Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 63 - O Exercito do Rei Demônio!

Assim que Ryusaki conquistou a masmorra Fantasma se tornando o Rei da mesma, Ivy disse — Agora podemos seguir o nosso objetivo principal. 

— É verdade.  O que devemos fazer? — perguntou Ryusaki.  

— Agora, precisamos que você faça com que a masmorra entre em um espaço seu. — Disse Ivy. 

O rosto de Ryusaki demonstrava claramente a sua insegurança com aquele pedido e a sua dúvida quanto a como ele realizaria isso. 

Ivy percebeu a dúvida de Ryusaki e disse — Calma, eu sei que isso parece meio impossível, mas é possível. 

— Se isso é possível, eu preciso entender como e aí poderei fazer. — disse Ryusaki. 

— Bom, se estou certo, a sua habilidade não e transferir o seu corpo o dos que tocam para outro espaço, mas permear entre os espaços e criar o seu próprio espaço. É com isso que vamos trabalhar.  — Explicou Ivy. 

— Como assim? — Perguntou Ryusaki com uma expressão de confusão em seu rosto. 

— O que preciso que você faça é que você consiga fazer a masmorra permear para dentro do seu espaço. Somente assim poderemos transportar toda a masmorra e com ela todo o exército de monstros e Fantasmas. — continuou Ivy. 

Ryusaki coçou a cabeça pensando em como ele iria conseguir fazer algo desse tipo. 

— Pode até parecer fácil, mas já é complicado fazer com que várias pessoas vão comigo. Só consegui após as explicações de Sankay e a sua ajuda para que eu pudesse ter um controle dessa habilidade. — acentuou Ryusaki. 

— Sei que falando assim, parece que a sua carga vai ser muito maior, mas, na verdade, não é isso que vai acontecer. — disse Ivy. 

Ryusaki ainda mostrou a confusão estampada em seu rosto e depois disse — Eu já me esforço para carregar 10 pessoas, imagina um exército, uma masmorra e algumas pessoas comigo. 

— Ai é que você se engana, afinal a masmorra não deixa com que nenhum monstro saia da masmorra sem a permissão. — explicou Ivy.  

Ivy ainda permaneceu olhando para Ryusaki para ver se ele compreendia o que ele queria dizer, mas parecia não conseguir explicar com clareza. 

— Você pode modificar o núcleo da masmorra para manter todos exceto você aqui dentro. E assim você não precisará teleportar todos, mas somente a masmorra. — explicou Ivy de forma mais direta. 

O rosto de Ryusaki clareou com a explicação e ficou claro que ele compreendeu o que Ivy explicava. 

— Mas como farei isso? — perguntou Ryusaki. 

— Basta seguir as minhas instruções. — disse Ivy. 

Ryusaki acenou com a cabeça. 

Ivy se aproximou do núcleo da masmorra com Ryusaki. 

Ao se aproximarem, a luz roxa ainda permanecia, mas com mais intensidade do que antes. 

— Preste atenção no cristal. — disse Ivy. 

Ryusaki olhou atentamente para o cristal do núcleo, mas só conseguiu ver a luz. 

— O que você quer que eu veja? — perguntou Ryusaki. 

— Preciso que você encontre na superfície do cristal algumas runas. — disse Ivy. 

Ivy estendeu a mão, pairando sobre o núcleo pulsante da masmorra. A luz roxa irradiava em padrões ondulantes, como se respondesse à sua presença.

— Runas não são apenas símbolos, Ryusaki. Elas são contratas gravados na realidade — explicou Ivy, os olhos brilhando com reflexos violáceos. 

— O antigo Rei Fantasma usou-as para ancorar esta masmorra ao mundo físico. Agora, você precisa reescrevê-las para vinculá-la ao seu espaço. — continuou Ivy.

Ryusaki inclinou-se para frente, tentando distinguir algo na superfície do cristal. Por um instante, viu apenas a luz difusa... até que, como um código revelado sob luz negra, marcas rúnicas começaram a surgir, flutuando como cicatrizes luminosas no interior do núcleo.

— Ali! — Ele apontou para uma sequência de três símbolos entrelaçados.

Ryusaki viu três símbolos que parecia runa surgindo na superfície do cristal. 

ᛇ ᛞ  ᛗ

Ivy traçou os símbolos no ar com um dedo, fazendo-os cintilar.

— Estas runas mantêm a masmorra presa aqui. Para movê-la, você precisa substituí-las por runas que espelhem seu poder. — disse Ivy. 

Assim que terminou de falar, ele pegou e escreveu as runas no ar para demonstrar ao Ryusaki. 

ᛟᚾ ᛊ 

Ryusaki hesitou.

— Inverter uma runa... não é perigoso? — Perguntou Ryusaki. 

Ivy sorriu, mas havia tensão em sua voz.

— Tudo que envolve runas é. Mas você já mudou o destino desta masmorra ao conquistá-la. Agora, é só formalizar. — disse Ivy. 

Ryusaki começou a escrever as novas runas e então Ivy o guiou. 

Pegou a sua mão e a guiou para pressionar contra o núcleo. 

O cristal cortou-lhe a pele, o sangue escorreu e foi preenchendo o espaço que as runas novas deixaram. 

— Agora você precisa pronunciar as palavras. Repita comigo. — pediu Ivy. 

— Eihwaz → Othala — repetiu Ryusaki murmurando, e a primeira runa se dissolveu em fumaça púrpura, substituída pela nova runa brilhando com  um novo símbolo dourado.

— Dagaz → Naudiz. — O núcleo tremeu, e um rugido ecoou pelas paredes, como se a masmorra resistisse.

— Mannaz → Sowilo. — Ao inverter a última runa, uma onda de força explodiu do cristal, arremessando ambos para trás.

Por um momento, tudo ficou branco.

Quando Ryusaki se levantou, a masmorra ainda estava lá... mas diferente. As paredes pareciam menos sólidas, como um reflexo na água. Ivy ergueu uma pedra do chão e a jogou contra uma parede – ela a atravessou como se não existisse.

— Funcionou — Ivy riu, cansado. — A masmorra agora existe entre espaços, ancorada apenas em você. Quando você se mover, ela seguirá como uma sombra.

Ryusaki sentiu um peso novo, não físico, mas existencial, como se carregasse um mundo nos ombros. Ele olhou para as mãos, onde as runas reluziam por um instante antes de desaparecerem.

— E os monstros? — Perguntou Ryusaki. 

— Presos, como eu disse. Eles não podem sair a menos que você os libere... ou que alguém quebre as runas. — explicou Ivy. 

Nos corredores distantes, uivos e arrastares de patas ecoavam, mas agora soavam abafados, como se vindos de muito longe.

A masmorra fantasma tinha um novo lar – e Ryusaki, uma responsabilidade ainda maior.

Assim que terminaram o ritual, eles precisaram voltar para o lugar onde os outros estavam. 

Mas antes disso, Ivy disse — Vá para fora da masmorra e retire ela para o local onde precisaremos usar navio que temos em um dos andares. 

Ryusaki que ainda se sentia confuso e meio perdido quanto ao que estava acontecendo ali, somente acatou e teleportou para fora da masmorra enquanto Ivy iria explicar aos outros o que havia acontecido. 

Ivy ia na direção de Sankay e Chedipé que aguardavam o retorno deles. 

Ao chegar, Ivy foi surpreendido por Sankay preocupado com seu irmão. 

— Onde está o Ryusaki?  — Perguntou Sankay preocupado. 

— Fique calmo, vim para esclarecer o que vai ocorrer agora. — disse Ivy. 

— Então explica logo. — afirmou Sankay ainda demonstrando preocupação com seu irmão. 

— O controle da masmorra já está com seu irmão, mas agora neste momento vamos esperar que ele teleporte a masmorra para o lugar onde vocês estavam. — explicou Ivy. 

A expressão no rosto de Sankay foi de espanto, afinal fazer com que Ryusaki que mal entendia bem o seu poder teleportar uma masmorra inteira cheia de monstros e com pessoas parecia meio impossível. 

Ivy percebeu a preocupação de Sankay e tratou de explicar — Na verdade, já alteramos as runas contidas no núcleo da masmorra para que ele pudesse levar a masmorra para onde quisesse, assim ficaria uma carga menor para o seu poder. 

— Que runas? — perguntou Sankay. 

— Bom, todas as masmorras são definidas pelas runas que eram utilizadas há uns 700 anos, mas poucos conhecem as runas, por isso eu consigo viver aqui dentro. Eu conheço e sei entender as runas. — Explicou Ivy. 

Sankay fez um sinal que havia compreendido as informações, mas permaneceu calado e pensativo. 

Por que eu nunca encontrei nenhuma informação sobre essas runas? O que esse cara sabe que ainda não foi revelado? Por que ele não disse nada sobre o Sigurd Rokuto?  

— Precisamos aguardar o seu irmão. — disse Ivy interrompendo os pensamentos de Sankay. 

Enquanto Ivy passava a notícia para os companheiros, Ryusaki se encontrava do lado de fora da masmorra fantasma e olhando como ele iria fazer para transferi-la para o seu espaço e depois para o lugar onde estavam. 

— Como eu vou conseguir levar uma masmorra cheia de monstros e pessoas para um lugar? Eu nem sei se sou capaz disso. 

Ryusaki falava sozinho em voz alta sem nem dar importância para o lugar onde ele estava. 

A entrada da masmorra desde a primeira vez o trouxe uma grande aflição e uma preocupação, pois se encontrava em um lugar cheio de túmulos e sempre coberto de nevoa. 

Mas agora Ryusaki estava tão preocupado quanto ao que precisava fazer que o seu medo de cemitérios, fantasmas e espíritos parecia não ter a menor importância. 

Ryusaki começava a ficar cada vez mais preocupado. 

Até que veio uma ideia em sua mente. 

Se o que meu irmão e o Ivy disseram sobre o meu poder é verdade, eu não preciso transportar a masmorra, mas sim fazer com que o espaço que eu utilizo puxe a masmorra. 

Com a ideia em sua mente, ele abriu uma espécie de espaço que levava ao seu espaço. 

O seu espaço não tinha um tamanho específico e nem habitava um local real, afinal o poder dele era permear entre os espaços vazios.

A sua magia surgiu como se fosse um portal magico. 

 Ele ainda estava com receio quanto ao que iria acontecer, por isso decidiu fazer um teste. 

— Vou aproveitar que estou nesse lugar e testar se a minha ideia pode dar certo. — afirmou Ryusaki em voz alta. 

Ele pensou nesse portal se movimentando em sua direção. 

O portal não se moveu nenhum centímetro. 

Ryusaki olhou para o portal e foi até ele e adentrou o seu espaço, mas nada mudou. 

Retornou ao cemitério onde era a entrada da masmorra Fantasma. 

Tentou mais uma vez fazer com que agora o seu espaço viesse e não ele ir até o seu espaço. 

A medida que sua mente foi tomando clareza do seu poder real, o portal começou a se mover lentamente. 

Ele continuou pensando no mesmo até que abriu os olhos e viu que o portal já havia se movimentado a uma certa distância. 

Quando ele foi ao seu espaço, percebeu que alguns túmulos haviam sido levados para o seu espaço apenas por passarem pelo portal. 

Com isso ele teve uma afirmação de que o seu poder era capaz de fazer isso com objetos e com seres. 

— Agora posso tentar fazer isso com a masmorra, mas preciso me concentrar mais. — disse Ryusaki em voz alta.

Ryusaki fechou o portal anterior e abriu um portal maior. 

O portal que ele abriu ainda parecia pequeno frente a estrutura da entrada na masmorra. 

Ao observar que o portal para o seu espaço ainda era menor que a construção da masmorra, ele pensou que teria que abrir ainda mais o portal para que a masmorra passasse ao seu espaço. 

Ele fechou os olhos e se lembrou do que seu irmão tinha comentado sobre a magia. 

A energia mágica que gastamos pode ser definida pelo quanto nós damos detalhes do que queremos em um encantamento, por isso um encantamento maior significa uma magia mais poderosa. 

Ao lembrar disso, ele também se lembrou que nunca precisou utilizar encantamentos para a sua magia especial. 

Mas não custava tentar.  

Por não saber como criar palavras para poder descrever o que ele queria, ele tentou dizer palavras mentais em seu próprio idioma. 

E assim ele começou a imaginar o que ele queria: 

Que o meu pensamento se acalme e tome a forma e o caminho que a minha mente cria. Que o espaço me ouça e atenda ao meu comando. Pelo nome e o poder dado a mim, eu ordeno que um arco com o dobro do tamanho que criei agora surja em frente a masmorra e mantenha-se até que eu defina que possa ser fechado. Que a minha mente se torne um mapa, o espaço se curve as minhas ordens. Que o portal se dirija na direção da masmorra e a transporte em sua totalidade habitando o meu espaço, sem perder nenhum ser que nela habita. 

O seu pensamento estava dizendo todo esse encantamento, mas a sua boca se movimentava refletindo as palavras mentais ditas em forma de encantamento e dizendo — Utinam cogitationes meae mitescant et formam et viam, quam mens mea creat, capiat. Audiat me spatium, et respondeat precepto meo. Per nomen et potestatem mihi datam precipio arcum dupli quantitatis quam creavi nunc comparere ante lacum et teneo donec terminare possit claudi. Mens mea fiat charta, iussa mea flectat spatium. Caput portae versus lacum, et illud totum transveherent, habitans spatium meum, nullo permanente ibi existente.

E junto ao seu encantamento o portal seguia as suas instruções. 

O portal se expandiu e foi na direção da masmorra a levando para o seu ambiente, mas assim que ele terminou o encantamento sentiu seu corpo pesar. 

Mas para não perder tempo ele retornou ao porto de Rokuto para onde estavam Dadb, Rikot, Excia, Lina, Ankatsu e Kuros. 

Assim que ele retornou para lá, quase caiu no chão, mas Excia o segurou nos braços. 

— O que houve? — Perguntou Excia o segurando nos braços. 

— Eu acho que consegui trazer o seu exército.  — disse Ryusaki olhando para Dadb. 



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