Volume 1
Capítulo 26: Uma fortaleza feita de amor e medo
"Não é fácil carregar o peso da responsabilidade, mas é infinitamente mais difícil viver com o peso de uma responsabilidade abandonada. O coração daqueles que falham em seus deveres é consumido por um vazio que nem o tempo preenche."
(Caminho de Sangue e Glória, Darius Valen)
8ª Lua Cheia do ano 1647
Lua da Luz, dia 28
Não fazia o menor sentido. Akemi havia passado horas esperando Yuri em sua tenda, mas agora, diante dele, mal conseguia encará-lo. Assim que ele entrou, seu primeiro impulso foi fugir, mas a mão firme dele a deteve. Ela baixou os olhos, respirou fundo. O coração parecia prestes a saltar pela boca, e o enjoo veio como uma onda.
Ela estava com medo. Um medo que doía, que queimava, como se aquele olhar pudesse destrui-la. Desde jovem, acostumara-se a ser temida. De assassina a general, havia trilhado um caminho de força. Mas não suportaria ver rejeição nos olhos dele. Não dele.
Inquieta, tentou se afastar, livrando-se do toque dele. Yuri a soltou rapidamente.
Ela deu um passo à frente, hesitante, mas a voz dele a fez parar.
— Fique. Por favor.
Permaneceu imóvel, ainda olhando o chão. Era incrível como ele conseguia desmontá-la com tão poucas palavras. E, mesmo assim, encará-lo parecia mais difícil do que enfrentar uma batalha desarmada. Torceu as mãos à frente do corpo, sem saber o que fazer.
— Eu... — começou, mas a voz saiu frágil, estranha até para ela.
Yuri se aproximou devagar e soltou um suspiro.
— Me desculpe — disse, com a voz baixa. — Pela forma como te tratei antes. Eu fui um babaca.
— A culpa não é sua. Eu deveria ter contado antes...
— Akemi — ele sussurrou, tocando levemente sua mão com as pontas dos dedos.
Ela estremeceu com o toque. Até o nome dela, pronunciado por ele, soava diferente.
— Eu não ligo para o que você foi no passado — disse.
Akemi enfim se virou. Buscava, no rosto dele, qualquer sinal de mentira. Mas não havia nada. Nem raiva, nem dúvida, nem medo. Só o olhar profundo e sincero de sempre.
— Eu não ligo — repetiu, agora sustentando seu olhar. — Se a versão de você que conheço e admiro teve que ser outra antes de se tornar forte... que seja. Seu caminho não foi fácil. Não sinta vergonha de quem você é.
E então, Akemi desmoronou. Era como se seus mil pedaços se espalhassem pela tenda, mas Yuri a segurou antes que caíssem.
Talvez ela nunca tivesse se despedaçado de verdade.
Ele a abraçava com força, enquanto anos de lágrimas vinham à tona, tão intensas que parecia prestes a se afogar nelas.
Ele não a deixou cair.
E, pela primeira vez em muito tempo, ela se sentiu leve. Como se pudesse ser levada pelo vento. Vulnerável, sim, mas não era uma sensação ruim. Nos braços de Yuri, era como se pudesse ser frágil, porque ele a manteria inteira.
— Está tudo bem? — ele perguntou contra seu cabelo.
A proximidade a atingiu de repente. Ela se afastou rápido demais, sentindo o rosto queimar.
— Sim — respondeu, baixando a cabeça e escondendo-se atrás do cabelo.
— Que bom — disse ele, sorrindo, enquanto colocava algumas mechas atrás da orelha dela.
“Por favor, não faça isso!”, gritou ela por dentro, sentindo o rubor se intensificar.
Yuri inclinou-se com um sorrisinho.
— Você fica muito fofa assim — sussurrou. — Não deixe mais ninguém ver você desse jeito, ok?
Ela queria desaparecer. Estava prestes a explodir de vergonha. Ele riu e desarrumou seu cabelo com um gesto despreocupado.
— Fique bem, bela general.
Algum tempo depois, já em sua própria tenda, Akemi vestiu a armadura e prendeu novamente os cabelos. Ao lembrar do toque de Yuri, corou outra vez.
“O que ele queria, me tratando daquele jeito?”
Mal haviam chegado, e já desmontavam o acampamento. Pelo visto, Shin havia desistido de procurar pela espada após capturar o líder Himura.
Kaito Himura.
Pai.
A palavra soava estranha. Para Akemi, não tinha significado algum. Ele não representava nada.
Mas a ideia de voltar a Amateru a apavorava. Precisava falar com Shin. Então, assim que terminou de guardar suas coisas, saiu para procurá-lo.
Poucos minutos depois, estavam sentados sobre as rochas, observando o pôr do sol se esconder atrás das montanhas de Ryokume.
— É uma visão perfeita, não é? — disse Shin, se espreguiçando ao lado dela. — Um dia, ainda vou reconstruir essa cidade e trazer sua glória de volta.
Akemi o olhou de soslaio. Os olhos dele brilhavam, como se carregassem as próprias chamas que guardava dentro de si. Ela soube, naquele instante, que aquilo era mais do que um desejo.
Suspirando, voltou-se para a paisagem. Era, de fato, magnífica. Mas talvez ela não estivesse ali quando a cidade renascesse.
— Sim. É perfeita.
Lágrimas começaram a se formar, e ela inclinou a cabeça para que ele não visse.
— Akemi — chamou Shin, de repente — você lembra de quando nos conhecemos?
— Como poderia esquecer? Você quase me matou — tentou rir, mas a voz saiu trêmula.
Ele riu também, voltando o olhar para o céu, agora tingido de vermelho.
— Você estava errada.
— Errada? Sobre o quê?
— Você disse que sabia o que eu via quando olhava para você. Mas não sabia. O que vi naquele dia, e o que vejo agora, é uma mulher forte, que lutou por aquilo em que acreditava. Que sobreviveu, mesmo quando tudo dizia o contrário.
— Ah... — começou ela, mas ele a interrompeu:
— A vida não é fácil, general. Às vezes, somos forçados a fazer escolhas que não queremos. Não se culpe. Continue lutando por aquilo que acredita.
Era estranho. Yuri e Shin haviam dito quase as mesmas palavras. Mas, vindas de ambos, aquilo parecia atingir um lugar fundo dentro dela. Como se plantassem uma semente, algo que, no futuro, se tornaria uma força preciosa.
— É isso que venho fazendo — respondeu com firmeza. — E estou pronta para o meu destino. Seja ele qual for.
Shin a olhou surpreso, depois assentiu, devagar.
— Entendo.
Akemi não disse mais nada. Deixou que o silêncio os envolvesse como o vento suave da tarde. Estava assustada, sim, mas também serena. Sentia-se cada vez mais próxima do seu objetivo. Compreendia o que estava por vir. E enfrentaria com coragem.
Yuri sabia quem ela era. E aceitava. E Shin... Shin era como um irmão. Ela não estava sozinha no fim.
O sol já havia se escondido por completo quando Shin se levantou, estalando os ossos com um suspiro. Akemi o observou em silêncio, sentindo um peso pairar no ar. Não era uma despedida, ela sabia. Mas algo dentro dela avisava que as batalhas que estavam por vir mudariam tudo.
— Precisamos partir — disse ele, como quem fala de algo inevitável. — Atravessaremos o desfiladeiro das chamas durante a noite e voltaremos a Ayatsuri. A reunião deve acontecer dentro de alguns dias, enviei Haruka na frente para avisar Renji.
Ela assentiu. O nome do líder Yamagawa sempre lhe causava um misto de respeito e inquietação. Era ele quem sustentava a rebelião nas sombras, quem havia moldado Shin com mãos firmes e intenções ocultas. Um homem capaz de inspirar fé... e medo.
— E Kaito? — perguntou ela, sabendo que a pergunta estava presa na garganta de ambos.
Shin hesitou por um instante, o olhar perdido no horizonte escurecido.
— Ainda não sei. Precisamos decidir juntos. Com os generais. — Fitou Akemi. — E com você.
Ela arqueou uma sobrancelha, surpresa.
— Eu?
— Você conhece melhor do que ninguém a força que o clã Himura representa. Suas estratégias, sua disciplina... e as feridas que deixaram. — Sua voz se suavizou. — Não quero tomar nenhuma decisão sem te ouvir primeiro.
Akemi desviou o olhar. Não esperava que sua opinião importasse tanto — e talvez não estivesse pronta para isso.
— Vou pensar.
Shin assentiu, respeitando seu silêncio. Então, partiu para resolver os últimos preparativos, deixando-a sozinha mais uma vez.
Enquanto caminhava de volta à tenda, Akemi sentiu o vento gelado tocar seu rosto, como um presságio. O caminho até Ayatsuri seria longo e, depois dele, a guerra. Reuniões, estratégias, decisões que moldariam o destino de todo o país.
Mas nada a assustava tanto quanto Amateru.
Era estranho. Uma cidade não deveria doer. Mas aquela doía. Porque foi ali que tudo começou e seria ali que talvez tudo terminasse.
Fechou os olhos por um instante, respirando fundo.
Ela não era mais a garota que fugira daquela cidade pela primeira vez. Agora, era uma general. Uma guerreira. E, mesmo com o medo queimando em seu peito, caminharia até o fim. Por Shin. Pela rebelião. Por si mesma.
E por tudo que ainda viria.
***
Dias depois o portão de Ayatsuri surgiu no horizonte com as primeiras luzes do entardecer. A cidade, cercada por muralhas altas e lanternas pendendo dos telhados, parecia mais um santuário do que uma fortaleza. Ainda assim, havia uma força silenciosa em sua estrutura. A presença dos Ishikawa era evidente em cada detalhe, da ordem das patrulhas aos símbolos gravados nas colunas do portão principal.
Akemi montava a cabra em silêncio, o capuz ocultando boa parte de seu rosto. O vento trazia o aroma das árvores de pinho que margeavam os arredores da cidade, misturado ao cheiro distante de óleo e ferro. Havia soldados em posição sobre as torres, mas ao avistarem o estandarte de Shin, os portões se abriram sem demora.
Yuri cavalgava próximo a ela, o olhar atento às movimentações em volta. Não haviam trocado muitas palavras desde aquela noite. Ainda que seu toque permanecesse vívido na memória de Akemi, agora tudo parecia distante, guardado numa parte segura do peito. Havia uma guerra a caminho, e ela precisava manter a armadura emocional de pé.
— Estão nos esperando — comentou Shin, vindo mais à frente. — Haruka chegou ontem à noite. A reunião será no salão da fortaleza dos Ishikawa.
Ayatsuri era uma cidade fria, com ruas largas e bem pavimentadas. Ao entrarem, cidadãos espiavam pelas janelas, e alguns soldados curvavam levemente a cabeça ao reconhecerem Shin. Não como príncipe, mas como líder, o homem que estava reunindo aliados improváveis para um último levante contra o império.
Ao chegarem à fortaleza, foram recepcionados por um grupo de soldados dos Ishikawa. Haruka esperava no topo da escadaria de pedra, vestindo o manto negro dos Lobos Divinos. Seus olhos encontraram os de Akemi por um breve instante, e um leve aceno selou a troca silenciosa de reconhecimento.
O salão de guerra era amplo e austero. No centro, uma mesa oval repleta de mapas, relatórios e marcas vermelhas sinalizando movimentações do exército inimigo. Já estavam ali dois generais veteranos dos clãs vassalos, um conselheiro dos Yamagawa e, para a surpresa de Akemi, o próprio Renji Yamagawa.
O homem parecia mais velho do que a última vez que o viu, mas ainda emanava autoridade. Seus olhos penetrantes a fitaram como se a despissem de cada segredo. Quando Shin entrou, ele apenas se levantou e fez um gesto de boas-vindas.
— Finalmente, estamos todos aqui — disse Renji com voz grave. — É hora de decidir o destino de Amateru... e do império.
Akemi inspirou fundo. A batalha que a aguardava não era feita apenas de espadas e estratégias, mas também de memórias, escolhas e fantasmas. E tudo começaria ali, naquela sala, entre aliados desconfiados, mapas manchados e decisões que pesariam para sempre.
Enquanto os generais se acomodavam ao redor da mesa, Shin trocou algumas palavras discretas com Renji. Akemi permaneceu próxima à parede lateral do salão, observando os mapas com um aperto no peito. Ver o nome "Amateru" tantas vezes marcado em vermelho lhe provocava náusea. Era o destino a puxando pelos cabelos de volta à origem de todos os seus medos.
Haruka se aproximou silenciosamente, com aquele olhar de quem via mais do que dizia.
— Você está pálida — comentou ela, com um toque seco. — Acha mesmo que vai aguentar olhar para aquela cidade de novo?
Akemi não respondeu de imediato. Apesar do toque provocativo no comentário, sabia que não era a intensão de Haruka.
— Não é a cidade que me assusta. É o que ela ainda guarda de mim.
Haruka arqueou uma sobrancelha, mas não insistiu. Talvez compreendesse de verdade a batalha particular que Akemi travava em silêncio.
Minutos depois, Shin encerrou as apresentações e orientou que os recém-chegados descansassem e se preparassem. A reunião decisiva ocorreria ao amanhecer.
Akemi caminhava pelos corredores da fortaleza quando Yuri a alcançou. O silêncio entre os dois já durava tempo suficiente para se tornar incômodo, mas ele não parecia disposto a deixá-lo permanecer.
— Vai ficar a noite toda encarando as pedras dessa parede? — perguntou ele, com um sorriso contido. — Ou pretende dormir algumas horas antes de um possível banho de sangue?
— Dormir é um luxo que não tenho mais — respondeu ela, sem virar o rosto.
Yuri parou ao lado dela, recostando-se contra a parede. Seus ombros quase se tocavam.
— Quando o sol nascer, todos nessa fortaleza vão estar esperando que você lidere os soldados sem hesitar. Mas ninguém vai te culpar por estar assustada, Akemi.
Ela virou-se então, encarando-o com os olhos carregados de cansaço.
— Você está enganado, Yuri. Se eu falhar, ninguém vai me culpar — ela fez uma pausa. — Eles vão morrer. E só isso importa agora.
O silêncio caiu entre os dois, denso como o céu antes da tempestade. Ainda assim, havia algo no olhar de Yuri que a fez respirar um pouco mais fundo.
— Boa noite, Akemi — ele disse, com um leve aceno antes de desaparecer pelo corredor.
***
Naquela noite, Akemi não dormiu.
Do alto de uma das torres da fortaleza, ela observava Ayatsuri dormindo sob um véu de névoa. Lá embaixo, soldados treinavam em silêncio, preparando armamentos, revendo formações. O peso da responsabilidade se alastrava como uma sombra sobre todos.
O tempo da espera estava terminando.
Ela tocou o punho da espada em sua cintura. As lembranças vinham como estilhaços: a infância em Amateru, o sangue derramado, os rostos esquecidos de quem ficou para trás. Tudo voltava agora, como um ciclo que precisava se fechar.
O céu começou a clarear no horizonte, tingido de cinza e dourado.
O amanhecer da batalha estava próximo.
O salão da Fortaleza Ishikawa parecia ainda mais frio naquela manhã. Não pelo clima, mas pelo silêncio carregado que antecedia o início da reunião. Mapas haviam sido estendidos sobre a grande mesa de madeira maciça, marcados com pinos coloridos, flechas de tinta e anotações apressadas. Do lado esquerdo, Hideo liderava o centro, com Kiku e Kenji ao seu lado. Mais atrás, os comandantes dos clãs vassalos, trajando armaduras variadas, mas todas com o mesmo símbolo bordado no manto: o selo de Shin, símbolo da rebelião. Do lado oposto, Shin, Renji, Haruka, Hikari e Ryota, e mais ao fundo, Akemi e Yuri.
Shin ergueu o olhar. A tensão em seus ombros parecia invisível aos olhos dos demais, mas Akemi a percebia, como quem reconhece uma rachadura num espelho prestes a se partir.
— Estamos diante da maior oportunidade desde o início da rebelião — começou ele, sua voz firme. — Com a prisão de Kaito Himura, o império perdeu seu braço mais cruel. E, por enquanto, nem sabe disso.
Os olhos dos presentes se acenderam com a menção do nome. Kaito Himura. O terror de Amateru. O homem que destruiu famílias inteiras em nome da "ordem" e da “pureza” do império.
— Devemos agir antes que possam reorganizar as tropas — completou Haruka, apoiando as mãos na mesa. — O acampamento do Porto Yosei está isolado. A guarnição de Amateru, dividida. E o exército principal recuou para a capital. É a chance de atacarmos em duas frentes.
Um burburinho cresceu entre os líderes. Um dos generais, Takeda, avançou um passo.
— E se for uma armadilha? E se Kaito tiver se rendido para nos atrair?
— Se fosse esse o caso, já estaríamos mortos — respondeu Renji com simplicidade. — Subestimar Shin foi o maior erro do império. Não repitam esse erro aqui.
— E quem liderará o ataque a Amateru? — indagou um guerreiro do clã Ayanami. — Se nos dividirmos, precisamos de alguém que conheça bem o terreno e... o inimigo.
Silêncio.
Todos se voltaram, lenta e quase instintivamente, para Akemi. O nome dela não foi dito, mas estava escrito no olhar de todos.
Ela manteve-se imóvel, como se qualquer movimento pudesse quebrá-la em pedaços. Mas por dentro, o caos era absoluto.
Shin se virou em sua direção.
— Akemi...
Ela respirou fundo, avançando até a beirada da mesa. O peso de tantos olhares sobre si era esmagador.
— Ninguém conhece Amateru como eu — disse ela, a voz firme apesar do nó na garganta. — Eu cresci entre aquelas ruas. Treinei com os soldados de Kaito. Conheço os becos, as rotas escondidas, os símbolos usados nas comunicações secretas. Se o ataque precisa acontecer... então eu o liderarei.
— Você tem certeza? — perguntou Yuri, num tom baixo que poucos ouviram. Não era dúvida. Era cuidado.
Ela assentiu.
— Tenho.
Shin cruzou os braços. Olhava para ela com uma expressão difícil de decifrar. Orgulho, talvez, mas também tristeza.
— Então está decidido. Akemi liderará a ofensiva sobre Amateru. Haruka conduzirá os Lobos Divinos até o acampamento do Porto Yosei. Os demais clãs atuarão em suporte e contenção. O império não verá isso chegando.
O mapa estava traçado. A decisão, selada.
E enquanto todos voltavam suas atenções aos detalhes logísticos, Akemi sentia como se, ao assumir aquele papel, tivesse colocado uma espada contra o próprio peito. Mas ao mesmo tempo... sentia-se viva. Como se, finalmente, estivesse deixando de fugir.
***
Mais tarde, ao sair do salão, ela cruzou com Renji Yamagawa, que permanecera em silêncio durante quase toda a reunião.
— O seu caminho é mais difícil do que o de todos nós, general — disse ele, olhando para o céu nublado. — Mas são os caminhos mais difíceis que transformam soldados em lendas.
Ela não respondeu. Apenas seguiu, com o coração pulsando forte, enquanto os tambores da guerra começavam a soar ao longe.
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