Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 60 - O Estopim da Guerra!

Com a guerra prestes a iniciar e a inquietação dos Raijin o Deus que havia mandando Sankay e Ryusaki ficava cada vez mais inquieto. 

Até chegar ao ponto de interferir no pensamento de Arthen. 

Enquanto Arthen se mantinha pensativo sobre as informações que circulavam pela sua tripulação, ele pensava em uma forma de agir. 

Até que ele escutou uma voz em sua mente. 

— Rei Arthen Raijin! — disse a voz. 

Arthen olhou para o ambiente em que estava tentando encontrar quem falava, mas ele estava na maior cabine do navio sozinho. 

— Você pode atacar a ilha durante a noite, você tem a benção de Sartre. Os rumores não passam de mentira. Vá e acabe com aqueles que atrapalham o culto ao Deus. — disse a voz. 

Ao escutar o nome Sartre, ele entendeu que a voz era de um Deus. 

Arthen que estava cauteloso quanto ao que poderiam fazer, assumia agora uma nova postura. 

Sua postura agora era mais altiva e imponente como sempre foi. 

Ele imediatamente saiu da cabine e pediu que os guardas chamasse os seus generais. 

Os guardas saíram rápido dali e seguiram em direção à borda do navio. 

Chamaram os generais. 

Darian ouviu aquilo e tentou seguir os generais, mas foi barrado pelos soldados que os acompanhavam. 

— Só poderá ir com a permissão do Rei. — disse um dos soldados. 

Ele escutou e se manteve distante dos generais. 

Quando os generais chegaram na cabine do Rei Arthen, eles se ajoelharam e disseram — quais são suas ordens, meu Rei. 

Arthen que sempre gostava da forma como era tratado como rei, e poderoso se sentiu satisfeito. 

Andou pela cabine antes de começar a falar. 

— Recebi uma revelação do nosso Deus Sartre. — pronunciou Arthen. 

Os generais ao escutar isso começaram a olhá-lo com olhares de espanto. 

— Eu fui escolhido como o escolhido de Deus. Ele me disse para atacá-los durante a noite, mas me disse que esses rumores eram mentira. Sendo assim, temos algum traidor em nosso navio. — elucidou Arthen sobre as revelações do Deus. 

Com essas palavras sendo pronunciadas pelo próprio Rei levantando suspeitas sobre um traidor, todos olharam uns para os outros. 

Alguns permaneceram excitantes. 

Até que um deles balbuciou algo que foi quase inaudível. 

O Rei Arthen estava atento e disse — Fale agora! 

— Rei! Antes de entrarmos aqui e vir ter essa conversa com a sua majestade, aquele Darian que se juntou a nós queria vir. — disse um dos generais gaguejando e com dificuldades de expressar as suas ideias. 

— Você está dizendo que coloquei um traidor entre nós?  — perguntou Arthen. 

— Não… Não meu Rei. Achei estranho que um simples acompanhante do príncipe queira participar de um chamado exclusivo dos generais. — tentou explicar o general. 

— Mas ele é mais que um simples guarda. — disse o Rei. 

— Me desculpe meu Rei. — desculpou-se o general. 

Nesse momento o Rei se afastou um pouco e se aproximou dos generais que permaneciam todos ajoelhados diante dele. 

Ao chegar perto do general que havia falado, ele colocou a mão em seu ombro e disse — Eu sei que a minha decisão foi repentina, mas se tem dúvidas sobre alguém deve me trazer mais do que simples especulações. 

Arthen ainda com a mão no ombro do general, começou a apertar com mais força. 

O general segurava para não demonstrar fraqueza, mas a força que o Rei aplicava em seu ombro era cada vez mais forte. 

Até que um dos generais disse — Meu Rei! Peço desculpas por atrapalhá-lo, mas eu tenho uma sugestão para ter provas da lealdade desse Darian. 

O Rei Arthen parou de apertar o ombro do general anterior e lançou o olhar diretamente para o general que falava. 

Fez um gesto para ele explicar o que queria dizer. 

— Por que não espalhamos um boato que temos um traidor no navio e todos vão ser interrogados com poções que induzem as pessoas a falarem a verdade. Assim saberemos se ele é ou não confiável. — disse o general. 

Arthen olhou para o general com interesse nisso. 

Pensou por alguns momentos enquanto andava pela cabine real. 

— Vamos testar essa teoria. — disse o Rei. 

Os generais agradeceram e se curvaram ao Rei em tom de respeito, mas antes de todos saírem o rei disse — Vocês têm somente 3 horas para fazerem isso. 

Todos afirmaram e assim que saíram da cabine começaram a chamar todos para irem falar com eles no convés. 

Os soldados foram chamados imediatamente. 

Todos que estavam ali começaram a se reunir no convés. 

— Temos um espião ou intruso em nosso navio. Chamei todos aqui para evitar que ele saísse, por isso os generais estão localizados em cada saída do convés. Vamos usar poção que revela a verdade para interrogar a todos. — explicou o general que ficou no comando. 

Os olhares de todos se voltaram desconfiados uns para os outros. 

Todos estavam preocupados e sabiam que isso poderia gerar ainda mais problemas. 

Mas antes que começassem, os generais nas entradas precisavam dizer se todos estavam ali. 

Alguns afirmaram que estavam todos lá, mas um deles conseguiu perceber que Darian não se encontrava lá. 

— Não estão todos aqui. — disse um general. 

— Busque os que ficaram para trás. — disse o general ao centro do convés. 

E logo um dos generais se dirigiu a+para dentro do navio em busca de Darian. 

O primeiro lugar onde foi procurar era na cabine destinada a Allister. 

Quando chegou na cabine não viu ninguém além de Allister. 

Allister permanecia desacordado e descansando. 

O general saiu a procura de Darian. 

Mas assim que o general saiu do quarto, Darian apareceu com Gaius segurando-o. 

— Foi por pouco que não te pegaram. — disse Gaius. 

— Então você já imaginava que eu poderia precisar de você?  — perguntou Darian. 

— Seguimos as orientações de Chedipé, mas o plano dela pode ser causar uma confusão para atrasar a batalha e assim eles chegarem, mas precisamos de você conosco. — explicou Gaius. 

Os dois estavam escondidos usando a habilidade mágica de Gaius de converter o seu corpo ou daqueles onde ele toca em material transparente e se mistura no ambiente, podendo permanecer imperceptível até para magos. 

— Precisamos sair daqui. — afirmou Darian. 

— Eu sei disso, mas a nossa melhor saída e causar um problema e fugir com um dos generais sem que os outros saibam de nada. — explicou Gaius. 

Imediatamente eles se preparam para sair e Gaius segurou Darian e ativou a sua habilidade. 

Enquanto ainda estavam quase que invisíveis, eles andaram pelo navio em busca do general. 

Passaram por diversos quartos e viram que todos estavam vazios. 

Até encontrarem o quarto onde o general acabará de entrar. 

Eles entraram em seguida. 

O general buscava atrás de todos os locais, mas sentiu alguém tocando em seu ombro. 

Quando se virou, recebeu um soco em seu rosto. 

Logo o general caiu no chão. 

Gaius pulou no general e colocou uma adaga em seu pescoço e disse o ameaçando — Me conte qual o seu plano. 

O general não falou nada, mas ao sentir a adaga pressionada contra o seu pescoço sentiu medo. 

Gaius apertava e a adaga começara a perfurar o pescoço dele. 

Foi nesse momento que o general tentou soltar um grito, mas foi abafado pela mão de Gaius. 

— Se ele gritar, saberão que você não é confiável. — pronuncio Gaius. 

— Então leve ele com você e eu me viro no convés, mas apareça lá daqui a 10 minutos. — disse Darian. 

Gaius fez uma expressão de incerteza pedindo que Darian confirmasse, mas a sua expressão era de certeza sobre o que falava. 

Assim, Darian saiu e foi em direção ao convés enquanto Gaius ia se livrar do general. 

Darian ia a caminho do convés. 

Gaius fugia carregando o general com ele para fora do navio pelas janelas do quarto. 

Darian chegou ao convés. 

Todos olharam para ele se questionando se o general ainda estava avindo. 

— Agora que estamos todos aqui, podemos seguir com o nosso interrogatório. — disse o general ao centro. 

Darian levantou a mão e disse — Me desculpe, mas não vejo o general que me chamou no quarto, ele ainda não chegou. 

Todos no convés começaram a olhar desconfiados para Darian. 

Um dos guardas que acompanhavam os generais se aproximou de Darian e o segurou pelo pescoço e perguntou — O que você fez ao general?

Enquanto Darian estava sendo colocado contra a parede e sendo acusado de ter feito algo ao general, Gaius conseguiu colocar o general em um barco e deitá-lo para parecer que estava escondido. 

Gaius o colocou e ajustou seu corpo desmaiado no barco e deu um impulso para que as pessoas visse o barco passando. 

Imediatamente ele se escondeu novamente. 

Antes que o barco se aproximasse do navio, Darian ainda continuava sendo questionado sobre o general e sendo acusado de ter causado algum mal a ele. 

— Eu não fiz nada, só fui chamado e vim até aqui. — disse Darian. 

O guarda ainda o segurava pelo seu pescoço, mas em certo momento ele deixou apertar tanto e as pessoas alimentaram a dúvida se o general era realmente confiável. 

— Você acaba de chegar, mas se foi chamado pelo general, por que ele falou isso e se mandou?  — Perguntou o general. 

— Eu nem sei o que ele disse, mas escutei avisando pelos corredores que era para todos irem, inclusive para o convés que ele apresentaria uma surpresa. — disse Darian. 

O general responsável se virou para o Darian e acenou dizendo que gostaria de conversar com ele. 

Eles aguardam mais um pouco e logo um grito se manifestou em meio a  multidão no convés. 

— Um barco! — disse a voz. 

Ao mesmo tempo, todos voltaram seus olhares para o barco que passava distante do navio. 

Todos ainda estavam com dúvidas quanto ao que era ou quem era aquela pessoa, mas ficaram observando. 

E foi aí que um dos guardas que ficara em observação no topo do mastro disse que era o general. 

Generais, soldados, oficiais e todos os outros ficaram boquiabertos com a visão do general fugindo em um barco. 

— O que o general faz lá. — questionou o general no comando daquela interrogação. 

A mesma voz que anunciara o barco ressoou no ambiente. 

— Será que esta fugindo? — perguntou a voz curiosa. 

A expressão nos rostos de todos foi a de espanto geral. 

As pessoas começaram  se entreolhar e criaram dúvidas sobre a lealdade de todos os generais. 

Mas antes que os generais do convés chegassem na conclusão sobre o general do barco, eles foram chamados por uma forte impressão que estremeceu os corpos de todos. 

Essa era a impressão do Rei que saia de sua cabine real. 

Todos no convés começaram a se ajoelhar para que o Rei Arthen Raijin passasse. 

Darian era uma das pessoas que se ajoelharam em respeito ao Rei atual de Raijin. 

O rei se aproximou do general em comando e perguntou — como estão indo às coisas? 

— Meu Rei, parece que nosso general fugiu. — afirmou o general. 

— Como assim? Explique isso direito. — perguntou o Rei Arthen. 

— Bom, vossa majestade! O general havia ido chamar o Darian para participar junto conosco, mas Darian apareceu e o general apareceu agora em um barco. — explicou o general. 

O Rei Arthen olhou para o barco à distância, seus olhos estreitando-se em desconfiança. A cena era estranha demais – um general fugindo sozinho, sem motivo aparente.

— Tragam esse traidor de volta! — ordenou, apontando para o barco.

Dois soldados pularam na água, nadando em direção ao general desacordado. 

Enquanto isso, Darian permanecia ajoelhado, mas seus olhos vasculhavam o convés, procurando por Gaius. Onde ele estava?

Gaius estava escondido, mas ao perceber o olhar preocupado de Darian tocou em seu ombro para avisá-lo que estava ali o tempo todo. 

Darian deu um suspiro de alívio. 

O Rei olhava de relance para Darian e com certa dúvida, mas se aproximou do general e perguntou em um sussurro — Você ainda tem dúvidas quanto ao Darian? 

O general acenou a cabeça em tom afirmativo. 

Arthen fez sinais indicando aos soldados que pegassem Darian. 

Ao perceber os movimentos, Gaius pegou Darian e o fez desaparecer imediatamente. 

Os dois soldados retornavam com o general ainda desacordado e, ao mesmo tempo, deixaram o barco abaixo. 

Darian e Gaius desceram sem que ninguém percebesse para o barco. 

Assim que desceram, Gaius concentrou ainda mais a energia mágica ao seu redor para fazer com que até o barco desaparecesse de vista. 

E assim ambos saíram em direção à ilha Rikerhan fugindo do estopim da guerra. 



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