Volume 7.5

Capítulo 137: A trovadora (Parte 6)

Expulsando a todos com sucesso, Emilio passou pela empregada a serviço de Cleo enquanto caminhava pelo corredor.

Caminhando com ela naquele corredor vazio, nenhum dos dois olhou para o outro. Quando as costas dela encararam as dele, o cavaleiro a chamou em voz baixa:

— Você atua bem.

— Ó Deus, e eu tinha certeza que estava mudando minha voz.

Enquanto a criada ria, o humor de Emilio tomou um rumo desagradável. A voz com que ela respondeu foi a mesma voz feminina que transmitiu informações no quarto escuro.

— Neste momento, todos os obstáculos estão no céu... o poderoso parceiro do dragoon está saindo do castelo. Os superiores se alegrarão.

Emilio não sabia sob quais ordens o contato estava agindo. Mas ele também sabia que a empregada não tinha a menor intenção de lhe dizer.

— Me pergunto sobre isso. Você já falhou uma vez.

— Essas palavras tinham alguns espinhos. Depois que o meio-dia tiver passado, mandarei que eles sigam o plano.

— Suponho que devo lhe dizer para fazer o seu melhor. Parece que os homens do Império Gaia o obstruíram da última vez... e havia alguns hábeis entre eles.

Ao ouvir isso, Emilio estreitou os olhos. Ele alertou a si mesmo para não deixar nenhuma emoção escapar em sua voz. Por cima da roupa, ele tocou o pingente em forma de ovo no bolso do peito. Era uma lembrança preciosa de sua mãe.

— Mesmo assim, parece que a princesa anseia bastante pelo estilo de vida do povo comum. Isso é coisa sua?

— Sim. Desde que comecei a servi-la, falei de coisas que a fariam ansiar por uma vida comum. O que ela não pôde experimentar em sua vida limitada... me disseram para dar à princesa um sonho que ela nunca alcançaria, não importando seus anseios. Mas nunca pensei que isso se provasse útil justo nessa situação. Uma princesa cujo rosto fica vermelho por receber uma cantada é...

Emilio compreendeu a essência do que a empregada estava tentando dizer. Cleo era muito densa para perceber a malícia ao seu redor. Aos seus olhos, havia lugares onde o ambiente desagradável era apenas natural.

"Duvido que ela perceba que algo está errado. Isso é mesmo lamentável…"

A empregada continuou, como se quisesse tomar conta de seus pensamentos.

— ... ela realmente é uma garota lamentável. Sua vida tirada sem o menor uso, seus dias terminando com ela incapaz de realizar qualquer coisa.

A voz da empregada se tornou um riso. Além disso, era o tipo de risada que fazia parecer que ela estava se divertindo tanto que não podia se conter.

— Com certeza. Quando todos voltarem, eu sairei para encontrá-los. O local é…

— Se você fizer eles irem para a praça central, cuidaremos do resto.

A criada se afastou. Das profundezas do corredor, outra pessoa apareceu. Emilio se afastou como se nada tivesse acontecido.

"Isso mesmo, desta vez, eu vou conseguir."

Tirando a mão do pingente, ele caminhou com veemência pelo corredor. Uma determinação estava começando a se infiltrar em sua expressão.

"Não importa o que aconteça, Cleo irá…"


Tendo decolado do pátio do palácio, Sakuya abrigava Rudel, Izumi, Millia, Cleo e o grupo de três em suas costas.

— Che-chefe! O céu é assustador!

— Vamos voar um pouco mais perto do chão!

— Estamos muito no alto! Se cairmos, vamos morrer!

— Se eu voar mais baixo, haverá danos colaterais. Vocês terão que aturar isso.

Os três caíram de quatro nas costas de Sakuya, seus rostos pálidos, seus corpos tremendo enquanto tentavam ao máximo não olhar para baixo. Rudel vetou o pedido deles no mesmo instante.

Em contrapartida, Cleo estava…

— Incrível. Então este é o céu! O céu que apenas um dragoon pode alcançar!

Encantada.

— Isso mesmo! O céu que apenas um dragoon pode ver! Para conseguir isso, trabalhei duro desde que era pequeno!

Toda vez que Cleo se alegrava, Rudel também ficava encantado. Quase como se tivesse ganho alguém que o entendesse, ele brincou com a garota.

Do ponto de vista de Izumi e Millia, cujos corações estavam acelerados enquanto mantinham um olhar atento para garantir que Cleo não caísse, essa era uma visão um tanto peculiar.

— Rudel, você não pode voar de forma um pouco mais segura? E Cleo-sama, sente-se e segure-se no corrimão.

Como um cavalo, as costas de Sakuya estavam equipadas com equipamentos para os humanos montarem nela. Uma bolsa grande estava presa para colocar as bagagens, e o equipamento do dragão incluía coisas como corrimãos e almofadas. Coisas que poderiam ser necessárias ao escoltar pessoas.

Os dragões da variação gaia eram lentos quando se tratava de transporte, mas como podiam transportar uma grande quantidade de mercadorias, eram uma adição inestimável ao apoio logístico da retaguarda da brigada dos dragoons.

Na batalha, sua baixa velocidade e seus corpos grandes os tornavam alvos fáceis, mas, mesmo assim, com sua pele e escamas que mantinham afastados os ataques normais, eles eram os dragões que ostentavam o maior poder destrutivo. Como subespécie dessa raça, não importava para Sakuya se havia sete pessoas nas costas dela.

— Em primeiro lugar, por que eles deram permissão? Deixar a princesa sair assim não deveria ser permitido... ah, pensando nisso, a nossa segunda princesa está frequentando a academia como se não fosse nada demais.

Quando Millia falou da princesa inexpressiva de cabelos rosas, Cleo demonstrou certo interesse. Mas, em vez da segunda princesa Fina, ela estava interessada na academia.

— A academia, é isso? Uma escola que até a realeza pode frequentar parece maravilhosa.

— E maravilhosa é o que ela é! Em especial, gostei do torneio interclasses do currículo fundamental e do torneio dos veteranos.

Nas declarações de Rudel, que faziam parecer que o combate era a principal atividade, Izumi e Millia acabaram suspirando.

— Não, você é apenas um caso especial.

Lembrando-se dos dias de Rudel, Aleist, Eunius e Luecke lutando, Millia colocou um freio no ânimo do rapaz.

— O que faz você dizer isso, Millia, você participou de uma partida no seu quinto ano também! Acho que a confissão de Aleist impediu que você demonstrasse toda a sua força, não que eu pense muito sobre isso, foi uma tática legítima e...

Millia ficou vermelha até suas orelhas enquanto gritava:

— Não fale sobre isso!!

Não querendo se lembrar, ela virou o rosto para baixo.

Mas, pelo contrário, Cleo ficou interessada.

— Parece incrível, a academia de Courtois... meu país não tem uma instituição educacional, então me sinto com inveja.

— Eu sei, não é!? Quando os homens da tribo dos tigres trocaram socos...

— Rudel, você não acha que já tivemos o suficiente desse assunto. Você está dando à academia uma imagem estranha.

Izumi o deteve.

No topo das costas de Sakuya, eles compartilharam uma risada.

"Espero que isso afaste um pouco a mente dela dos problemas."

Rudel olhou para o mapa que recebeu de Emilio. E quando Cleo e Izumi começaram a conversa de garotas, ele olhou fixamente para o mapa, pensativo.

"… é um pouco longe do castelo. Se algo acontecer e eu tiver que chamar Sakuya, levará muito tempo para ela voltar. Isso pode se tornar um fracasso."

Revogá-lo agora seria um desserviço para Emilio. Mas, pensando em seu dever de proteger Cleo, Rudel sabia que manter Sakuya por perto seria o melhor meio de intimidação. Correto, apenas uma forma de dissuasão.

"Não, eles estão com medo de Sakuya conduzindo um combate perto do palácio? Quando estivermos realizando a missão de guarda, precisaremos que Sakuya sirva de transporte."

Se Sakuya fosse pega em uma batalha perto do palácio ou da cidade do castelo, a área circundante seria transformada em uma montanha de escombros no mesmo instante. Como ele ainda tinha preocupações sobre se conter, Rudel era cauteloso nesse tema. No caso de um inimigo atacar, ele pediria que Cleo embarcasse em Sakuya para evacuá-la para o céu.

Só isso impediria que as mãos inimigas a alcançassem. Era assim que ele enxergava, e ele não estava pensando em fazê-la participar da batalha.

"É um pouco preocupante que eles não pareçam ter a intenção de protegê-la. Bem, fui eu quem fez a proposta, mas... devo ser cauteloso."

Sem saber muito bem dos assuntos internos de outros países, o fato de seu país não ser inflexível se tornou um golpe de sorte. Ele estava começando a notar que poderia haver uma força separada se movendo dentro de Celestia.

Foi estranho desde o início.

Contando com uma nação estrangeira para guardas, eles convidaram a insatisfação dos cavaleiros, além do mais, eles não enviaram mão de obra suficiente.

Rudel olhou para o grupo de três fazendo caretas pálidas.

"Deixando a lealdade deles de lado, se são inutilizáveis, devo presumir que não receberam treinamento básico."

Eles eram espiões da outra força... ele tentou considerar, mas eles não eram confiáveis para isso. Ele pensou que eles poderiam estar escondendo suas habilidades reais, mas pelo menos, pelo que ele poderia dizer lutando com eles, isso não parecia provável. E eles tinham a mentalidade de servir Cleo no fundo de seus corações.

"Eles são uma espécie... que nunca tive ao meu redor."

Tanto quanto Rudel podia dizer, esse tipo de vassalos não existia em sua propriedade. Ele já tinha o suficiente do oposto — aqueles que zombavam e tentavam usá-lo — para se cansar deles. Por causa disso, ele sentiu um pouco de inveja de Cleo.

"Mas, seja qual for o caso, devemos estar chegando ao limite. Pensando na energia da princesa, devemos descer e fazer uma pequena pausa."

Não era nada mais do que voar pelo céu, mas para aqueles que não estavam acostumados, o gasto de resistência era intenso. Rudel decidiu pousar e descansar um pouco.

— Sakuya, parece que o ponto designado está ali.

"Uaa, é um lugar que parece quente."

Rudel não conseguia entender como o chão poderia parecer quente. Mas havia uma montanha próxima com fumaça subindo dela.

— Esta área está bem? Será um inferno se ocorrer uma erupção.

As aldeias que ele avistou deixaram Rudel ansioso. Se o vulcão entrasse em erupção, os números de vítimas seriam severos. Mas perto do vulcão, havia uma floresta que havia vivido por um bom número de anos.

— Ah, estamos perfeitamente bem. O tipo de erupção que ouço de outras terras nunca acontece em Celestia.

Rudel manteve um ouvido atento para a explicação de Cleo enquanto ele mantinha Sakuya em altitude mais baixa.

— A divindade guardiã está em um local diferente… um santuário no vulcão que você pode ver por ali, mas por causa de sua proteção, as erupções nunca ocorrem. Desde a fundação de Celestia... no mínimo, não houve uma erupção em duzentos anos.

Com as palavras da princesa, Izumi ficou um pouco surpresa.

— Nem uma única erupção grande em algumas centenas de anos?

Cleo balançou sua cabeça.

— Elas não podem acontecer. Como eu disse, é por causa da divindade guardiã.

Mostrando um rosto um pouco... não, um rosto triste, Cleo virou a cabeça. Incapaz de ver seu estado considerando sua posição, o grupo de três recuperou seu vigor quando o chão se aproximou, ficando excitados com a explicação da princesa.

— Nosso deus é incrível! A princesa também é incrível!

— Afinal, ele é um deus! E como esperado da princesa!

— O deus é incrível, mas a princesa é inteligente!

Com essas três reações, Cleo riu um pouco.

— Isso mesmo. Mesmo sendo o que sou, eu estudei, mesmo sabendo do meu pouco valor. Mas é a primeira vez que alguém me chama de inteligente.

Dizendo que estava feliz, mesmo que fosse apenas bajulação, Cleo sorriu para os três. Eles também pareciam felizes.

Quando Rudel olhou para eles, uma cena de sua própria juventude reviveu de modo súbito em sua cabeça.

"... isso não importa agora."

Emitindo ordens para Sakuya, ele disse a todos para se prepararem para pousar.

— Segurem-se nos corrimãos. Estamos pousando.


"Construindo uma casa para Sakuyaaaa."

Sakuya cantou uma canção enquanto seus braços grandes começaram a cavar um buraco. A poucos passos de distância, Rudel observou a montanha sendo raspada.

Sakuya tinha seu próprio critério para escolher o melhor lugar, então ela parecia estar investigando. E com isso servindo como intervalo, Rudel e os outros olharam a cena.

— ... as pedras e a sujeira estão voando pelo céu.

Ben olhou para a parábola que o solo desenhava no ar enquanto ele murmurava.

— Não importa quantas vezes eu a veja, a escavação de Sakuya é uma visão magnífica.

Rudel olhou e assentiu algumas vezes.

— Isso é incrível. Se ela tem tanto poder, os dragões também podem fazer outros trabalhos?

A pergunta de Cleo foi respondida por Izumi.

— Eles são usados para transporte e desenvolvimento da terra. Um dragão habilidoso pode cumprir vários papéis.

A princesa se interessou profundamente por essa resposta. Rudel lembrou da cidade portuária de Beretta, onde ele estava estacionado. Embora ela foi construída em um porto, não era como se não houvesse campos. A preparação desses campos ficou a cargo de Keith... embora o Tenente Keith não tivesse subordinados, seu dragão da água, Spinnith, poderia cumprir o papel sozinho.

Ele não tinha o mesmo nível de poder que o dragão de Bennet, mas se submetido a mão de obra qualificada, ele poderia fazê-lo bem. Ele fez uma declaração que não condizia muito com um dragão, dizendo que gostava de trabalhos que precisavam ser feitos um passo de cada vez.

— Bem, cada dragão tem suas próprias peculiaridades.

"Não vá apenas anulando nossos problemas dizendo que eles são peculiaridades!", os escalões superiores de Courtois se agarrariam a Rudel e gritariam isso se ouvissem essa declaração.

Sakuya estava confortavelmente cantando sua música. Então, seguindo o que deveria soar como o rosnado de um dragão para outros humanos, Cleo começou a cantarolar. Ela estava aos poucos pegando o ritmo.

O grupo de três olhou para Cleo com rostos que pareciam a ponto de serem levados às lágrimas.

— Qual o problema?

Ben explicou a Rudel.

— O que há de errado... ah, você não sabia? A princesa é muito boa em cantar. Não sei há quanto tempo, mas quando ainda estávamos desempregados, cambaleando de maneira instável por aí, ela estava cantando uma música na praça. Quando a ouvimos cantar, isso nos comoveu, nos inspirou.

Ben começou a derramar lágrimas.

Quando Rudel perguntou o motivo, ele descobriu que os três haviam deixado sua vila incapazes de encontrar trabalho e, uma vez que chegaram à cidade do castelo de Celestia, eles viviam vasculhando o lixo. Com dificuldades para encontrar comida, eles estavam prestes a apelar para ações ruins.

Mas ouvindo a música na praça, eles levantaram as cabeças para fora do beco e viram que era Cleo quem estava cantando.

Aquela voz clara continha algo que ressoava no coração do ouvinte. Ao que tudo indicava, o fato de esses três não terem se voltado para o crime foi graças a princesa.

A voz os fez refletir sobre si mesmos.

— Foi mesmo uma bela canção, sabia? Acabamos nos animando. O que estávamos para fazer passou a parecer estúpido. Paramos de nos importar com o quão barato era o salário, procuramos um lugar para trabalhar e acabamos protegendo um portão que ninguém jamais usava. As pessoas zombavam de nós, mas não demos a mínima. Trabalhar sério, ganhando dinheiro... ela nos fez perceber que não havia nada mais gratificante.

Ben ouviu Cleo cantar enquanto contava uma história a Rudel. Pono continuou após ele.

— Quando imploramos e começamos como estagiários, não passava de limpeza e tarefas simples. Mas, puxa, se tivermos um trabalho, podemos fazê-lo chefe.

Quando o humor de Cleo melhorou com o cantarolar, ela começou a cantar para si mesma. Passan fechou os olhos para ouvir. Rudel também inclinou sua orelha.

"Entendo, esses três se sentem em dívida com a princesa. Mas se uma música é o suficiente para fazê-los superarem os problemas, talvez eles fossem boas pessoas desde o início. Seja qual for o caso…"

Os três estavam preocupados com comida, reviravam o lixo e, no final, estavam prestes a cometer um crime. Com certeza havia oportunidades para más ações antes que isso acontecesse, então Rudel concluiu que eles eram bons de coração. E que a música foi apenas o gatilho que eles precisavam.

Porém…

"Sim, é uma bela voz. Não sou bom com essas coisas, mas é agradável aos meus ouvidos. Talvez isso seja talento."

Com a voz de Cleo, Rudel também podia sentir algo ecoando em seu coração. Como nobre, ele havia recebido uma educação geral. Música estava incluída. Mas quando se tratava de belas-artes1, especialmente música, Rudel não exibia nenhuma aptidão ou talento específico.

Em vez disso, Eunius e Luecke alcançaram excelentes notas em música e arte.

... Aleist estava fora de questão.

Mas, de acordo com Luecke, talvez ele tenha nascido na época errada. Ao que parecia. Em vários sentidos, Aleist era avançado demais.

Enquanto Rudel e os outros se concentravam na música de Cleo, Sakuya gritou:

"Higyaaaaah!!"

— S-Sakuyaaa!!

Respondendo ao grito, Rudel saltou para encontrar o buraco que Sakuya estava escavando cheio de água e vapor.

O garoto correu para o lado do dragão, surpreso com o calor do vapor e a temperatura da água.

— Isto é uma fonte termal?

Quando Sakuya por fim conseguiu sacudir a cabeça para fora da água, Rudel pulou e a agarrou, chamando-a:

— Você está bem Sakuya!? Alguma queimadura?

Enquanto ele estava preocupado, Izumi o chamou:

— Espere, Rudel... você sabe, Sakuya é um dragão.

Correto. Sakuya era sem dúvidas um dragão. E o dragão em questão flutuou na água quente enquanto comentava:

"Aaaah, é tão boooom."

Ela ficou bastante satisfeita com a fonte termal que desenterrara. Talvez ela tivesse atingido a fonte, pois a água não estava a uma temperatura em que um humano pudesse entrar. Para um dragão, essas questões eram irrelevantes.

"Kuh, Sakuya em um banho... ela é tão fofa."

Do alto da cabeça de Sakuya, Rudel olhou para o próprio dragão com grande satisfação.


Voltando ao castelo, Rudel se reportou a Emilio.

Diante do dragoon encharcado que havia tirado seu casaco, Emilio falou:

— ... então você está me dizendo que caiu quando seu dragão mudou de postura? Você não se queimou, não é?

— Eu estou bem. Minhas desculpas.

Rudel e os outros haviam retornado com segurança, mas o dragoon caiu na fonte. O motivo era exatamente como Emilio havia detalhado. Irritado, o cavaleiro olhou para Rudel enquanto ordenava que a serva na sala lhe trouxesse algumas roupas.

— Traga uma muda de roupa para Rudel-dono, por favor.

A empregada de Cleo assentiu e saiu da sala.

— Depois que Rudel-dono terminar de se trocar, partiremos. Afinal, o tempo é limitado.

Sentindo um desejo de segurar sua cabeça, Emilio olhou para Rudel.

"Me dê um tempo, Dragoon. Eu preciso que você faça o seu trabalho."

Foi uma grande pressão sobre o plano.

Mas ele continuou pensando em como reconectaria os pontos do plano divergente e o levaria ao resultado que desejava.

Cleo apresentou uma toalha ao encharcado Rudel. A toalha nas mãos do garoto já estava ensopada.

Rudel, Izumi e todos os outros sentiram vergonha.

"Não, você não deveria estar fazendo esse tipo de coisa."

Emilio estava preocupado com a reação de Cleo.

— Princesa, quando a camareira voltar, deixe Rudel-dono para ela. Agora vamos nos preparar para sair...

Depois de dizer isso, Emilio percebeu sua própria falha.

"Ah, espere um segundo. Cleo tem apenas uma empregada. Então ninguém está se preparando para o plano?"

Com tudo em um estado tão disforme, a equipe de Rudel estava prestes a partir para a cidade do castelo.


Nota

1 – Em sentido estrito, a expressão belas-artes se refere às artes plásticas. Já em sentido amplo, "belas-artes" se refere ao conjunto formado por arquitetura, pintura, escultura, música, dança e teatro e literatura. O conceito também pode se referir a uma estilização expressiva de cores e modos.



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