Volume 1
Capítulo 61 - A Ajuda ao Rei Demônio!
Assim que Darian e Gaius fugiram do navio, o general acordava e dizia ao Rei Arthen que intrusos estavam enganando o rei e que tinham habilidades de se esconder.
Ao escutar isso, o Rei Arthen ficou tão irritado que sua representação de fúria foi socar a cara do general que estava sendo usado como cobaia.
Ao acertar um soco com toda a sua força na cabeça do general, o mesmo caiu ao chão com sangramento na cabeça.
Os soldados ali olhavam eufóricos o acontecimento, mas não pronunciaram uma palavra.
A única palavra pronunciada naquele momento foi a de Arthen.
— Eu ordeno que todos ataquem imediatamente.
E a movimentação no navio foi de vários soldados correndo.
Alguns pularam no mar com barcos reservas.
Outros foram em busca de todo o navio.
O Rei Arthen ainda continuava irritado com o acontecido.
Darian e Gaius saiam de perto do navio e iam em direção à costa da ilha de Rikerhan.
Ao chegarem a costa saíram do barco, mas Gaius ainda estava segurando em Darian para que ele permanecesse escondido.
Apos saírem do barco e descerem na costa da ilha, eles sentiram uma energia diferente perpassando pelos seus corpos.
— Tinha uma barreira mágica de detecção aqui. — disse Darian.
O olhar de espanto de Gaius foi perceptível a Darian, afinal os dois estavam escondidos pela magia de Gaius.
Imediatamente eles ouviram uma movimentação vindo na direção da costa onde eles se encontravam.
Os passos vinham em alta velocidade e com tochas iluminando o caminho.
Darian engoliu em seco e pensou que agora deveriam lutar, mas assim atrapalhariam o plano de Dadb.
Antes que ele fizesse qualquer movimento, Gaius o segurou firme.
E com a outra mão fez um gesto demonstrando para ele ficar em silêncio.
Os guardas que estavam ali chegaram próximo de onde eles estavam.
— Quem passou por essa barreira do mestre Kira? — Perguntou um dos guardas.
— Eu não sei, mas esteja pronto para atacar. Estamos próximos a sofrer um ataque. — disse o outro guarda.
Gaius observou os dois guardas e percebeu que eram alguns aventureiros do continente de Kira que estavam em preparação para um ataque.
Os aventureiros se aproximaram da costa e passaram ao lado de onde Gaius e Darian estavam escondidos.
Darian estava preparado para atacar.
Mas antes que ele atacasse, ele escutou a conversa dos aventureiros.
— Tem um barco na margem. — disse o aventureiro e seguiu para a costa.
Ao escutar isso, Darian imediatamente pensou.
Estamos em perigo agora, mas estou pronto para o que vier.
Segurou firme no cabo de algo semelhante ao de uma espada que tinha na sua cintura.
Até aquele momento, tanto Darian quanto Gaius sentiam que logo poderiam destruir e arruinar o plano de Dadb.
Mas eles escutaram uma voz entoando encantamento.
— Flammae infernales ut fulgur agunt, et in baculum meum medius tua potentia. — pronunciou uma voz distante.
Ao finalizar o encantamento, uma luz amarela e vermelha surgia em meio ao mar se aproximando da costa.
A luz foi aumentando e se tornando mais intensa.
— É uma magia, use proteção. — disse um dos aventureiros na costa.
Imediatamente os dois aventureiros afastaram-se um do outro para evitar que a magia atingisse ambos, mas também pronunciaram os encantamentos.
— Praesidium quattuor iacuit ne impetus meos magicam energiam permeare et magicam cassare possit. — pronunciaram os dois.
Uma barreira começou a surgir envolta dos dois, mas antes que as barreiras terminassem de aparecer um raio atingiu um dele.
Um raio de fogo que estava tao quente quanto o calor de uma fornalha para derreter metais.
A barreira segurou um pouco, mas como as camadas da barreira não haviam sido erguidas pela falta de tempo para a ativação da magia, quebrou as barreiras existentes.
O aventureiro tentou jogar o seu corpo para outro lado, mas a magia que quebrou a sua barreira incompleta o acertou em parte de seu corpo.
Ao ser atingido, todos escutaram um grito agonizante de dor.
O segundo aventureiro, sem perder muito tempo, pegou uma espécie de chifre feito com madeira que estava em sua cintura e o soprou, mas nenhum som saiu.
Apos isso foi na direção do aventureiro que havia sido atingido e percebeu que a magia atingiu a parte direita de seu corpo e queimou seu braço, sua perna de forma exagerada.
Imediatamente pegou de sua bolsa uma poção de cura.
Derramou em cima da ferida, mas a ferida não começou a melhorar.
A dor amenizou, mas as queimaduras intensas ainda continuavam.
— Me deixe aqui, vá avisar o mestre Kira. Eles estão atacando. — disse o aventureiro em meio as suas respirações ofegantes de dor.
O outro seguiu as orientações e saiu de lá correndo e deixando o aventureiro ferido para trás.
Mas antes que chegasse muito longe, voltou e se ajoelhou ao lado do aventureiro e disse — Eu não posso deixá-lo aqui.
E começou a segurar ele em seu ombro.
O barco se aproximava cada vez mais da costa.
Gaius e Darian que perceberam que os Raijin agora iriam atacar com toda a força, saíram devagar de onde estavam se aproveitando da confusão causada pela magia.
E logo eles perceberam que não poderiam se esconder por muito tempo.
— Vamos para onde Wervy está. — sussurrou Gaius.
Darian apenas afirmou com sua cabeça.
E enquanto os primórdios da guerra se desenrolaram entre Raijin e a ilha, Rikerhan, Sankay, Ryusaki e os outros chegavam na costa.
— Até que enfim chegamos a costa. — disse Dadb.
Ryusaki olhou para ela com um ar de indignação, pois eles tinham chegado rapidamente em Rokuto por conta de sua magia.
A demora ocorreu na preparação de armas e de decisões sobre estratégias.
Ao chegarem ao porto de Rokuto eles não encontraram nenhum navio ali.
Todos olharam ao redor, mas só viram um pequeno barco a remo que parecia ser usado para pesca.
Todos olharam uns para os outros e pensaram o mesmo.
Será que esse barco vai aguentar todos nós?
O barco estava sendo amarrado por um senhor.
Sankay saiu e foi na direção do senhor e perguntou — Precisamos de um barco ou navio que caiba 8 pessoas, você pode nos ajudar?
O senhor se virou para o jovem e disse — Meu jovem, não temos isso, só as guardas do rei podem ter um barco ou navio assim.
Sankay ao escutar essas palavras ficou em choque pelo controle que Raijin fazia de sua própria população.
Ele retornava para junto de todos, mas Ryusaki sentiu uma energia mágica invadindo o seu espaço.
Ryusaki sentindo a perturbação em um de seus ambientes, colocou a sua mão no ambiente a fim de buscar a perturbação.
Enquanto sua mão permanecia buscando a perturbação pelo espaço, sentiu um pedaço de folha.
Ao tocar nela tentou segurar.
A folha escapou, mas ele tentou novamente.
Quando pegou a folha, retirou-a do seu espaço e a segurou entre os dedos.
Sankay percebeu que Ryusaki estava com algo e se aproximou dele e sussurrou em seu ouvido.
— O que aconteceu?
Ryusaki virou a sua mão encostando a folha em Sankay.
Sankay pegou a folha e sentiu uma energia mágica vinda de Alguém conhecido.
Assim que ele segurou a folha nas suas mãos, sentiu a energia conhecida ainda mais forte e mais poderosa.
Ao olhar o papel ela só continha as iniciais: I.K.
Ele sabia que aquela sigla agora era conhecida dele, era uma carta de Ivy Kirlian.
Sankay segurou o papel e virou para os lados e não encontrou nenhuma informação, somente a sigla I.K escrita.
Percebendo que pelo conhecimento de Ivy ele poderia ter escondido algo e então ele resolveu usar poder mágico na folha.
Ele começou a imaginar a energia passando por todo o seu corpo e passando pela folha e foi aí que ele viu a sua energia mágica percorrendo pelo papel e começou a revelar as palavras escritas ali.
Ryusaki olhou para o papel que agora revelava palavras de uma carta ficou sem entender bem como Sankay havia feito aquilo.
Assim que todas as palavras surgiram, Ryusaki e Sankay leram a carta.
Preciso falar com vocês dois. Sei que ao enviar esse papel mágico estou revelando conhecimentos que vocês ainda não presenciaram, mas chegou o momento que eu aguardava e aquele que os fantasmas me avisaram. O momento de escolher de que lado vamos estar. Eu tenho uma saída para vocês seguirem para a ilha de Rikerhan. Mas em troca da minha ajuda eu preciso que vocês me levem junto a vocês para a batalha. Precisarei bastante das habilidades de Ryusaki. Principalmente para ele me ajudar com seu poder a levar o meu exército junto a mim. Venham até aqui e me levem até aí. I.K |
Assim que eles terminaram de ler a carta, perceberam que Ivy Kirlian conhecia muito mais do que eles imaginavam.
Ryusaki ao saber que teria que ajudar aquele cara que vivia cercado de fantasmas sentiu calafrios e ficou pensativo.
Já Sankay ficou pensando em como ele sabia sobre a necessidade deles por um navio, por um exército.
Mas não tinham tanto tempo, afinal o plano já estava em ação e não duraria muito tempo a estratégia deles para ganhar algum tempo.
— Você precisa ir até a masmorra. — sussurrou Sankay para seu irmão.
A afirmação de Sankay só trouxe ainda mais arrepios para Ryusaki.
— Eu sei, mas eu não confio nesse cara. É melhor irmos juntos e garantir que não acontecerá nada de mais. — respondeu Ryusaki querendo dar a entender que não era por medo dos fantasmas, mas sim uma insegurança.
— Você não confia em alguém que nos entregou tudo que precisávamos antes de conquistar uma masmorra e nos entregou todos os materiais necessários? — Perguntou Sankay.
— Não confio em alguém que chega do nada, nem em quem consegue interferir na minha magia sem ao menos me conhecer direito. — responde Ryusaki.
As informações sobre Ivy não eram favoráveis para eles.
E neste momento Dadb se aproximou de Sankay.
— O que vocês estão discutindo? — perguntou Dadb.
— N… Nada. — respondeu Ryusaki querendo disfarçar.
Mas imediatamente Sankay se virou para ela e disse — Encontramos uma forma de conseguir um navio, mas precisamos que Ryusaki vá até a masmorra buscar o Ivy Kirllian e seu exército.
— Então por que não foram buscar o estudioso mais forte dessa época? — perguntou Dadb.
— Eu não confio nele, muito conveniente que ele simplesmente apareça e nos ajude com o que precisamos e venha nos dando um exército assim. Precisamos ser cautelosos com ele. — disse Ryusaki se explicando.
— Não acredito que mesmo depois dessas experiências que passamos você continua com medo de fantasmas. — respondeu Dadb finalizando com um sorriso.
— N… Não…. Eu não estou com medo. Mas uma guerra está preste a começar e precisamos ser cautelosos. — respondeu Ryusaki tentando sair daquele julgamento de Dadb.
Sankay ficou sorrindo da sinceridade e da implicância de Dadb com seu irmão.
Até que Chedipé se aproximou de todos e disse — Grande Rei, podemos receber a ajuda de Ivy, ele é confiável.
Dadb, Ryusaki e Sankay se viram para ela que estava ajoelhada próxima a Dadb.
— Então você estava bisbilhotando nossa conversa? — Perguntou Dadb.
— Grande Rei, não estava bisbilhotando, mas me lembrei que Ivy já havia me dito que poderia contar com ele quando a hora da mudança chegasse. — disse Chedipé.
— Então você conhece o Ivy Kirlian? — perguntou Sankay intrigado.
— Conheço e ele sempre ajudou e demonstrou que me poderia contar com ele quando precisasse. — respondeu Chedipé.
— Então está decidido. — disse Dadb.
Todos olharam para ela sem entender o que ela havia decidido.
— Ryusaki vai ir com Chedipé para a masmorra onde Ivy vive. — pronunciou Dadb.
Ryusaki não gostou de ouvir aquilo, afinal nem mesmo conhecia de verdade a Chedipé.
Sankay percebendo a insegurança de Ryusaki em sair em um local com alguém que ainda não tinha recebido a devida confiança dele, disse — Eu irei com eles.
— Por quê? — Perguntou Dadb.
— Preciso conhecer quem vai ir com meu irmão. — disse Sankay em tom mais sério.
Dadb se aproximou de Sankay e encostou o seu corpo no dele.
Aproximou-se ainda mais e levou sua boca próximo ao ouvido de Sankay e disse — Eu gostei de você autoritário assim.
Sankay ao escutar essas palavras sentiu seu rosto ficar vermelho e sentiu uma vontade de beijar Dadb.
Mas antes que ele fizesse qualquer coisa, Dadb o puxou e deu um beijo em seus lábios.
— Vão. Imediatamente. — ordenou Dadb.
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