Volume 2

Capítulo 2.6: Ética da Caça aos Macacos

Lorde Demônio mais fraco, 71º rank, Dantalian, Calendário Imperial: 20/09/1505, Niflheim, Palácio do Governador.

 

Cera derretida escorreu por uma vela.

Era noite. O céu do lado de fora da janela já estava escuro.

Eu falei enquanto observava a vela que queimava suavemente.

“Eu me pergunto o que eu fiz de errado.”

“…”

“Enquanto voávamos pelo céu de Pavia para o Império de Habsburgo, e durante todo o trajeto até o meu castelo na Montanha Negra, Lapis e eu não falamos uma palavra sequer. Minha mente estava caótica.”

Eu levantei minha cabeça.

Barbatos estava sentada no sofá do lado oposto ao meu.

Suas sobrancelhas estavam arqueadas no formato de八, seus lábios estavam entreabertos como se ela fosse falar algo, entretanto, Barbatos não conseguia vocalizar nenhuma palavra. Em algum momento enquanto escutava a minha história, ela havia esquecido sobre beber álcool e estava apenas fitando o meu rosto.

Como se estivesse sem palavras.

Literalmente.

“Eu definitivamente havia me decidido. Que se Lapis pisasse fora da linha mais uma vez, então eu iria mostrar para ela quem é que mandava. Mas quando realmente aconteceu… Seja raiva ou qualquer outra coisa, todas as emoções desapareceram deixando apenas a confusão.”

O que exatamente Lapis estava esperando?

“Era porque eu não conseguia entender. Lapis havia me parado quando eu tentei matar a velha senhora. Ela havia me parado de novo quando eu tentei matar aquela empregada. Isso não é estanho? Não é? Barbatos isto é anormal.”

Eu levantei os cantos de minha boca.

Eu pretendi sorrir, mas ao invés disto minha boca acabou tremendo.

Para Barbatos, o meu estado atual deveria aparentar ser incrivelmente horroroso.

Como se fosse uma prova que minhas emoções estavam escapando do meu controle, eu não me importei com isto.

…Neste momento, era muito melhor desta forma.

“Se ela quisesse que eu fosse um vilão impiedoso. Se o pedido da Lapis fosse que eu me tornasse um vilão impiedoso… Então ela não teria interferido comigo. Quando eu tentei matar aquela velha decrépita e quando eu estava prestes a matar aquela empregada. Estaria tudo bem ter me deixado fazer o que eu quisesse naquelas ocasiões. Desta forma as atitudes dela fariam sentido, certo?”

“… Está certo.”

“Por que ela pedia que eu fosse misericordioso em algumas ocasiões e pedia que eu fosse violento em outras? O que ela queria de mim? Eu começava a ficar depressivo sempre que pensava nisto…”

Eu cobri meus olhos com a minha mão.

“Barbatos. Acredite em mim. Eu pretendia levar a sério qualquer coisa que Lapis pedisse para mim. Se Lazuli pedisse para eu me tornar um Senhor generoso e piedoso, então eu realmente teria aceitado. Se ela pedisse para eu me tornar um tirano cruel, então eu também teria aceitado alegremente. Eu estava preparado. Eu estava preparado para percorrer este caminho junto a ela. É verdade.”

“…”

“Entretanto, eu não posso ser ambos. Isto é impossível. Percorrer dois caminhos diferentes simultaneamente não é possível. Então que outra opção restava? Hm? Agir de acordo com os impulsos momentâneos da Lapis, esta era a única escolha restante?”

“…”

“Isto é impossível também. Está a ação mais absurda que eu poderia fazer. Até mesmo eu tenho limites. Poupar pessoas quando Lapis dissesse para eu poupar, matar pessoas quando a Lapis me dissesse para matar… Eu não posso me tornar uma marionete assim para ela. Nunca.”

Isto significaria o mesmo que a morte para mim.

Sem dúvidas, o relacionamento entre Lala e eu estava colapsando.

Até mesmo depois de retornarmos ao meu castelo, nós não compartilhamos uma conversa sequer. Naturalmente, nossa vida de quarto compartilhado também desapareceu.

Em preparação para o exército de dois mil homens que invadiria, nós fizemos planos e preparativos, mas nada além disto.

As palavras um com o outro foram mantidas ao mínimo possível.

Conversas técnicas e profissionais.

Excluindo estas, nenhuma outra palavra era trocada entre nós.

O tempo passava sem nada ser feito.

Barbatos falou.

“…Vamos descansar um pouco, Dantalian.”

O escárnio e o desprezo que ela demonstrou inicialmente não podia mais ser visto em sua expressão.

Havia uma leve aflição e pelo seu rosto estava claro que ela estava hesitando.

A razão para sua aflição ser leve era porque ela estava fazendo o seu melhor para não demonstrar simpatia para comigo, e razão para sua hesitação ser clara era porque ela estava se contendo para não dar nenhum conselho imprudente. Só por aquela expressão, eu poderia dizer que Barbatos era uma boa mulher.

“Descansar?”

“Seu idiota. Já é noite. Você já está falando há muitas horas. Sua voz está falhando e seu rosto está tão podre quanto o de um cadáver.”

Sem mais, eu peguei um espelho de mão e olhei para ele.

Como Barbatos havia dito, meu rosto estava acabado como o de um zumbi.

Parece que eu havia ficado excessivamente imerso no meu papel.

“Certo… Acho que nós devemos descansar um pouco.”

“Você não tem nada para beber?”

Barbatos balançou a taça que estava em sua mão direita. Seu copo estava vazio. Ela estava dando um sorriso torto como o de uma criança levada.

“Agora que eu estou pensando nisto, você não é um sujeitinho engraçado? Ei, Dantalian. Eu estou escutando educadamente sobre seus problemas amorosos por um bom tempo, mas você não tem a capacidade nem de me servir um álcool decente? Isto vindo de um filho da puta que conseguiu uma caralhada de dinheiro vendendo ervas negras, como você explica isso? Se você continuar deste jeito, vai acabar fazendo as pessoas ficarem putas com você.”

“Haha.”

Provavelmente ela estava reclamando animadamente assim para mudar o clima.

Eu pude sentir um pouco de delicadeza vindo desta Lorde Demônio.

De fato, Barbatos é uma boa mulher.

Nesta vida tediosa, delicadeza era como o sal. Não importa o quão sem graça à vida fosse, se você adicionasse um pouquinho de sal, ao menos ela ficaria ligeiramente apetitosa. Barbatos sabia utilizar isto apropriadamente.

“É claro, eu sabia que você agiria assim.”

“Hmm. E o que você quer dizer com isso?”

“Aguarde um instante. Eu trarei algo que com certeza você vai gostar.”

Eu me aproximei de um dos cantos da sala de visitas e retirei uma garrafa de dentro de uma estante. Era uma garrafa de vinho. Depois de mostrar a garrafa para Barbatos com um ‘tadah’,  imediatamente o rosto dela congelou.

“N-não me diga. Isto não é o que eu estou pensando, ou é?”

Diferentemente de como ela era normalmente, as palavras de Barbatos estavam falhando.

Eu dei um sorriso largo.

“A região mais famosa do mundo dos demônios por produzir vinhos luxuosos, a Fonte do Inferno Flamejante. Em meio às áreas desta região, a garrafa da mais alta qualidade que é criada apenas uma vez ao ano no território do Conde de Lava. O vinho dentre os vinhos. Manufaturado no ano de mil cento e um de Balleleunium, este é um vinho produzido em comemoração a segunda guerra vietnamita. É o produto genuíno que amadureceu por quatrocentos anos.”

“Isto é ridículo!”

Barbatos gritou.

“Este é um vinho de alta qualidade que até mesmo o velhote do Baal teria dificuldades em conseguir!”

“Eu me esforcei.”

Para ser exato, eu usei o esforço de Ivar Lodbrok.

Isto era um exemplo claro que mostrava que ter alguém facilmente influenciável com muitas conexões pessoais fazia a sua vida mais conveniente.

“Pelas Deusas, isto é loucura! Isto é verdadeiro? Isto não é genuíno, certo!?”

Neste momento Barbatos já estava fora do sofá.

O amor da Lorde Demônio Barbatos por vinho era bem conhecido.

Ela se considerava como sendo a maior bebedora e os outros Lordes Demônios a reconheciam como sendo a maior bebedora inveterada dentre eles. Para ela, este vinho era como o Santo Graal. Deixando de lado as boas maneiras e a dignidade, ela correu até mim.

“Dê isto para mim!”

“É claro. Aqui.”

Eu joguei a garrafa para o alto no ar.

Levemente, como se eu estivesse brincando com uma bola.

“Kyaaaaaaaak!?”

“Boa sorte tentando pegar isto em segurança sozinha.”

“Este maluco desgraçado—!?”

Em um instante Barbatos utilizou magia para agarrar a garrafa que estava alta no ar. Pelo que eu pude compreender, três camadas de magia negra ativaram ao mesmo tempo.

Primeiro, Barbatos havia se propelido no chão do cômodo e pulado mais de três metros no ar. Uma névoa negra apareceu no espaço vazio próximo à garrafa e se enrolou no objeto. Graças a isto, a queda da garrafa havia desacelerado. Em seguida, uma mão invisível agarrou firmemente o vidro.

Se outros magos testemunhassem esta cena, eles muito provavelmente não conseguiriam conter seu espanto e perplexidade. A primeira razão, o fato de que três camadas de magia foram ativadas ao mesmo tempo. A segunda razão, o fato que três camadas de magia conseguiram ser ativadas sem qualquer tipo de entoamento ou encantamento. E a razão final, o fato desta técnica mágica grandiosa ter sido utilizada meramente para agarrar uma simples garrafa de vinho.

Certo, era óbvio que Barbatos não ligava para o que outros magos pensavam dela. Ela estava inteiramente focada naquele ‘ano de mil cento e um de Balleleunium’. A habilidade mágica que ela treinou e treinou durante seus quinhentos anos de vida, neste momento, foi utilizada por uma garrafa de vinho com meros dez centímetros de diâmetro. Eu me pergunto se até mesmo as Deusas não ficariam comovidas por sua concentração.

Finalmente, a garrafa chegou as suas mãos e ela pousou no chão com segurança.

“Uaaaaaaaah!”

Barbatos levantou a garrafa de vinho para cima com seus dois braços. Como uma jogadora de basquetebol que havia conseguido um arremesso de rebote em um momento decisivo.

Neste momento, ela era sem sombra de dúvidas, imbatível.

“Você viu isso, caralho! Esta é a grandiosidade da filha da putamente incrível rank 8 Barbatos—!”

“Mm.”

Inconscientemente eu a aplaudi.

“Eu não tenho certeza absoluta, mas parece que algumas acrobacias realmente incríveis acabaram de acontecer.”

“Dantalian seu filho de uma cadela!”

Barbatos me encarou ferozmente.

“Porcos como você não tem o direito de tomar uma gota desta maravilha! Como você ousa jogar este Balleleunium como se fosse algum tipo de brinquedinho!? Aaaang!?”

Era incrível. Uma aura assustadora estava emanando de sua encarada, sendo que ela era alguém que mal parecia ter treze anos. Se não fosse pela garrafa sendo segurada desesperadamente em seus braços como se fosse um tesouro, eu realmente poderia ter ficado assustado. Sim, realmente.

“Falando sério! Eu realmente não consigo acreditar nisto. Um vinho que amadureceu por quatrocentos anos! O produtor, usando a magia mais especial do mundo, um feitiço desenvolvido especialmente para o objetivo de preservar vinhos, re-entoava a magia a cada quinzena. Este vinho foi preservado por várias gerações para com esforço conseguir se tornar o produto completo que ele é hoje! E você joga este vinho que não foi nem lançado ao comércio, e que é presenteado apenas para os indivíduos que o arquiduque da Fonte Flamejante julga pessoalmente como sendo os mais nobres e belos! Jogá-lo como um filho da puta! Seu desgraçado, você não vale nem o mesmo que um punhado de terra preso na garra de um corvo!”

Eu balancei a cabeça assentindo.

“Agora eu tenho mais certeza do quão severamente você é uma bêbada.”

“Eu não sou uma bêbada. Eu simplesmente amo beber, seu imbecil sem cérebro!”

Enquanto rangia os dentes, Barbatos observou a garrafa de vinho. Uma energia mágica negra saiu de suas mãos. Ela devia estar checando se o vinho era genuíno ou não através da magia.

“!?”

Barbatos arfou involuntariamente.

Sua expressão ficou tão esticada quanto à de ‘O Grito’ de Edvard Munch.

“V-você… se isto não for o artigo genuíno, então juro, eu não vou te deixar impune pelo crime de me enganar…”

“Eu vou deixar você tomar o primeiro gole.”

“—!”

Barbatos soluçou.

“Mas o primeiro gole do vinho… T-tem o melhor gosto, você não sabe?”

“É por isso que estou deixando você tê-lo.”

Eu dei a ela um grande sorriso.

Para ela, agora eu era um anjo.

Eu provavelmente parecia tão radiante quanto um santo que havia recebido a palavra dos Deuses.

“Nós não somos amigos, Barbatos?”

“Dantalian…”

Barbatos olhou para mim comovida.

“Você pode até ser um filho da puta, mas você é um filho da puta realmente muito bom.”

“… Apesar de eu estar consideravelmente indeciso entre tomar isto como um elogio ou não, mas em nome da boa educação, eu tomarei isto como um elogio.”

“N-Não é hora para isso. Taça de vinho. Onde foi que eu deixei a minha taça de vinho!?”

Barbatos balançava seus braços freneticamente. Enquanto ela o fazia, a taça de vidro que estava rolando pelo carpete do quarto voou diretamente para sua mão. Barbatos engoliu em seco.

“B-Bom, Balleleunium mil cento e um. Mostre-me o cheiro sensual de sua pele.”

“Entretanto, eu acho que a única coisa sensual aqui não é o vinho, mas sim a parte de dentro da sua cabeça…”

“Cale a boca.”

Barbatos começou a entoar um feitiço. Eu posso garantir que de todos os feitiços mágicos que eu testemunhei até hoje, este foi o mais inspirador de todos. A razão para isto era porque esta era de fato uma magia absolutamente inútil. Esta magia, sendo um feitiço-saca-rolhas, estava sendo entoada por Barbatos pura e simplesmente com o objetivo de retirar a rolha. Conforme ela murmurava o encantamento do feitiço, a rolha foi subindo pouco a pouco, até que finalmente. Com um ‘pop’ o tampo foi atirado.

Barbatos trouxe o gargalo para a ponta de seu nariz e inalou.

“…”

Ah. Esta era a face de alguém que havia enlouquecido.

Era como se sua consciência tivesse alçado voo e estivesse a quinhentos metros de altitude no céu.

Apesar de ainda nem ter experimentado o álcool, a face de Barbatos já estava emanando deleite.

“E-então o céu realmente existe.”

“Sendo a pessoa que o presenteou a você, estou muito feliz que você está satisfeita meramente com a fragrância. Vá adiante, beba-o.”

“Beber? Isto…?”

Com a garrafa de vinho e a taça em mãos, Barbatos começou a tremer.

“Dantalian, você não sabe o valor deste objeto. Como você poderia beber um tesouro? Você não bebe tesouros. Você não deve…”

“Eu pensei que você tinha dito que gostava de álcool. O melhor álcool de todos está bem a sua frente. Ainda assim você não irá bebê-lo?”

“Keuuk…!”

O rosto de Barbatos se contorceu em desespero.

“Que contradição é essa? Porque eu amo álcool mais do que todo mundo, eu desejo o Balleunium. Mas porque eu o amo mais do que todo mundo, e ainda mais por isso, eu não posso bebê-lo! Um paradoxo! Uma agonia! É assim que a vida é…!?”

Se ela fosse um pouco mais adiante ela descobriria a verdade sobre o universo.

O carisma de Sua Alteza Barbatos estava desmoronando devido a uma única garrafa de vinho.

“Dê-me isto. Vou servi-lo eu mesmo.”

“T-Tudo bem.”

Barbatos me entregou a garrafa de vinho obedientemente.

Seguindo a etiqueta que rege o ato de beber, eu educadamente servi o vinho com uma mão. Com um semblante muito nervoso, Barbatos assistia a taça sendo preenchida pelo líquido escarlate. Eu pensei seriamente que ela faria com que eu fosse executado caso derramasse uma gota sequer.

“Um brinde.”

“Um br…brinde.”

Clink

Um som límpido ressoou quando nossas taças se encontraram. Enquanto eu aproveitava o vinho de maneira tranquila, Barbatos me encarava agitada.

“E-ele é bom?”

“Bem, é claro que é bom.”

“Qual o seu sabor, hm? Descreva com a máxima minuciosidade de detalhes que você conseguir.”

“… Eu não sei por que você está me perguntando isto quando você pode simplesmente beber por conta própria.”

“Porque seria um desperdício…”

Eu retiro o que disse.

Barbatos era uma mulher lamentável.

“Hoo haa. Hoo haa.”

Barbatos começou a respirar profundamente. Ela até começou a murmurar para si mesma que ‘isto não é nada além de vinho tinto’. Eu me pergunto se os seus murmúrios tiveram efeito, já que seu semblante ficou mais relaxado. Se eu tivesse que dizer algo no meu próprio ponto de vista, eu pensava sinceramente que ela era louca.

Finalmente, Barbatos colocou a taça sobre seus lábios e sorveu um gole de vinho. Seus olhos continuaram fechados por um longo tempo. Então, seus ombros começaram a tremer e subitamente ela começou a chorar.

“Uwaah… Eu fiz bem em continuar viva. Foram tempos difíceis. Não foi fácil viver estes quinhentos anos, mas, uwaah, eu realmente fiz bem em viver por tanto tempo.”

“… Certo.”

Até mesmo eu não pude evitar ficar atordoado por esta situação.

Barbatos estava bebendo o vinho enquanto derramava lágrimas mornas. O fato surpreendente era que, enquanto ela estava bebendo, o processo de absorver a fragrância do vinho pelo seu nariz, o processo de girar o vinho pela boca, etc, ela fez questão de executar todos os processos degustativos do vinho devotadamente. Apesar de ela ser insana, ela era racionalmente insana.

“Dê-me aqui.”

Barbatos esvaziou sua taça em um instante e tomou a garrafa de mim à força. Sendo incapaz de resistir, eu passei a garrafa para ela.

“Heueuk. Heuk, gulp.”

Enquanto chorava.

“Uwaaah.”

Servia outra taça.

“É bom. É tão bom, caralho.”

E chorava de novo.

Uma cena bastante honesta estava acontecendo diante de meus olhos.

A imagem de uma garota com uma aparência exterior de doze anos estava em prantos enquanto servia e bebia álcool. Se você dissesse com palavras gentis, era surreal. Se dissesse com palavras rudes, ela era um caso de maluquice considerável.

Eu disse.

“Por que você está fazendo a experiência de beber ficar desagradável para as outras pessoas xingando e bebendo? Eu pensei que você havia dito que era bom.”

“Heueuk. Isto é delicioso, mas toda vez que você bebe, a mesma quantidade que você engole acaba desaparecendo da quantia total. Isto é realmente uma merda. Além disso, as pessoas dizem que você não pode discutir este sentimento com alguém que tomou Balleleunium sem chorar.”

Este era um ditado popular com origens seriamente duvidosas…

De todo modo, nós conseguimos mudar a atmosfera entre nós decentemente.

Originalmente, devido à constituição corpórea dos Lordes Demônios, era possível beber tanto álcool quanto você quisesse e não ficar bêbado. Era graças à mana circulando em nossos corpos que eliminava automaticamente a embriaguez. Entretanto, de acordo com Barbatos, quando você ‘recebia’ Balleleunium, era considerada uma grande falta de educação não ficar bêbado com ele. Barbatos havia parado propositalmente a circulação de mana em seu corpo e permitiu-se ficar embriagada.

Alcoólatras são bem assustadores.

“E então? O que aconteceu em seguida?”

Barbatos falou com uma leve vermelhidão em seu rosto. Parecia que ela estava tonta apenas até o ponto apropriado.

“Depois de escutar a sua história, este não foi o momento em que vocês romperam relações, certo? Então isto significa que houve outro momento decisivo. Ponha tudo para fora tranquilamente, criança. Já que eu pude saborear o gosto do Balleleunium, eu me responsabilizarei por você até o fim.”

“Isto é uma bela gratidão.”

Eu sorri amargamente.

“Vamos brindar primeiro?”

“Ooh, claro. Um brinde!”

Conforme os brindes continuaram, fomos nos aprofundando na noite. Pelo vidro da sala de visitas, uma coruja chirriou. Eu conseguia mover meus lábios com mais facilidade do que antes, e Barbatos acompanhava com mais entusiasmo.

“Primeiro, um exército invadiu meu castelo.”

“Hou, então a mensagem era mesmo verdadeira.”

“Aah. Entretanto, os números eram um pouco menores quando comparados aos que estavam escritos…”

Com um ‘ding’.

O relógio de pêndulo no primeiro andar do castelo do governador soou seco.

Avisando a todos que era meia-noite.



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