WebNovel – Primeira Parte

Capítulo 5: A Mosca Que Afundava em Silêncio Dentro do Copo

Shirou levantou o copo com água e quase levou à boca, mas parou. Seus olhos caíram na mosca que se debatia, presa dentro do copo. As asas batiam de forma desordenada, como se ela tentasse desesperadamente escapar, mas o movimento a afundava mais. Ele observou, sem pressa. A mosca lutava, mas estava perdida, suas patas se movendo em um esforço frágil. O zumbido foi diminuindo até desaparecer. Um movimento final e a criatura ficou parada na água, sem vida.

Shirou ficou com o copo na mão, o olhar fixo no pequeno cadáver flutuando. Não sentia pena. Não havia mais espaço para isso. Era só uma mosca. Mas ele entendia.

Ele soltou um suspiro, desviando o olhar. Não queria acabar como ela.

— Você não vai beber isso, maninho? — Aiko perguntou, interrompendo o silêncio.

Shirou piscou, como se estivesse voltando de um pensamento distante. Aiko estava com a xícara de café vazia, esperando para entregar a louça para o irmão. Talvez já estivesse ali há algum tempo.

Ele olhou para o copo e, depois, para ela. Levantou a sobrancelha, como se uma ideia estivesse prestes a surgir, mas Aiko o interrompeu antes que pudesse se formar.

— Tem uma mosca morta no seu copo.

Ele olhou novamente para o copo, como se fosse a primeira vez. Então, com um suspiro, despejou a água na pia. A sede já tinha ido embora, mas outra coisa havia tomado seu lugar.

Aiko, sem pressa, estendeu uma torrada para ele. Shirou olhou para trás, um pouco confuso com o gesto.

— Você parece com fome ainda, maninho.

Ele pegou a torrada sem pensar muito e, enquanto mastigava, fez um rápido afago na cabeça de Aiko. Depois subiu as escadas com um objetivo claro em mente. Aiko o seguiu silenciosa, já sabendo o que ele faria a seguir.

No quarto, Shirou estava de costas para ela, se vestindo calmamente. O som do zíper se fechando ecoava, quebrando o silêncio pesado entre os dois. Ele vestiu a jaqueta, ajustou o gorro e puxou as mangas das luvas com movimentos mecânicos, quase automáticos, como se estivesse acostumado a fazer aquilo sem pensar.

Aiko não se moveu da porta, apenas observava. Seu olhar estava fixo nele, mas algo em sua expressão dizia mais do que palavras poderiam expressar. Ela não disse nada, nem se mexeu. Parecia apenas esperar, como se aguardasse que ele terminasse o que estava fazendo. A quietude entre eles parecia densa, mas Shirou não parecia se importar.

Quando finalmente se virou, pronto para sair, Aiko ainda estava ali, imóvel. Ele empurrou o último pedaço de torrada para dentro da boca e, ao engolir, deu um suspiro baixo, como se se lembrasse de algo. Ela o observava com um olhar que parecia conhecer mais sobre ele do que ele próprio.

Shirou levantou os olhos e, naquele momento, ela falou.

— Vai sair agora? — A voz dela era baixa e firme, mais uma constatação do que uma pergunta.

Shirou hesitou por um instante, olhando-a, mas não respondeu. Apenas pegou a chave e se dirigiu para as escadas, descendo com um ritmo ligeiramente apressado.

— Me leve com você, maninho!

Shirou, agora com a mochila nas costas, terminava de amarrar os sapatos sentado no degrau da entrada.

— Não — respondeu ele, levantando-se e ajustando a mochila.

— Está muito frio lá fora, não é? — Aiko apontou para a porta. — Você vai precisar de mim para te abraçar e esquentar. Precisa ser protegido do frio.

— Eu tenho isso, isso e isso aqui também — disse Shirou, apontando para o casaco, as calças e as botas. Colocou as luvas e, por fim, a touca com enfeites felpudos nas pontas e no topo. — Também tenho essas coisas aqui.

Aiko cruzou os braços e inflou as bochechas, parecendo um esquilo comilão. Shirou se abaixou e pressionou suavemente as bochechas dela com as pontas dos dedos, fazendo um som cômico enquanto o ar escapava. Ele a olhou com um misto de diversão e exasperação.

— Se comporte, Aiko — disse ele, um sorriso forçado nos lábios.

—...

Aiko desviou o olhar, mas Shirou segurou seu rosto com as mãos, fazendo-a olhar diretamente para ele.

— Aiko.

— Tá bom. Eu me comporto.

— Prometo que logo você poderá ir comigo. Só preciso ter certeza do caminho que estou seguindo e das pistas que me levam até ele.

— Você fala isso todo dia.

Shirou se levantou e, enquanto passava a mão na maçaneta, acariciou os cabelos da irmã. Ela respondeu estapeando sua mão com leveza. Shirou então abriu a porta, mas antes de sair, deu meia volta como se hesitasse por um momento.

— Ah! Aiko.

— Hum?

— Proteja a casa enquanto eu estiver fora — disse ele, apontando para ela com um indicador firme. — Conto com você, heroína Aiko.

— E-eu farei o meu melhor para proteger a casa! — Aiko respondeu animada, batendo no próprio peito.

Antes de fechar a porta, Shirou acenou para Aiko, que respondeu com um aceno breve. O som da porta se fechando atrás dele foi o único a quebrar o silêncio, e o estalo do trinco ao ser girado ecoou, como um lembrete para Aiko de que ela não podia sair de casa sem o irmão por perto.

— Se cuida, maninho Shii — sussurrou Aiko, apertando o tecido do próprio pijama sobre o peito.

Shirou ajeitou a mochila nas costas, enfiou as mãos nos bolsos do casaco e, olhando para a rua, suspirou.

— Vamos lá.

Aiko parou de acenar quando a porta se fechou e, dando meia-volta, dirigiu-se apressada para as escadas, subindo rapidamente para seu quarto.

Ao abrir a porta bruscamente, o som da madeira batendo na parede ecoou pelo ambiente.

— Bom dia, soldados! Hoje temos uma missão importante! — Aiko declarou, marchando de um lado para o outro em frente às suas pelúcias.

— Sem moleza... Espera. — Ela parou, olhando ao redor. — Onde está ele?

Aproximou-se das pelúcias com passos rápidos, agarrou uma delas e começou a chacoalhá-la com determinação.

— Onde está ele? Onde está?! Não me diga que está...

Aiko olhou para a porta de seu quarto, que estava aberta, com uma expressão teatral.

— Faltando à reunião para não ter que trabalhar...?

Ela desceu as escadas rapidamente, atravessou a sala até a cozinha e parou na porta, apontando para a banqueta onde seu coelho de pelúcia estava.

— Onde está sua honra, soldado?!

Correu até a banqueta, agarrou a pelúcia e fixou os olhos nela com uma determinação feroz.

— Você irá sofrer as consequências de seus atos!

Voltando correndo para seu quarto, improvisou uma prisão com algumas pilhas de livros e colocou a pelúcia dentro dela.

— Que isso sirva de exemplo para todos vocês! — declarou, apontando para as outras pelúcias espalhadas pela cama e pelo chão.

Aiko passou o dia sozinha, mergulhada em suas brincadeiras imaginativas, correndo pela casa e gritando enquanto simulava uma fuga de um inimigo invisível. Ela pulava na pilha de pelúcias acumuladas em seu quarto, rindo sozinha e abraçando os felpudos que a observavam com expressões inalteradas. Mesmo quando tropeçou no tapete do quarto e ganhou um pequeno hematoma no joelho, ela tratou o ferimento sozinha, soluçando e fazendo uma expressão chorosa, com o nariz vermelho e inchado pela queda.

— Vou abrir uma exceção pra você, mas não cometa mais os atos vergonhosos de mais cedo Moranguinho.

Aiko se lembrava do momento em que seu coelho rosa deixara seu posto de trabalho. A imagem que guardava era a de um brinquedo que parecia ter vida própria, algo que a encantava. Ela estava tão envolvida nas lembranças quanto nas atividades do presente. Enquanto comia, o silêncio tomou conta até o final da refeição. Mais tarde, assistiu a alguns DVDs com episódios de seus programas favoritos e, quando se cansou, usou sua criatividade para criar cenários coloridos em folhas de papel com as canetinhas que seu irmão trouxera de uma de suas aventuras.

De bruços no chão, Aiko balançava os pés no ar, mergulhada em suas fantasias. Imaginava-se brincando com outras crianças, se divertindo como nunca. Pensava em ir para a escola, fazer milhões de amigos e sonhava com uma família feliz, onde ela estaria ao lado de Shirou. Em sua imaginação, Shirou sorria, mas não da mesma forma que na realidade. Hoje, o sorriso dele era carregado de preocupação, angústia… Shirou não era bom em esconder isso, e acabava transparecendo quando sorria.

Enquanto a canetinha azul coloria o céu em seu desenho, Aiko parou de rabiscar. Uma lágrima caiu sobre o papel, manchando a criação com sua tristeza. Sua mão vacilou sobre a folha, e, com um suspiro, ela mudou de posição. Sentou-se e abaixou a cabeça, limpando o rosto molhado pela lágrima.

— Maninho Shirou, Aiko ainda não entende o porquê de todo ano fazer seis anos — murmurou, apertando o coelho contra o peito, buscando conforto no abraço apertado.

Enquanto isso, não muito longe dali Shirou caminhava pelas ruas desertas. Observava o entorno com atenção, mantendo um passo que não era tão rápido a ponto de esgotar suas energias, mas o suficiente para percorrer o caminho com eficiência. O frio cortante fazia a neve cair suavemente, cobrindo o cenário em um manto de brancura, no qual Shirou se misturava quase invisivelmente. Já percorreu aquelas ruas milhares de vezes, insistente em sua busca, sentindo que em nenhum outro lugar encontraria o que procurava.

Algo peculiar aconteceu então. O cobertor de neve desapareceu com a mesma rapidez com que um véu de noiva é retirado durante uma cerimônia. O asfalto e os prédios, antes escondidos pela neve, apareceram, revelando uma ampla avenida de uma cidade grandiosa. A arquitetura ao seu redor era uma mistura de estilos diversos, de diferentes lugares. As fusões se tornavam mais recorrentes conforme avançava em sua jornada. Podia reconhecer elementos de países de primeiro mundo, misturados à simplicidade de locais menos desenvolvidos, como um legume estranho colocado em uma salada de frutas.

Shirou removeu a touca que cobria seus cabelos brancos e desalinhados e guardou as luvas na mochila, tentando entender a situação. Ele abriu o zíper do casaco, sentindo uma elevação na temperatura, ainda suportável, apesar das roupas pesadas.

O tempo parecia seguir seu curso para algumas coisas, isso era fato: o clima mudava, o ciclo do dia e da noite continuava, e a neve ou a chuva caíam sem parar. Se uma fruta estivesse fresca, continuaria assim até alguém a colher. Mas quem a colheria? O tempo ao redor parecia suspenso, como um relógio parado, com as pinturas conservando suas formas intactas, mesmo após anos.

Parando no meio da rua, com as mãos enfiadas nos bolsos da jaqueta, Shirou começou a rodopiar, imitando o voo de uma mosca. Seus braços se abriram como asas, e ele girou no espaço, flutuando brevemente, leve e solto, como se estivesse imerso em um momento de suspensão entre o vazio e a realidade. Por um instante, o mundo ao seu redor desapareceu, e ele se sentiu como uma mosca, flutuando entre as possibilidades, sem rumo, sem pressa.

Mas, como o voo errático de uma mosca, a sensação de liberdade logo o deixou. O pensamento de Aiko, congelada no tempo, o trouxe de volta à realidade. Como ela estaria? E ele... estaria correndo contra o tempo? Seus olhos se abriram abruptamente, e a visão do beco à sua frente o fez parar imediatamente, como se algo invisível o tivesse puxado de volta, direto para a armadilha daquele espaço apertado e sem saída. Aquele beco parecia esperar por ele, como se o tempo estivesse, enfim, o chamando de volta.

Shirou se esgueirou entre dois prédios deslocados, seus pulmões se contraindo enquanto sua respiração se tornava mais superficial, forçando-o a atravessar o beco exageradamente estreito e claustrofóbico. O desconforto era palpável, mas ele não podia se dar ao luxo de hesitar. Seus pensamentos estavam turvos, mas uma coisa era clara: ele estava preso em um ciclo, e Aiko, ao seu lado, parecia estar vivendo em um tempo diferente, congelada. Esse pensamento o afligia de maneira insuportável. Se ao menos soubesse o que o futuro traria... Mas o que restava agora? Ele se culpava pela curiosidade que o havia guiado até ali, pelo impulso que o levou a beber do néctar doce do desconhecido. Cada passo se tornava mais pesado, mais carregado de arrependimento.

— Era tentador demais — murmurou Shirou, tateando as paredes enquanto procurava alguma pista dentro daquele beco claustrofóbico.

Foi então que ele sentiu. Uma pressão estranha, como se algo estivesse fora de lugar. A textura da parede parecia errada sob seus dedos, uma resistência que não deveria estar ali. Sua visão ficou ligeiramente turva, como se uma ondulação sutil tivesse percorrido o ambiente ao seu redor. A sensação era desconfortável, como se estivesse tocando algo que não deveria existir, uma falha onde antes só havia concreto sólido.

Se ele tivesse verificado aquele beco antes, aquela falha não estaria ali.

A ideia passou por sua mente sem que soubesse explicar de onde vinha. Era um pensamento incômodo, como se algo dentro dele já soubesse daquilo antes de seus olhos verem. Mas isso não fazia sentido. Shirou afastou a dúvida e se concentrou no que estava diante dele.

Seus dedos encontraram uma irregularidade na parede, uma fresta quase imperceptível. Mas, assim que ele a tocou, algo estranho aconteceu.

A sensação foi como se algo o sugasse, como um vórtice de ar ou, talvez, algo mais. A textura era escorregadia, como se estivesse tocando o interior de um organismo, um esôfago, gelatinoso e úmido. Era desconcertante, de algo quase vivo, que o envolvia de maneira inquietante. Shirou tentou puxar a mão de volta, mas a fresta parecia atraí-lo com força crescente.

Antes que pudesse reagir, uma força o envolveu, e ele se viu deslizando pela fresta com rapidez, seu corpo sendo arrastado para um espaço que não parecia parte do mundo que conhecia. A sensação era como se estivesse sendo engolido por algo imenso e sem forma, algo que o consumia sem que ele pudesse lutar. Seus pés escorregavam na superfície úmida, a falta de ar tornando-se cada vez mais sufocante. Ele tentou resistir, mas o ambiente parecia insistir, puxando-o em um movimento inevitável. A pressão na garganta aumentava, e os pulmões se apertavam, cada respiração mais difícil do que a anterior, enquanto ele se aproximava da fresta. O ar parecia diminuir, como se o espaço ao redor estivesse tentando engoli-lo.

Sua mão atravessou a parede de forma inesperada, fazendo-o cair de joelhos entre a falsa superfície e o interior do prédio.

— Uma falha...? Mas por que aqui? — disse, levantando-se e ajustando a mochila nas costas.

Ele se levantou rapidamente, sua respiração falhando à medida que ajustava a posição da mochila. A escuridão o envolvia, mas uma visão vaga começou a se formar à medida que seus olhos se acostumavam com o ambiente. À distância, escadas rolantes paradas se erguiam, acompanhadas pelo silêncio inquietante.

O shopping parecia abandonado, não por décadas, mas por algumas semanas. Como se as pessoas tivessem saído às pressas, largando tudo para trás — prateleiras reviradas, letreiros apagados, restos de lanches embolorados ainda sobre as mesas da praça de alimentação. O ar carregava um cheiro de poeira e eletricidade queimada. Luzes fluorescentes penduradas no teto piscavam como lâmpadas moribundas, lançando sombras que se moviam, como se algo ali respirasse no escuro.

Shirou estava quase sem forças para continuar. Cada passo que dava parecia um peso maior, os músculos exaustos se arrastando contra a gravidade. Mas foi nesse momento que algo aconteceu.

Uma pressão insuportável invadiu seu corpo, como se uma força invisível o atacasse de cima. O ar ao seu redor se distorceu, e ele sentiu o impacto — um golpe seco, imenso, como se um ferro quente atravessasse sua carne. Shirou gritou, mas não havia som, apenas uma dor pulsante e avassaladora. Algo se cravou em seu peito, atravessando suas costelas e se enraizando em sua espinha. Não foi apenas físico, mas como se sua essência fosse cortada ao meio, rasgada, destruída por dentro.

O metal quente se espalhou, dilacerando suas fibras, esmagando seus ossos como palitos de fósforo. Ele tentou resistir, mas seu corpo se contorceu involuntariamente, incapaz de evitar a destruição. A dor vinha de dentro, como se fosse devorado por uma força que o partia em pedaços.

O lugar ao seu redor parecia se fechar, o shopping reagindo à sua presença. A dor aumentava, pressionando-o de todos os lados. O ambiente, com suas luzes piscando e o cheiro de eletricidade queimando, parecia tentar expulsá-lo, como se fosse um parasita indesejado.

A visão se distorceu, e as sombras nas paredes se alongaram, serpenteando como se quisessem tocá-lo, puxá-lo para a escuridão.

Shirou caiu para trás, os órgãos e corpo dilacerados. Sentiu o peso daquilo, o deslocamento de seus órgãos, esmagando o que restava de si. O calor da carne queimada se misturava ao frio do metal cravado em seu peito, enquanto o sangue, o pouco que restava, parecia ter parado de fluir. Tudo ao redor se movia, mas ele já não conseguia mais sentir.

Seu corpo não respondia. Seus músculos, antes tensos de dor, estavam agora relaxados, inúteis. Ele tentou, em vão, se mover, fazer qualquer coisa para escapar, mas estava... preso. O espaço ao redor parecia se fechar, cada movimento dele agora uma tentativa fútil de resistir a algo que ele já sabia que não poderia mais evitar. Tudo se despedaçava por dentro, os ossos pressionados ao extremo, como se a própria estrutura de seu corpo fosse se desfazer.

O cansaço pesava. Tudo nele doía. Mas, mais do que isso, havia o silêncio crescente dentro de sua cabeça. Se ele soltasse o fio da consciência agora... Talvez fosse melhor assim. Mas não. Não havia tempo para isso. A consciência começava a se desvanecer, e com ela, qualquer pensamento claro.

Antes de se apagar completamente, uma última imagem lampejou em sua mente...

A biblioteca.

Atrás do balcão dela... estava... O quê? A palavra sumia no instante em que tentava alcançá-la, como se sua própria mente a rejeitasse. Algo estava lá. Ele sabia que estava. Mas cada vez que tentava definir a forma, o contorno se desfazia, escorrendo como água entre os dedos.

Seu peito subiu em um último resquício de ar. Ele já estava dormente, mas a sensação veio... Aguda. Absoluta.

E então, seu peito subiu em um último, solitário suspiro, antes de ceder completamente.

Seu corpo se partiu ao meio. E então, tudo silenciou.

 

Apoie a Novel Mania

Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.

Novas traduções

Novels originais

Experiência sem anúncios

Doar agora