Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 186: Mar de Baleia

O Mar da Baleia era grande. Por ser tão grande dentro de um espaço confinado é que ele podia ser chamado de mar, mas ele era a verdade um lago bem grande.

Apenas cerrando os olhos podia-se ver a outra margem distante.

A água era aquecida com uma fenda que podia ser vista a olho nu. Ela se estendia pelos quilômetros a frente dentro da água borbulhante.

— Infelizmente não tem como eu esfriar isso aqui. Fosse um lago... — Myhto comenta depois de ver a grandeza.

Por serem cultivadores no segundo reino, eles com certeza tinham resistência a fogo e a temperaturas, altas ou baixas.

Mas o Mar era infundido com energia. O calor daqui provinha não só de calor natural, mas de energia cósmica também.

Para se entrar nesse lugar sem proteção da energia cósmica, talvez apenas no quarto reino. No segundo reino, eles teriam problemas até revestidos com energia cósmica.

No terceiro reino eles conseguiriam voar pelo mar. Então a necessidade de atravessar ele era nula.

— O que faremos? — Arkab olha para a extensão e pergunta.

Odyel, do lado do jovem Hipernova começa a se preparar.

— Onde está a baleia?

— Ela está perto da fenda. Sua pele está camuflada em vermelho...

— De vermelho?

— Ela é provavelmente uma variante. Deve-se esperar ataques de fogo dela.

— Certo.

O Druida começa a montar uma fortaleza de terra. Embora o lugar fosse muito quente, ainda havia vegetação.

Um forte com flores e mato adornando as paredes é lentamente construído. Relevos cilíndricos são feitos nas paredes, com formas de canhão.

— Arkab e Zara. Vocês estão prontos?

— Sim, Lorde — Eles respondem juntos.

Mythro monta em Suife. Grásio está em seu pescoço, enrolado, como sempre. 

Núbia fica perto de Odyel, ela faz círculos no chão com seu fogo branco. Suas Presas Cósmicas aparecem e começam a refinar o solo, o fortalecendo e dando um atributo sagrado.

— Essa baleia é realmente merecedora de tudo isso? — Odyel acaba murmurando seus pensamentos.

— Não subestime uma Baleia de Akro. As que você tem em suas memórias eram pacificas e apenas continuavam a sua missão de permitir vida nas águas vulcânicas de Tarthia.

Se assustando por reconhecer a voz, ele se vira para achar a imagem ilusória de Lilati.

— Não precisa se ajoelhar. Como está a Semente de Primeiro Véu dentro de ti?

— Obrigado por perguntar, Senhora. Ela está sendo cultivada com todos os meus esforços.

— Isso é ótimo, Odyel. No quarto reino você terá uma chance de criar mais um véu nela, se a cultivar bem agora. Isso trará benefícios para toda a vida.

— Sim, senhora!

— Não é todo dia que fico tão perto de uma raça que posso chamar de “netos”. Os druidas que me visitavam eram imperadores e deuses. Mas nenhum deles era um druida titã. Sua variação é muito rara. Vulcomiris queria que seu planeta fosse habitável, por isso ele sonhou vocês.

— Ele só queria... isso?

— Só? Um planeta consegue segurar quanta vida? Só de humanos? Dezenas de bilhões, e as outras espécies e raças? Eventualmente, o planeta dele ia se tornar um veneno se não houvesse vida. Isso iria afetar Yggdrasil, que decidiu colocar suas raízes no solo fértil dos vulcões. Permitiram miríade vidas... Mas infelizmente, um dos seus ofendeu uma fada e veio parar aqui.

— O quê?

— Bem, pelo que os seus ancestrais disseram. Você e os seus vieram parar aqui por consumirem o centro de um planeta. Burr, mentiras! Foi isso que as fadas deixaram de memória a ser passada. Na verdade, um imperador druida viajante se deparou com uma fada usando o centro de um planeta para obter energia para atravessar para o próximo reino, então o druida a parou. A fada conseguiu que as outras guardiãs expulsassem seu galho dos druidas. Assim, os Yammir vieram para cá. Os Yammir são do galho principal dos Druidas, só houveram 100 Druidas Titãs antes de você, e todos vieram desse galho. Pois ele foi concebido pelo primeiro Druida a ser gerado nos sonhos de Vulcomiris.

— Então todo esse sofrimento...

— Sim. Quando fiquei sabendo de seus “supostos crimes”. Achei que deveria te dizer a verdade. Os únicos que realmente podem se dizer criminosos aqui são os Onis e a Pálida Júri. Os sonhos dos meus filhos são puros. Tanto de Vulcomiris e de Yggdrasil.

Terminando a magia no círculo, energia começa a ser sugada nele em grandes montes. Tanto Lilati quanto Odyel se viram para o círculo que afunda até se esconder embaixo da terra.

Núbia se vira para os dois e ruge algo como:

“Voltem ao trabalho, imbecis”

— Que gata folgada! Enfim, eu tinha que lhe dizer isso e lhe dar um presente.

Lilati se aproxima de Odyel e pega em seus chifres e aproxima sua cabeça. Ela dá um beijo em sua testa.

Ela era apenas uma imagem ilusória, mas ainda assim dava para sentir o beijo. O Semblante Espiritual dele é invocado, mesmo sem ser chamado e de um azul puro, que era a cor da energia, começa a se tornar um magma completo. O Semblante Espiritual dele se torna um bebê composto de magma.

Mas de onde deveria haver apenas fogo consumindo, uma semente sobrevive e da semente, algumas raízes igualmente belas a uma joia sagrada começam a cobrir o Semblante.

— A árvore do Mundo tem suas raízes em terras onde o fogo é inapagável. Talvez isso possa te beneficiar, o primeiro Druida titã nasceu quando Ygg abençoou um Druida com força para a guerra, na primeira vez que sua raça quase enfrentou extinção nas mãos de uma raça divina.

Com isso, Lilati balança sua mão e desaparece.

Lágrimas tomam o rosto do jovem Druida. Seu Semblante cresce um pouco, karma mau resolvido em seu coração é fechado, e karma colhido é cosmicidade!

— Ouviram isso, pai, mãe, anciões e vizinhos? Não somos criminosos! Foram! Foram! — Uma raiva brilha nos olhos de Odyel, fogo toma seu corpo enquanto ele cresce até ter dois metros — Foram as fadas!

Núbia abre a boca para reclamar novamente. Mas ela percebe que seria errado tirar ele desse breve momento de reflexão. Odyel precisava mudar alguns pensamentos, e assentar outros no lugar.

Mythro acompanhada com os Jade Negra Celeste patrulha a água, sempre mantendo olho na baleia.

Alura caminha ao seu lado, com Balacar que cresceu até ter 90cm nesses últimos meses. Um crescimento notável.

Um dia ele seria uma poderosa ave sagrada com diversos metros. Mesmo tão pequeno, ele podia carregar Alura se ela segurasse em suas pernas.

— Como está o movimento dela?

— Ela já percebeu que estamos aqui. Percebeu quando Núbia terminou o primeiro círculo.

— As formações de fogo da Sra Núbia vão ser bem eficientes. Quando a nona for criada ela poderá causar grandes danos a Baleia.

— Espero que sim. Mas será uma luta grande.

— Qual o nível da cultivação dela?

— Bem alto. Ela é como nós. Sua cultivação é perfeita, agora ela está enchendo o seu Semblante Espiritual de Sangue Espiritual. Temos que atacar antes que ela consiga sangue do próximo nível, se não as coisas vão ficar mais complicadas.

— Sangue Espiritual Sujo?

— Quem dera, ela já tem Sangue Espiritual Puro.

— Mas, já?

Alura se surpreende. Faziam apenas quatro meses que ela tocou no terceiro reino. Isso era veloz demais! Tinha pessoas que levavam de dois a três anos para refinar o Sangue Espiritual ao próximo nível. Os últimos níveis eram tão lentos que podiam levar 5 anos para serem ultrapassados com talentos pobres.

Sangue Espiritual tinha seis níveis comuns: Sangue Espiritual Sujo, Sangue Espiritual Turvo, Sangue Espiritual Limpo, Sangue Espiritual Puro, Sangue Espiritual Perfeito e Sangue Espiritual Ars.

Aqueles que tinham cultivado uma Placenta Divina tinham acesso ao último nível: Sangue Espiritual Cósmico!

— Essa baleia é uma filha da puta.

A Albina Júri percebe que isso é completamente fora do normal. A quantidade de energia que era necessária para avançar tão rápido... Nem se Mythro tivesse 10 trilhões de gradães ele conseguiria fazer com que todos eles avançassem tão rápido assim. Talves apenas os divinos.

— Como ela? Ah!

— Acho que você conseguiu entender. Um mar tão grande desses, como não há vida além dela? Aquela fenda realmente irradia muita energia cósmica, e nem faz parte do centro desse planeta. Meus olhos não conseguem ver através dela, mas pelo que Lilati me falou, aquilo ali embaixo era a prisão de um antigo rei que foi preso pelas fadas. Esse rei cultivava as leis de fogo, e quando ele morreu sua energia, presa entre os véus de terra, criou esse ambiente próspero que é o Plano Aquático.

— Espera, um rei preso pelas fadas? Então... era alguém no Oitavo Reino?

— Sim!

— Meu deus!

Um Rei de verdade era quem atravessava para o Oitavo Reino, o Quarto Reino era o reino dos Príncipes! Os cultivadores do ventre das fadas nomearam errado os reinos, devido a sua falta de conhecimento dos reinos.

Alura começa a encarar a fenda de maneira diferente. Um medo e reverencia nascidos de um profundo respeito estão estampados sem seu rosto.

— Principado é apenas um começo lá fora, um Reinado que realmente é algo quase inalcançável as massas. Numa população de 50 bilhões, talvez 500 se tornem reis, segundo as memórias de meu sangue.

— Venha, vamos apressar as coisas.

Mythro dá a volta para o forte.



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