Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 185: Avançando Para o Mar da Baleia(3)

Os Semblantes explodem suas energias. Eles começam a se irar, e é possível sentir a Aura Primal Mortal castigar a terra.

Uma expressão serena toma o rosto de Mythro. Desta vez ele também não precisou de frase dármica.

— O que é raiva sem poder, ou alvo correto? Um ritual auto piedoso!

Isso cessa a raiva de maneira rápida e sólida.

Raiva sem poder, é impotência, e gera apenas auto piedade. Sem alvo correto, o que fosse destruído durante a raiva não ia ser somente o que lhe deixa enraivecido, mas o que lhe faz bem.

No final, dizer que estava cego de raiva não traria o destruído de volta. Só geraria auto piedade!

A preguiça se apresenta, mas depois de vencer seis pecados de maneira tão rápida e sólida, os próprios Semblantes Espirituais a rejeita.

Com os sete pecados vencidos, os Semblantes chegam à maturidade máxima. Eles se tornam seres completos.

Como Mythro ainda não tinha uma idade adulta, seu Semblante cresceu no mesmo nível que ele.

Embora ele tivesse “14 anos” sua altura era de 168cm. O feitiço que Lucem o lançou fazia seu corpo crescer mais rápido. A mente do jovem Hipernova já estava a frente de sua idade mortal, mesmo sem ter suas memórias de Supernova despertadas.

Felizmente, quando ele se tornou Hipernova, as memórias divinas se apresentaram. Todas as peças do quebra-cabeça se reuniram.

Os jovens místicos ainda estavam no começo desse estágio. Compartilhar entre eles traria benefícios quase nulos em questão de crescimento a todos.

Mas os métodos de passarem as provações dos sete pecados já estavam presentes em suas cabeças. Agora, eles só precisavam da energia acumulada para atravessarem a maturidade de seus Semblantes Espirituais.

Descendo do monte em que ele se distanciou, Mythro chama todos para perto. 

— Agora, avançaremos ao Mar da Baleia. Recolham suas coisas e preparem seus espíritos, haverá uma grande batalha.

— Lorde, enfrentaremos mesmo uma Baleia?

Arkab pergunta. Seus olhos ofertando um fanatismo maior do que antes.

— Sim. Pelo que Lilati me falou, é um ser no começo do terceiro reino. Ele cruzou faz mais ou menos 4 meses. O que na verdade, é estranho, segunda a história dela.

Eles ficam em silêncio, esperando a conclusão de sua narrativa.

— Ela me disse que deviam ser três Baleias. Duas no topo do Segundo Reino, e uma ainda no começo do Segundo Estágio. Mãe, pai e filha. Mas pelas ondulações... Agora só há uma baleia.

Os jovens místicos se encaram.

— Sim, provavelmente ela devorou a mãe e o pai. Vencendo os Sete Pecados, um cultivador tem o controle normal de suas emoções. Quando ele falha, as emoções que rodeiam o pecado são exponencialmente aumentadas. Se essa baleia cedeu a gula(kkkk eu ri), em nome de crescer mais rapidamente ela não hesitaria em devorar os próprios pais para ganhar energia cósmica.

— Mas, isso não é impossível? Digo, essa baleia é um arfoziano ou algo similar? — Alura pergunta, tentando entender como era possível algo assim acontecer fora do âmbito dos seres divinos e místicos.

— Essa baleia é um ser místico. Sua linhagem é dos oceanos de Akro, do planeta Tarthia.

Odyel quase salta.

— Sim, do mesmo planeta em que reside Vulcomiris, o progenitor da sua raça dos druidas.

— Então ela é uma Baleia Verde de Akro? — Odyel vê além dos outros, já que era uma raça mística vizinha.

— Isso mesmo. É um ser que vive simbioticamente em águas que são esquentadas pelos vulcões. Elas amenizam a temperatura, dando mais chance a outras vidas e também usam os nutrientes da magma para cultivar suas artes e avançar sua cultivação.

Todos começam a pensar em como seria a batalha. 

— Ataques de fogo são inúteis então? — Alura pergunta, tocando nas pernas de Balacar que estava preso em seu ombro.

— Não completamente. Mas o fogo deve ser embutido com uma outra fonte de Qi, ou deve ser muito concentrado para poder passar pela grossa pele. Um dos ataques principais das Baleias de Akro é o Sopro de Vapor. Derrete a pele como magma.

— Devemos levar muitas coisas em consideração. O maior motivo da Baleia ter dado esse salto na cultivação é devido ao “Tesouro Supremo”.

Mythro os relembra sobre o que estava escrito no tablete.

— O Tesouro Supremo do Plano Aquático. O que é Mi Lorde? — Zara pergunta, sua voz soa parte empolgada parte preocupada.

— É um vaso. Mais especificamente chamado “Vaso Colhedor de Morte”. Ele se alimenta da energia que é liberada quando um cultivador morre.

— Então...

— A baleia provavelmente matou seus pais e usando o pote, e com ele ela conseguiu atravessar rapidamente os reinos. Quando morremos a nossa energia volta ao céu e a terra. O pote funciona como minha própria natureza e rouba essa energia antes que ela mude de “dono”. Eu posso roubar essa energia a força, mas o pote tem esse requerimento ultrapassável...

— ...Além disso, esse Tesouro Supremo tem o poder do Quinto Reino, então as energias que ele consegue inalar vão até este reino, não mais.

Todos os jovens místicos ficam surpresos. Quinto Reino! Era algo que estava distante até mesmo para eles, e para aqueles no continenete Dominum, um reino que era chamado de “Império”. Não havia um único cultivador conhecido no quinto reino.

— Meu Lorde, por que eles deixariam um tesouro tão forte para trás? — O druida pergunta, buscando a razão para algo tão poderoso ser deixado para trás.

— Não é muito sabido, mas existem outros continentes. Nestes outros continentes existem sim cultivadores que alcançaram o quinto reino. Não tenho muitos detalhes da guerra, mas pelo jeito os clãs e sectos que não queriam participar do que quer que foi o motivo da guerra separaram o “real continente”. — Mythro responde, olhando para a direção do Mar da Baleia.

— O real continente?

— Sim... Não acham estranho? O continente ser um octógono perfeito?

O olhar de todos mudam de estranheza para elucidação.

— Então... este lugar foi cortado por oito sectos ou clãs diferentes? Provavelmente os mais poderosos que realmente tinham um cultivador no quinto reino. Eles se espalharam pelo resto do planeta e deixaram o octógono aqui? — O druida, como esperado, foi o que conseguiu juntar os pontos mais rapidamente.

— É o que podemos achar por enquanto. Mas ainda há outras perguntas. Dizem que a Tempestade de Relâmpagos, do clã do “Rei” mais forte do octógono é um clã que é dito não poder sair do continente Dominum. Porquê será? Tem algo estranho na conduta desses clãs. Mais uma coisa também... Como nunca vimos um Markho?

Com o aumento de sua força, Mythro agora pode se perguntar de maiores perguntas. Pois são verdades que agora estão ao seu alcance.

Na vila Fashr, Mor Fumin mentiu sobre ele ser um Markho e por isso ele foi quase morto. Mas no oeste, ele nunca viu um fodendo Markho!

“Eventualmente as respostas irão se apresentar. Você já está no estágio para se tornar um guerreiro. A guerra irá trazer as respostas.”

— Deixe que a minha guerra comece então. — Mythro lança o pensamento para Gornn.

Voltando de seus pensamentos distantes, o jovem Hipernova se volta e continua a conversa sobre o Tesouro Supremo.

— Eles deixaram este item aqui por, talvez dois motivos.

Todos colocam expressões sérias. Mythro levanta um dedo, e fala:

— Talvez o plano aquático não fosse um desses oito clãs. Se os outros clãs descobrissem que um tesouro assim estava na posse deles, o plano aquático teria que perder seu tesouro definitivo, ou entrar em guerra e correr o risco de serem aniquilados.

Levantando mais um dedo, ele diz:

— Talvez não sejam oito clãs, e sim o esforço de vários clãs que cortaram o octógono. Ainda assim, segue o mesmo caminho, se os outros clãs descobrissem, haveria uma guerra para roubar o tesouro.

Alura, com o rosto parte surpreso, e parte desgosto diz:

— Então no final, era melhor deixar como herança para alguém destinado. Junto com uma nota de desconfiança para que o Tesouro não fosse cair nas mãos dos que causaram a guerra. Assim, talvez, um herói subiria, podendo quebrar o limitante do quarto reino que existe aqui e acabar com esses clãs que foram os principais causadores do corte do continente ao resto da massa de terra.

O druida, com uma voz baixa e cautelosa, dá alguns passos na direção de seu Lorde e pergunta:

— Ainda assim nos aliaremos ao clã da lua?

O jovem Hipernova suspira. Olhando nos olhos do druida, ele responde:

— Sim. Eles ainda são os anfitriões, e precisamos deles para descobrir mais do que aconteceu. Mas com esse pote, nosso caminho pode ser novamente, cortado. O terceiro reino é muito simples além da necessidade de uma grande vontade e uma fundação excelente nos últimos dois reinos... Muita, muita energia cósmica!

Todos acenam. O novo objetivo de curto prazo deles seria o de pegar o vazo!

Discutindo estratégias, eles finalmente seguem para o próximo teste do Plano Aquático.



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