seria melhor se ela perdesse a varinha… Mas ela leva isso bem a sério.

Suspirando levemente, Masachika voltou seu olhar para a mesa.

A propósito, isso é, talvez, uma festa pós-festival esportivo… ou algo assim?

S-Sim, é isso mesmo. Todos, exceto Touya e Chisaki, não participaram da festa do comitê do festival esportivo, certo? Então, eu meio que quis organizar uma… com um toque de Halloween.

Foi uma afirmação casual, mas deixou Masachika sem palavras. Como Elena mencionou, originalmente, os membros do conselho estudantil foram convidados para a festa do comitê após o festival esportivo. Contudo, Yuki e Ayano recusaram o convite devido à situação de Yumi, Masachika não sentia vontade de comemorar nada depois da competição de cavalaria, e Alisa, à sua maneira, considerou os sentimentos de seu parceiro e não foi. Maria, seguindo o exemplo da irmã, também não compareceu… No fim, apenas o presidente e a vice-presidente representaram o conselho estudantil na festa.

Ah, não, eu não estou culpando vocês, ok? Seria estranho agir como se nada tivesse acontecido depois da competição de cavalaria e festejar logo em seguida, né? 

Interpretando o silêncio de Masachika como uma confirmação, Elena parecia um pouco desconcertada enquanto explicava. Sua explicação estava levemente fora do ponto, mas como ele não podia negar sem explicar toda a situação, Masachika, sentindo-se culpado por preocupar sua veterana, riu vagamente e mudou de assunto.

Ah, então você teve o trabalho de preparar uma festa para nós. Obrigado por isso.

Sem problema~.

A propósito... é só você, Elena-senpai? E o presidente e o vice-presidente do comitê?

Eh? Ah... bem, sabe... como ela é bem rígida com ele, então...

Elena falou sobre seu parceiro dos tempos do conselho estudantil com um biquinho desdenhoso.

Então ela é rígida? Você quer dizer no sentido de "você não deveria ir a uma festa com outras garotas"? Não é como se fosse uma festa universitária com bebidas, sabe...

Pois é, né? Não tem bebida alcoólica, então nada impróprio aconteceria, certo? Bem, ela é bem possessiva, e eles combinam, acho.

Depois de abrir os braços e encolher os ombros, Elena apontou para a mesa.

Mas temos petiscos. Veja, esses doces no prato são um presente dela.

Ah, entendi.

É de uma loja bem famosa~. Como ela não pôde agradecer pessoalmente por vocês ajudarem, pelo menos quis comprar os lanches.

Uma chefe ideal, hm...

Murmurando baixinho, Masachika comentou sobre o comportamento que lembrava o de um supervisor de meia-idade que paga a conta da equipe júnior em festas. Então, com uma expressão séria, ele disse.

No entanto, tenho notícias ruins para você.

Eh, o quê?

O presidente e a vice-presidente não virão hoje.

Eh?

Além disso, Alya, Yuki e Ayano chegarão atrasadas.

Ao receber essa informação de Masachika, Elena inclinou a cabeça com um meio sorriso.

Por quê?

Aparentemente, alguns membros do Raikokai estão visitando hoje, então os dois candidatos à presidência, junto com o atual presidente, foram convocados. A vice-presidente Sarashina está ocupada no Comitê Disciplinar. Ah, e Ayano está de plantão na limpeza.

Os membros do Raikokai...? Por quê mesmo?

Algo sobre doações financeiras... ou melhor, presentes? Parece que estão discutindo a compra de novos equipamentos, como barracas, para substituir as usadas no festival esportivo, ou algo assim.

Ah, sim, elas ficaram bem gastas... mas...

Concordando com um sorriso forçado, Elena contorceu o rosto.

Será que meu esforço vai ser em vão...?

Alya e Yuki só vão fazer uma aparição rápida e virão direto para cá, ao que parece.

De qualquer forma, não havia melhor descrição do que um caso de má sorte.

Se você vai fazer uma surpresa, pelo menos deveria ter coletado algumas informações antes...

Como se refletindo sobre essa lição, os dois se encararam com expressões sutis. Então, houve uma batida na porta e, quando se viraram, viram Maria entrando na sala do conselho estudantil.

Hã? Elena-senpai? Oh, o que é isso~?

Inclinado a cabeça ao ver Elena, Maria lançou um olhar para a mesa, com uma pergunta misturada a alegria e curiosidade.

Elena, recuperando a compostura, explicou a situação novamente. Maria, parecendo satisfeita, sentou-se em seu lugar habitual, com os olhos brilhando para os apetitosos doces ocidentais.

Uau, isso parece tão delicioso... Oh?

Piscando enquanto pegava um canelé, Maria o aproximou do nariz, cheirando.

Isso não é feito... com álcool?

Ah, bem, é um canelé, então deve ter rum, né?

É mesmo? Hmm, que pena, mas não posso comer isso.

Eh? Por quê? Não gosta de álcool?

Em resposta à pergunta de Masachika, Maria, ainda segurando o canelé, exibiu um sorriso levemente embaraçado.

Não é que eu não goste... É que sou muito sensível ao álcool. Só o cheiro da vodka que meu avô esquenta na lareira já é suficiente para me deixar tonta.

Só pelo cheiro?... Ah, entendi. O álcool evapora facilmente. Então você fica tonta só com os vapores dele, hm...

Isso mesmo~. Ah, mas esse cheiro é tão bom... Meio que cheira a passas ao rum. Rum tem um cheiro doce único, né? Hmm, é uma pena eu não poder comer.

(N/SLAG: Uvas passas embebidas em rum (ou bourbon) para fazer uvas passas de rum.)

Olhando tristemente para o canelé, que exibia um tom marrom semelhante a uma joia, enquanto murmurava coisas como "Talvez se eu pegar só um pouquinho" e "Hmm, mas...".

Eu não sabia que Maria-chan era tão sensível ao álcool... Achei que os russos fossem mais resistentes do que os japoneses nesse sentido.

Bem, Masha-san é meio japonesa, sabe? E não é como se todos os russos fossem necessariamente bons com álcool.

Verdade. Ah~, mas Alisa-chan parece ser do tipo que aguenta bem o álcool~. Só uma sensação, sabe.

Isso é verdade. Quer dizer, é difícil imaginar Alya totalmente bêbada... 

Eu sei, né~? Maria-chan, como ela está realmente? Bem, Alisa-chan provavelmente nunca bebeu álcool antes, mas… — Enquanto olhava para Maria, a voz questionadora de Elena desacelerou lentamente e, por fim, parou. Seguindo seu olhar, Masachika rapidamente percebeu o motivo.

Hmm? O que foi?

A voz de Maria estava mais leve que o normal, alongada e esticada, e seus olhos pareciam sonhadores. Sua cabeça, ocasionalmente adornada com flores e corações, parecia emitir bolhas... E em sua mão estava um canelé perfeitamente intacto, sem nenhuma mordida sequer.

Ela ficou realmente bêbada só de sentir o cheiro!?

Enquanto Masachika reagia à claramente embriagada Maria, ela inclinou o corpo e o pescoço, emitindo um Hmm~? com uma voz que parecia de alguém que acabou de acordar. Então, ela riu e se recostou na cadeira, levando o canelé à boca.

Espere, não coma isso!

Elena pulou e arrancou o canelé da mão de Maria. Segurando o prato de papel longe dela, conseguiu manter fora de seu alcance. Inclinando o peito sobre a mesa, Maria esticou os braços ao máximo, batendo-os como asas. Percebendo que ainda estava fora de alcance, desta vez ela tentou pegar o canelé no assento ao lado, então Masachika apressadamente tirou aquilo também. Em um esforço conjunto com Elena, eles moveram os pratos de papel, e Maria fez bico como uma criança, com os braços ainda esticados. Então, ela pegou uma caixa de chocolates por perto.

Hã, Elena-senpai. Eu sei que você arrumou isso tudo tão bem, mas talvez seja melhor guardar isso por enquanto…

S-Sim, você tem razão. Não sabemos quando Maria-chan pode comer isso de repente…

Dwelishus♡. (INTRADUZÍVEL)

A voz aérea de Maria ecoou pela sala. Olhando naquela direção, Masachika viu Maria pegar um pedaço de chocolate da bandeja que havia retirado da caixa e saboreá-lo com um sorriso de êxtase. E de sua cabeça, novas bolhas de sabão continuavam a surgir. Claro, isso era apenas uma descrição imaginativa de sua embriaguez.

Ah, esses chocolates têm licor…

Você devia ter dito isso antes!

Retrucando inadvertidamente em linguagem casual para sua senpai, Masachika estendeu a mão para Maria, que estava prestes a pegar o segundo pedaço. Embora ele tenha conseguido tirar a caixa de chocolates, infelizmente não conseguiu impedir que Maria comesse o chocolate que já estava em sua mão. Com o segundo pedaço de chocolate já na boca, Maria, com os olhos ainda mais sonhadores, começou a balançar o corpo para os lados, cantarolando uma melodia.

Ei, isso não é uma situação ruim?

De qualquer ângulo, definitivamente é ruim.

Não era isso que eu quis dizer… Essa cena não causaria um mal-entendido se alguém entrasse?

Masachika parou ao ouvir as palavras de Elena, ponderando.Como essa cena pareceria para quem não soubesse das circunstâncias?

"Membro do conselho estudantil da prestigiada Academia Seirei pego sob influência de álcool na sagrada sala do conselho estudantil."

Esse título escandaloso piscou em sua mente, e Masachika correu rapidamente até a porta, trancando-a com pressa. Claro, a maioria das pessoas provavelmente entenderia a situação uma vez explicada. No entanto, sempre há um certo grupo de indivíduos na sociedade que tentaria maliciosamente denegrir aqueles com status social relativamente mais alto. Especialmente considerando o fato de que um membro do conselho estudantil está envolvido, uma posição almejada por muitos, um excesso de cautela não é injustificado.

Não há garantia de que alguém como Kiryuin não apareceria do nada na esperança de instigar a queda do conselho estudantil novamente.

Com esses pensamentos na cabeça, ele fechou todas as cortinas para garantir segurança. Então, sem se preocupar com a possibilidade de ser observado de fora, ele se virou. Maria, ainda balançando a cabeça para os lados, olhou para o rosto de Elena.

Eh~? Elena-senpai… multiplicou?

Multiplicou? Como assim?

Nueeh?

Com uma voz pouco clara, Maria deixou a cabeça cair para frente com um baque e continuou a balançar. Preocupado que ela pudesse cair da cadeira nesse estado precário, Masachika correu até ela.

Você está bem, Masha-san? Devo levá-la ao sofá?

Hmm~?

Erguendo a cabeça à voz de Masachika, e depois inclinando-a ainda mais, Maria olhou para ele e riu. Abrindo os braços, ela olhou para Masachika e disse com um sorriso.

Vai me carregar? Nn!

Sorrindo de forma constrangida, Masachika respondeu. 

Não, carregar você é um pouco demais…

Eeehhh~? Então, abrace!

Uwaaah!

De repente, abraçado pela cintura, Masachika deu um passo para trás reflexivamente. Maria, segurando os braços de Masachika, deslizou da cadeira como se estivesse sendo puxada. Consequentemente, os braços que estavam ao redor de seu estômago naturalmente deslizaram para baixo também.

Ah, ei!

Sentindo que suas pernas estavam prestes a ser puxadas, Masachika rapidamente se apoiou na mesa ao lado. Então, olhando para Maria, que agora estava sentada no chão enquanto ainda segurava suas pernas, ele perguntou.

Você está bem? Machucou o joelho?

Mm~.

Qual dos dois… Hã, em vez de segurar minhas pernas, pode segurar meus braços?

Vamos, Maria-chan, levante-se.

Aproximando-se deles, Elena colocou as mãos por baixo dos braços de Maria e tentou levantá-la… ou pelo menos parecia que sim. Ela não se mexeu nem um pouco.

......

Enquanto Masachika dava um olhar desanimado, Elena endireitou o corpo curvado e enxugou o suor inexistente de sua palma.

Ufa… bem, acho que é melhor darmos um tempo por hoje. 

O que você quer dizer com "tempo por hoje"?

Eu gostei muito de sentir os seios da Maria-chan!

Por que você está casualmente cometendo assédio sexual!? E—

Nesse momento, Masachika sentiu sua mão direita sendo puxada e viu Maria se levantando lentamente, usando seu braço como apoio. Após ficar de pé, ela se encostou no braço direito de Masachika.

Oh… você está bem, Masha-san?

O que está acontecendo~~?

O que você quer dizer com "o que está acontecendo"? Enfim, vamos até o sofá agora, tudo bem? Você consegue andar?

Mm~. Eu consigo andar!

Entendi. Isso é ótimo.

Respondendo casualmente a Maria, que de repente fez uma saudação militar, Masachika observou enquanto ela ria e encostava a cabeça em seu ombro.

Hehe, Maa-chan é incrível, né?

Você é incrível, você é incrível.

Então~, me faz carinho?

Hã?

Faz carinho~, faz carinhhhooo~~.

Enquanto balançava o corpo como se estivesse fazendo birra, ela continuava esfregando a cabeça em movimentos circulares.

Isso é incrível.

Pensando involuntariamente com uma expressão séria, ele mentalmente deu um tapa em si mesmo por ter tais pensamentos.

Bom, então…

Maria não parecia que iria caminhar em direção ao sofá nesse ritmo, então Masachika hesitou antes de estender a mão para sua cabeça. Ele acariciou gentilmente o cabelo macio e fofo dela algumas vezes, sentindo um leve aroma floral no ar. O rosto de Maria se iluminou com um sorriso.

fufu~ Estou sendo mimada~.

Pedindo por mais, Maria se aproximou ainda mais de Masachika.

Talvez isso seja bom, afinal.

Masachika mais uma vez se repreendeu mentalmente por seus pensamentos.

Vamos lá, anda direito…

Mantendo uma expressão séria por fora, ele começou a caminhar em direção ao sofá.

O braço do Kuze-kun está enterrado no peito da Maria-chan…

Você poderia mostrar um pouco de arrependimento, Elena-senpai?

Lançando um olhar frio para sua senpai, que deliberadamente apontou algo que ele ainda não havia percebido, Masachika, ao chegar perto do sofá, olhou para Maria, que ainda se agarrava ao seu braço direito.

Chegamos. Olha, você pode sentar?

Reprimindo o desejo interior de sugerir que ela se deitasse junto com ele, Masachika esperou que Maria se sentasse sozinha. Com um olhar vago, Maria inclinou a cabeça e abriu a boca.

Hmm? Saa-ku—

Ei! 

Reagindo rapidamente àquele nome crítico que escapou casualmente, Masachika cobriu a boca de Maria com a mão.

Perigoso, perigoso, perigoso! Isso é muito perigoso!!

Masachika não sabia se Elena conhecia o suposto namorado de Maria. Mas, caso conhecesse, isso poderia causar grandes problemas. E se, em seu estado alterado, Maria confundisse Masachika com seu namorado? Que tipo de desculpa funcionaria? Mesmo que ele conseguisse enganar Elena, se Alisa ou Yuki voltassem e ouvissem algo, sair ileso disso seria bastante complicado.

Se for esse o caso, preciso que Elena-senpai saia! 

Decidindo isso em um instante, Masachika olhou para Elena, que os observava, e disse com firmeza.

Desculpa, Elena-senpai! Parece que a Masha-san está prestes a vomitar, então você poderia trazer um balde ou algo assim, por favor!?

Hã? Mas tem uma lixeira bem ali…

Mas aí vai ficar com cheiro ruim, certo!? Apenas vá logo!

Sim! 

Pressionada pelas palavras firmes de Masachika, Elena se apressou em direção à porta. Desajeitadamente destrancando-a, ela saiu às pressas da sala do conselho estudantil. 

Ufa…

Com a crise momentaneamente evitada, Masachika respirou fundo. 

Ah, desculpa.

Percebendo Maria, que o olhava com curiosidade, ainda com a boca coberta, Masachika gentilmente tirou a mão. Maria então inclinou a cabeça e perguntou.

Saa-kun, também se multiplicou?

Eu não me multipliquei.

Ehhh? Qual é o meu, e qual é o da Alya-chan?

Eu já disse, eu não sou capaz de mitose.

Mmm~. Então eu vou com este aqui!

Se Maria ouvia ou não as respostas de Masachika, ela mais uma vez abraçou firmemente o braço dele.

Não, não é como se eu—

Nfu~. Então é um encontro duplo~.

O quê?? 

Suspiros de Masachika diante de sua conversa cada vez mais incompreensível com Maria, ele tentou trancar novamente a porta que Elena havia deixado aberta.

No entanto, durante o processo...

Er... Masha-san, pode soltar, por favor?

Com Maria ainda segurando firmemente o braço de Masachika, ele pediu para ela soltá-lo. No entanto, Maria fez um bico, balançando a cabeça.

Nããão~.

O que quer dizer com não...

Recusando como uma criança, Maria deixou Masachika confuso. Sem saber o que fazer, ele olhou para Maria, que continuava agarrada ao seu braço. Então, tentando arrastá-la em direção à porta...

Nããão~!

Eh— Ei!

De repente, o braço de Masachika foi puxado com força, pegando-o de surpresa. Antes que percebesse, ele caiu no sofá. Aliviado por não ter trombado com ela, Masachika ficou abalado pela força surpreendente de Maria.

De onde veio essa força? Será que o álcool havia desligado os limitadores do cérebro dela?

Pensamentos absurdos passaram por sua mente enquanto ele se impressionava com a força física de Maria. Apesar de sua preocupação em não machucá-la, a força dela superava a de uma garota comum. Mesmo agora, Masachika se via deitado no sofá, incapaz de se soltar. 

Er~... Masha-san? Pode me soltar, por favor?

Sentado ao lado dela e inclinando-se, ele repetiu o pedido. No entanto, Maria, ainda com o rosto abaixado, respondeu suavemente.

Não. 

Isso deixou Masachika em um dilema.

Quando você diz não desse jeito... Está com alguma coisa na cabeça?

Ele não esperava uma conversa coerente, mas ainda assim fez a pergunta que pairava em sua mente. Em resposta, Maria ergueu o rosto, com os olhos levemente marejados.

Porque... você está planejando ir até a Alya-chan, não é?

O quê?

Não, eu não vou deixar você ir.

Masha murmurou estas palavras enquanto enterrava o rosto no ombro dele. Apesar de saber que as palavras dela provavelmente eram um mero delírio alcoólico, Masachika não conseguia simplesmente descartar e ignorar sua declaração, e seu corpo ficou tenso.

Eu não vou a lugar nenhum. Só vou trancar a porta por um momento.

Mal conseguindo transmitir a verdade, Masachika a tranquilizou.

Maria ergueu o rosto novamente, sussurrando para ele em uma distância desconfortavelmente próxima.

Ei, Saa-kun...

Sim?

Você... gosta de mim?

!?

Pego de surpresa pela pergunta inesperada, os olhos de Masachika se arregalaram. Suas bochechas tremeram, e, com um sorriso constrangedor, ele tentou desviar rapidamente.

Parece que você está bem bêbada.

Você gosta de mim?

No entanto, Maria destruiu sua tentativa fraca de desviar a pergunta, repetindo-a de forma direta. Masachika, cada vez mais desconfortável, intensificou seu sorriso desajeitado. No entanto, ao olhar nos olhos castanhos claros de Maria, umedecidos por lágrimas, ele suspirou e fechou os próprios olhos por um momento antes de encarar o teto.

Eu gosto de você. Como pessoa.

Ele respondeu com sinceridade, e, com os dentes cerrados, acrescentou.

Provavelmente, como mulher também. Acho que gosto de você.

Esse era o sentimento sincero de Masachika. Ele acreditava que era atraído por Maria, seu primeiro amor, com quem milagrosamente se reencontrou após vários anos. Contudo—

Mas admitir isso... ainda não estou pronto.

Com seu eu atual, desprovido de orgulho, ele não conseguia aceitar tal afeto vindo de Maria. Forçar essa aceitação provavelmente o sobrecarregaria, transformando os sentimentos de Maria em um peso sobre seus ombros e potencialmente fazendo com que ele se desprezasse ainda mais.

Primeiro preciso... gostar do eu que Masha-san gosta.

Com determinação, ele precisava abraçar o afeto dela com orgulho. Para isso, ele sabia o que tinha de fazer, mas vinha evitando isso por muito tempo.

E... vou parar de fugir.

O momento de enfrentar o que estava por vir se aproximava, e Masachika podia sentir isso. Então, aqui e agora, ele decidiu fazer uma promessa.

Eu juro...

Abrindo seu coração pesado, ele reuniu as palavras. Declarou para Maria e, mais importante, para si mesmo.

Eu definitivamente... enfrentarei meus erros. Os erros que me levaram a ser quem sou agora.

Dizendo apenas isso, Masachika encontrou o olhar de Maria e implorou.

Então... pode esperar por mim? Algum dia, eu com certeza enfrentarei os sentimentos de Masha-san também.

As palavras de Masachika estavam cheias de sua mais profunda sinceridade. Em resposta, Maria balançou os olhos e abaixou o rosto.

Mmm, você diz coisas tão difíceis, mas eu não entendi.

Ehhh. Sério? Eu reuni bastante coragem agora para dizer isso, sabia? 

Longe de se sentir abatida, a reação de Maria estava muito além das expectativas de Masachika. Ele afundou no sofá, pensando que talvez tivesse sido um erro tentar conversar seriamente com alguém embriagada. Insatisfeita, Maria puxou o braço de Masachika com os lábios franzidos.

Diga mais claramente. Você gosta de mim?

Diante dessa pergunta um tanto incoerente, Masachika respondeu com um sorriso forçado.

Sim, eu gosto de você.

Mentiroso.

Entendi, minha resposta não importa para você, não é?

Para Maria, que ignorava suas palavras, Masachika sentiu que sua vontade de engajar em uma conversa estava diminuindo.

Ah, vamos lá, você não poderia simplesmente dormir já? …Como uma pessoa embriagada normal.

Fazer com que ela dormisse certamente eliminaria o risco de alguém ouvir a conversa. Mas, enquanto Masachika pensava casualmente nessa possibilidade com uma atitude um tanto indiferente, a voz emburrada de Maria chegou aos seus ouvidos.

A verdade é… que você provavelmente gostava mais de mim antigamente.

Aquelas palavras inesperadas fizeram Masachika congelar por um momento antes de virar-se para Maria com uma expressão séria. Com um bico insatisfeito e os olhos úmidos, Maria olhou para ele.

A verdade é que você gostava de mim quando eu tinha o cabelo loiro e mais comprido, os olhos azuis. Quando eu era mais magra.

O quê?

Porque, Kuze-kun, você não me entendia naquela época.

Aquelas palavras perfuraram o peito de Masachika. Incapaz de responder, ele continuou a encará-la. Franziu os lábios levemente enquanto o olhava com olhos marejados.

É porque eu mudei que você não gosta mais de mim, não é?

Isso não é verdade. Tal resposta veio imediatamente à mente… ainda assim, por algum motivo, Masachika não conseguiu dizê-la.

Como ele poderia negar com confiança? Para Masachika, que ficou confuso com a aparência de Maria mesmo após perceber que ela era Maa-chan, seria capaz de afirmar que não teve dificuldades em vê-la como a mesma pessoa de antes?

Se… Masha-san tivesse crescido mantendo aquela imagem do passado…

Cabelos dourados longos e volumosos, olhos azuis cintilantes e um sorriso infantil que permanecesse inalterado na idade adulta. Se ela tivesse aparecido novamente com uma figura que a identificasse inconfundivelmente como Maria, mesmo antes de descobrir que ela era Maa-chan, Masachika provavelmente teria se apaixonado novamente por ela à primeira vista. Não havia evidências dentro de Masachika que negassem isso.

……

Eu sabia. É isso mesmo.

Como se interpretasse o silêncio de Masachika como uma afirmação, Maria afastou-se dele e cobriu o rosto com ambas as mãos.

Ah, não.

Sniff

!?

O som de um leve soluço que chegou aos ouvidos de Masachika perfurou seu coração com intensa culpa. Sua prioridade de trancar a porta havia sido completamente esquecida. Masachika virou-se no sofá, movendo todo o corpo em direção a Maria.

Hm, bem…

Sniff Eu não mudei porque quis… A cor do meu cabelo, dos meus olhos, até meu corpo… foi ficando mais volumoso.

U-Uh? Volumoso, você diz…

Mas ouvi que os meninos gostam de garotas assim. Pelo menos eu achava… Mas, Saa-kun, você ainda gosta de mim como eu era antes…

N-Não.

Maria confessou uma preocupação séria e inesperada, fazendo Masachika gritar impulsivamente.

Eu—! Acho a Masha-san atual muito atraente também… Quero dizer, eu realmente gosto da Masha-san atual!

Diante da declaração direta de Masachika, Maria ergueu o rosto. Então, com os olhos ligeiramente avermelhados, ela perguntou de forma suplicante.

Mesmo…? Você realmente gosta de mim?

B-Bem, hm… O cabelo e os olhos de Masha-san são muito bonitos… Eu gosto deles.

Mais do que os de antes?

Gh!

Incapaz de responder imediatamente, o olhar de Masachika vagou por um momento. Maria virou o rosto em resposta.

Eu sabia, foi mentira…

Não, não é isso! Não se trata de qual eu gosto mais, eu gosto de ambas, hm… gosto das duas igualmente…

Embora ele se achasse indeciso, Masachika justificou-se com a desculpa: "É verdade…" Contudo, Maria virou-se com uma expressão de rejeição.

Mentira, não acredito.

É verdade… Como posso convencer você?

Em resposta à pergunta de Masachika, Maria, talvez devido à influência do álcool, olhou para ele com um olhar estranhamente calmo. Ela segurou a mão direita de Masachika, levou-a para o lado do rosto, inclinou a cabeça e permitiu que ele tocasse seu cabelo.

Então olhe para mim e diga. Você gosta do meu cabelo?

E-Eu gosto. 

Sentindo-se um pouco desconcertado com o toque do cabelo dela contra sua palma, Masachika olhou diretamente nos olhos de Maria enquanto falava. E, ao fazer isso, Maria fechou os olhos, esfregando a bochecha contra a mão dele. Ainda com a bochecha encostada em sua palma, ela abriu os olhos e perguntou.

Você gosta dos meus olhos?

Eu gosto—

Mas, antes que pudesse terminar de falar…

Masachika ouviu passos se aproximando e as vozes de duas pessoas familiares. Eram Alisa e Yuki, que deveriam estar lidando com o Raikokai na sala do conselho estudantil junto com Touya.

Num instante, uma intensa sensação de crise percorreu a espinha de Masachika.

Espera, as duas já estão de volta!? Isso é ruim, isso é muito ruim! Isso é ruim demais!!

Suando nervosamente, Masachika fixou os olhos na porta destrancada, e uma voz preocupada chegou diretamente até ele.

Saa-kun…?

Voltando o olhar para frente ao ouvir aquela voz, Masachika, ainda com a mão direita segurada por Maria, brevemente considerou executar uma técnica secreta conhecida como "o querido golpe na nuca de todos".

Mas, se eu errar, pode ter efeitos duradouros, e além disso, não é certo fazer isso com alguém que não cometeu nenhum crime!!

Rejeitando imediatamente essa ideia, Masachika gritou apressadamente uma desculpa improvisada.

Eu gosto, eu gosto! Então… com licença por um momento!

Enquanto os passos e vozes se aproximavam gradualmente da sala do conselho estudantil, Masachika puxou a mão de Maria com a esquerda, correu até a porta e a fechou e trancou rapidamente, mas com cuidado.

Finalmente, um momento de alívio… No entanto, é aqui que um novo problema começa.

Como vou explicar por que elas não podem entrar na sala do conselho estudantil!?

Se fosse apenas Alisa, Masachika teria confiança para inventar uma desculpa convincente. O problema era Yuki.

Qualquer desculpa meia-boca não funcionaria com ela, e se Yuki, que adorava travessuras, percebesse algo interessante ou suspeito, provavelmente tentaria entrar a qualquer custo.

Existe algo que eu possa usar!? Uma razão necessária e racional! E se a sala do conselho estudantil estiver sendo encerada? Preciso colocar um aviso… não, já é tarde demais para isso! Preciso de uma razão para eu estar dentro e não poder deixar ninguém entrar—

Exprimindo uma razão convincente, Masachika organizou os pensamentos de alguma forma e rapidamente se afastou da porta. Assim que fez isso, ouviu-se uma batida, seguida pelo som da porta sendo balançada.

Oh? Por que a porta está trancada…?

À voz de questionamento de Yuki do outro lado da porta, Masachika, fingindo casualidade, chamou.

Ah, Yuki. Desculpe! Estou meio que…

Masachika-kun? Algo errado?

Sim. É meio difícil de explicar, mas…

Masachika-kun, pode pelo menos abrir a porta para mim?

Bem, não posso fazer isso agora…

Por que não?

Ah, bem…

Deliberadamente enrolando as palavras em resposta às perguntas de Yuki e Alisa, Masachika agiu. Humanos tendem a se satisfazer ao sentir que desvendam algo escondido, independentemente de sua veracidade.

Assim, mantendo Alisa na expectativa até o último momento, Masachika falou relutantemente em um tom que transmitia dificuldade.

Bem, veja… mais cedo, a Elena-senpai trouxe um bolo de durian. Então a sala do conselho estudantil está cheirando muito mal agora.

Após alguns segundos de silêncio, aparentemente sem entender a situação, a voz de Alisa, cheia de perplexidade e ceticismo, chegou até ele.

Hã, por que a Elena-senpai? E um durian?

Não, parece que ela pretendia fazer uma festa pós-festival esportivo para nós… mas, no momento em que abriu a embalagem do bolo, aquilo basicamente se transformou numa verdadeira bomba de mau cheiro. Não faço ideia de por que ela escolheu algo assim. Perguntem para ela. Ela acabou de sair para buscar um aromatizador de ar.

Enquanto oferecia desculpas internas a Elena, Masachika continuava inventando sua história. As pessoas tendem a achar histórias um tanto bizarras surpreendentemente críveis, afinal. Além disso, Elena tinha a imagem de fazer coisas excêntricas assim.

Enquanto elaborava essa mentira, imaginando Elena protestando em sua mente, Masachika, com uma voz abafada e um tom genuinamente exasperado, continuou sua explicação.

Então, atualmente, estamos no processo de selar o bolo novamente, ventilando a sala e usando um aromatizador para cobrir o cheiro. Não é como se a situação fosse realmente grave, mas é melhor saírem cedo hoje. O cheiro provavelmente vai grudar nas roupas e no corpo de vocês.

Então é isso… Bem, se é esse o caso, não tem jeito. Mas Masachika-kun, você está bem?

Sim, já me acostumei… embora ainda cheire mal, parece estar melhorando, então vou ficar bem.

Aliviado por ter conseguido convencer Alisa por enquanto, Masachika comemorou silenciosamente por dentro. Nesse momento, a voz atenciosa de Yuki chegou até ele.

Bem, não se esforce demais…

Essas palavras fizeram Masachika pensar que seu plano estava funcionando, mas…

A propósito, Masachika-kun. Tem algo sobre uma doação antiga que me deixou curiosa. Você poderia pegar os documentos que resumem as doações do Raikokai?

Ao ouvir as palavras de Yuki, Masachika percebeu que seu julgamento tinha sido muito ingênuo.

Não, os documentos provavelmente estão com cheiro ruim também, e abrir esta porta vai estragar todo o propósito de conter o mau cheiro aqui dentro.

Apenas abra por um momento. Talvez o cheiro não seja tão ruim para nós quanto você pensa, não é?

A insinuação de Yuki convenceu Masachika.

Droga, será que ela percebeu que algo está acontecendo!?

A voz dela, do outro lado, ainda era refinada e elegante. No entanto, na mente de Masachika, ele conseguia imaginar vividamente sua irmã mais nova escondendo um sorriso diabólico por trás da expressão serena estampada no rosto dela do outro lado da porta. Junto a isso, ele visualizou Alisa ao lado dela, parecendo confusa.

O que eu faço agora…

Enquanto ponderava, ouviu uma nova voz.

Hã? Alisa-chan, Yuki-chan, vocês já terminaram e voltaram?

Obrigada pelo trabalho duro, Elena-senpai… você está bem estilosa. Deixando isso de lado, sobre essa—

Ah, Elena-senpai, você voltou! Eu já reembalei o bolo de durian, mas você encontrou o spray aromatizante? Ou pelo menos algum desodorizante? Bem, eu tenho dúvidas se isso vai funcionar!!

Interrompendo Yuki, que estava prestes a expor sua mentira, Masachika ergueu a voz. Em seguida, na esperança de que Elena entendesse o que ele estava tentando fazer, ele fixou o olhar na porta.

Três segundos cheios de tensão se passaram… até que a voz de Elena foi ouvida.

Ahh~~. Bem, eu pensei em pegar emprestado um desodorizante de uma amiga do clube de esportes, mas elas já foram para casa… Não encontrei o spray no banheiro, então trouxe um saco plástico e um balde para selar o bolo por enquanto.

Sim!!

De fato, como uma ex-vice-presidente, Elena demonstrou sua notável sagacidade, e Masachika celebrou silenciosamente com um gesto de vitória. Além disso, Alisa deu suporte.

Bem, então… vamos para casa agora? Yuki-san, os documentos podem esperar até amanhã, certo?

Isso pareceu inesperado até para Yuki, que, após uma breve pausa, respondeu com uma voz ligeiramente desapontada.

Sim, é verdade. Bem, com licença. Masachika-kun, até amanhã.

Ah, sim, até amanhã.

Até mais então.

Sim, Alya, bom trabalho hoje também.

Pode não ter sido óbvio para ela, mas Masachika enviou sua gratidão em pensamento à sua parceira que lhe jogou uma corda para salvar o dia.

Он действительно бесполезен.

(Ele é realmente um inútil.)

Então, ao ouvir o russo murmurado do outro lado da porta, a expressão de Masachika endureceu.

Hã, o que isso quer dizer…? Alya, será que você…

Ignorando Masachika, que foi atingido por algo semelhante a um calafrio, os passos das duas gradualmente se afastaram. E, do outro lado da porta, a voz de Elena, um tanto ressentida, chegou aos seus ouvidos.

Ei… por que estou sendo tratada como uma senpai irritante que trouxe um bolo de durian para a sala do conselho estudantil?

Sinto muito por isso.

Não havia espaço para defesa nesse caso, e Masachika se desculpou sinceramente. Em resposta, Elena soltou um suspiro e disse.

Bem, tanto faz… Então, como está a Maria-chan? De qualquer forma, eu trouxe o balde e o saco plástico.

Até mesmo Masachika, que havia se aliviado por escapar das investidas de Yuki e Alisa, de repente percebeu algo em resposta à pergunta de Elena. 

Hã… pensando bem, Masha-san está quieta há um tempo.

Será que ela adormeceu…?

Agarrando-se a esse pensamento esperançoso, Masachika, agradecendo Elena por enquanto, lançou um olhar para Maria… e arregalou os olhos.

O quê—?

Enquanto tentava se levantar do sofá, Maria parecia ter cambaleado. No momento, ela estava sentada no chão em uma posição de wariza, em frente ao sofá.

Saa-kun… sniff, no final das contas, Alya-chan é melhor para você, não é…?

Maria olhava para baixo enquanto limpava os olhos com o dorso da mão, talvez interpretando de forma estranha a conversa que ele teve com Alisa através da porta. Mas o que preocupava Masachika ainda mais era o estado de seu corpo! Seu inegável… ou melhor, nada oculto busto!

Por que ela está se despindo!?

Um blazer jogado no sofá. Sapatos, meias e sua saia espalhados no chão. Maria estava vestindo apenas uma camisa branca e roupas íntimas… e quanto à camisa, todos os botões da frente estavam desabotoados. Em outras palavras, ela mal conseguia esconder o busto com os braços.

Kuze-kun? A Maria-chan está…

Espera, ela está em um estado que não pode ser mostrado a ninguém!

Eh!? Isso significa que… não cheguei a tempo?

Desculpa, eu também estou confuso, então será que a Elena-senpai pode ir embora mais cedo hoje?

E-Entendi. Certo, provavelmente Maria-chan não gostaria de ser vista assim… Vou deixar o resto com você, tudo bem? Desculpa por isso. Ah, vou deixar o balde e o saco plástico aqui, só por precaução.

Com essas palavras, os passos de Elena se afastaram. Parecia que ele havia causado algum mal-entendido não intencional, mas Masachika não tinha o luxo de se preocupar com isso agora.

(Ei, Masha-san, por que você está se despindo?)

Evitando ao máximo o contato visual direto com Maria, Masachika se aproximou dela com uma voz baixa. Então, no canto de sua visão, ele viu o rosto de Maria iluminar-se.

Ahh~, Saa-kun está aqui~.

Enquanto dava um leve sorriso para Maria, que de repente ergueu uma voz alegre, Masachika se agachou e falou com ela como se fosse uma criança.

Sim, sim, eu estou aqui… vamos vestir algumas roupas, tudo bem?

N’fu~? N’fufu~~♪

Não, pare com esse N’fu~… ou melhor, é perigoso balançar o corpo desse jeito.

Masachika continuou tentando acalmar Maria, que balançava o corpo de um lado para o outro com uma risada suspeita, sem olhá-la diretamente, focando ao redor. Mas de repente, sua mão direita foi puxada, e Masachika virou o olhar nessa direção.

Maria estava segurando o pulso de Masachika com a mão direita e o dorso da mão dele com a esquerda. E ao final do puxão—

Espere um pouco.

Vendo algo que ele não podia encarar diretamente, Masachika rapidamente puxou o braço de volta. Com uma expressão séria, ele questionou Maria.

O que exatamente você está tentando fazer?

Ehhh~? Continuar de onde paramos?

— Continuar…?

Ao ouvir isso, Masachika se lembrou. Mais cedo, ele havia dito que gostava do cabelo e das pálpebras de Maria enquanto as tocava. Percebendo o que ela estava tentando fazer agora, seu sangue subiu à cabeça de repente.

Não, não, não! Onde você está tentando me fazer tocar!? Você não deveria fazer isso!

Masachika sacudiu vigorosamente a mão de Maria, com um pouco de força demais, acabando por cair no chão. Ainda evitando olhar diretamente para ela, ele gritou em uma mistura de pânico e horror.

Assim que fez isso, lágrimas começaram a brotar nos olhos de Maria, que abaixou a cabeça.

Eu sabia… Saa-kun prefere a antiga eu, quando era mais delicada… Agora você nem consegue me olhar direito…

Não, como eu disse, não é isso…

Em resposta à voz que, involuntariamente, provocou um sentimento de culpa, Masachika virou-se para Maria com uma expressão perplexa… e, sem querer, engoliu em seco ao ver seu corpo de perto. 

O rosto belo de Maria, uma combinação da inocência de uma jovem e da bondade de uma mãe, acalmava todos que a contemplavam. Em contraste, abaixo de seu pescoço havia um corpo com uma sedução demoníaca capaz de enlouquecer qualquer um.

Envoltos em um sutiã preto estavam seus montes… não, esferas, exageradamente voluptuosos. Sua cintura graciosamente curvada, tão delgada, mas ao mesmo tempo macia e flexível. Coxas impecáveis, tanto firmes quanto voluptuosas, exalando uma textura sedutora e uma resiliência jovial… Masachika olhou para o teto para desviar o olhar.

Hmm, ultimamente têm surgido algumas adaptações de anime promissoras, mas entre as recentes, eu diria que apenas três realmente podem ser consideradas de primeira linha.

Enquanto Masachika se entregava totalmente ao escapismo, a voz lamentosa de Maria chegou aos seus ouvidos.

Uuu. V-Você desviou o olhar.

Não, não é que seja insuportável te olhar, é mais que eu não consigo aguentar…

Inclinando levemente a cabeça e dizendo isso enquanto focava no topo da cabeça de Maria, Masachika percebeu de repente que Maria havia se inclinado para baixo e já não estava mais em sua linha de visão. Baixando o olhar cuidadosamente, ele encontrou… bem, um bumbum notavelmente grande e esplêndido.

Ngh!

Abaixando o olhar apressadamente ainda mais, Masachika encontrou os olhos de Maria, que o encaravam a uma distância extremamente próxima.

Surpreendentemente, Maria havia caído de quatro entre as pernas de Masachika depois que ele bateu no chão.

Uoooh!?

Em uma posição que lembrava o momento em que ele havia caído ao dançar com Alisa durante as comemorações pós-festival cultural, Masachika instintivamente tentou se mover para trás, tentando recuar… mas perdeu o equilíbrio e bateu o cotovelo no chão.

Ai!?

Com uma dor aguda e uma sensação de formigamento percorrendo ambos os cotovelos até os antebraços, Masachika não conseguiu apoiar os braços e tombou para trás, caindo de costas.

Waaaah~!

Esticando ambos os braços para suportar a dor e o formigamento, Masachika viu sua visão sendo bloqueada pela cabeça de Maria.

Ela havia colocado as mãos ao lado de seus ombros enquanto pairava sobre ele. Seu cabelo, brilhando sob as luzes do teto, balançava a uma distância que fazia cócegas na bochecha de Masachika.

Saa-kun…

Certo, Masha-san, vamos nos acalmar. Você não está em sua plena consciência agora.

Fitando os olhos marejados de Maria, Masachika falou desesperadamente, contemplando intensamente como navegar por aquela situação.

Não, está tudo bem. Se eu conseguir sacudir o formigamento nos braços, consigo lidar facilmente com esse tipo de técnica de grappling. Felizmente, ela ainda está com a camisa, então vou começar puxando minha perna direita e segurando suas costas…

Mudando sua mente para o modo de combate, Masachika tentou ao máximo desviar sua consciência da figura sedutora de Maria. E, nesse momento, Maria lançou outra pergunta a ele.

Será que… você me odeia agora?

Não. Na verdade, eu gosto de você. E não é exagero dizer isso.

Então… me toque?

Não diga coisas tão sem sentido.

Ao responder com uma expressão séria, os olhos marejados de Maria começaram a recuperar a compostura.

Tudo bem. Eu entendo. Eu vou te tocar.

Agitado intensamente pelo senso de crise nos olhos dela, Masachika prontamente disse isso, fazendo Maria piscar várias vezes rapidamente antes de dar uma risadinha. Nesse momento—

Agora!!

Dobrando rapidamente sua perna direita, Masachika a retirou debaixo do corpo de Maria. Então, movendo seus braços ainda ligeiramente dormentes, ele segurou as costas de Maria com a mão direita e sua perna direita com a esquerda, tentando rolar para o lado…

Hm?

A mão direita de Masachika… tocou uma sensação misteriosa e dura sob a camisa de Maria nas costas dela, e ele de repente se sentiu perplexo.

O que é isso? Algum tipo de metal—?

E, em um instante, após ponderar sobre isso—

Uooh!?

Intuitivamente percebendo a natureza daquela sensação, Masachika rapidamente soltou. Olhando para baixo, para o Masachika congelado, Maria piscou novamente. Inclinando a cabeça curiosamente,

Ah!

Parecendo entender algo, ela assentiu, levantou a parte superior do corpo e montou sobre o abdômen de Masachika.

Não, espera—!?

Ao sentir o bumbum de Maria contra seu abdômen inferior, Masachika ficou sem palavras. Reflexivamente olhando naquela direção, ele viu os shorts dela, percebendo que tudo, exceto sua área íntima crucial, estava ligeiramente transparente.

Coxas brancas e carnudas. Contra aquela pele clara, os shorts pretos, maduros e sexy, se destacavam vividamente, exibindo uma área de virilha encantadora.

Esquecendo a vergonha e a culpa, Masachika, sem querer, fixou o olhar naquele ponto, mas depois de alguns segundos, ele de alguma forma reuniu o resto de sua razão e fechou os olhos com força.

Idiota! Não olhe, não toque, não tenha consciência disso! Estamos falando da Maa-chan! E ela não está em sua plena consciência! Se eu fizer algo aqui, vou me arrepender loucamente depois!! 

Com os olhos bem fechados, rangendo os dentes, os ouvidos de Masachika captaram um pequeno som… um estalo suave.

?

Abrindo os olhos levemente para o som não identificado, Masachika viu Maria com as mãos atrás das costas. Seus olhos se encontraram, e Maria, corada, levou as mãos de volta para a frente.

Ai, você deveria ter dito se quisesse que eu tirasse.

Dizendo isso, Maria soltou as alças do sutiã. Com a camisa deslizando suavemente para baixo, a última barreira cobrindo seu amplo peito sucumbiu à gravidade e caiu. Agora, apenas com os shorts, Maria parecia constrangida, mas convidativa, sorrindo.

Está tudo bem, sabe? Já que é tudo para o Saa-kun… e para o Saa-kun gostar de mim. Então… está tudo bem?

Esquecendo de franzir os olhos em algum momento, Masachika, ao ouvir as palavras de Maria, inconscientemente pensou.

Talvez… não seja tão ruim me arrepender depois.

Arrepender loucamente? O que foi isso? Se você é homem, não deveria apostar tudo neste momento!?

Se eu posso tocar neste tesouro agora, não vou me arrepender, mesmo que morra!!

Com os olhos bem abertos e fazendo uma declaração um tanto masculina em sua mente, Masachika bateu a parte de trás da cabeça no chão. Um som surdo ecoou em sua cabeça, e a dor fez seus olhos se fecharem involuntariamente.

Aproveitando-se disso, Masachika manteve os olhos bem fechados, repetindo um mantra em meio à dor.

Estamos falando da Maa-chan, estamos falando da Maa-chan, estamos falando da Maa-chan— 

Como se respondesse ao seu mantra, belas memórias de sua infância inundaram sua mente. Enquanto ele as olhava com os olhos do coração, sentia naturalmente uma emoção suave. Nesse estado de calma, assim que abriu os olhos—

Uuu.

Maria, emitindo um gemido abafado do fundo da garganta, de repente desabou sobre Masachika.

Não, espera—!?

Assustado, Masachika rapidamente levantou as duas mãos para apoiar os ombros dela… mas era tarde demais. Suas mãos se enterraram na montanha que se ergueu diante dos ombros dela.

Uooooh!? Eu toquei~!?

A sensação de maciez transmitida por ambas as mãos, enquanto os seios dela transbordavam entre seus dedos, deixou Masachika de olhos arregalados. E acima, um som sinistro foi ouvido.

Urpfh.

Levantando o olhar devido à desagradável sensação que descia pela espinha, Masachika viu Maria franzindo a testa e fechando os olhos, parecendo desconfortável.

Eu estou me sentindo meio enjoada…

Falar sem pensar, então é isso que significa a frase. Mas não havia tempo para refletir sobre isso. Porque, se as coisas continuassem assim, o rosto de Masachika estaria coberto de vômito.

Não, sério, me poupe, Masha-san! Ninguém quer que você vomite no rosto como recompensa, e eu não percebi o ponto de achar que isso seria uma recompensa!?

Em pânico, Masachika desesperadamente considerou escapar forçosamente dessa situação. Depois de cuidadosamente abaixar o corpo de Maria sobre si e acariciar suavemente suas costas, o esforço desesperado de Masachika para cuidar dela (?) teve efeito, pois Maria evitou vomitar, começando a respirar estavelmente enquanto repousava sobre ele. No entanto, o que restava era a imagem de Masachika, preso debaixo de uma Maria semi-nua, incapaz de se mover.

Algo assim aconteceu durante nossa visita à praia no verão.

Murmurando algo assim, quase escapando da realidade, Masachika olhou para o teto. No entanto, considerando a possibilidade de alguém mais passar pela sala do conselho estudantil, ele não poderia simplesmente deixar as coisas assim.

Espera, preciso me apressar antes que a Ayano chegue!

Assim que percebeu isso, uma batida na porta ecoou pela sala mais uma vez. Afinal, Masachika não ouviu passos se aproximando da sala, então a batida repentina quase fez seu coração parar.

Com licença—

Ah, Ayano! Desculpa, estou meio ocupado agora—

…Depois de conseguir mandar a Ayano embora de alguma forma e limpar a bagunça em vários sentidos, Maria finalmente acordou. E ao acordar, ela não se lembrava absolutamente de nada do que aconteceu depois de comer o segundo pedaço de chocolate. No entanto, Masachika, que lembrava de tudo, passaria algum tempo em um ciclo constante de arrependimento e auto-aversão, mergulhando em depressão.

 

 


Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!


 

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