Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 62 - O Rei dos Fantasmas!

Ao ouvirem a ordem, Sankay e Chedipé se aproximaram de Ryusaki. 

Assim que se aproximaram de Ryusaki, ele se sentiu obrigado a ir até a masmorra. 

Ryusaki sabia que precisava ir, mas ainda estava receoso com o fato de ter que ir a masmorra de fantasmas. 

Ficou com diversos pensamentos:

Se eu for naquela masmorra, vou ter uma ajuda e tudo mais, mas é possível que o exército de Ivy seja de monstros e fantasmas. Eu precisarei me manter tranquilo até mesmo durante uma guerra. 

— Vamos logo Ryusaki! — disse Sankay, retirando seu irmão de seus pensamentos. 

Ryusaki se preparou e imediatamente ele teleportou todos que estavam ao seu lado para a masmorra. 

Eles apareceram no andar onde encontraram o Ivy da última vez. 

No momento em que eles apareceram lá, Ivy os esperava, com Terrian. 

— Estava aguardando vocês. — disse Ivy indo na direção deles. 

Chedipé olhou para a direção de onde Ivy falou e imediatamente abraçou-o. 

— Ivy, que bom te ver novamente. — pronunciou Chedipé. 

Ambos abraçaram-se como se a saudade não coubesse neles. 

Um abraço apertado que trouxe uma certa calma em ambos. 

Enquanto os dois permaneciam nesse abraço tão esperado por eles, Terrian desapareceu das vistas de todos. 

Foi se esgueirando pelo teto para que Ryusaki não o visse. 

Assim que se aproximou de Ryusaki o mesmo olhou desconfiado na direção em que ele estava, mas não conseguiu ver Terrian. 

Terrian estava se escondendo. 

Foi atrás de Ryusaki e apareceu dando um susto nele. 

— Boooh! — gritou Terrian para assustar Ryusaki. 

Ryusaki que já tinha certo medo de fantasmas, deu um grito que causou eco em todo o andar da masmorra. 

Assim que viram o grito que Ryusaki deu, Chedipé e Ivy saíram daquele abraço tão comodo a ambos. 

Terrian começou a sorrir enlouquecidamente com Sankay, mas Ryusaki ficou bravo com a brincadeira. 

— Eu podia usar magia de luz e purificar você. — disse Ryusaki com raiva. 

Chedipé olhou para eles e disse — Isso não é hora para brincar, precisamos ir logo. 

— Já está tudo pronto, mas eu preciso ir com Ryusaki, pois vamos levar a masmorra, para um dos seus espaços. — esclareceu Ivy. 

— O quê?  Do que você tá falando?  Teleportar uma masmorra? — Perguntou Sankay imediatamente. 

Ryusaki não disse nada, mas seu rosto espantado demonstrava a falta de clareza que ele estava. 

— Vai ser bem simples, mas precisamos fazer um processo que permita passar o controle da masmorra para Ryusaki. — explicou Ivy. 

Imediatamente ao ouvir as palavras sobre ele ser a pessoa que controla uma masmorra fantasma, seus pensamentos o dominaram. 

Eu? Controlando uma masmorra fantasma? Eu não quero isso? Não posso ser a pessoa que tem o controle da masmorra?  Preciso achar um jeito? O que eu falo para não ser obrigado a fazer isso? 

Enquanto Ryusaki permanecia parado perdido em seus pensamentos, Sankay tentava entender o que Ivy queria dizer com isso. 

— Me explica direito. — pediu Sankay. 

Terrian interrompeu Ivy e disse — Não adianta explicar enquanto quem precisa saber está no mundo da lua. 

Assim que Terrian comentou, eles perceberam que Ryusaki estava perdido em seus pensamentos de uma forma que mal piscava ou respirava de maneira visível. 

Terrian se aproximou de Ryusaki e gritou para ver se ele prestava atenção, mas nada aconteceu. 

Ele tentou assustá-lo, mas nada aconteceu. 

Até que Sankay se aproximou de seu irmão e deu um soco em seu estomago. 

Ryusaki sentiu a dor e logo retornou para a realidade.  

— Por que fez isso? — perguntou Ryusaki sentindo dor em seu estomago. 

— Não temos tempo para esperar você se acostumar com a ideia de ter o controle de uma masmorra fantasma. Precisamos correr. — disse Sankay. 

Seu irmão apenas fez a intenção de falar algo, mas parou e deu um aceno para que Ivy continuasse a explicar.  

— Vocês sabem que as masmorras ao serem conquistadas podem ser modificadas pelo que foi capaz de conquistá-la, certo? — Perguntou Ivy. 

Todos acenaram com as cabeças afirmando que sabiam. 

— Uma coisa que descobri é que não precisamos subir a todos os andares e derrotar todos os monstros. — explicou Ivy. 

O rosto de todos era de incerteza e dúvida sobre a história, seria real ou não? 

Mas Ivy continuou — Só precisamos encontrar o núcleo da masmorra e dominá-lo com a nossa energia mágica. 

— Então vai ser fácil, afinal nosso controle de magia é excelente. — disse Ryusaki. 

— Não é bem só utilizar magia ou controlar. Se trata de vencer o cristal da masmorra em uma guerra psicológica onde você enfrentara o seu medo. — explicou Ivy. 

Ao ouvir aquelas palavras, Sankay olhou para seu irmão e viu o desanimo e a preocupação surgindo. 

— Você vai conseguir. — disse Sankay tentando acalmar Ryusaki. 

Ryusaki sentiu um arrepio em seu corpo que parecia que ele teria que enfrentar algo que nem mesmo gostaria de tentar. 

Mas nesse momento Sankay perguntou — Por que tem que ser ele? 

— Por que somente a pessoa que obtém o controle é que pode retirar a masmorra para onde quiser, mas também moldar o ambiente e tudo que habita nele. — explicou Ivy. 

Assim que Ivy terminou de falar, Terrian se aproximou de Ryusaki e disse — Você vai ter que me enfrentar, pois sou o seu maior medo. 

Sankay sabia que Terrian só queria implicar com Ryusaki, mas ele não fez nada. 

Ryusaki tentou dizer algo, mas só saiu o gaguejo e uma voz tão baixa que ninguém escutaria. 

Ivy se aproximou de Ryusaki que permanecia meio imóvel e disse — Não tem problemas, você vai conseguir. Afinal sem isso a guerra pode ser perdida.

Ele finalizou sua fala esboçando um sorriso e dando tapinhas nas costas de Ryusaki. 

— Eu acho que com essa pressão talvez não ajude ele nem um pouco. — disse Chedipé. 

Sankay e Terrian olharam para Ryusaki que apresentava uma cara ainda mais assustada e desesperada que antes. 

— Coitado. — pronunciou Terrian se compadecendo de Ryusaki. 

— Ele consegue. Eu sei que sim. — disse Sankay. 

E foi nesse momento que Ivy foi puxando Ryusaki para outro local e seguiu em direção ao andar final da masmorra. 

Ivy carregava Ryusaki pela masmorra, mas ao chegar na parte onde teria um portal para levá-los ao próximo andar, Ivy segurou Ryusaki. 

Assim que pararam, Ivy se aproximou do símbolo no chão que permitia a passagem para um novo andar e apagou uma parte das letras e as reescreveu. 

Ryusaki ficou olhando para ver se conseguia compreender o que ele havia mudado, mas a língua utilizada era uma língua antiga que ele não conhecia. 

— É só uma simples mudança para não termos que avançar andar por andar.  — Observou Ivy tentando se explicar. 

— Tudo bem, mas nós vamos para o último andar? — Perguntou Ryusaki. 

— Na verdade, não precisamos ir lá. — respondeu Ivy. 

A expressão no rosto de Ryusaki foi de confusão, afinal, sempre compreendeu que o andar 100 era o que permitia alguém tomar o controle sobre a masmorra. 

— Você já vai entender. — observou Ivy. 

Assim que Ivy terminou de escrever as letras no símbolo no chão, finalizou e puxou Ryusaki para dentro do círculo. 

Imediatamente Ryusaki e Ivy foram levados a uma sala pequena que só continha uma iluminação vindo distante lá do fundo. 

— Onde nós estamos? — Perguntou Ryusaki. 

— Estamos no andar 50. Em uma saída para o cristal. — respondeu Ivy. 

Ryusaki olhou para Ivy sem compreender bem que cristal é esse que ele estava falando. 

Ivy foi caminhando na direção da luz que surgia ao fundo do local e puxou Ryusaki junto consigo. 

Caminharam por cerca de 10 minutos e a luz se tornava cada vez mais forte. 

Até que em um ponto próximo à luz se fez presente um cristal de cerca de 2 metros que brilhava em tons de roxo e azul-escuro. 

Ryusaki ao ver aquele cristal ficou admirado em ver um brilho tão bonito como aquele e tão chamativo. 

Ele começou a se aproximar do cristal, mas Ivy o segurou. 

— Calma. — disse Ivy segurando Ryusaki. 

Ryusaki que parecia estar sendo chamado pelo cristal, retornou a si e disse — Por que você está me segurando?   

— Esse cristal chama e hipnotiza aqueles que ainda não estão prontos e retira suas almas caso ganhem de você em uma batalha em sua mente. — disse Ivy. 

O olhar de espanto foi imediato no rosto de Ryusaki. 

— Como assim? — Perguntou Ryusaki com expressão de espanto e surpresa. 

— Para tomar o controle sobre a masmorra você precisa vencer o cristal em um jogo que ocorre em sua cabeça, mas quanto mais você demorara, mais seu corpo será consumido pelos fantasmas. Portanto, você precisa de preparo antes que enfrente ele. — explicou Ivy. 

— O quê? Você disse que enquan…. enquanto eu estiver… Lutando com a minha mente… os fantasmas irão me atacar? — Perguntou Ryusaki gaguejando e nervoso. 

Ivy acenou com a cabeça para afirmar que era realmente isso. 

— Mas… Como… Eu… Vou treinar isso? — Perguntou Ryusaki. 

— Vou treinar com você para te mostrar como vai ser. — disse Ivy. 

Ivy ergueu as mãos, e começou a desenhar um círculo de runas púrpuras que foi surgindo no ar entre ele e Ryusaki.

— Esta magia vai nos conectar. Você enfrentará seus medos em um mundo ilusório, mas lembre-se: nada ali pode te matar... só assustar. — explicou Ivy.

Ryusaki engoliu seco:

— Só assustar?! Você sabe que eu…

Antes que terminasse, Ivy apertou os dedos, e o mundo ao redor de Ryusaki desmoronou.

Ryusaki abriu os olhos em um corredor infinito da masmorra, paredes gotejando sangue falso. Vultos sussurravam seu nome.

— Ryusakiiii... você vai morrer jovem —uma voz ecoou.

Ele gritou, correndo sem rumo—e então topou com Terrian, que flutuava de cabeça para baixo, língua esticada até o chão.

— BOOH! — Terrian berrou.

— SAI DE PERTO, SEU ESPECTRO NOJENTO! — disse  Ryusaki esmurrando o ar, acertando apenas vento.

Uma risada veio do nada. Era Ivy, invisível:

— Você literalmente tem magia de luz! Purifica ele! — elucidou Ivy. 

Ryusaki olhou para as mãos—ele tinha um cetro brilhante.

— Ah! É verdade. — disse Ryusaki.

Ele girou o cetro, e um raio de luz dourada atingiu Terrian, que fingiu derreter como chocolate:

— Aaaah! Morri de novo! Que dramaaaa! — O fantasma gargalhou, desaparecendo.

Ryusaki sorriu, orgulhoso... até que cem Terrians surgiram das paredes.

— ISSO É TRAPAÇA! — guinchou Ryusaki.

Todos os fantasmas iam em sua direção fazendo caretas e se aproximando cada vez mais dele. 

Ryusaki fechou os olhos e não soube bem o que fazer. 

Seu impulso era querer sair dali. 

Mas por mais que ele pensasse em usar sua magia de teleporte, a mesma parecia não funcionar, afinal ele só estava vivendo aquilo em sua mente. 

Enquanto ele permanecia com os olhos fechados e apertando o cetro mágico que aparecera em sua mão, parou de escutar os barulhos dos fantasmas. 

De repente, o cenário mudou. Ryusaki estava numa cama de hospital, seu corpo envelhecido, fraco. Sankay, agora um ancião, chorava ao seu lado.

— Você deixou tudo para mim... de novo — disse o irmão em sussurro — Quem vai proteger a Excia agora?

Ryusaki sentiu o coração apertar. Isso era pior que fantasmas.

— Não... eu não vou fugir dessa vez — gritou ele, respirou fundo, erguendo o cetro.

A cena se dissolveu, revelando Ivy de braços cruzados:

— O medo da morte e de perder quem você gosta é só outro fantasma, Ryusaki. Você o enfrentou. Agora, o cristal. — explicou Ivy. 

De volta à sala do núcleo, Ryusaki encarou o cristal pulsante.

— Pronto? — Ivy perguntou.

Ryusaki deu um tapa no próprio rosto, como se despertando:

— Tô pronto. Mas se tiver mais Terrian lá dentro, eu juro que vou purificar até a alma da mãe dele. — expressou Ryusaki.

Ivy riu, e Ryusaki tocou o cristal.

O mundo escureceu.

Sua mente foi levada a um local cheio de esqueletos e diversos fantasmas que perambulavam pelo ambiente coberto de nevoa. 

Fantasmas apareciam com Terrian e outros. 

Desta vez, quando os vultos vieram, ele sorriu.

— Lux. — pronunciou Ryusaki.

A magia que ele lançou foi mais forte e iluminou o ambiente com a magia de luz capaz de purificar os fantasmas. 

Imediatamente ele sentiu sua cabeça rodando e ele retornando. 

Fora da ilusão, Ivy o viu despertar, os olhos agora brilhando como o núcleo da masmorra.

— Controle adquirido, Ryusaki anunciou, enquanto as paredes da masmorra se reorganizavam sob seu comando.

Terrian surgiu atrás dele, fazendo careta.

— Booo — gritou Terrian

— Cala a boca — disse Ryusaki revirando os olhos, e o fantasma foi lançado contra a parede por uma força invisível.

Ivy levantou uma sobrancelha:

— Quer dizer que agora você é o Rei dos Fantasmas? — perguntou Ivy. 

Ryusaki empalideceu:

— NÃO USA ESSE TÍTULO! — Gritou Ryusaki.



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